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FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Fundações Rasas: Conceitos Básicos, Execução e


Dimensionamento Geométrico
15/04/2023

Professor
ILAN DAVIDSON GOTLIEB
ilan@mgasolos.com.br
Engenheiro Civil Mackenzie (1986) e Mestrado em Engenharia Geotécnica Cornell University (1996)
Sócio-diretor da MG&A Consultores de Solos S.S. Ltda.
Membro da diretoria da ABEG (Assoc. Bras. das Empresas de Projeto e Consultoria em Engenharia Geotécnica)
Presidente do Núcleo SP da ABMS (Assoc. Bras. De Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica)
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

• Introdução
• Definições gerais
• Fundações rasas
• Elementos necessários para o projeto geotécnico
• Dimensionamento geométrico de sapatas
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

INTRODUÇÃO
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

ESTRUTURA DO CURSO

O curso será ministrado em 03 (três) aulas de 03 (três) horas cada.

A primeira aula abordará os conceitos sobre as fundações em geral,


incluindo o que deve ser verificado quando da elaboração de um projeto
de fundações rasas. Além disto, será apresentado o dimensionamento
geométrico das fundações em sapatas.
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ESTRUTURA DO CURSO

A segunda aula abordará os conceitos sobre capacidade de carga do solo


para fundações rasas, com exemplos práticos e exercícios.

A terceira aula abordará os conceitos sobre recalques de fundações rasas,


também com exemplos práticos e exercícios.
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DEFINIÇÕES GERIAS
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Definição Geral de Estruturas

As estruturas, de maneira geral, podem ser divididas em três partes:

• super-estrutura - parte acima do terreno adjacente

• infra-estrutura - parte abaixo do terreno adjacente

• fundações - parte permanentemente enterrada e que transmite tensões ao solo


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Definição Geral de Fundação


Fundação é o elemento estrutural que transmite ao terreno as cargas de uma
edificação de maneira que:

• ofereça segurança contra a ruptura tanto do material de que ela é constituída como
do solo em que está instalada, e

• apresente deformações que não excedam os limites compatíveis com a estrutura


suportada.
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Classificação das Fundações


As fundações são classificadas quanto à profundidade em:
a. Fundações Rasas, Diretas ou Superficiais
Apóiam-se logo abaixo da infra-estrutura e transmitem cargas ao solo através de
pressões distribuídas no plano de contato entre sua base e o solo de apoio.

As fundações rasas, por sua vez, se dividem em:


- blocos de fundação
- sapatas de fundação
- radieres
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Classificação das Fundações


b. Fundações Profundas
São elementos estruturais introduzidos ou moldados no solo que transmitem as
cargas pela sua base (ou ponta) ou pela superfície lateral ou ainda pela
combinação de ambas.

As fundações profundas podem ser subdivididas em:


- estacas
- tubulões
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FUNDAÇÕES RASAS
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As fundações rasas podem ser classificadas de acordo com suas características


estruturais conforme descritas a seguir:
1. Blocos de Fundação
Elementos que apresentam grande rigidez e constituídos por concreto simples ou
ciclópico. Suas faces podem ser verticais, inclinadas ou escalonadas.

25 a
50cm
β β β β
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Para que não seja necessário o uso de armadura, o concreto dever absorver os esforços de
tração, resultando, assim, peças com grandes alturas. A inclinação das faces em relação ao
plano da base deverá obedecer a seguinte expressão:

tg β σs
------ = ------- + 1
β σct

onde:

β - em radianos
σs = tensão aplicada ao solo pela fundação
σct = tensão admissível de tração do concreto igual a 0,4 ftk < 0,8 Mpa
fck = resistência característica à compressão do concreto
ftk = resistência característica à tração do concreto
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Os blocos de fundação são mais aplicáveis para os casos onde não ocorram cargas estruturais
muito elevadas (< 1.000 kN) e em solos que admitam suportar tensões não muito reduzidas
(0,2 a 0,4 MN/m2).

OBSERVAÇÃO: Não confundir bloco de fundação com os blocos de capeamento ou


coroamento que são utilizados em fundações sobre estacas ou tubulões.
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2. Sapatas de Fundação

São elementos executados em concreto armado e portanto resistem a esforços de


tração e tendo alturas menores do que a dos blocos de fundação.

