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PUERPÉRIO

FISIOLÓGICO E
PATOLÓGICO
PUERPÉRIO

Período após o parto, compreendido da


expulsão placentária até o retorno do
organismo materno ao estado normal
de não gestante.
PUERPÉRIO

CLASSIFICAÇÃO

 Fisiológico

 Patológico
PUERPÉRIO FISIOLÓGICO

CARACTERÍSTICAS:

 Regeneração do endométrio

 Involução uterina peso, volume, posição e


tônus retornam às condições de não gestante

 Reinício dos ciclos estrais

 Organismo materno retorna às condições de


não gestante
INVOLUÇÃO
LÓQUIOS
ESPÉCIE UTERINA
(coloração)
(dias)
Bovina 45 Vinho

Ovina e caprina 25-40 Vinho


Marrom a
Eqüina 10-25
amarelo claro
Suína 10-30 Esbranquiçada
Esverdeada* 
Canina 30-35
marrom
Felina 30-35 Marrom
INVOLUÇÃO UTERINA
PUERPÉRIO - ÉGUA

 Cio do potro  entre a 1a e a 3a semanas (7 a 10


dias)

− Involução uterina incompleta (fertilidade ??)

− Epitélio ainda não regenerado

 número elevado de leucócitos

MELHOR FERTILIDADE: após 20 dias

Lóquios 7 dias
PUERPÉRIO - VACA
 Redução precoce do corpo lúteo
 Anestro  3-7 semanas
 Maior duração  primíparas, raças de corte,
lactação prolongada, desnutrição, distocia,
retenção de placenta e infecção uterina.
 Lóquios  12 dias
 Contrações uterinas  2-3 dias
 Regeneração caruncular em 30 dias
 Comum aproveitar 1o estro; melhor fertilidade
no 2o (45 dias pós –parto) (60 a 90 dias)
PUERPÉRIO - OVELHA

 Estro  4-10 semanas


 estação do ano, raça, nutrição, lactação,
nutrição, retenção de placenta e infecção
uterina.
 Desmame precoce  2 partos / ano
 Lóquios  7 dias

 Semelhante ao da ovelha
 Estro  12 semanas
PUERPÉRIO - PORCA

 Anestro  lactação

 Desmame  retorno ao cio após 3 a 5 dias

 Lóquios  3 dias
PUERPÉRIO - CARNÍVOROS

 Estro

− Cadela  120 dias pós -parto

− Gata  imediatamente após o desmame

 Lóquios  hemorrágicos  mucóides

− Cadela  10-12 dias


até 3 semanas
− Gata  6 a 8 dias
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

Período caracterizado por afecções


decorrentes do parto (compreendido
da expulsão placentária até o retorno
do organismo materno ao estado
normal de não gestante e à atividade
cíclica ovariana).
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

AFECÇÕES:

 Hemorragia

 Atonia uterina

 Hipertonia uterina

 Prolapsos  útero; bexiga; reto; tecido


adiposo perivaginal
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

AFECÇÕES:

 Paraplegia

 Distúrbios na lactação

 Retenção placentária

 Metrite / endometrite

 Subinvolução dos sítios placentários*


PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HEMORRAGIA

 Fisiológica
− Carnívoros  placenta decídua
− Ruminantes  drenagem do coto umbilical
 Extração forçada da placenta
 Lesões uterinas / cervicais / vaginais / vulvares
 Manobras obstétricas inadequadas, fetotomia,
instrumentos cirúrgicos, apêndices fetais
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
HEMORRAGIA – TRATAMENTO

 Clínico
− Reposição da volemia
− Transfusão
− Fármacos  estímulo à contração uterina
(derivados de ergometrina, oxitócicos e
cálcio)
− Anti-hemorrágicos
− Tratar causa primária, se houver
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HEMORRAGIA – TRATAMENTO

 Cirúrgico

− Síntese, se possível - histerorrafia


− OSH
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

ATONIA UTERINA (falta de contrações)


 Ocorrência esporádica, em todas as espécies
 Caracteriza-se por:
− Ausência de involução uterina
predispõem
− Retenção placentária
à metrite
− Eliminação precária dos lóquios
− Subinvolução de sítios placentários
 carnívoros
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

