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Manual Primeiros Socorros - 2020
Manual Primeiros Socorros - 2020
Manual
Francisco Peixoto
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Índice
Primeiros Socorros ........................................................................................................................ 4
Chamada INEM.............................................................................................................................. 9
Prevenir - proteger............................................................................................................ 23
Hemorragias ............................................................................................................................ 28
Queimaduras ............................................................................................................................... 32
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Ortotraumatologia ...................................................................................................................... 38
Fracturas.................................................................................................................................. 38
Anexos ......................................................................................................................................... 46
Bibliografia .................................................................................................................................. 54
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Primeiros Socorros
Primeiros socorros são uma série de procedimentos simples com o intuito de manter
vidas em situações de emergência, feitos por pessoas comuns com esses
conhecimentos, até a chegada de atendimento médico especializado.
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Apesar da gravidade ou não da situação, deves agir com calma, evitando o pânico.
Por exemplo,
- No caso de haver mais de um socorrista, o socorro deve ser um trabalho de equipa.
- Se houver mais pessoas disponíveis, orientá-las para algumas tarefas (sinalização,
telefonemas, remover obstáculos, etc.).
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O funcionamento deste sistema começa quando alguém liga 112, o Número Europeu
de Emergência. O atendimento das chamadas cabe à PSP e à GNR, nas centrais de
emergência. Sempre que o motivo da chamada tenha a ver com a área da saúde, a
mesma é encaminhada para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)
do INEM. Sempre que o CODU acciona um meio de emergência procura que o
mesmo seja o que está mais adequado à situação tendo em conta o local,
independentemente da entidade a que pertence (INEM, Bombeiros ou CVP).
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Chamada INEM
Que informação devo dar à pessoa que atende a chamada de emergência?
Deve informar, de forma simples e clara:
O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.);
O número de telefone do qual está a ligar;
A localização exacta e, sempre que possível, pontos de referência;
A gravidade aparente da situação;
O número, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de socorro;
As queixas principais e as alterações que observa;
A existência de qualquer situação que exija outros meios para o local, por
exemplo, libertação de gases, perigo de incêndio, etc.
As chamadas são atendidas por pessoal qualificado que trabalha para o ajudar. Siga
sempre as instruções indicadas pelos serviços de emergência médica. Desligue o
telefone apenas quando o operador indicar.
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O conteúdo mínimo básico que deve conter uma caixa de primeiros socorros depende
das necessidades, alguns exemplos:
• Compressas embaladas individualmente e de tamanhos variados;
• Luvas de exame (latex, nitrilo, vinil);
• Adesivo hipoalergénico;
• Pensos rápidos de vários tamanhos;
• Ligaduras elásticas de vários tamanhos;
• Ligaduras não elásticas de vários tamanhos;
• Solução dérmica de Iodopovidona (anti-séptico = bactericida+fungicida)
• Soro fisiológico;
• Álcool a 70º (anti-séptico);
• Pinças;
• Tesoura forte para roupa;
• Termómetro clínico;
• Gelo Químico;
• Pocket mask.
O material utilizado deve ser sempre reposto e verificado o seu estado e a sua
validade.
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Cadeia de Sobrevivência
ACESSO PRECOCE
SBV PRECOCE
Para que uma vítima em perigo de vida tenha maior hipótese de sobrevivência é
fundamental que sejam iniciadas, de imediato e no local onde ocorreu a situação,
manobras de SBV. Isto só se consegue se quem presencia a situação tiver a
capacidade de iniciar o SBV.
O SBV permite ganhar tempo, mantendo alguma circulação e alguma ventilação até à
chegada de socorro mais diferenciado para instituir os procedimentos de
desfibrilhação e SAV.
DESFIBRILHAÇÃO PRECOCE
A maioria das PCR no adulto, ocorrem devido a uma perturbação do ritmo cardíaco a
que se chama Fibrilhação Ventricular (FV). Esta perturbação do ritmo cardíaco
caracteriza-se por uma actividade eléctrica caótica de todo o coração, em que não há
contracção do músculo cardíaco e, como tal, não é bombeado sangue para o
organismo. O único tratamento eficaz é a desfibrilhação que consiste na aplicação de
um choque eléctrico, externamente a nível do tórax da vítima, para que a passagem
da corrente eléctrica pelo coração pare a actividade caótica que este apresenta. A
desfibrilhação eficaz pode ser determinante na sobrevivência de uma vítima em PCR.
