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UNIVESP - Universidade Virtual do Estado de São Paulo

Curso em Especialização em Educação Digital

RAYLIVAN SILVA DE CARVALHO

TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO ESCOLAR

TABATINGA/AM
JANEIRO 2022
UNIVESP - Universidade Virtual do Estado de São Paulo
Curso em Especialização em Educação Digital

RAYLIVAN SILVA DE CARVALHO

TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO ESCOLAR

Trabalho para obtenção de nota da matéria


Conhecimento Tecnológico Pedagógico do Conteúdo -
TPACK - EDU100 - Turma 003 do curso de
Especialização em Educação Digital, apresentado a
UNIVESP – Universidade Virtual do Estado de São
Paulo.

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Rodrigues.

TABATINGA/AM
JANEIRO 2022
INTRODUÇÃO

A dinâmica do aprendizado no contexto educacional tem passado por muitas


transformações, sobretudo devido à facilitação do acesso às informações. O educador
não é mais o único responsável pela exposição do conteúdo, a partir de agora ele se
torna um intermediador do processo de ensino-aprendizagem.

As aulas expositivas correspondem a um modelo de ensino explorado por muito


tempo e por muitas escolas. Dessa maneira, o professor é o único responsável por
conduzir a aula e os alunos participam de forma passiva. O principal impasse nesse
cenário é fazer com que os alunos mantenham-se motivados, interessados e engajados.

As metodologias ativas consistem na mudança do paradigma do aprendizado e


da relação entre o aluno e o professor. O aluno passa então a ser o protagonista e
transformador do processo de ensino, enquanto o educador assume o papel de um
orientador, abrindo espaço para a interação e participação dos estudantes na construção
do conhecimento.

As metodologias ativas podem ser aplicadas de diversas formas no ensino.


Conheça as principais delas:

1 - Ensino Híbrido

O ensino híbrido consiste na união do ensino tradicional e presencial com aquele a


distância (EAD). O uso da tecnologia no ensino facilita o contato do aluno com o
conhecimento, permitindo que o estudante busque fontes, informações e
dados online rapidamente com a finalidade de complementar o que foi dito em sala.

2 - Sala de aula invertida

A sala de aula invertida consiste na inversão do modelo tradicional, no qual o professor


passa o conteúdo e em seguida, em casa, o aluno tenta resolver os exercícios e
identificar suas dúvidas. A intenção é que os estudantes tenham o primeiro contato com
o conteúdo antes de chegarem na escola, para então serem auxiliados pelo educador em
relação às dúvidas e à resolução de questões.

3 - Gamificação
O objetivo da gamificação é trazer a experiência dos jogos para o ensino. O
ponto principal dessa metodologia é fazer com que os alunos entrem em uma
competição saudável, estimulando o pensamento “fora da caixa” e a motivação e a
dedicação para o estudo.

Como as metodologias ativas podem beneficiar as práticas pedagógicas?


Nas metodologias ativas, as práticas pedagógicas são estruturadas com a finalidade de
fazer com que o estudante participe do seu processo de aprendizado.

Além disso, essas metodologias estimulam a resolução de problemas práticos,


contribuindo para o desenvolvimento de competências como o pensamento crítico. Os
estudantes também conseguem trabalhar a autonomia, a responsabilidade, a
proatividade, o trabalho em equipe e a independência.

Isso significa que essas metodologias podem contribuir com o desenvolvimento


tanto da dimensão cognitiva quanto da socioemocional dos estudantes. Isso porque os
alunos aprendem a lidar com problemas devido ao trabalho da sua segurança e
confiança para enfrentar situações complexas, na escola quando e na vida. Os alunos
desenvolvem mecanismos e aprendem a expor sua opinião e a respeitar pensamentos
diferentes.

GESTÃO DA ESCOLA E O PAPEL DO GESTOR

De acordo com Andrade (2004), a expressão gestão escolar em substituição à


administração escolar, não é apenas uma questão semântica. Ela representa uma
mudança radical de postura, um novo enfoque de organização, um novo paradigma de
encaminhamento das questões escolares, ancorado nos princípios de participação, de
autonomia, de autocontrole e de responsabilidade. A figura de administrador deve ceder
espaço à de líder, aquele que é seguido por constituir-se exemplo, por atualizar-se, por
ser simples e direto, por ser objetivo, dinâmico, resiliente e empático.