ATONIA UTERINA (falta de contrações)

 Etiologia hidropsias

gestação gemelar, múltipla, sobrecarga

partos laboriosos, lesões uterinas

distúrbios nutricionais

Sintomas ausência de contrações uterinas

ausência de prensa abdominal


PUERPÉRIO PATOLÓGICO

ATONIA UTERINA (falta de contrações)

 Diagnóstico sintomas

ausência do Reflexo de Ferguson

 Prognóstico reservado a mau

predisposição à infecções

retenção placentária
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

ATONIA UTERINA (falta de contrações)

 Tratamento drogas oxitócicas

cálcio

atb. local e/ou parenteral

infusões uterinas

cesariana

OSH
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HIPERTONIA UTERINA

 Mais freqüente na égua


 Exacerbação das contrações uterinas 
prolapsos  vagina, útero, reto, bexiga
 Causas:
− DOR  ferimentos na via fetal mole
− Tenesmo
− Extração forçada da placenta
− Inversão ou prolapso da vagina;
pneumovagina
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HIPERTONIA UTERINA

 Sintomas protrusão do períneo (vulva e


ânus)
cólica, inquietação, inapetência
diminuição na produção de leite
contrações abdominais
prolapsos
 Diagnóstico - sintomas
 Prognóstico - reservado
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HIPERTONIA UTERINA

 Tratamento tranqüilizantes e
anéstesicos (xilazina)
analgésico (dipirona)
anestesia epidural
membros pélvicos elevados
corrigir ferimentos e
inversões
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
PROLAPSO DE TECIDO ADIPOSO PERIVAGINAL
 Secundário à ruptura vaginal
 Tratamento:
− Anestesia epidural
− Limpeza e anti-sepsia
− Retirada do excesso de tecido adiposo
− Sutura da vagina
− Curativos
− Antibióticos sistêmicos
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INVERSÃO E PROLAPSO UTERINOS
Deslocamento do útero podendo estar oculto ou
exposto
Ocorre logo após o parto ou início do puerpério
- Ocorrência: mais freqüente em bovinos
- Etiologia predisposição hereditária
idade senil (flacidez dos ligamentos)
tração forçada
retenção secundinas ou lesão no canal do
parto
má nutrição, piso inclinado
ATONIA UTERINA + PRENSA
ABDOMINAL
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INVERSÃO E PROLAPSO UTERINOS
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INVERSÃO E PROLAPSO UTERINOS
- Sintomas
anorexia, falta de ruminação, ↓produçaõ de leite
↑FC e FR, contrações abdominais
útero projetando-se pela cérvix e/ou vagina / vulva
visualização das carúnculas e coloração da mucosa
- Prognóstico – reservado, depende do grau e tempo
decorrido
- Diagnóstico
Inspeção; palpação retal e exame vaginal
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INVERSÃO E PROLAPSO UTERINOS
Tratamento
- manter animal em posição quadrupedal, membros pélvicos
elevados
- piso anti-derrapante
- limpeza com água e sabão neutro
- suturas na mucosa se houver laceração
- aplicação de gêlo e substância adstringente
- anestesia epidural
- reintrodução manual sob lubrificação
- técnicas de Bünher ou Flessa para manter redução
- antibioticoterapia local e/ou parenteral; infusões uterinas
- analgésicos
- OSH ou uteropexia (cadelas e gatas) ou amputação uterina
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
TRATAMENTO DA INVERSÃO UTERINA

Redução da inversão por


Sifonagem da solução
infusão de solução
infundida no útero
fisiológica estéril
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
TRATAMENTO DO PROLAPSO UTERINO
POR AMPUTAÇÃO
PROLAPSO UTERINO - OVELHA
PROLAPSO UTERINO - PORCA
PROLAPSO UTERINO - GATA
OSH PÓS-PROLAPSO UTERINO -
GATA
PROLAPSO UTERINO - ÉGUA
PROLAPSO UTERINO - VACA
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
SUTURA DE BUHNER PARA CORREÇÃO DE
PROLAPSO
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
SUTURA DE BUHNER PARA CORREÇÃO DE
PROLAPSO
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
SUTURA DE BUHNER PARA CORREÇÃO DE
PROLAPSO
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