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Também este elo da cadeia deve ser o mais precoce possível. A probabilidade de
conseguir tratar a FV com sucesso depende do tempo. A desfibrilhação logo no 1º
minuto em que se instala a FV pode ter uma taxa de sucesso próxima dos 100%, mas
ao fim de 8-10 minutos a probabilidade de sucesso é quase nula.
SAV PRECOCE
Este elo da cadeia é uma “mais-valia”. Nem sempre a desfibrilhação é eficaz, por si só,
para recuperar a vítima. Outras vezes a desfibrilhação pode não ser sequer indicada.
O SAV permite conseguir uma ventilação mais eficaz (através da entubação
endotraqueal) e uma circulação também mais eficaz (através da administração de
fármacos). Idealmente, o SAV deverá ser iniciado ainda na fase pré-hospitalar e
continuado no hospital, permitindo a estabilização das vítimas recuperadas de PCR.
Avaliação da vítima
Quando ocorre uma situação de doença ou acidente com crianças, elas podem ou não
ser capazes de nos transmitir tudo aquilo que as incomoda ou o que sentem na altura,
pelo que é fundamental a recolha de informação através dos pais, educadores ou
familiares, utilizando para tal a nomenclatura CHAMU. Mas, nunca se deve
menosprezar a informação da criança.
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Exame primário
O exame primário tem como finalidade detectar a existência de situações que possam
pôr em perigo imediato a vida da vítima, ou seja, situações de compromisso das
funções vitais (aquelas que colocam em risco imediato a vida da vítima) sendo então,
fundamental a sua correcção e a prestação dos cuidados de emergência adequados.
No exame primário da vítima o socorrista deve seguir a seguinte lista de prioridades:
Exame Primário
Segurança
Consciente/Inconsciente
Avaliação (ABC)
A – Via Aerea
B - Ventilação
fgfgdfghdfhdfhdfg
C - Circulação
Para avaliar o estado de consciência utilizam-se diversas escalas dentro das quais se
encontram as escalas de coma de glasgow e a escala AVDS, sendo esta ultima mais
simples.
A nomenclatura AVDS é a seguinte:
A Alerta
V Reage á Voz
D Reage á Dor
S Sem resposta
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Exame secundário
Depois da realização do exame primário (detectando e iniciando o socorro nas
situações de perigo de vida imediato) inicia-se o exame secundário.
Recolha de informação
A recolha da informação é fundamental e pretende-se através dela:
Estes dados poderão ser de enorme importância para o tratamento hospitalar, pelo
que deverá ser recolhida no próprio local e com o máximo de informação. Salvo se a
vitima se encontrar em risco de vida.
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A PLS deverá ser utilizada em toda a pessoa inconsciente, porque permite uma
melhor ventilação, libertando as vias aéreas superiores.
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3. Coloque o membro superior da vítima (do seu lado) em ângulo recto (90º), em
relação ao corpo da mesma. Dobre o antebraço para cima com a palma da mão virada
para cima;
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5. Com a sua mão livre, agarre pelo joelho, a perna da vítima que fica oposta a si.
Eleve a perna da vítima, mas deixe o pé no chão;
7. Posicione a perna que está por cima de tal forma que a anca e o joelho estejam em
ângulo recto;
8. Incline ligeiramente a cabeça para trás para manter as vias aéreas desobstruídas;
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Assim, a obstrução da via aérea poderá ser provocada pelos seguintes elementos:
• Objectos de pequenas dimensões
• Alimentos
• Choque anafilático (edema da glote)
• Queda do musculo da lingua
• Liquido / secreções nos pulmões (o qual se não sair espontaneamente com a
tosse, deverá ser aspirado).
• Ligeira
Se a obstrução for parcial, permite a emissão de sons, deve-se recomendar a
calma e incentivar a vítima a tossir (há passagem de algum fluxo de ar).
• Grave
Se a obstrução for total, não permite a emissão de sons, devem-se iniciar de
imediato as tentativas de desobstrução (não há passagem de ar para os
pulmões).
