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1551127059NC Ebook Controles Contabilidade e Transparencia Nas Organizacaoes Do Terceiro Setor
1551127059NC Ebook Controles Contabilidade e Transparencia Nas Organizacaoes Do Terceiro Setor
E T R A N S PA R Ê N C I A S
NAS ORGANIZAÇÕES DO
+ N A I LT O N C A Z U M B Á
APRESEN-
T A Ç Ã O _ pag_03
#04 pag_18
A I M P O RTÂ N C I A
D A C O N TA B I L I D A D E PA R A
AS ORGANIZAÇÕES
#08 pag_35
#11 pag_49
AUDITORIA NO
TERCEIR SETOR
#01
DO TERCEIRO SETOR AS ORGANIZAÇÕES DO
TERCEIRO SETOR E O
#12
SPED-EFD-REINF
pag_04
#05
#09
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A I M P O RTÂ N C I A
DO CONTROLE N OTA S E X P L I C AT I VA S pag_39
NO TERCEIRO SETOR pag_53
A I M P O RTÂ N C I A D A
#06
T R A N S PA R Ê N C I A PA R A CONCLUSÃO
AS ORGANIZAÇÕES DO
#02 pag_08
pag_25
TERCEIRO SETOR
CONTROLES
#10
N O S E R V I Ç O V O LU N TÁ R I O
SPED
#03
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#07
P R E S TAÇ Õ E S D E C O N TA S
DE RECURSOS PÚBLICOS
pag_12
pag_31
CONTROLES
AS ORGANIZAÇÕES DO
NA REMUNERAÇÃO
TERCEIRO SETOR
DE DIRIGENTES
E O ESOCIAL
_02
APRE
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#01
A I MP ORTÂNCI A
D O C ONT ROLE O cumprimento dos objetivos sociais e a
NO T ERC EIRO captação de recursos que viabilizem a sus-
S E TOR tentabilidade econômica são, atualmente,
as maiores preocupações das entidades
pertencentes ao Terceiro Setor.
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#01 A I M PO RTÂ NC I A D O C O N T R O L E
E, as organizações que almejam estar O controle desempenha papel que utilizem as ferramentas e técnicas
inseridas no ambiente em que atuam, de fundamental ao possibilitar o de controle. Desta forma, as funções de
maneira sólida e com recursos acompanhamento contínuo das ações controle podem ser exercidas
devidamente controlados para melhor desenvolvidas, de modo a monitorar reciprocamente por gestores ou
conduzir as atividades e poder realizar conjuntamente a colaboradores de outras áreas, mas
suas metas e objetivos, precisam contar relação entre o planejamento, a aplicação nunca serem deixadas de lado no
com de recursos e o atingimento dos processo de gestão organizacional.
pessoas capacitadas e comprometidas resultados pretendidos. Para isso, existem
com sua missão e, também, com um os planos de ação, que além de serem Para que seja possível realizar as
eficiente sistema de controle interno. utilizados no planejamento, também são atividades de controle na organização,
ferramentas de controle, visto que inicialmente é necessário que os
A utilização de controles dentro das permitem realizar o comparativo entre o responsáveis por esta atribuição
Organizações do Terceiro Setor contribui que foi previsto e o que está sendo possuam, no mínimo:
desde a captação de recursos, realizado, possibilitando, assim, identificar
passando pela gestão de um modo geral, possíveis distorções e efetuar os devidos
até a elaboração de prestações de ajustes tempestivamente.
contas de forma correta, permitindo,
deste modo, que o ciclo seja Não é obrigatório que as Organizações do
realimentado com novos ingressos de Terceiro Setor tenham estruturada uma área
recursos. de controladoria. O que é imprescindível é
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#01 A I M PO RTÂ NC I A D O C O N T R O L E
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#01 A I M PO RTÂ NC I A D O C O N T RO L E
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TO D A A J UD A É
B E M- V I ND A , MA S
#02
CUI D A D O S P RE CI S A M S E R
TO MA D O S
Boa parte das Organizações do Terceiro Se-
tor exercem as atividades sem mesmo pos-
suir profissionais contratados em sua equipe.
Isso só é possível devido à participação de
voluntários, que dedicam seu tempo para
CON TR OLES N O colaborar com a missão social das entidades,
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#02 CONTROLES NO
Voluntariado
no Brasil
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#02 CONTROLES NO
A pesquisa World Giving Index, divulgada sejam verificados os detalhes que recaem so- requisitos e definições que precisam ser ob-
pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento bre a relação entre as entidades e os volun- servadas e atendidas, principalmente pelas
do Investimento Social, informou que o per- tários, a fim de afastar possíveis problemas Organizações do Terceiro Setor.
centual de voluntários no Brasil passou de relativos às questões trabalhistas que possam
18% em 2014, para 20% em 2017, envolvendo vir a acontecer. Segundo a lei citada, é considerado servi-
homens, mulheres, jovens, velhos, ricos e po- ço voluntário a atividade não remunerada,
bres. Mas, ainda que esses números mostrem Confira dicas para gestão e inovação no en- prestada por pessoa física à instituição
um crescimento na intenção de realizar ser- gajamento de voluntários com Silvia Nacca- privada de fins não lucrativos, que tenha ob-
viços sem interesse financeiro, a realidade é che jetivos cívicos, culturais, educacionais, cien-
que ainda 8 em cada 10 brasileiros não prati- tíficos, recreativos ou de assistência social,
cam nenhuma ação voluntária. CLIQUE AQUI E ASSISTA AO inclusive mutualidade, ou ainda a entidade
WEBINAR GRATUITO. pública de qualquer natureza.