PROLAPSO DE RETO

 Seqüela de esforços expulsivos violentos

 Tratamento
- redução manual
- sutura em bolsa de fumo
- amputação do segmento prolapsado
- descarte
PROLAPSO DE RETO - OVELHA
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
PROLAPSO DE BEXIGA

 ETIOLOGIA: Ruptura da região ventral da


vagina por auxílio ao parto inadequado

 SINTOMAS: Bexiga prolapsada e repleta ou


rompida

 DIAGN. DIFERENCIAL: tumor de


vagina, hematomas vulvares, prolapso
de tecido adiposo vaginal
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
PROLAPSO DE BEXIGA

 TRATAMENTO:

- punção p/ esvaziar bexiga

- limpeza e reintrodução

- sutura da vagina com fio absorvível

- antibioticoterapia

- considerar descarte p/ casos graves


PUERPÉRIO PATOLÓGICO
EVERSÃO DA BEXIGA

 OCORRÊNCIA : maior em éguas (uretra curta e


larga)

 ETIOLOGIA: força expulsiva

 SINTOMAS: parte da bexiga evertida na rima


vulvar

gotejamento de urina pelos ureteres

ruptura e hematomas
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
EVERSÃO DA BEXIGA

 TRATAMENTO

- tranqüilizantes e anestesia epidural

- limpeza e disenfecção do órgão

- sutura quando necessário ( pode formar


cálculos)

- reintrodução via uretral auxiliada por


massagem
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
PARALISIA DAS PARTURIENTES
PARAPLEGIA – ETIOLOGIA

 Distúrbios metabólicos ou nutricionais


 Traumas
 Doenças infecciosas
 Transtornos digestivos
 Outras
PUERPÉRIO PATOLÓGICO -
Paraplegia
 DISTÚRBIOS METABÓLICOS / NUTRICIONAIS

− Hipocalcemia (febre do leite)


− Eclâmpsia
− Tetania  hipocalcemia / hipomagnesemia
− Acetonemia (distúrbio em hidratos de carbono)
− Caquexia ou debilidade
− Debilidade conseqüente a parto laborioso
− Senilidade
− Deficiência de vitamina E e selênio
(degenereção muscular)
HIPOCALCEMIA
HIPOCALCEMIA – OVELHA -
Paraplegia
PUERPÉRIO PATOLÓGICO -
Paraplegia
 TRAUMAS

− Lesões nervos obturador, glúteo, femoral,


isquiático
− Compressões na coluna vertebral
− Luxação região pélvica
− Fraturas
− Miosite, tendinite, isquemia muscular
− Hemorragia intensa
(hematomas no lig. largo do útero e ruptura de artéria
PUERPÉRIO PATOLÓGICO -
Paraplegia
 DOENÇAS INFECCIOSAS

− Metrite séptica - Mastite causada por coliformes


− Peritonite - Raiva paralítica
− Pericardite
− Pododermatite (laminite por hipersensibilidade –
“aguamento”)
− Pielonefrite
− Meningite
PUERPÉRIO PATOLÓGICO -
Paraplegia
 TRANSTORNOS DIGESTIVOS

− Enterites
− Intoxicações

 OUTRAS

− Hidropisias
− Ruptura do tendão pré-púbico
PUERPÉRIO PATOLÓGICO -
Paraplegia
 PARAPLEGIA
 SINTOMAS

− Andar cambaleante, tremores


musculares
− Dificuldade de deitar-se ou erguer-se
− Decúbito permanente
− Paraplegia antes, durante e pós-parto
PUERPÉRIO PATOLÓGICO -
 PARAPLEGIA
Paraplegia
 TRATAMENTO – depende da causa
- Manter animal baia com cama seca, macia e boa
higiene
- Mudar posição do decúbito – evitar escaras
- Correção das deficiências metabólicas
- Gluconato de cálcio (IV), solução de magnésio
- Solução glicofisisológica (IV)
- Vitaminas A,D, E
- Antibióticos sistêmicos ou local – exceto
penicilinas
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

DISTÚRBIOS NA LACTAÇÃO - ETIOLOGIA


 Estresse
− Manejo inadequado
− Cirurgias
− Fatores ambientais
 Desnutrição
 Lesões no teto
 Mamite / mastite
 Síndrome metrite-mastite-agalactia, em porcas
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