Sinais e Sintomas
Conforme a gravidade da obstrução da via aérea, pode ir desde:
• Estado de agitação
• Lividez
• Dilatação das pupilas (olhos)
• Respiração Ruidosa
• Tosse
• Estado de inconsciência com paragem respiratória
• Cianose da face e extremidades (Tonalidade azulada)
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Forma de Actuar
Corpos estranhos nas vias respiratórias deve-se:
• Abrir a boca
• Tentar extrair o corpo estranho, se este estiver visível
o Incentivar a tossir
o Usar o dedo indicador em gancho ou uma pinça, para retirar o objecto
Mas, CUIDADO para não empurrar o objecto ou ser mordido
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Pancadas Interescapulares
• Segure o peito com uma das mãos e, com a outra, dê até 5 palmadas entre as
omoplatas;
• Se não resultar, efectuar compressões abdominais (manobra de Heimlich), até
5 tentativas.
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O Suporte Básico de Vida (SBV), consiste numa série de procedimentos que podem
ser concretizados até à chegada do socorro, com o intuito de preservar vidas em
situação de emergência.
O socorro prestado nos primeiros minutos, logo após o incidente, é o que melhor
garante uma redução, ou mesmo eliminação, de sequelas que a vítima possa vir a
sofrer. Assim, a formação da pessoa que presta esse primeiro socorro pode ser
decisiva para a vítima.
Por um lado, algumas pessoas acreditam ter noções básicas de SBV, que pensam ser
suficientes numa situação de emergência. Ora, o treino de SBV é fundamental não só
para evitar que sejam cometidos erros graves e irreversíveis mas, também, para uma
maior eficácia dos resultados.
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Procedimentos do SBV
O socorrista deve ter presente quais são os passos e observar a sua ordem de
sucessão antes de iniciar a sua actuação.
Prevenir - proteger
O socorrista antes de iniciar a reanimação deve avaliar rapidamente os riscos e
verificar se estão reunidas as condições de segurança que permitam iniciar a sua
actuação.
Ex: Tráfego, desmoronamento, fumos, gases tóxicos, envenenamento, intoxicações,
doenças, etc.
Avaliar a situação.
Depois de assegurar que estão garantidas as condições de segurança, devemos fazer
avaliação da vítima. E, para isso usamos a seguinte sequência:
1. Avaliar o estado de consciência;
2. Avaliar se ventila;
3. Detectar hemorragias externas graves;
Reanimação
Perante uma pessoa inerte e inconsciente, deve:
• Procurar descobrir e eliminar a causa da situação
• Verificar se ventila normalmente
Se a Vítima Respira:
• Desapertar a roupa
• Colocar a vítima em PLS
• Mantê-la confortavelmente aquecida
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Atenção!!!
Ninguém é obrigado a executar respiração boca-a-boca.
Deverá executar ambas as manobras (sempre que possível):
• 2 Insuflações
• 30 Compressões torácicas
• 2 Insuflações
• 30 Compressões torácicas
• … e assim, sucessivamente.
Caso não seja possível efectuar as insuflações deve de fazer compressões
ininterruptamente.
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Comprima 30 vezes
Em qualquer situação, mesmo que aparente recuperação total, a vítima deverá ser
enviada ao Hospital.
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Algoritmo do SBV
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▪ Lesões fechadas
▪ Lesões abertas
Lesões fechadas
Resultam de pancadas em que há lesões das camadas de tecido abaixo da pele.
Lesões abertas
▪ Escoriação ▪ Penetrantes/perfurantes
▪ Incisa ▪ Amputação
▪ Laceração ▪ Esmagamento
▪ Avulsivas ▪ Evisceração
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CUIDADOS DE EMERGÊNCIA
Lesões fechadas
• Aplicação de frio;
• Imobilizar a zona;
• Avaliar e registar parâmetros vitais;
• Prevenir o choque.
Lesões abertas
• Controlar hemorragias;
• Limpar a zona lesada (se possível);
• Cobrir a zona com penso esterilizado;
• Objectos estranhos, não retirar, nem exercer pressão directa;
• Prevenir o choque;
• Objectos estranhos espetados: imobilizar.
ATENÇÃO
Hemorragias
Por definição é a saída de sangue do seu espaço vascular. Os processos vitais
dependem de um fornecimento adequado e ininterrupto de sangue.