As sapatas podem ter as seguintes formas:

- quadradas
- retangulares
- corridas (comprimento > 3 vezes a largura)
- circulares
- trapezoidais
- paralelogrâmicas
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As sapatas podem ter seção constante ou variável. Podem ainda ser nervuradas
quando o comprimento L exceder cerca de duas vezes a largura B.

As sapatas podem ser classificadas também em função do número de pilares


suportados. Assim temos:

• Sapata Isolada: quando uma sapata suporta apenas um pilar.

• Viga de Fundação: É o caso em que a sapata suporta dois ou mais pilares que
tenham seus centros no mesmo alinhamento.

•Sapata Associada: É o caso em que os vários pilares suportados não tenham seus
centros no mesmo alinhamento.
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Sapata isolada: quando uma sapata suporta apenas um pilar. As sapatas isoladas
podem ter seção constante (a) ou variável (b) e podem ainda ser “nervuradas” (c),
quando o comprimento L exceder duas vezes a largura B.
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Viga de Fundação: É o caso em que a sapata suporta dois ou mais pilares que
tenham seus centros no mesmo alinhamento.
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Sapata Associada: É o caso em que os vários pilares suportados não tenham seus
centros no mesmo alinhamento.
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abertura da cava

lastro de concreto magro


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armação da sapata

concretagem da sapata
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sapatas prontas
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3. Radier

O radier consiste em uma única placa que suporta todos os pilares ou carregamentos
distribuídos (tanques, silos, etc.). Podem ser flexíveis ou rígidos.

É, em geral, uma fundação onerosa e se considera seu emprego somente nos


seguintes casos:

• quando a área total de sapatas, devido às cargas estruturais altas e/ou a baixa
capacidade de suporte do solo, superar 70% da área da projeção da edificação

• quando há a necessidade de se reduzir ao mínimo os recalques diferenciais


provenientes da compressibilidade do solo. Neste caso usar radier rígido.
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Radier flexível Radier rígido Radier rígido nervurado


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Radier sendo preparado

Radier sendo concretado


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Radier pronto
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ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA O PROJETO GEOTÉCNICO


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Características topográficas do terreno

É fundamental para o desenvolvimento de qualquer projeto de fundações (rasas


ou profundas), se conhecer as características topográficas do terreno da obra.
Para tanto, é necessário que seja fornecido um levantamento topográfico com
indicações dos níveis do terreno, das construções vizinhas, com suas projeções.
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Características geológico-geotécnicas do terreno

É fundamental que seja conduzida uma completa investigação do subsolo local,


através de sondagens à percussão (SPT), ensaio de penetração de cone (CPT), e
outros mais específicos (ensaios de adensamento, etc.).

Como o resultado desta investigação é que norteará o projeto, a qualidade da


mesma é fundamental para a qualidade final do projeto.
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Características de carregamento da estrutura a ser suportada

Embora as fundações em sapatas não têm limitação de dimensão, a grandeza e


tipo dos carregamentos a serem suportados podem inviabilizar a sua escolha.
Por se tratar de fundação que trabalha por apoio direto no terreno e
transferência de carga pela superfície de apoio no solo, os esforços de tração
não podem ser absorvidos, exceto pelo peso próprio da sapata. Desta forma, as
características de carregamento são importantíssimas.
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DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO DE SAPATAS


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Fundações Rasas por Sapatas (pilares isolados de geometria regular)

O dimensionamento geométrico deste tipo de fundação é simples e basicamente


consiste na determinação das dimensões, em planta, da sapata. Para tanto devemos
separar o dimensionamento de acordo com a situação estrutural do pilar a ser
suportado.

Geralmente as sapatas tem, em planta, a mesma geometria do pilar que suportam,


portanto para pilares de seção quadrada, as sapatas devem, preferencialmente, ser
quadradas (em planta) e para pilares de seção retangular, as sapatas devem,
preferencialmente, ser retangulares (em planta).
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Independente da seção que tenha um pilar, o dimensionamento da sapata se inicia


com a determinação da área em planta da mesma. Para tanto, deve-se fazer a
divisão da carga axial do pilar pela tensão admissível do solo adotada para projeto. A
determinação da tensão admissível do solo depende do seu estado e tipo, e será
alvo de discussão mais adiante no curso.