Apesar de ainda serem minoria, é graças a es-
sas pessoas que realizam esse belíssimo tra- Lei 9.608/98 – Lei do Voluntariado Desta forma, o serviço de caráter voluntário
balho que o Terceiro Setor se mantém forte, não prevê remuneração de qualquer espé-
vivo e crescente, colaborando com o atendi- E foi com o objetivo de disciplinar o servi- cie e também não gera vínculo empregatício,
mento às necessidades e demandas da so- ço voluntário e trazer maior segurança para nem obrigações de natureza trabalhista, so-
ciedade, que são cada vez maiores. as relações entre as partes que, em 1998, foi cial, previdenciária ou afins, como: férias, 13º
publicada a Lei nº 9.608, conhecida como a salário, FGTS, INSS ou contribuição para PIS/
No entanto, nunca é demais alertar para que Lei do Voluntariado, que trouxe conceitos, PASEP.
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#02 CONTROLES NO
É importante ressaltar que não deve BAIXE AQUI um modelo gratuito de Termo mas talvez apenas os voluntários não sejam
ocorrer a remuneração pelos serviços de Adesão ao serviço voluntário para sua or- suficientes para alcançar a eficiência na ges-
prestados (salários, gratificação, bolsa, etc), ganização tão das entidades.
mas é permitido o ressarcimento de despe-
sas realizadas pelo voluntário para a Para a celebração do Termo de Adesão - Por outro lado, o voluntário deve vislumbrar
realização dos serviços, desde que autoriza- quando o voluntário tiver menos de 18 anos que o serviço realizado, além do lado social,
das pela entidade, relativas aos gastos com - recomenda-se que haja a autorização dos também é uma excelente oportunidade para
transporte, alimentação e compra de pais ou responsáveis para a realização dos conhecer pessoas, ampliar o aprendizado e
materiais, mediante à apresentação de serviços, e que seja respeitada toda a legis- adquirir experiência nas áreas de assistência
comprovantes (recibos, notas fiscais). lação pertinente ao trabalho executado por social, saúde, educação, cultura, meio am-
menores de idade. biente, esporte, lazer e outros direitos so-
Outro ponto relevante trazido pelo dispo- ciais. Porém, uma vez comprometido com a
sitivo legal é a necessidade de celebração Assim, observando as determinações acima, instituição e com seus atendidos e benefi-
do Termo de Adesão ao Serviço Voluntário as entidades devem ampliar seus programas ciários, o serviço deve ser levado a sério, e
entre a entidade e o prestador do serviço. O de estímulo ao serviço voluntário, sem per- não realizado apenas naqueles dias em que
modelo do documento integra a própria lei der o foco na profissionalização necessária acordar com vontade de ser um voluntário.
e nele devem constar o objeto e as condi- para atender às exigências que recaem so-
ções das atividades realizadas, podendo ser bre o Terceiro Setor. Ou seja, o serviço vo- LEIA MAIS: Voluntariado, a mola
complementado com a inserção dos direi- luntário é importante e muito bem-vindo, propulsora da cidadania
tos e obrigações de cada uma das partes.
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#03
C O N T ROLE S NA
R E MUN E RAÇ ÃO DE
DI RIGE N T E S
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#03 CONTROLES NA REMUNERAÇÃO
A remuneração de dirigentes das Na verdade, nunca houve a proibição de se Desta forma, de acordo com a legislação vi-
organizações que compõem o chamado remunerar os cargos de gestão nas Organi- gente, as associações e fundações privadas,
Terceiro Setor é um tema que continua zações do Terceiro Setor. independentemente de possuírem quais-
gerando muitas dúvidas. quer titulações (OSCIP, OS, CEBAS), podem
Existia sim, em determinadas leis, a impo- remunerar seus dirigentes, desde que não
Mesmo após as novidades trazidas pela le- sição da não remuneração de dirigentes participem de campanhas de interesse po-
gislação nos últimos anos, diversas pessoas como requisito para a concessão de títulos, lítico-partidário ou eleitorais sob quaisquer
continuam questionando sobre a possibili- como a Lei de Utilidade Pública Federal (Lei meios ou formas, e atuem em pelo menos
dade de os membros dos órgãos administra- nº 91/35) que foi revogada em 2015, e para uma das seguintes áreas:
tivos das associações e fundações privadas a obtenção de isenções tributárias, confor-
receberem algum tipo de pagamento pelo me dispunha a Lei nº 9.532/97 que discipli-
trabalho desempenhado relativo à gestão na as condições para a isenção do Imposto
dessas entidades. de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL), que foi alterada por
duas vezes, também em 2015.