Um adulto possui cerca de 5 litros de sangue.
A perda de 1 litro de sangue em adultos geralmente é uma situação grave.
A hemorragia em certas partes do corpo, por exemplo nas carótidas, pode ser fatal em
apenas alguns minutos.
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Hemorragia Interna
O sangramento interno pode não causar sinais e sintomas por horas ou dias, contudo,
geralmente são semelhantes aos do choque.
As Hemorragias Internas podem ser Visíveis e Não visiveis. As visíveis têm saída de
sangue pelos orifícios naturais. As não visíveis são de difícil reconhecimento; sendo
indicadas por sinais e sintomas.
Forma de actuar
Atenção!!!
É uma situação grave, a vítima deve ser transportada para o Hospital.
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Hemorragia Externa
O sangramento externo causa sinais e sintomas visíveis.
Forma de actuar
O que deve fazer:
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Queimaduras
Queimaduras são lesões da pele, que podem ser provocadas por chama, objectos
quentes, produtos químicos, corrente eléctrica, radiação, líquidos quentes, gelo e
gases a altas temperaturas.
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A gravidade de uma queimadura não se mede apenas pelo grau da lesão (superficial
ou profunda), mas também pela extensão da área atingida, localização e idade da
vítima. Nas queimaduras, é de temer o aparecimento do estado de choque, quer
provocado pela dor, pela infecção ou pela perda de plasma (hipovolémico).
Classificação
De acordo com a profundidade atingida, as queimaduras classificam-se em 3 graus:
• Queimaduras de 1º Grau
• Queimaduras de 2º Grau
• Queimaduras de 3º Grau
Queimadura do 1º grau
São as menos graves. Apenas a camada externa da pele (epiderme) é afectada. A
pele fica vermelha e quente e há a sensação de calor e dor.
Queimadura do 2º grau
Às características da queimadura de 1º grau junta-se a existência de bolhas com
líquido (flictenas). Esta queimadura já atinge a derme e é bastante dolorosa.
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Queimadura do 3º grau
Às características das queimaduras de 1º grau e 2º grau junta-se a destruição de
tecidos. Atinge tecidos mais profundos provocando uma lesão grave e a pele fica
carbonizada. A vítima pode entrar em estado de choque.
Forma de actuar
Se a roupa estiver arder, deve envolver a vítima numa toalha molhada ou, na sua falta,
fazê-la rolar pelo chão ou envolvê-la num cobertor (Cuidado: evitar tecidos sintéticos).
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Atenção!!!
O que não deve fazer:
• Retirar qualquer pedaço de tecido que esteja agarrado à zona queimada;
• Rebentar as bolhas ou retirar a pele das bolhas que rebentaram;
• Aplicar sobre as zonas queimadas outros produtos além dos referidos.
Estado de choque
“Desequilíbrio violento na engrenagem da vida.” Definição do séc. XIX
Choque, é a perfusão inadequada dos tecidos corporais.
Não é uma doença em si, resulta de um trauma ou de uma doença.
Normalmente resulta de grandes hemorragias, danos cardíacos, lesão pulmonar ou na
espinal-medula, vasodilatação acentuada ou desidratação grave.
A circulação sanguínea só é eficaz quando o coração funciona bem, e o sistema
vascular está em bom estado e o volume de sangue é adequado.
Sinais e sintomas:
• Pele pálida e fria
• Extremidades frias
• Suores
• Sede
• Agitação
• Pulso rápido e filiforme
• Respiração superficial rápida e irregular
• Estado de inconsciência
• Pode levar a colapso, coma ou morte.
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Tipos de choque
- Hemorrágico: Quando a circulação sanguínea é deficiente devido a perda de
sangue.
- Neurogénico: Resulta de lesão medular/cefálica que provoca descontrole nervoso
com aumento do calibre dos vasos sanguíneos e consequente hipotensão.
- Cardiogénico: Quando o músculo cardíaco não bombeia com eficiência suficiente
ou os vasos estão obstruídos.
- Metabólico: Choque insulínico, coma diabético, vómitos e diarreias intensos, com
consequente perda de líquidos e alteração grave do equilíbrio bioquímico.