Desta forma, temos:

Ppilar
Asapata = -------- = a . b
σs
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onde,

Asapata = área em planta da sapata

Ppilar = carga axial do pilar

σs = tensão admissível do solo

a = um dos lados da sapata

b = outro lado da sapata

É fundamental que se utilize valores com unidades compatíveis, por exemplo, não se
deve utilizar a carga axial do pilar em kN e a tensão admissível do solo em MN/m2.
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Para o caso das sapatas de pilares de seção quadrada, as dimensões a e b da sapata


serão iguais, portanto teremos:

Ppilar
Asapata = -------- = a . b = a . a = a2
σs

Após a determinação das dimensões da sapata, deve-se desenhá-la em planta,


respeitando-se as seguintes regras:

• o centro de gravidade da sapata deve coincidir com o centro de gravidade do pilar


(sempre que possível)

• a sapata deve ser locada respeitando-se o eixo principal de inércia do pilar (sempre
que possível).
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Assim temos:

a
sapata
a

pilar
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Dimensione a sapata do pilar abaixo, admitindo uma tensão admissível do solo de


σs = 0,40 MN/m2:

P1 (40/40)
2.000kN
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Determinação da área em planta da sapata:

Ppilar 2.000
Asapata = -------- = ---------- = 5m2
σs 400

Como o pilar tem seção quadrada, a sapata terá seção quadrada em planta:

5m2 = a2  a = 2,23m  2,25m


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A sapata então ficará:

225

225
P1 (40/40)
2.000kN
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Para os pilares isolados de seção retangular, o procedimento de cálculo é similar ao


exposto anteriormente, porém ao se determinar a área da sapata, teremos duas
incógnitas (lados a e b), pois a sapata terá geometria retangular (em planta). Desta
forma, cria-se uma equação com duas incógnitas. Para resolver o problema, é
necessário que se obtenha mais uma equação que relacione as dimensões dos lados
da sapata. Afim de se gerar uma sapata com estrutura econômica (menor volume de
concreto e menor armadura), adota-se uma "relação econômica" entre os lados da
mesma. Esta relação é aquela que gera uma sapata com os "balanços" entre os lados
da mesma e do pilar de igual valor, ou seja, a diferença entre os lados da sapata e os
lados do pilar deve ser igual. Se chamarmos de "x" a distância entre a face do menor
lado do pilar e a face de menor lado da sapata e "y" a distância entre a face do maior
lado do pilar e a face de maior lado da sapata, o "balanço" igual é obtido quando "x"
for igual a "y", conforme desenho abaixo:
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Assim temos:

x b0
a0
b
a
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Logo,

a - a0 b - b0
x = ----------- e y = ----------
2 2

Se fizermos x = y, teremos:

a - a0 b - b0
--------- = ----------
2 2

a - a0 = b - b 0

a - b = a0 - b0  que é a "relação econômica”


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onde,

a = lado maior da sapata

b = lado menor da sapata

a0 = lado maior do pilar

b0 = lado menor do pilar


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Dimensione a sapata do pilar abaixo, admitindo uma tensão admissível do solo de


σs = 0,40 MN/m2:

P2 (60/20)
2.360kN
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Determinação da área em planta da sapata:

Ppilar 2.360
Asapata = -------- = ---------- = 5,9m2
σs 400

Como o pilar tem seção retangular, a sapata terá seção retangular em planta:

5,9m2 = a . b  relação econômica  a – b = 0,60 – 0,20m

5,9 = (b+0,40) . b  b2 + 0,40.b – 5,9 = 0


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b2 + 0,40.b – 5,9 = 0

Resolvendo a equação se obtém:

a = 2,65m e b = 2,25m
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A sapata então ficará:

P2 (60/20)
2.360kN

225
265
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Fundações Rasas por Sapatas (pilares isolados de geometria irregular)

Para o caso dos pilares de geometria irregular (pilares em "L", "U", etc.), o roteiro de
cálculo é muito parecido com o cálculo de pilares retangulares, pois a sapata para
estes casos será retangular (em planta). O cálculo inicia-se com a determinação do
centro de gravidade (C.G.) do pilar, pois a sapata deverá ser posicionada centrada a
este ponto. Posteriormente determina-se a área em planta da sapata e cria-se um
pilar "fictício" retangular, que substituirá o pilar original na fase de
dimensionamento da sapata. Deverá ser usada a "relação econômica", adotando-se
as dimensões a0 e b0 do pilar "fictício" criado. Este pilar "fictício" deve atender as
seguintes condições:
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1. deve ter projeção que envolva completamente o pilar original, e


2. deverá ter o seu centro de gravidade coincidente com o centro de gravidade do
pilar original.