DISTÚRBIOS NA LACTAÇÃO – TRATAMENTO

 Oxitócicos (se houver leite na glândula)

 Antibióticos intra-mamários

 Corrigir alimentação

 Emprego de suscedâneos ou banco de colostro


PUERPÉRIO PATOLÓGICO

RETENÇÃO DE PLACENTA

 Falha na separação cotiledonária


 Eliminação fisiológica:
− Vaca  12 horas
− Égua  30 minutos
− Pequenos ruminantes  8 horas
− Porca  4 horas
− Carnívoros  30 minutos
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

RETENÇÃO DE PLACENTA - ETIOLOGIA

 Infecciosa
− Pré-parto  brucelose, leptospirose
− Pós-parto  contaminação (via cervical)
 Nutricional
− Deficiências de vitaminas A, D e E / selênio
 Hormonal
− Corticóides e prostaglandinas exógenos
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

RETENÇÃO DE PLACENTA - ETIOLOGIA

 Inércia uterina
− Hipocalcemia
− Distocias
 Sexo do feto
− Machos  mais comum
 Raça
− Vacas leiteiras
 Hereditária
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

RETENÇÃO DE PLACENTA – SINAIS CLÍNICOS

 Restos placentários na rima vulvar, com odor


variável
 Secreção serosanguinolenta
 Hipertermia
 Inapetência
 Diminuição da produção leiteria
RETENÇÃO DE PLACENTA - VACA
RETENÇÃO DE PLACENTA - ÉGUA
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

RETENÇÃO DE PLACENTA – TRATAMENTO

 Extração manual delicada


 Ressecção da porção exposta
 Ocitocina / derivados do ergô
 Lavagem uterina  soro fisiológico aquecido
 Infusão uterina  anti-sépticos e
bacteriostáticos
 Antibiótico sistêmico
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

METRITE – ETIOLOGIA

 Higiene deficiente do parto


 Traumatismos
 Atonia uterina
 Retenção de secundinas (placenta)
 Má condição nutricional ou de saúde
METRITE - VACA
METRITE INFECCIOSA - TRICOMONÍASE
METRITE - PORCA
ÚTERO NORMAL METRITE
PUERPÉRIO
PATOLÓGICO EM
CADELAS E GATAS
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

PRINCIPAIS AFECÇÕES:

 Hemorragia
 Subinvolução dos sítios placentários
 Retenção de placenta
 Metrite
 Prolapso uterino
 Hipocalcemia
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HEMORRAGIA

 Fisiológica

− Carnívoros  placenta decídua

 Coagulopatias

 Lesões físicas

 uterinas / cervicais / vaginais / vulvares


PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HEMORRAGIA – TRATAMENTO

 Clínico
− Reposição da volemia
− Transfusão
− Fármacos  estímulo à contração uterina
− Anti-hemorrágicos
− Tratar causa primária, se houver
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HEMORRAGIA – TRATAMENTO

 Fármacos
− Ocitocina  0,5 a 2 UI/kg, IM, 1 a 2 vezes,
com intervalo de 1 a 2 horas (até 20 UI)
− Ergometrina  0,2 a 0,5 mg / animal
− Ergonovina  0,2 mg / 15 mg, IM
− Cálcio
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HEMORRAGIA – TRATAMENTO

 Cirúrgico

− Síntese de lesões, se possível


− OSH
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

SUBINVOLUÇÃO DOS SÍTIOS PLACENTÁRIOS

 Secreção vulvar sanguinolenta; constante, porém


pouco abundante  7 a 12 semanas (ou mais)

 Não ocorre regressão ou degeneração das


células trofoblásticas  hemorragia contínua

 Causa desconhecida
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

SUBINVOLUÇÃO DOS SÍTIOS PLACENTÁRIOS

 Cadelas jovens  primíparas, 1-3 anos de idade

 Sem alterações sistêmicas

 Resolução espontânea (maioria dos casos)

