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Ac Leo Mal Leg Esp 001
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SUMÁRIO
LEI 8069/1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) ......................................................................... 2
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ................................................................................................................. 2
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA ..................................................................................... 6
DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................. 6
DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE...................................................................................................................... 9
O PODER PÚBLICO E O DIREITO À VIDA E À SAÚDE................................................................................. 10
OBRIGAÇÃO DOS HOSPITAIS/ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE ............................................................... 11
DOS ÓRGÃOS DO SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................... 11
DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE ........................................................................... 12
DA LIBERDADE ......................................................................................................................................... 12
DO RESPEITO............................................................................................................................................ 12
DA DIGNIDIDADE ..................................................................................................................................... 12
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 14
GABARITO .................................................................................................................................................... 15
Federativa, tais como os valores sociais do trabalho, a construção de uma sociedade livre, justa
e solidária, a garantia do desenvolvimento nacional e a promoção do bem sem preconceito de
idade.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 227 (...)
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho,
observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato
infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por
profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar
específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e
respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando
da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica,
incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a
forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança,
ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas
afins.
BREVIDADE,
EXCEPCIONALIDADE
E RESPEITO
PROTEÇÃO
ESPECIAL
ACESSO À
ESCOLA, NO CASO
ESTÍMULO DO
DE
PODER PÚBLICO
TRABALHADOR
JOVEM
GARANTIA
PROCESSUAL EM
CASO DE ATO
INFRACIONAL
É importante discutir o que dispõe o inciso I do § 3º, art. 227, pois fixa em 14 anos a idade
mínima para admissão ao trabalho, fazendo referência ao disposto no art. 7º, XXXIII, que proíbe
o trabalho noturno, insalubre, perigoso ou penoso aos menores de 18 anos e de qualquer
trabalho a menores de 16 anos, exceto na condição de aprendiz (ou menor aprendiz) a partir
dos 14 anos.
Portanto, a possibilidade que está descrita no inciso I do § 3º, do art. 227 é de admissão
na condição de APRENDIZ, pois com 16 já pode exercer atividade laboral comum, mas com
algumas limitações, como atividades noturna, insalubre ou perigosa. Então tome cuidado, sob
a ótica constitucional, se a banca afirmar de maneira genérica sobre a possibilidade de admissão
ao trabalho, a resposta será 14 anos. E se afirmar que há proibição de qualquer trabalho a
menores de 16 anos, também estará correta a assertiva, mas deverá conter a informação da
condição de aprendiz. Complicado? Veja como já caiu em prova!
mas como profissional de fato, desde que não exerça atividade noturna, insalubre ou
perigosa.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 227 (...)
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o
disposto no art. 7º, XXXIII;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 7º (...)
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze
anos;
VEDAÇÃO ÀS
14-16 MENOR 16-18 ATIVIDADES
PERIGOSAS,
18 TODAS AS
APRENDIZ ATIVIDADES
ANOS ANOS INSALUBRES ANOS
E NOTURNAS
Conforme disposição do ECA, a lei é aplicada às crianças, cuja idade vai até 12 anos
incompletos, e adolescentes, entre 12 e 18 anos. Todavia, é possível aplicar, excepcionalmente,
às pessoas com idade entre 18 e 21 anos. Veremos mais à frente esses detalhes particulares da
lei.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e
dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um
anos de idade.
Esclarecendo a tecnicidade da lei, 12 anos incompletos significa dizer criança até 11 anos
de idade. Ao completar de fato os 12 anos, primeiro minuto de aniversário, o indivíduo passa a
ser adolescente e assim será até os 18 anos. Faz-se necessário esse entendimento para
responder questões que trazem situações hipotéticas, que geralmente costumam confundir o
candidato na hora de marcar o gabarito. As questões mais recorrentes são referentes à
imputabilidade penal e aplicações de medidas socioeducativas ou protetivas, já que esses
indivíduos não estão sujeitos às regras comuns do Código Penal.
(QUADRIX – 2018) A pessoa com até doze anos de idade incompletos será
considerada como criança e a com idade entre doze e dezoito anos será considerada
como adolescente.
GABARITO: CERTO
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou uma súmula que trata da apuração de ato
infracional e aplicação de medida socioeducativa à pessoa que atinge a maioridade penal. Essa
exceção é aplicada aos indivíduos com idade entre 18 e 21 anos, mas que praticaram ato
infracional análogo a crime no período da adolescência, sendo, naquele tempo, submetido à
medida socioeducativa. O tema inclusive também foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal.
Acompanhe as decisões abaixo e guarde no seu coração. As bancas gostam de afirmar que a
medida socioeducativa cessará com a maioridade penal.
STF E STJ
O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NÃO MENCIONA A
MAIOR IDADE CIVIL COMO CAUSA DE EXTINÇÃO DA MEDIDA
SOCIOEDUCATIVA IMPOSTA AO INFRATOR.
(STF, HC 94.938/RJ, 1.ª T., rel. Cármen Lúcia, 12.08.2008, v.u.)