De acordo com Campos (2010), gerir um ambiente tão efervescente e múltiplo


como a escola demanda porfia, audácia planejada e um certo arrojo. Não são poucos ou
autores que se debruçaram sobre os livros, teorias, pesquisas para elencar atributos do
gestor escolar, tais como Andrade (2004), Campos (2010) e Lück (2000).
O lugar do gestor escolar na atual conjuntura é central, bem como sua
perspectiva de mundo e modelo educacional. Proporcionalmente a sua importância está
sua responsabilidade. A ousadia para analisar e acolher novas possibilidades de
aprender e ensinar, a perspicácia de colocar em prática ideias inovadoras e a coragem
para pulverizar a atuação de sua equipe são atitudes que devem permear a prática do
gestor escolar. Lück afirma ainda que “o trabalho de gestão escolar exige, pois, o
exercício de múltiplas competências específicas e dos mais variados matizes”. (2000, p.
29).

A gestão escolar marcada por atitudes tradicionais é aquela onde a forma


conduzida ainda é marcada ausência do diálogo e a falta de inovações no campo das
ações do trabalho em equipe. Segundo Libâneo (2001) é muito comum esse tipo de
modelo de gestão em escolas com muitos anos de atuação, onde ainda existe o apego à
antiga forma de conduzir o ambiente de ensino (mesmo com a troca da equipe
pedagógica após alguns anos de atuação). Portanto, do mesmo modo como as pessoas
possuem suas próprias características, no caso das instituições de ensino também
existem especificidades.

Ainda de acordo com a mesma autora, as responsabilidades do gestor são


inúmeras: pedagógicas, administrativas, financeiras, não esquecendo sua atuação como
motivador e agente de transformação.

Novas formas de ensino e aprendizagem apontam para as metodologias ativas e


educação 3.0 como formas de ressignificar a escola, reaproximá-la dos alunos, retomar
seu papel de propulsora do conhecimento, criadora de ideias, incubadora de pensadores,
genitora de mediadores entre problemas e soluções reais. Freire (1996) já dizia que a
aprendizagem requer e depende de superação de problemas e desafios:

O mundo não é. O mundo está sendo. Como


subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na
objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu
papel no mundo não é só o de quem constata o que
ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de
ocorrências. (FREIRE,1996, p. 77).
A ESCOLA 3.0

O conceito de educação não é o mesmo em todas as épocas e culturas. Nem


sempre é obrigatoriamente escolar, como na maioria das culturas indígenas brasileiras, e
nem sempre a educação formal visa apenas à diplomação e à certificação.

A modernidade sólida, o período anterior ao que vivemos, já foi suplantado, por


isso as relações não são estáveis, a forma não é mais o centro de fixação. A passagem
do sólido para o líquido, como na física, deixa profundas marcas e a sociedade sofre
com tais mudanças. É necessário então atualizar o modo de ser.

A parte mais “líquida” da sociedade são os mais jovens, aqueles que já nascem
menos angulosos e com mais “leveza”, são, por isso, mais maleáveis. Tal maleabilidade,
porém, não significa que não tenham uma grande dificuldade de adaptação ao que não
se conforma a eles. Os jovens da geração Z são líquidos, no sentido de se abrirem ao
novo e ao mesmo tempo contestarem o velho que não mais lhes diz respeito.

Neste sentido, a modernidade líquida afeta todas as relações, inclusive, ou


sobretudo, as relações escolares. No Brasil, a escola é de frequência obrigatória, sendo
direito e responsabilidade dos cidadãos, no caso dos menores, dever de seus pais ou
responsáveis em conjunto com a sociedade. Com o avanço das discussões e da
legislação a respeito muitos aspectos foram revistos, mas a obrigatoriedade e o
enquadramento ainda persistem.

Como a criança e o adolescente são líquidos e a escola ainda é, em sua maioria,


sólida, há um constante choque entre estes dois atores sociais e o longo período de
aprendizagem sofre perdas por falta de adaptações de ambos.

As metodologias ativas de aprendizagem configuram um processo vasto de


aprendizagem e tem como característica principal a colocação do aluno como agente
principal, responsável pela sua aprendizagem, comprometendo-se com seu aprendizado.

Desta forma, de acordo com Rodrigues et al. (2015), o processo de educar,


devido a vários aspectos, tais como a rapidez na produção de conhecimento, falta de
solidez nas verdades construídas pelo aluno ao longo da captação de novos
conhecimentos, principalmente, da facilidade de acesso ao vasto leque de informação,
deixou de ser fundamentado na mera transmissão de conhecimentos.

Nesse contexto as metodologias ativas são inseridas como propostas para centrar
o processo de ensino e aprendizagem na busca da participação efetiva de todos os
grupos de interesse participantes, centrados na realidade em que estão inseridos.
(RODRIGUES et al. 2015).