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#03 CONTROLES NA REMUNERAÇÃO
• Promoção da assistência social • Experimentação não lucrativa de novos técnicos e científicos que digam respeito
• Promoção da cultura, defesa e conserva- modelos sócio-produtivos e de sistemas al- às atividades acima
ção do patrimônio histórico e artístico ternativos de produção, comércio, empre- • Estudos e pesquisas para o desenvolvi-
• Promoção gratuita da saúde • Promoção de direitos estabelecidos, ção de tecnologias voltadas à mobilidade
• Promoção da segurança alimentar e nutri- construção de novos direitos e assessoria de pessoas por qualquer meio de transpor-
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#03 CONTROLES NA REMUNERAÇÃO
1. Primeiro, a remuneração é previs- porte situada em São Paulo, para estipular Entenda melhor sobre a Certificação CEBAS
ta apenas para os dirigentes que atuam a remuneração de um dirigente em uma e os reflexos para as organizações sociais
com o especialista em Direito Tributário e
efetivamente na gestão executiva das modesta entidade sediada no sertão da
Terceiro Setor Leandro Marins.
organizações, não alcançando, portanto, Bahia, por exemplo.
aqueles que possuem o cargo, mas que 3. Por fim, o valor dessa remuneração CLIQUE AQUI E ASSISTA AO
nem aparecem na instituição precisa ser fixado pelo órgão de delibera- WEBINAR GRATUITO
2. Em segundo lugar, o valor a ser pago ção superior da entidade (assembléia ge-
deve servir de parâmetro o valor pago a também ser comunicada ao Ministério Pú-
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#03 CONTROLES NA REMUNERAÇÃO
Utilizando a analogia com as empresas co- nadas pela Lei nº 13.019/14, conhecida como No entanto, se um dirigente compõe a equi-
merciais, os dirigentes que forem contra- o Marco Regulatório das Organizações da pe incumbida de realizar as ações previstas
tados para realizar a gestão das entidades, Sociedade Civil (MROSC), que passou a per- na parceria, e exerce, por exemplo, ativida-
devem ser remunerados através de carteira mitir explicitamente o pagamento da equipe des de coordenador, médico, pesquisador,
assinada, pelo regime CLT. Já aqueles diri- da OSC envolvida na execução do projeto professor, assistente social, etc, poderá ser
gentes fundadores ou associados, ocupan- ou da atividade. remunerado nas mesmas condições e va-
tes dos cargos previstos nos estatutos (pre- lores previstos para os outros profissionais
sidente, vice-presidente, diretor, etc) devem BAIXE O EBOOK GRATUITO: Guia do MROSC que realizam trabalho similar. Isso significa
ser remunerados mediante pró-labore. Dei- que a remuneração na parceria ocorrerá em
xamos claro que a forma de remuneração Inicialmente, é importante frisar que os re- virtude do serviço realizado pelo profissio-
dos dirigentes não foi definida na legislação, cursos públicos repassados nessas parcerias nal, e não pelo simples fato de essa mesma
e essas sugestões apenas representam nos- devem ser aplicados nas metas previstas pessoa ser um dirigente da entidade.
sa interpretação sobre o assunto. no plano de trabalho, visando a conquista
do objeto pactuado entre a administração Em resumo, esse dirigente poderá, ao mes-
Outro questionamento bastante comum por pública e as OSCs, e não na sustentação fi- mo tempo, ser remunerado pelo cargo de
parte das entidades diz respeito à remune- nanceira das entidades, e muito menos na gestão que ocupa e exerce de forma efe-
ração dos dirigentes nas parcerias discipli- remuneração dos cargos diretivos dessas tiva (pagos com recursos próprios da enti-
instituições.
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#03 CONTROLES NA REMUNERAÇÃO
dade), e também receber pagamentos pelas ainda trazem, mesmo que de forma
atividades profissionais exercidas na exe- equivocada, tal proibição como requisito
cução das parcerias (custeados com recur- para a concessão de títulos de utilidade
sos públicos, desde que previstos no plano pública nas esferas estaduais e municipais,
de trabalho), devendo ser observado se há ou para o cadastro das entidades nos
choque ou incompatibilidade com a carga conselhos de políticas públicas.
horária de trabalho, para que seja aplicada a
proporcionalidade na remuneração.
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A contabilidade há algum tempo deixou de ser consi-
derada uma simples técnica de escrituração de docu-
mentos fiscais e de apuração de impostos, passando
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a desempenhar papel relevante no âmbito da gestão
organizacional, fornecendo informações acerca dos
orçamentos, finanças e patrimônio, municiando os ad-
ministradores para a tomada de decisões.