Assim como a CF, a presente lei não criou apenas direitos às crianças e aos adolescentes,
impôs também obrigações à família, à comunidade, à sociedade em geral e ao poder público de
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos fundamentais das pessoas em
desenvolvimento. Esse rol, que não é exaustivo, compreende:
A consolidação dessa tutela especial está disposta no art. 5º do ECA: nenhuma criança ou
adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou
omissão, aos seus direitos fundamentais. Nada mais justo do que proteger um grupo que nem
mesmo tem voz na vida real. E é nesse sentido que a lei cria a obrigação de assegurar os direitos
e proteção à criança e ao adolescente.
(CESPE - 2018) O ECA considera como criança a pessoa de zero a doze anos
de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade
completos. Por essa razão, o ECA não pode ser aplicado às pessoas maiores de
dezoito anos.
GABARITO: ERRADO.
COMENTÁRIO: Futuro aprovado, o conceito de criança e adolescente já foi
tratado em momentos anteriores: até 12 anos incompletos e entre 12-18 anos.
Entretanto, o final da assertiva a torna errada, observe “o ECA não pode ser aplicado
às pessoas maiores de dezoito anos”. Por expressa previsão legal, no art. 2º,
parágrafo único, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre 18 e 21
anos de idade. O STJ, inclusive, já julgou casos nesse sentido, considerando-se a
idade do indivíduo ao tempo do fato, aplicando-se as medidas socioeducativas ainda
que sobrevenha maioridade penal no curso do processo, impondo a medida até que
o autor complete 21 anos.
(STJ, HC 89.846/RJ, 5.ª T., rel. Arnaldo Esteves Lima, 15.09.2009, v.u.)
SÚMULA 605 – STJ – A superveniência da maioridade penal não interfere na
apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em
curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
Para fiel execução desse estatuto, levar-se-ão em conta os fins sociais a que essa lei se
dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e, sobretudo,
a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento, conforme
preceitua o art. 6º dessa lei.
PARA MELHOR APLICAÇÃO DA LEI 8069/1990, O INTERESSE MAIS
RELEVANTE É O DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.
•NUTRIÇÃO ADEQUADA,
ATENÇÃO HUMANIZADA À
GRAVIDEZ, AO PARTO E AO
GESTANTES PUERPÉRIO E ATENDIMENTO
PRÉ-NATAL, PERINATAL E
PÓS-NATAL
Esse atendimento PRÉ-NATAL será realizado por profissionais de atenção primária, que
fazem parte da atenção básica à saúde, com foco preventivo. É importante destacar que esses
profissionais farão busca ativa às gestantes que não iniciar ou que abandonar as consultas de
pré-natal, bem como as puérperas que não comparecerem às consultas pós-parto. Além disso,
As pessoas que cometerem esses abusos, utilizando castigo físico ou tratamento cruel ou
degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, estarão
sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão APLICADAS
PELO CONSELHO TUTELAR de acordo com a gravidade do caso:
❖ I - Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;
❖ II - Encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
❖ III - Encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
❖ IV - Obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;
❖ V - Advertência
AS MEDIDAS SERÃO APLICADAS PELO CONSELHO TUTELAR
EXERCÍCIOS
1. (CESPE) De acordo com o ECA, os responsáveis encarregados de cuidar de criança ou
adolescente, mas que os agridem, estão sujeitos a medidas que serão aplicadas
a) pelo conselho tutelar
b) por qualquer órgão oficial de assistência social ao menor.
c) pelo juiz da vara da infância e da juventude.
d) por qualquer juiz de plantão.
e) pelo Ministério Público.
2. (CESPE) O pai que usa de força física contra seu filho menor de idade para discipliná-lo
incide no que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) denomina:
a) tratamento degradante.
b) tratamento cruel.
c) vexame.
d) violência doméstica.
e) castigo físico.
3. (CESPE) Maurício, com treze anos de idade, foi atendido em hospital público. Depois de
realizados os exames clínicos e a entrevista pessoal com o adolescente, o médico que o
atendeu comunicou ao conselho tutelar local a suspeita de que Maurício havia sido vítima
de castigo físico praticado pelos próprios pais. O conselho tutelar averiguou o caso e
concluiu que os pais de Maurício haviam lesionado os braços do garoto, mediante
emprego de pedaço de madeira, em razão de ele ter se recusado a ir à escola. Com base
nisso, o conselho tutelar aplicou aos pais uma advertência e os encaminhou para
tratamento psicológico.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, de acordo com o
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990). O Estatuto da Criança e do
Adolescente faz distinção entre castigo físico e tratamento cruel ou degradante e, nos
termos desse Estatuto, a lesão sofrida por Maurício não é considerada tratamento cruel
ou degradante.
CERTO ( ) ERRADO ( )
4. (CESPE) Em atendimento a gestante adulta, o assistente social deve informar-lhe que o
acompanhamento pré-natal será realizado por profissionais da atenção secundária.
CERTO ( ) ERRADO ( )
5. (CESPE) Uma gestante, pretendendo entregar para adoção o seu filho que vai nascer,
dirigiu-se ao cartório de registro civil.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a
gestante deverá ser encaminhada para
GABARITO
1. A
2. E
3. C
4. E
5. B