CONCLUSÃO
As metodologias ativas são modelos de ensino que visam a desenvolver a
autonomia e a participação dos alunos de forma integral. Com isso, as práticas
pedagógicas são beneficiadas e todo o processo educativo é melhorado.

O importante é que cada escola analise sua realidade e busque implementar as


metodologias que mais se adequam aos seus objetivos e ao seu perfil. Para que isso seja
possível, o educador deve procurar se manter atualizado a respeito das tendências e
novidades da educação, bem como das mudanças e transformações.

De acordo com Andrade (2004), a expressão gestão escolar em substituição à


administração escolar, não é apenas uma questão semântica. Ela representa uma
mudança radical de postura, um novo enfoque de organização, um novo paradigma de
encaminhamento das questões escolares, ancorado nos princípios de participação, de
autonomia, de autocontrole e de responsabilidade. A figura de administrador deve ceder
espaço à de líder, aquele que é seguido por constituir-se exemplo, por atualizar-se, por
ser simples e direto, por ser objetivo, dinâmico, resiliente e empático.

As atividades desenvolvidas por uma instituição de ensino consomem recursos


diversos que precisam ser observados de maneira eficiente e a partir de decisões
conscientes, para que assim a gestão seja praticada de maneira correta. A maioria das
decisões e planejamentos diversos, desenvolvidos dentro das escolas, é feita levando em
conta a sua filosofia organizacional. Desse modo, hábitos e costumes existentes nesse
ambiente caracterizam as relações desse espaço, respeitando seus princípios.

Entretanto, há momentos em que é necessário mudar atitudes e estratégias


mesmo quando o modelo a ser introduzido não é do agrado dos proprietários e diretores,
mas certamente é o melhor caminho a ser tomado para o bem da instituição de ensino. É
necessário traçar, portanto, um plano e, consequentemente colocá-lo em ação. Segundo
Chiavenato:
O planejamento produz um resultado imediato: o plano.
Todos os planos têm um propósito comum: a previsão, a
programação e a coordenação de uma sequência lógica de
eventos, os quais, se bem-sucedidos, deverão conduzir ao
alcance do objetivo que se pretende. (CHIAVENATO,
2005, p. 127).

É sabido que na atualidade existem muitos modelos de gestão que são adequados
para cada tipo de negócio e suas áreas de atuação. O modelo de Gestão Participativa
poderá ser uma excelente forma de conduzir a equipe de maneira democrática, sendo
praticado e estabelecido de acordo com a cultura e filosofia de uma instituição. Esse
modelo de gestão é aquele onde toda a administração é pautada pela valorização do
capital humano (HALL, 2011). Busca-se, em seu objetivo, zelar pelo espírito de equipe
e pela sua motivação constante, criando assim meios que possam servir de utilidade para
que todos juntos trabalhem em prol de um único objetivo: o crescimento e o
desenvolvimento de todos os que passarem pela instituição.

É um modelo de gestão muito eficiente e já tem sido utilizado por muitas


instituições na atualidade. Isso acontece devido a sua eficácia e forma inovadora e
atualizada de se conduzir as diversas áreas de uma instituição (LIBÂNEO, 2001).
Geralmente a gestão participativa é aplicada em ambientes com problemas relacionados
à falta de comunicação interna, problemas com a motivação das equipes de professores,
equipe pedagógica e dos próprios colaboradores que atuam dentro da escola, onde não
existe um retorno e o diálogo com os membros dessas equipes, a fim de que possam se
sentir úteis dentro da instituição. Enfim, é um modelo criado para cuidar, valorizar e
desenvolver estratégias voltadas para a aplicação do currículo escolar, mas trabalhar
também o crescimento e o desenvolvimento da instituição como um todo, de modo a
valorizar a participação de todos em prol do bem-estar geral da escola.

Na busca de mudanças e transformações no contexto educacional, surgem as


metodologias ativas de ensino e aprendizagem e o marco conceitual do ensino para a
compreensão, para auxiliar na educação permanente dos docentes a planejar, analisar,
implementar e avaliar a prática centrada na 23 compreensão dos estudantes,
organizando currículos em torno de tópicos geradores que os estimulem à exploração e
investigação das ideias centrais da disciplina, atentos às metas de compreensão. Os
desempenhos de compreensão permitem que os alunos ampliem e apliquem o que
sabem, considerando suas quatro dimensões de compreensão: conhecimento, método,
objetivo e comunicação. As avaliações contínuas balizam a compreensão dos alunos e
norteiam o planejamento de ações.

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