A I M P ORTÂ NC I A
DA C ONTA B I LI D AD E PARA
A S ORG A NI Z AÇÕ ES
DO T E RCE IRO SETOR
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#04 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA
A importância da contabilidade fica ainda a obtenção do benefício fiscal corresponde Com relação às instituições qualificadas
mais evidente quando diz respeito às orga- à manutenção da escrituração das receitas como Organização da Sociedade Civil de
nizações que fazem parte do Terceiro Setor, e despesas em livros revestidos de formali- Interesse Público (OSCIP), a própria legisla-
grupo formado pelas associações e funda- dades capazes de assegurar sua exatidão, o ção que cria e regulamenta as OSCIP exige
ções de direito privado, sem fins lucrativos, que significa aderência às normas contábeis, que seus estatutos prevejam a observância
que buscam, dentre suas finalidades, o al- em especial à Interpretação Técnica Geral dos princípios fundamentais de contabilida-
cance do bem-estar social. Essas instituições (ITG) nº 2002 – Entidade sem Fins de Lucro, de e das Normas Brasileiras de Contabilida-
apresentam, ao mesmo tempo, característi- aprovada pela Resolução do Conselho Fe- de (NBC), além de elencar a apresentação
cas intrínsecas ao setor estatal, quando ad- deral de Contabilidade nº 1.409/2012. das demonstrações contábeis como requi-
ministram recursos públicos e buscam fins sito para concessão e renovação da quali-
sociais, e ao setor privado, devido a sua pró- A ITG 2002 destaca, dentre outras questões, ficação. As OSCIPs, ainda, necessitam apre-
pria constituição e natureza jurídica. a necessidade de contabilização de eventos sentar demonstrativos contábeis tanto na
inerentes ao Terceiro Setor, como a gratui- prestação de contas da gestão da entidade,
A maioria das Organizações do Terceiro Se- dade dos serviços oferecidos por determi- quanto dos Termos de Parceria, instrumen-
tor goza de imunidade ou isenção tributária, nadas instituições, a ocorrência de serviços tos utilizados para disciplinar as relações fir-
sendo necessário, para tanto, o atendimen- realizados por voluntários e as despesas tri- madas com o Poder Público.
to a pré-requisitos previstos na Constituição butárias que deixaram de ser pagas em de-
Federal, no Código Tributário Nacional e em corrência das isenções obtidas.
leis específicas. Uma dessas exigências para
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#04 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA
Da mesma forma, as entidades que preten- com as Normas Brasileiras de Contabilidade. sua representatividade e do seu papel so-
dem obter ou renovar a Certificação de Enti- Na execução dos projetos e atividades o pa- cial.
dade Beneficente de Assistência Social – CE- pel da contabilidade será muito importante,
BAS (já citado), de acordo com a legislação principalmente no que diz respeito ao rateio Desta forma, além do registro dos fatos con-
que versa sobre o tema, também precisam de despesas pagas com recursos diferen- tábeis e do fornecimento de informações
apresentar, dentre outros documentos, as tes, sendo necessário apresentar memória gerenciais para os gestores das organiza-
demonstrações contábeis e as notas expli- de cálculo nos processos de prestação de ções, a contabilidade também é imprescin-
cativas com receitas e despesas segregadas contas. dível no atendimento às exigências legais
por áreas de atuação da entidade (educa- para fazerem jus aos benefícios fiscais, para
ção, saúde e assistência social), quando for Merece destaque, também, a contribuição a obtenção e renovação de títulos e certifi-
o caso. dada pela contabilidade para o planejamen- cados concedidos pelo Poder Público, para
to e controle das atividades desempenha- a prestação de contas de valores recebidos
Para a celebração de parcerias com o poder das, e para a divulgação das ações e metas através de termos de parcerias, convênios
público, a Lei nº 13.019/14, conhecida como alcançadas pelas entidades e sua correla- ou outros instrumentos firmados, e - princi-
o Marco Regulatório das Organizações da ção com os valores recebidos e utilizados. A palmente - para o exercício da transparên-
Sociedade Civil – MROSC (já citado) trouxe apresentação dessas informações de forma cia.
como umas das exigências que as institui- espontânea, clara e tempestiva é o compor-
ções sejam regidas por normas de organiza- tamento que se espera das Organizações do
ção interna que prevejam, expressamente, a Terceiro Setor, em virtude de sua missão, de
escrituração de acordo com os princípios e
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No Brasil, quando falamos em contabilidade, a
referência é a Lei nº 6.404/76, que traz as regras
gerais sobre os registros e os relatórios contá-
#05
beis para as organizações privadas, sejam elas
com ou sem fins lucrativos. Essa lei, em seu Art.
176 § 4º, ressalta que as demonstrações contá-
beis serão complementadas por Notas Explica-
tivas e outros quadros analíticos para esclareci-
mento da situação patrimonial e dos resultados
do exercício.
NOTAS
E X PL ICAT IVAS As notas explicativas são informações que
visam complementar as demonstrações fi-
nanceiras e esclarecer os critérios contábeis
utilizados pela empresa, a composição dos
saldos de determinadas contas, os métodos
de depreciação, os principais critérios de ava-
liação dos elementos patrimoniais etc.