- Séptico: É uma infecção generalizada que se propaga por via sanguínea.
- Anafilático: Reacção alérgica intensa, a medicamentos, alimentos, etc…
Se o estado de choque não for tratado poderá conduzir à MORTE.
Forma de actuar
Se a vítima está consciente (não sendo vitima de trauma), deve:
• Deitá-la em local fresco e arejado
• Desapertar as roupas
• Tentar manter a temperatura normal do corpo
• Levantar as pernas a 45º
• Ir conversando para a acalmar
Nunca:
• Deixe a vítima ingerir bebidas ou alimentos, prevenindo vómitos.
• Utilize uma botija para aquecer a vítima.
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Ortotraumatologia
Fracturas
Uma fractura é uma solução de descontinuidade no tecido ósseo. Em caso de fractura
ou suspeita de fractura, o osso deve ser imobilizado. Qualquer movimento provoca
dores intensas e deve ser evitado.
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Sinais e Sintomas
Deve-se pensar na possibilidade de fractura sempre que haja um ou mais dos
seguintes sinais ou sintomas:
• Dor intensa no local
• Inchaço
• Perda total ou parcial dos movimentos
• Encurtamento ou deformação do membro lesionado
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Forma de actuar
O que deve fazer:
• Expor a zona da lesão
• Desapertar ou cortar a roupa
• Verificar se existem ferimentos
• Tentar Imobilizar as articulações que se encontram antes e depois da fractura
utilizando talas apropriadas ou, na falta, improvisadas
• Transporte para o Hospital
Atenção!!!
As fracturas têm de ser tratadas no Hospital.
As talas devem ser sempre previamente almofadadas e bastante sólidas.
O que não deve fazer:
• Tentar fazer a redução da fractura, isto é, tentar encaixar as extremidades do
osso partido
• Provocar apertos ou compressões que dificultem a circulação do sangue
• Procurar, numa fractura exposta, meter para dentro as partes dos ossos que
estejam visíveis
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Traumatismo Craniano
Deve-se suspeitar de traumatismo craniano se a vitima apresentar um ou mais dos
seguintes sinais:
• Ferida do couro cabeludo ou hematoma
• Perda de conhecimento
• Diminuição da lucidez
• Sonolência
• Vómitos
• Perturbações do equilíbrio
• Uma das pupilas mais dilatada
• Paralisia de qualquer parte do corpo
• Saída de sangue ou liquido séfalo-raquidiano pelo nariz ou ouvidos
• TVM
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Acalmar a vítima
• Colocar a vítima sobre uma superfície dura (se possível um plano duro), sem
almofada
• Transporte urgente para o Hospital
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Forma de actuar
O que deve fazer:
• Acalmar a vítima
• Com a ajuda de outras pessoas, colocá-la num plano horizontal respeitando o
eixo do corpo
• Ligar 112 para um transporte urgente e seguro para o Hospital
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Limpeza de Ferimentos
Pensos
É uma protecção estéril para cobrir uma ferida. Têm como função:
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Nos primeiros socorros este pulso é o mais fácil de encontrar por ser o mais
intensamente marcante.
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Anexos
Regra dos nove - Queimados
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Observação pupilar
2. Dilatadas – Midriáse
3. Contraídas – Miose
4. Assimétricas – Anisocoria
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Imobilização da Coxa
Se a fractura for no fémur (coxa) as talas devem ser colocadas do lado de fora, desde
a axila até à planta do pé e do lado de dentro desde a virilha até à planta do pé.
Se a fractura for nos ossos da perna – tíbia e/ou perónio – as talas devem ser
colocadas desde a anca até à planta do pé.
Se a fractura for no tornozelo as talas devem ser colocadas desde a parte de cima do
joelho até à planta do pé.
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Perguntas Respostas
Nome e Contacto
Sexo da vítima
Local de ocorrência
Acontecimento
• Doença
• Parto
• Acidente
• Inconsciente
• Não Respira
• Queimadura
• Fractura
• Outras ________________
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Entidade Nº Telefone
INEM 112
Saude 24 808 24 24 24
PSP / GNR
Hospital ………….
Médico de família
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Bibliografia
CARNEIRO, A. H. - Manual de Reanimação, Conselho Português de Ressuscitação,
Lisboa, 1998.
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