Na figura abaixo apresenta-se o procedimento de criação do pilar "fictício":

pilar original

pilar "fictício"
centro de gravidade
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Dimensione a sapata do pilar abaixo, admitindo uma tensão admissível do solo de


σs = 0,30 MN/m2:

P3 15

2.800kN 50
15
80
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Primeiramente determina-se o centro de gravidade do pilar (C.G.):

15
50
15
80
A1 = 50 x 80 = 4.000cm²
A2 = 65 x 35 = 2.275cm²
ATOTAL = 4.000 – 2.275 = 1.725cm²

40 . 4000 – 47,5 . 2.275


xCG = ---------------------------------- = 30,1cm
1.725
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Primeiramente determina-se o centro de gravidade do pilar (C.G.):

15
50
15
80
A1 = 50 x 80 = 4.000cm²
A2 = 65 x 35 = 2.275cm²
ATOTAL = 4.000 – 2.275 = 1.725cm²

25 . 4000 – 32,5 . 2.275


yCG = ---------------------------------- = 15,1cm
1.725
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Determina-se então o pilar “fictício” :

a0 = 2 . (80 – 30,1) = 99,8cm

b0 = 2 . (50 – 15,1) = 69,8cm

a0 – b0 = 99,8 – 69,8 = 30cm  a – b = 30cm


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Determinação da área em planta da sapata:

Ppilar 2.800
Asapata = -------- = ---------- = 9,33m2
σs 300

Como o pilar “fictício” tem seção retangular, a sapata terá seção retangular em
planta:

9,33m2 = a . b  relação econômica  a – b = 0,30m

9,33 = (b+0,30) . b  b2 + 0,30.b – 9,33 = 0


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b2 + 0,30.b – 9,33 = 0

Resolvendo a equação se obtém:

a = 3,25m e b = 2,95m
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A sapata então ficará:

P3
2.800kN

295
325
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Fundações Rasas por Sapatas (pilares isolados de divisa)

Para os casos dos pilares de divisa (pilares posicionados junto às divisas do terreno),
é fisicamente impossível executarmos as fundações em sapatas centradas nos CG's
destes pilares sem "invadirmos" o terreno vizinho. Desta forma, estes pilares
receberão sapatas "excêntricas" em relação aos CG's. Afim de corrigir a
excentricidade gerada e manter o sistema estático, usa-se a "viga alavanca", que é
uma viga que liga o eixo do pilar da divisa ao eixo de um outro pilar da estrutura (de
preferência o pilar mais próximo). O centro da sapata do pilar de divisa deverá
sempre estar sob a viga alavanca.
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DIVISA

DIVISA
Viga alavanca

faixa de “invasão” Sapata excêntrica


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pilar

DIVISA
Carga do pilar
Viga alavanca

Excentricidade

Sapata excêntrica Reação da sapata


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O dimensionamento das sapatas de pilares de divisa inicia-se com a determinação


da área da sapata, utilizando-se a carga original do pilar, porém sabe-se de
antemão que esta não será a carga que realmente atuará na sapata, pois devido
a sua excentricidade, haverá um acréscimo de carga.

Como este acréscimo de carga é diretamente proporcional a excentricidade entre


o centro de gravidade do pilar e o centro da sapata, não se pode determinar o
acréscimo de carga sem que se saiba qual a excentricidade.
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Como foi anteriormente descrito, existe uma proporcionalidade entre o acréscimo


de carga gerado e a excentricidade geradora. Desta forma, para que o acréscimo de
carga seja o menor possível, é recomendado que a excentricidade seja também a
menor possível. Assim, ao se iniciar o dimensionamento da sapata, utilizaremos a
carga original do pilar e faremos a consideração de que a sapata terá o lado maior
(lado "a"), duas vezes maior que o lado menor (lado "b"). Com isso, a sapata será o
mais estreita possível, sem que se exceda a relação máxima entre lados de 2,5
vezes. Assim, teremos:
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Ppilar
Asapata = -------- = a . b = (2 . b) . b = 2 . b2
σs