Via Portal da Educação
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#05 N OTA S
AUTOSSUSTENTABILIDADE
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#05 N OTA S
Conforme determina a ITG 2002/12, as de- cerramento do exercício que tenham, ou • O registro de forma segregada de todas
monstrações contábeis das entidades sem possam vir a ter, efeito relevante sobre a as gratuidades praticadas, destacando aque-
finalidade de lucros devem ser complemen- situação financeira e os resultados futuros da las que devem ser utilizadas na prestação de
tadas por Notas Explicativas que contenham, entidade contas nos órgãos governamentais, apresen-
pelo menos, as seguintes informações: • As taxas de juros, as datas de vencimen- tando dados quantitativos, ou seja, valores
to e as garantias das obrigações em longo dos benefícios, número de atendidos, nú-
• O contexto operacional da entidade, in- prazo mero de atendimentos, número de bolsistas
cluindo a natureza social e econômica, e os • As informações sobre os seguros contra- com valores e percentuais representativos
objetivos sociais tados • A demonstração de forma comparativa
• Os critérios de apuração da receita e da • A entidade educacional de ensino supe- do custo e do valor reconhecido, quando
despesa, especialmente com gratuidade, rior deve evidenciar a adequação da receita este valor não cobrir os custos dos serviços
doação, subvenção, contribuição e aplica- com a despesa de pessoal, segundo parâ- prestados
ção de recursos metros estabelecidos pela Lei das Diretrizes
• A relação dos tributos objeto de renúncia e Bases da Educação e sua regulamentação
fiscal • Os critérios e procedimentos do registro
• As subvenções recebidas pela entidade, a contábil de depreciação, amortização e
aplicação dos recursos e as responsabilida- exaustão do ativo imobilizado, devendo ser
des decorrentes dessas subvenções observado a obrigatoriedade do reconheci-
• Os recursos de aplicação restrita e as res- mento com base em estimativa de sua vida
ponsabilidades decorrentes de tais recursos útil
• Os recursos sujeitos a restrição ou vincula- • A segregação dos atendimentos com
ção por parte do doador recursos próprios dos demais atendimentos
• Os eventos subsequentes à data do en- realizados pela entidade
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#05 N OTA S
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#06
S PE D
O Sistema Público de Escrituração Digital
(SPED) é um instrumento que unifica as ativida-
des de recepção, validação, armazenamento
e autenticação de livros e documentos que
integram a escrituração contábil e fiscal dos
empresários e das pessoas jurídicas, inclusive
as imunes ou isentas, mediante fluxo único e
computadorizado de informações.
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#06 SPED
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#06 SPED
Conforme estipulado pela Instrução Norma- sobre folha de pagamentos, e nem os valo- alcançasse o valor limite dentro do mesmo
tiva RFB nº 1.252/12, é obrigatória a apresen- res de PIS e COFINS retidos na fonte quando exercício, a EFD passaria a ser obrigatória.
tação da EFD Contribuições apenas das pes- do pagamento a pessoas jurídicas.
soas jurídicas imunes e isentas de IRPJ, cuja A EFD Contribuições deverá ser transmitida
soma dos valores mensais das contribuições Outra questão esclarecida pela RFB diz res- mensalmente ao SPED até o 10º dia útil do 2º
apuradas (PIS, COFINS e CPR), objeto de es- peito à apuração do valor limite para a apre- mês subsequente ao que se refira a escritu-
crituração, seja superior a R$ 10.000,00. sentação da EFD Contribuições, que passa a ração.
ser obrigatória a partir do momento em que
A RFB, através da Solução de Consulta nº 175 a soma das contribuições dentro do mesmo
de 03 de julho de 2015, esclareceu que para mês ultrapassa o valor de R$ 10.000,00. Até
fins de EFD não são consideradas as contri- então havia interpretações de que deveria
buições do PIS que as entidades recolhem somar os valores mês a mês, e quando este
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#06 SPED
A ECD, também conhecida como SPED Contábil, consiste na transmissão dos livros contábeis em versão digital.
De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.420/13, atualizada pela Instrução Normativa da RFB nº 1.594/15, em relação aos fatos contábeis
ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2016, estarão obrigadas a apresentar a ECD as pessoas jurídicas imunes e isentas de IRPJ que mantenham
escrituração contábil, nos termos da Lei nº 9.532/97 (alínea “c” do § 2º do art. 12, e do § 3º do art. 15). São elas:
• Instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da
população em geral, em caráter complementar às atividades do estado, sem fins lucrativos
• Instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais forem instituí-
das e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos
• Apurarem contribuição para o PIS/Pasep, COFINS, Contribuição Previdenciária incidente sobre a receita, e Contribuição incidente sobre a
folha de salários, cuja soma seja superior a R$ 10.000,00 em qualquer mês do ano-calendário a que se refere a escrituração contábil
• Auferirem receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados, cuja soma seja superior a
R$ 1.200.000,00, no ano-calendário a que se refere a escrituração contábil, ou proporcional ao período
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#06 SPED
A ECD, deverá ser transmitida anualmente ao SPED até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a
escrituração. Assim, as entidades que se enquadram nas situações acima descritas precisam apresentar a ECD até o último dia útil do mês de
maio do ano subsequente.
É preciso ficar atento, pois, diferente do que ocorre com relação à EFD Contribuições, o PIS sobre a folha de salários faz parte da composição
das contribuições para fins de ECD, conforme ratificado na Solução de Consulta nº 100 de 27 de janeiro de 2017, publicada pela Receita Federal
do Brasil.
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#06 SPED
cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Desta forma, todas as entidades que se- 1.200.000,00 em 2016
OBRIGADA À EFC
perior a R$ 1.200.000,00 em 2016
Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contri- jam imunes ou isentas devem apresen-
buição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A tar a ECF em relação aos fatos contábeis
partir de 2015 substituiu a Declaração de Im- ocorridos no ano em curso, até o último
posto de Renda das Pessoas Jurídicas (DIPJ). dia útil do mês de julho do ano subse-
quente.