 Raramente requer tratamento

 Fertilidade não é afetada


PUERPÉRIO PATOLÓGICO

SUBINVOLUÇÃO DOS SÍTIOS PLACENTÁRIOS

 Diagnóstico

− Histórico e sinais clínicos

− Citologia vaginal  hemorragia

− Hemograma*

− Palpação e ultra-sonografia
 áreas com aumento discreto
SUBINVOLUÇÃO DOS SÍTIOS PLACENTÁRIOS
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

SUBINVOLUÇÃO DOS SÍTIOS PLACENTÁRIOS

 Clínico
− Derivados do ergô
− Antibiótico sistêmico e progestágenos (?)
− Transfusão, se houver anemia grave

 Cirúrgico
− OSH
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

RETENÇÃO DE PLACENTA

 Incomum
 Secreção vaginal esverdeada persistente
 Diagnóstico  ultra-sonografia
 Pode predispor à metrite  infreqüente
 Tratamento
 Ocitocina
RETENÇÃO DE PLACENTA - CADELA
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

METRITE

 Infecção bacteriana ascendente (Escherichia


coli, Streptococcus e Staphylococcus), aguda
 Etiologia  retenção placentária / fetal,
distocia, manobras obstétricas inadequadas
 Sem relação com alterações hormonais
≠ piometra
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

METRITE

 Sinais clínicos
 Apatia, febre, anorexia, desidratação,
taquicardia, secreção vaginal purulenta
fétida (2 a 3 dias após o parto)
 Deficiência ou ausência da produção de
leite e negligência quanto aos filhotes
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

METRITE

 Diagnóstico
− Histórico
− Sinais clínicos
− Palpação abdominal
− Radiografia e ultra-sonografia
− Cultura
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

METRITE

− Hemograma
 neutrofilia com desvio à esquerda
− Azotemia pré-renal
− Citologia vaginal  polimorfonucleares
degenerados, bactérias, muco, células
endometriais, restos celulares
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

METRITE

 Tratamento clínico  rápido e agressivo


− Antibiótico sistêmico e terapia suporte
− Ocitocina  0,5 a 2 UI/kg (até 20 UI), IM, SID ou
BID, por vários dias
− Ergometrina / ergonovina
− Prostaglandina F2α  0,25 (0,1 a 0,5) mg/kg, SID
ou BID, SC, por 3 a 5 dias

 Não usar estrógenos  absorção de toxinas


PUERPÉRIO PATOLÓGICO

METRITE

 Tratamento cirúrgico

− OSH

 Se não houver resolução com


tratamento clínico
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

PROLAPSO UTERINO

 Não é freqüente

 Pode ou não existir histórico de distocia

 Ocorre logo após expulsão do último feto

 Etiologia  abertura cervical (idiopática)


PUERPÉRIO PATOLÓGICO

PROLAPSO UTERINO

 Tratamento  cirúrgico*

− Laparotomia e reposição

− OSH
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HIPOCALCEMIA

 Sinonímia: tetania puerperal, eclampsia

 Ocorre no final da prenhez ou início da


lactação (20 dias antes do parto até 45 dias
depois); mais comum na lactação

 Mais freqüente em fêmeas de pequeno e


médio porte, com ninhadas grandes
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HIPOCALCEMIA

 Etiologia
 deficiência de cálcio
 nutrição inadequada + demanda da lactação
 Pode estar associada à hipoglicemia,
acetonemia e hipercolesterolemia
 Cálcio sérico  inferior a 8 mg/dl
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HIPOCALCEMIA

 Sinais clínicos (15 minutos a 12 horas)


1. Inquietação, taquipnéia, salivação, andar
rígido incapacidade de manter-se em estação
2. Contrações musculares e hipertermia (42° C)
3. Tetania e óbito*

* Depressão respiratória, hipertermia e edema cerebral


PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HIPOCALCEMIA

 Tratamento
− Gluconato de cálcio 10%  5 a 15 ml, IV,
lento (pode ocorrer vômito)
− Fluidoterapia  solução com glicose
− Glicose ou dextrose em bolus
− Benzodiazepínicos
− Combate à hipertermia
PUERPÉRIO PATOLÓGICO

HIPOCALCEMIA

 Prevenção
− Correção da dieta
− Suplementação  fosfato dicálcico, gluconato
ou carbonato - 500 mg/10kg, IM, SC ou VO, TID
− Inibir secreção do leite
 Suspensão da amamentação
 Fármacos

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