Com a dimensão "b" determinada, pode-se então montar o


esquema estático do conjunto sapata - viga alavanca.
x1
P.1 P.2

xR
R
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onde,

P1 = carga no eixo do pilar de divisa


P2 = carga no eixo do pilar mais próximo
R = reação no CG da sapata do pilar de divisa

Para que o sistema esteja estático, faz-se com que a somatória de momentos em relação
ao centro do pilar P2 seja nulo e assim se obtém o valor da reação R que atua na sapata.

ΣMP2 = 0

ΣMP2 = P1 . x1 - R . xR = 0

P1 . x1
R = ------------
xR
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Com o valor de R pode-se agora calcular a dimensão final da sapata, mantendo-se


fixa a dimensão "b" anteriormente determinada.

R
Asapata = ---- = a . b  como "b" já está determinado, obtém-se o valor de "a"
σs

Afim de se compensar o acréscimo de carga na sapata do pilar da divisa, no cálculo


da sapata do pilar onde está fixada a viga alavanca (pilar P.2 em nosso exemplo),
pode-se fazer a consideração do alívio gerado pela viga alavanca.
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R - P1
∆P2 = ----------
2

onde,

R = reação na sapata do pilar de divisa

P1 = carga do pilar de divisa


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Assim, a carga a ser utilizada no cálculo da sapata do pilar onde está fixada a viga
alavanca (pilar P.2 em nosso exemplo) será a carga original descontando-se o alívio
acima mencionado.

P'2 = P2 - ∆P2
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Dimensione as sapatas dos pilares abaixo, admitindo uma tensão admissível do


solo de σs = 0,35 MN/m2:
P5 (25/50) 12,5
P4 (20/40)
3.100kN
1.200kN

DIVISA
350
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Iniciamos com a determinação da área em planta da sapata do pilar da divisa (P4):

Ppilar 1.200
Asapata = -------- = ---------- = 3,43m2
σs 350

Admitindo-se a relação a/b = 2,0:

3,43m2 = a . b = 2 . b . b = 2 . b²  3,43 = 2 . b²

b = 1,35m
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Com a dimensão b determinada, pode-se “montar” o esquema de esforços da viga


alavanca:
337,5
P.4 P.5

280
R

Assim temos:

1.200 . 337,5
R = -------------------- =1.447kN
280
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Com a reação R determinada, calcula-se a dimensão a da sapata do pilar da divisa


(P4):

R 1.447
Asapata = ----- = -------- = 4,13m2
σs 350

Para b = 1,35m  a = 3,10m


FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Calcula-se o “alívio” na sapata do pilar P5:

R - P4 1.447 – 1.200
∆P5 = ----------- = --------------------- = 123,5kN
2 2

P’5 = P5 - ∆P5 = 3.100 – 123,5 = 2.976,5kN


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Determinação da área em planta da sapata:

P’5 2.976,5
Asapata = -------- = ------------ = 8,5m2
σs 350

Como o pilar tem seção retangular, a sapata terá seção retangular em planta:

8,5m2 = a . b  relação econômica  a – b = 0,25m

8,5 = (b+0,25) . b  b2 + 0,25.b – 8,5 = 0


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b2 + 0,25.b – 8,5 = 0

Resolvendo a equação se obtém:

a = 3,05m e b = 2,80m
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P5 (25/50) 280 135 P4 (20/40)


3.100kN

310
305
1.200kN

DIVISA
V.A.
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Fundações Rasas por Sapatas (pilares associados)

Podem existir casos em que devido a distância entre pilares, não seja possível
projetar-se sapatas isoladas para cada pilar, sendo necessário agrupar 2 ou mais
pilares em uma única fundação. São as chamadas sapatas de pilares associados.