Com as modificações promovidas na Instru-
ção Normativa RFB nº 1.422/13 pelas Instru- Para compreendermos melhor a situ-
ções Normativas nº 1.595/15 e 1.633/16, a par- ação, representamos graficamente as
tir de 2016 todas as pessoas jurídicas imunes exigências para a apresentação de cada
e isentas de IRPJ ficaram obrigadas a enviar à uma das declarações:
ECF, e o prazo para a sua entrega foi estipula-
do para até o último dia útil do mês de julho
do ano seguinte ao ano-calendário a que se
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#07
A S OR G A NI Z AÇ Õ ES D O
T E R CE I R O SE TOR
O Sistema de Escrituração Digital das Obriga-
ções Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas –
eSocial é um projeto do Governo Federal, que
envolve a Receita Federal, a Previdência Social
(INSS), o Ministério do Trabalho, e a Caixa Eco-
nômica Federal, visando a consolidação das
obrigações acessórias da área trabalhista em
E O ES OCIAL uma única ferramenta.
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#07 AS ORGANIZAÇÕES DO
TERCEIRO SETOR E O ESOCIAL
turação Fiscal Digital Social) ou SPED Folha enviadas através da internet, mediante utili- entidade não tenha eventos a informar (au-
(Sistema Público de Escrituração Digital da zação de certificação digital, as quais ficarão sência de empregados e de prestadores de
Folha), o eSocial é um dos componentes do disponíveis em um mesmo banco de dados, serviços) ainda assim será necessário apre-
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), para acesso por parte dos órgãos de contro- sentar declaração sem movimento no início
sendo, portanto, um instrumento de unifica- le e fiscalização. de cada exercício, que terá validade até o
ção da prestação das informações referentes final do ano, ou até que haja algum evento
à escrituração das obrigações fiscais, previ- Diferente do que vimos no capítulo sobre que exija o envio de informações através do
denciárias e trabalhistas, que padroniza sua SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), eSocial.
Com isso, a expectativa é que seja garanti- sistema (EFD Contribuições e ECD), o eSocial
Outro objetivo do eSocial é a substituição do finalidade lucrativa, bastando para tanto pos-
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#07 AS ORGANIZAÇÕES DO
TERCEIRO SETOR E O ESOCIAL
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#08
AS ORG AN I Z AÇÕE S
DO TERCEIRO SETO R
E O SPED – EF D - REINF
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#08 AS ORGANIZAÇÕES DO
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#08 AS ORGANIZAÇÕES DO
TERCEIRO SETOR E O SPED – EFD-REINF
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#08 AS ORGANIZAÇÕES DO
TERCEIRO SETOR E O SPED – EFD-REINF
O Decreto nº 9.580/18, conhecido com o Re- através da EFD-Reinf. informações ocorridas nas relações entre as
gulamento do Imposto de Renda, estabelece cronograma de implantação dessa nova de- organizações e as pessoas físicas (emprega-
que estão sujeitas à incidência do imposto claração teve início em maio de 2018, mas só dos e prestadores de serviços), a EFD-Reinf
na fonte, à alíquota de 1,5%, as importâncias alcança as Organizações do Terceiro Setor a terá como foco as relações com outras pes-
pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a partir de 10 de julho de 2019, referentes aos soas jurídicas. Em ambas declarações, o envio
outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, fatos ocorridos a partir de 1º de julho de 2019. e processamento ocorrerá através do novo
pela prestação de serviços caracterizada- A EFD-Reinf será transmitida ao SPED mensal- sistema de Declaração de Débitos e Créditos
mente de natureza profissional, e à alíquota mente até o dia 15 do mês subsequente ao Tributários Federais Previdenciários e de ou-
de 1% sobre os rendimentos pagos ou credi- qual se refira a escrituração, antecipando-se tras entidades e fundos (DCTFWeb).
tados por pessoas jurídicas a outras pessoas para o dia útil anterior, quando esta data cair Destacamos, mais uma vez, a importância das
jurídicas civis ou mercantis pela prestação de em final de semana ou feriado. Organizações do Terceiro Setor realizarem a
serviços de limpeza, conservação, seguran- Outra inovação trazida pela EFD-Reinf diz res- gestão tributária adequada, a fim de cumpri-
ça, vigilância e por locação de mão de obra. peito às contribuições sociais previdenciá- rem de forma correta e tempestiva suas obri-
Até então, as informações relativas às re- rias, atualmente arrecadadas através da Guia gações acessórias, evitando assim a ocor-
tenções do IR, PIS, COFINS e CSLL, enviadas da Previdência Social (GPS), e que a partir de rência de multas fiscais e problemas com a
para a Receita Federal através da Declaração outubro de 2019 passam a serem recolhidas emissão das Certidões Negativas de Débito
de Débitos e Créditos Tributários Federais – por meio de Documento de Arrecadação de (CND).
