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SEGURANÇA PÚBLICA E POVOS INDÍGENAS: UMA RELAÇÃO

DE SEGURANÇA, ORDEM E RESPEITO AOS COSTUMES.

AUTOR: JOSÉ ALBERTO ANDRADE DE SOBRAL FILHO


E-MAIL: TENALBERTOFILHO@HOTMAIL.COM
INSTITUIÇÃO: POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA PARAÍBA

RESUMO

A pesquisa aqui hora desenvolvida busca fazer uma abordagem sobre


segurança pública e povos indígenas do Litoral Norte da Paraíba empregada
pela 2ª Companhia Independente da Polícia Militar localizada na cidade de
Mamanguape.

Nesta circunscrição contém sob sua área de atuação 32 (trinta e duas) Aldeias
Indígenas e aproximadamente 25.000,00 índios, sendo que algumas delas
fazem limites com as fronteiras do vizinho Estado do Rio Grande do Norte,
peculiaridade do local que as fazem vulneráveis à traficantes de drogas ilícitas
e outros criminosos, sendo necessário o desenvolvimentos de trabalhos de
inteligência policial naquelas Aldeias a serem desenvolvidas por policiais do
serviço velado em viaturas descaracterizadas. Temos como objetivo deste
estudo buscar com o conhecimento cientifico um aperfeiçoamento das práticas
de segurança pública no sentido de melhor oferecer uma garantia de serviços
que prime por resguardar a liberdade, a ordem, a segurança e os costumes
como também a garantia da propriedade das comunidades indígenas do litoral
norte da Paraíba.

Palavras-chave: Polícia Militar, Segurança Pública, Índios Potiguaras, Litoral


Norte.

INTRODUÇÃO

O debate contemporâneo acerca da segurança pública tem se voltado por uma


abordagem multisetorial contemplando os mais diversos setores e aspectos até
então não muito discutidos. A pesquisa aqui hora desenvolvida busca fazer
uma abordagem sobre segurança pública e povos indígenas do Litoral Norte da
Paraíba empregada pela 2ª Companhia Independente da Polícia Militar
localizada na cidade de Mamanguape.
Nossa circunscrição contém sob sua área de atuação 32 (trinta e duas) Aldeias
Indígenas e aproximadamente 25.000,00 índios, sendo que algumas delas
fazem limites com as fronteiras do vizinho Estado do Rio Grande do Norte,
peculiaridade do local que as fazem vulneráveis à traficantes de drogas ilícitas
e outros criminosos, sendo necessário o desenvolvimentos de trabalhos de
inteligência policial naquelas Aldeias a serem desenvolvidas por policiais do
serviço velado em viaturas descaracterizadas.
Fundou-se, portanto a Patrulha Indígena, modalidade de policiamento
ostensivo executado com a supervisão e parceria do Ministério Público Federal
na Paraíba e FUNAI, voltado especificamente aos povos indígenas de nossa
Região, por existir registro de violência sofrida por indígenas daquelas Aldeias,
inclusive, um duplo homicídio, que vitimou o Cacique Geusivan e outro
Indígena na Aldeia Brejinho em julho de 2013, de maneira que, objetivamos
através de nossas ações policiais assegurar a pluralidade do Estado brasileiro
na perspectiva étnica e cultural, tal como a Constituição Federal determina,
bem como, para que possamos melhor incrementar nossa política de
Segurança Social às minorias e à Sociedade em geral.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Sabemos que a competência para atuação em áreas indígenas pertence a


Polícia Federal órgão subordinado ao ministério da justiça e evidente a União.
Desta forma as terras indígenas são propriedades do governo federal, segundo
o que apronta o art. 20, inciso XI, da Constituição Federal de1988. O referido
trabalho é realizado sob a égide de acordo firmado e parceria do Ministério
Público Federal na Paraíba, com o intuito de desenvolver um trabalho junto aos
povos indígenas para que assim possa de forma conjunta proporcionar uma
garantia de direitos e segurança. Entendemos que partimos de uma premissa
que os povos indígenas são grupos considerados vulneráveis e que
necessitam de legislação especial, o qual nos leva a pensar em possibilidades
de policiamento em areais indígenas como uma atividade especializada o qual
requer preparo sob perspectiva antropológica, pois o policiamento sempre se
dará em condições especiais dada as diferenças étnicas.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desta pesquisa científica, de caráter qualitativo e


exploratório, pretende-se utilizar enquanto instrumentos metodológicos o
recurso da entrevista semi-estruturada com os caciques, os índios moradores
como também os militares que fazem da Patrulha Indígena. Outro recurso a ser
utilizado será a observação participante considerando que este pesquisador
cotidianamente está convivendo de forma profissional com os sujeitos da
pesquisa. O referencial teórico o qual irá dar suporte cientifico a este trabalho
se debruça sobre as áreas sociológicas e antropológicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema de segurança pública estadual e federal devem compreender suas


peculiaridades a modo de proporcionar condições dignas e iguais a todos os
indivíduos de forma indiscriminada. Os órgãos públicos devem trabalhar de
forma conjunta para proporcionar o bem estar e a seguridades de todos, e
aqueles aos quais são considerados grupos vulnerais requerem atenção maior
seja por parte do Estado ou União, mas que seja entendido a necessidade de
grupos especializados de policiais e que neste caso voltados aos povos
indígenas para uma melhor atuação e compreensão de sua realidade.

REFERENCIAS

HECK, Egon; LOEBENS, Francisco; CARVALHO; Priscila D. Amazônia


indígena: conquistas e desafios. Estud. av. vol.19 no.53 São
Paulo Jan./Apr. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S0103-40142005000100015
&script=sci_arttext>. Acesso em: 10 set. 2014.

CONCEIÇÃO VERDADE. Índios agradecem ao Governo pela segurança nas


aldeias da Paraíba. 15 fev. 2014. Disponível em:
<http://conceicaoverdade.com.br/
indios-agradecem-ao-governo-pela-seguranca-nas-aldeias-da-paraiba/>.
Acesso em: 10 set. 2014.

GALVÃO, Eduardo. Encontro de Sociedades: índios e brancos no Brasil. Rio de


Janeiro: Paz e Terra, 1979.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Povos indígenas no Brasil. Disponível em:


www.socioambiental.org

RIBEIRO, Darcy. Os Índios e a Civilização. Petrópolis: Editora Vozes , 1979


SOUZA, Manoel Nascimento de. Direitos indígenas fundamentais e sua tutela
na ordem jurídica brasileira. Disponível em:<http://www.ambito-juridico.com.br>
Acesso em 24 de novembro 2014

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