faixa de sobreposição
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Para o dimensionamento das sapatas nestes casos, o procedimento se assemelha ao


adotado para os pilares de geometria irregular. Calcula-se primeiramente o centro de
forças dos pilares (ao invés do centro de gravidade no caso dos pilares de geometria
irregular). Cria-se então um pilar "fictício", como no caso dos pilares de geometria
irregular.
centro de força

pilar fictício
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Do ponto de vista estrutural, sempre existirá uma viga ligando os pilares associados,
chamada de viga de rigidez. Esta viga une os pilares de eixo a eixo e o centro da
sapata deverá estar sob o eixo da mesma.
centro de força

viga de rigidez
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Desta forma, com o pilar "fictício", calcula-se a sapata como se fosse para um pilar
isolado e deve-se tomar o cuidado de locar a mesma centrada no centro de forças dos
pilares.
centro de força

viga de rigidez
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Dimensione as sapatas dos pilares abaixo, admitindo uma tensão admissível do solo
de σs = 0,30 MN/m2:

P5 (15/160)
P4 (15/160)
3.000kN
2.100kN

175
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Determinação da área em planta da sapata do pilar P4:

P4 2.100
Asapata = -------- = ---------- = 7m2
σs 300

Como o pilar tem seção retangular, a sapata terá seção retangular em planta:

7m2 = a . b  relação econômica  a – b = 1,45m

7 = (b+1,45) . b  b2 + 1,45.b – 7 = 0
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

b2 + 1,45.b – 7 = 0

Resolvendo a equação se obtém:

a = 3,50m e b = 2,05m
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Determinação da área em planta da sapata do pilar P5:

P5 3.000
Asapata = -------- = ----------- = 10m2
σs 300

Como o pilar tem seção retangular, a sapata terá seção retangular em planta:

10m2 = a . b  relação econômica  a – b = 1,45m

10 = (b+1,45) . b  b2 + 1,45.b – 10 = 0
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

b2 + 1,45.b – 10 = 0

Resolvendo a equação se obtém:

a = 4,00m e b = 2,55m
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Se desenharmos as sapatas, verificaremos que há sobreposição:


255
400

205

350
P5 (15/160) P4 (15/160)
3.000kN 2.100kN

55
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Como há sobreposição, deve-se ainda tentar utilizar sapatas isoladas, mesmo sem
respeitar uma relação econômica. Para isso, podemos dividir a distância entre
pilares destinando metade para cada sapata (deixar uma distância de 10cm entre
faces das sapatas):

Distância entre pilares = 175cm


Metade da distância = 87,5cm
Largura das sapatas = 2 x (87,5-5) = 165cm = 1,65m
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Determinação da área em planta da sapata do pilar P4:

P4 2.100
Asapata = -------- = ---------- = 7m2
σs 300

Para b = 1,65m, teremos:

7m2 = a . b = a . 1,65  a = 4,25m

Verificando a relação a/b: 4,25 / 1,65 = 2,58 > 2,5


FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Determinação da área em planta da sapata do pilar P5:

P5 3.000
Asapata = -------- = ----------- = 10m2
σs 300

Para b = 1,65m, teremos:

10m2 = a . b = a . 1,65  a = 6,10m

Verificando a relação a/b: 6,10 / 1,65 = 3,70 > 2,5


FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Como não há possibilidade de utilizar sapatas isoladas, será necessário dimensionar


uma sapata única para os dois pilares (sapata associada).

Começamos então pela determinação do Centro de Forças dos Pilares (C.F.). Como os
pilares estão em um mesmo alinhamento, basta determinar o valor do xCF:

2.100 . 175
xCF = -------------------- = 72,1cm
3.000 + 2.100
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Determina-se então o pilar “fictício” :

a0 = 2 . (175 – 72,1 + 7,5) = 220,8cm

b0 = 160cm

a0 – b0 = 220,8 – 160 = 60,8cm


FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Determinação da área em planta da sapata:

P4 + P5 5.100
Asapata = ----------- = ---------- = 17m2
σs 300

Como o pilar “fictício” tem seção retangular, a sapata terá seção retangular em
planta:

17m2 = a . b  relação econômica  a – b = 0,608m

17 = (b+0,608) . b  b2 + 0,608.b – 17 = 0
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

b2 + 0,608.b – 17 = 0

Resolvendo a equação se obtém:

a = 4,45m e b = 3,85m
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

A sapata ficará então: 385

445
P5 (15/160) P4 (15/160)
3.000kN 2.100kN

C.F.