DCTF e da Declaração de Imposto de Renda Receitas Federais (DARF).
na Fonte – DIRF, passarão a ser apresentadas Portanto, enquanto o eSocial objetiva gerar
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#09
A IMPO RTÂNCIA D A
TRANSPARÊNCIA PA RA
AS ORG AN I Z AÇÕE S D O
TERCEIRO S E TOR
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#09 A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA PARA
AS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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#09 A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA PARA
AS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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#09 A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA PARA
AS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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#09 A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA PARA
AS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
do em 1992 por organizações norte-america- recursos doados e sobre sua capacidade de usar as doações efetivamente para o objetivo
ciação Brasileira de Captadores de Recursos Ser informado sobre a identidade daqueles que pertencem ao conselho diretor da organi-
(ABCR). zação, e esperar que esse conselho exerça julgamento prudente nas suas responsabilidades
administrativas
Tal documento não possui força de lei, porém Receber agradecimento e reconhecimento apropriado
tem grande importância ao definir os direitos Ter acesso a mais recente demonstração financeira da organização
dos doadores, que devem ser atendidos pe- Ter assegurado que as doações serão usadas para os propósitos para os quais foram solicita-
doações renovadas. Ter assegurado que a informação sobre a doação será tratada com respeito e confidenciali-
seia-se em uma ação voluntária para o bem Esperar que todos os relacionamentos com indivíduos que representam organizações de inte-
comum, e merece o respeito e a confiança resse para o doador serão de natureza profissional
do público em geral. Portanto, para que te- Ser informado se aqueles que pedem doações são voluntários, empregados da organização
fins lucrativos e nas causas que ele é chama- Ter a oportunidade de ter seus nomes retirados das relações de endereços que uma organiza-
do a apoiar, foi declarado que todo doador ção possa pretender compartilhar com outras
tem direito a: Sentir-se livre para questionar quando estiver fazendo uma doação e receber respostas pron-
tas, francas e verdadeiras
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#09 A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA PARA
AS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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#10
P R E S TAÇÃO
D E C O N TA S
D E R E C UR SO S
PÚB L I C OS
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#10 PRESTAÇÕES DE CONTAS
cumprimento das metas previstas, e caso es- à ausência de uma plataforma eletrônica que
A prestação de contas deverá ser apresenta- tes não sejam suficientes para que seja ates- permita acompanhar a qualquer tempo as
da anualmente quando a execução do obje- tada a sua satisfatória realização, será solicita- despesas realizadas com recursos da parceria
to se desenvolver em mais de um exercício, da a apresentação do relatório de execução e verificar sua compatibilidade com o plano
e ao final da parceria, em até 90 dias após financeira, acompanhado dos documentos de trabalho e o respectivo alcance das me-
o encerramento da vigência. O prazo para comprobatórios (extratos bancários, notas tas, a maioria dos decretos regulamentadores
a apresentação da prestação de contas será fiscais, recibos, faturas, folhas de pagamen- estaduais e municipais continuam exigindo a
estipulado de acordo com a amplitude de tos e guias de recolhimento de impostos e prestações de contas ainda nos moldes anti-
cada projeto. contribuições). gos, com o envio de uma série de formulários
e documentos que comprovem a efetivação
LEIA TAMBÉM: O QUE MUDA NA CONTABILIDADE
Por isso, a prestação de contas apresentada dos gastos e o cumprimento do objeto pac-
DAS OSC COM A LEI 13.019/14
tuado.
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#10 PRESTAÇÕES DE CONTAS
tes ao período de que trata a prestação de contas lho de política pública setorial, entre outros e
3. da possibilidade de sustentabilidade das
• A descrição das ações desenvolvidas para o
ações após a conclusão do objeto.
cumprimento do objeto
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#10 P RESTAÇÕES DE CONTAS
E em determinadas situações, de acordo com a legislação federal, bem como a estadual ou municipal que tratará sobre o tema, deverá também
ser apresentada pela OSC o Relatório de Execução Financeira, contendo:
• A relação das receitas e despesas realizadas, inclusive rendimentos financeiros, que possibilitem a comprovação da observância do plano de trabalho
• Cópia simples das notas e dos comprovantes fiscais ou recibos, inclusive holerites, com data do documento, valor, dados da Organização da Sociedade Civil e
Mais uma inovação trazida pela Lei nº 13.019/14 diz respeito à possibilidade de realização de ações compensatórias de interesse público como
forma de ressarcimento ao erário. Quando a prestação de contas for avaliada como irregular e exaurida a fase de recursos e defesa, sendo
mantida tal decisão, desde que não tenha havido dolo ou fraude e não seja o caso de restituição integral dos recursos. Para tanto a OSC poderá
solicitar autorização ao poder público e apresentar um novo plano de trabalho, conforme o objeto descrito na parceria, e a área de atuação da
organização, cuja mensuração econômica será feita a partir do plano de trabalho original.
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#11
AUDITORIA N O
A palavra auditoria vem do latim audire,
que significa “ouvir”, e corresponde ao
conjunto de procedimentos técnicos utili-
zados para a verificação e revisão de pro-
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#11 AUDITORIA NO TERCEIRO SETOR
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#11 AUDITORIA NO TERCEIRO SETOR
Outra forma de auditoria diz respeito à avalia- e objetivos que foram traçados. Para tanto,
ção dos controles internos, das operações, e é necessário estabelecer uma metodologia
da execução de projetos ou atividades, reali- voltada para a avaliação e otimização dos
zada pela própria instituição com o objetivo processos tendo em vista a eficácia e a efici-
de verificar e validar os procedimentos ope- ência nos procedimentos realizados.
racionais, evitar ou identificar a ocorrência de Uma boa auditoria interna permite identi-
erros ou fraudes, e dar maior credibilidade à ficar previamente possíveis distorções e a
entidade. A esse conjunto de processo dá-se aplicação imediata de medidas corretivas,
o nome de auditoria interna. além da avaliação contínua do fluxo opera-
cional e financeiro da entidade.
Essa auditoria realizada de forma interna e
permanente por colaboradores da entidade
visa estabelecer planos de atuação e de con-
trole para o alcance, de forma correta e em
observância à legislação vigente, das metas
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#11 AUDITORIA NO TERCEIRO SETOR
Em se tratando do Terceiro Setor, a auditoria parcerias, e órgãos de fiscalização e controle titulações, ou ainda por órgãos de fiscaliza-
significa mais que análise das demonstrações como ministérios públicos, tribunais de con- ção e controle.
contábeis e dos procedimentos internos. tas, controladorias gerais, procuradorias ge-
Também é utilizada para que os órgãos de rais, previdência social e receita federal. É importante que, independentemente das
controle verifiquem a conformidade dos atos possíveis auditorias que possam vir a ser re-
praticados pelas entidades. Nesse caso, a au- Percebe-se então que a auditoria é utilizada alizadas, as organizações tenham sempre
ditoria também é chamada de fiscalização. para assegurar a boa gestão e o cumprimen- como foco a transparência das suas ações e
to das responsabilidades e obrigações das processos, e a divulgação dos resultados ob-
Esse tipo de procedimento decorre da pró- entidades. Desta forma, no Terceiro Setor tidos para todos os interessados em suas re-
pria natureza das Organizações da Socieda- esse procedimento pode ser realizado pela alizações (associados, conselho fiscal, bene-
de Civil, que são alcançadas por benefícios própria instituição, por auditores indepen- ficiários, sociedade, doadores, financiadores,
fiscais, e podem receber titulações e recur- dentes contratados para verificar se as de- concedentes de titulações, órgãos públicos
sos por parte do poder público. Por isso é monstrações contábeis espelham a real si- celebrantes de parcerias, fisco, e demais in-
bastante comum a realização de auditorias tuação patrimonial e financeira, pelo Estado teressados).
por parte de órgãos públicos celebrantes de quando concedente de recursos públicos e
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Conclusão
#12
não realize uma gestão contábil de qualidade
e não pratique o controle e transparência na
sua gestão. E mesmo se tratando de entida-
des sem fins lucrativos, as responsabilidades
decorrentes do Sistema Púbico de Escritura-
ção Digital (SPED), bem como a realização de
auditorias, em determinado casos, também
recaem sobre elas.
C O N CLUSÃO
Esperamos que esse material contribua para a
melhora contínua e desenvolvimento da sua
organização, que realiza um papel brilhan-
te ao desempenhar projetos e atividades de
grande relevância para a sociedade.
Um grande abraço!
Nailton Cazumbá
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FICOU COM ALGUMA DÚVIDA?
Entre em contato com o autor deste livro.
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CONH E ÇA O AU TO R :
NAILTON CAZUMBÁ
Nailton Cazumbá é contador, especialista em A Pauta Serviços Contábeis e Empresariais, no
contabilidade, auditoria e controladoria das mercado desde 2001, atende demandas das
organizações do Terceiro Setor. Consultor organizações do Terceiro Setor, passando a
contábil, financeiro, e em gestão de parcerias prestar serviços especializados nas áreas de
e prestação de contas, tanto para a adminis- constituição de entidades, elaboração de es-
tração pública, quanto para organizações da tatutos e reformas estatutárias, gestão contá-
sociedade civil. Professor em curso de pós- bil e de recursos humanos, obtenção e manu-
-graduação, instrutor de cursos e palestras tenção de titulações junto ao poder público,
sobre Terceiro Setor. Sócio da Pauta Servi- gestão de parcerias e prestações de contas, e
ços Contábeis e Empresariais e colunista do gestão tributária voltada ao atendimento dos
portal Nossa Causa. requisitos necessários para o gozo da imuni-
dade e da isenção de tributos.
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C ONH E ÇA:
NOSSA CAUSA
A Nossa Causa atua em duas frentes: como causas por meio do portal de conteúdo,
uma agência de marketing com impacto campanhas e projetos, como o Diz Que
social e como Organização da Sociedade Não é Machista, Diz Que Não é Racista, Esta
Civil. Como agência oferecemos soluções Vaga Não é Sua Nem Por Um Minuto e Dia
de comunicação e marketing para orga- de Doar.
nizações do Terceiro Setor e como Orga-
nização da Sociedade Civil promovemos
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EXPE Autor | Nailton Cazumbá
DIENTE
Coordenação e edição | Amanda Riesemberg e Silvia Zuconelli