72,1
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Fundações Rasas por Sapatas (pilares sujeitos a esforços de momento)

O dimensionamento das sapatas de pilares sujeitos a esforços de momento é


dividido em duas partes: a) pré-dimensionamento, similar ao dimensionamento de
sapatas de pilares isolados, quando não se leva em conta os esforços de momento, e
b) verificação das tensões aplicadas no terreno pela sapata quando atua o
momento.

A verificação é feita com base nas teorias de Resistência dos Materiais, quando se
verificava as tensões decorrentes da aplicação de cargas axiais, acrescidas de
esforços de momento. Simplificando, utiliza-se a seguinte equação:
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

N M
σaplicada = ----- ± -----
A W

onde,

N = carga vertical do pilar

A = área da sapata ("a" . "b")

M = momento aplicado pelo pilar

base . altura2
W = momento resistente, para retângulos = --------------------
6

A base do retângulo pode ser a dimensão "a" ou "b" da sapata, dependendo do sentido do momento
e da posição da mesma.
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Desta forma, obtém-se tensões máximas e mínimas aplicadas pelas bordas da sapata:

σmínimo σmáximo
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Estes valores de tensão obtidos deverão ser comparados com a tensão admissível
do solo, porém levando-se em consideração a natureza dos esforços de momento
(carga acidental ou permanente).

Caso o momento seja originado por carregamento permanente, o critério de


aceitação é o que se segue:

σmáxima ≤ σs

σmínima ≥ 0
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Caso o momento seja originado por carregamento de vento, o critério de aceitação é o


que se segue:

σmáxima ≤ 1,15 . σs

σmínima ≥ 0

σmédia ≤ σs

Caso os critérios não sejam atendidos, deve-se redimensionar a sapata para que as
tensões fiquem dentro das limitações.
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Dimensione a sapata do pilar abaixo, admitindo uma tensão admissível do solo de


σs = 0,35 MN/m2:
y

P2 (25/150)
N = 4.000kN
Mx = ± 800 kN.m (VENTO)
x
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Primeiramente calculamos a sapata sem consideração do momento:

PPILAR 4.000
Asapata = -------- = -------- = 11,43m2
σs 350

Como o pilar tem seção retangular, a sapata terá seção retangular em planta:

11,43m2 = a . b  relação econômica  a – b = 1,25m

b2 + 1,25.b – 11,43 = 0
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

b2 + 1,25.b – 11,43 = 0

Resolvendo a equação se obtém:

a = 4,10m e b = 2,85m
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Agora fazemos a verificação das tensões aplicadas no solo quando atua o momento:

N M 4.000 800
σaplicada = ----- ± ----- = -------------- ± ------------------
A W 2,85 . 4,10 (2,85 . 4,10²)
-------------------
6

σmáxima = 342,32 + 100,19 = 442,51kN/m² > 1,15 . 350  ñ OK!!!  recalcular a sapata
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Agora fazemos o cálculo fixando a tensão máxima em (350 . 1,15 = 402,50kN/m²) e


mantemos a dimensão “b” :

4.000 800
σmáxima = ------------- + --------------- = 402,50
2,85 . a (2,85 . a²)
----------------
6

Daí se obtém: a = 4,45m


FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

σmáxima = 315,40 + 85,05 = 400,45kN/m² < 402,50  OK

σmínima = 315,40 – 85,05 = 230,35kN/m² > 0  OK

σmédia = (400,45 + 230,35) / 2 = 315,40kN/m² < 350  OK


FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

285

445
y

P2 (25/150)
N = 4.000kN
Mx = ± 800 kN.m (VENTO)
x
FUNDAÇÕES E GEOTECNIA EM OBRAS IMOBILIÁRIAS

Fundações Rasas: Conceitos Básicos, Execução e


Dimensionamento Geométrico
15/04/2023
MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO

Professor
ILAN DAVIDSON GOTLIEB
ilan@mgasolos.com.br
Engenheiro Civil Mackenzie (1986) e Mestrado em Engenharia Geotécnica Cornell University (1996)
Sócio-diretor da MG&A Consultores de Solos S.S. Ltda.
Membro da diretoria da ABEG (Assoc. Bras. das Empresas de Projeto e Consultoria em Engenharia Geotécnica)
Presidente do Núcleo SP da ABMS (Assoc. Bras. De Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica)

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