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NOME DO JOGO OU BRINCADEIRA: Desafio da Corda

BREVE HISTÓRICO
No passado, as crianças não possuíam tantos brinquedos como as de
hoje em dia, o que as levava a utilizar sua criatividade para criá-los. Utilizavam
objetos simples como pedaços de madeira, pedras, vegetais e palitos para criar
animais, além de brincadeiras populares como amarelinha, cinco Marias,
bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel, roda pião, empinar pipa e
muitas outras, desfrutando de momentos divertidos durante várias décadas.
Entre as brincadeiras que mais se destacam em termos de controle rítmico
encontra-se naquelas que utilizam simples cordas para executar a dinâmica.
A brincadeira de pular corda é bastante antiga e sua origem é incerta.
No entanto, há registros históricos que sugerem que ela pode ter surgido na
Grécia Antiga, onde soldados utilizavam um exercício parecido para treinar a
agilidade e a coordenação. Outra teoria é que a brincadeira pode ter surgido no
Egito Antigo, onde as crianças utilizavam fibras vegetais para pular. Há
também relatos que indicam que a brincadeira era comum entre as crianças
africanas e que foi trazida para a Europa por meio do comércio de escravos.
A história de pular corda não é totalmente conhecida. Sabe-se que, na
Europa, era uma brincadeira de meninos, no início do século XVII. A atividade
era considerada indecente para as meninas, pois podiam mostrar os
tornozelos. As meninas começaram a pular corda no século XVIII, mas a
maioria dos médicos desaconselhavam pelo esforço excessivo que poderia
prejudicar a saúde feminina. A primeira evidência real de pular corda como
uma atividade é visto em pinturas medievais.
O ato de pular corda é tão antigo que se torna praticamente impossível
descobrir sua origem, sabe-se apenas que é praticado em todos os cantos do
mundo, e a brincadeira evoluiu tanto que existe até campeonato mundial de
pular corda. Pular corda ou saltar corda é uma brincadeira tradicional que
envolve grande atividade física e coordenação. Tais características fizeram da
recreação um desporto, às vezes chamado por seu nome em inglês – rope
skipping - que não consiste apenas em pular corda, mas em realizar
acrobacias, manejos com a corda, buscando a sincronia dos saltadores com
uma música em execução.
A brincadeira de pular corda se popularizou em todo o mundo e, ao
longo dos anos, ganhou diferentes variações e formas de brincar. É uma
atividade lúdica que promove a socialização, a coordenação motora, o
equilíbrio e o condicionamento físico, sendo uma das brincadeiras mais
populares entre as crianças.

OCASIÃO PARA A UTILIZAÇÃO

EIXO: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.


CONTEÚDO: Aceitação de desafiar-se corporalmente e buscar novas
possibilidades de
destrezas para si.
OBJETIVOS: Buscar o domínio das próprias ações corporais aceitando
desafiar-se corporalmente e buscando seus próprios níveis de destreza
corporal.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE: Na fase da educação infantil é que as
crianças necessitam fundamentalmente iniciar uma exploração consciente das
possibilidades e limites dos movimentos: aprender a desafiar-se; saber o que é
desafio para si; conhecer seus limites possibilidades. A aquisição de ações
corporais habilidosas ou de destreza em uma determinada tarefa posta ao
homem parece constituir a chave para o estudo da relação de domínio da
própria ação corporal. As ações corporais são, por sua própria natureza,
conscientes e voluntárias, posto que elas “[...] não são simplesmente
movimentos [mas] uma sequência completa de movimentos que, juntos,
solucionam um problema motor” (BERNSTEIN, 1996, p. 146 citado por
NASCIMENTO, 2014).
A brincadeira de pular corda pode ser proposta em diversas ocasiões
pedagógicas, que visam estimular o desenvolvimento físico e cognitivo das
crianças. Algumas sugestões incluem:
 Em aulas de Educação Física, como uma atividade lúdica que contribui
para o desenvolvimento motor das crianças, trabalhando habilidades
como coordenação, equilíbrio e resistência.
 Durante o recreio escolar, como uma forma de estimular a socialização
entre as crianças e promover momentos de diversão e descontração.
 Em projetos interdisciplinares que envolvam temas como cultura
popular, história ou matemática, onde a brincadeira de pular corda pode
ser utilizada como um recurso pedagógico para abordar diferentes
conteúdos.
 Em atividades extracurriculares, como oficinas de artes e cultura, onde a
brincadeira de pular corda pode ser uma opção de atividade divertida e
estimulante para as crianças.
Independentemente da ocasião, é importante que a brincadeira de pular corda
seja sempre proposta de forma segura e supervisionada por um adulto
responsável, garantindo que as crianças possam se divertir sem correr riscos.

DESCRIÇÃO DA DINÂMICA DO JOGO

Usando sua criatividade algumas crianças impossibilitadas de terem uma


corda, improvisam-na com cintos, fitas, tiras de tecidos, sacos, cipós,
mangueiras, entre outros (CORDAZZO, 2007). As brincadeiras de corda são
simples, fáceis de praticar e despertam a alegria das crianças. A corda assume
diferentes significados de acordo com a imaginação da Criança, um desafio
que as crianças enfrentam tomando consciência de suas limitações,
potencialidades e desenvolvendo a sua criatividade na invenção de novas
brincadeiras. A cantiga que muitas vezes acompanha a prática do pular corda
possui ritmo sincronia com a cadencia e a batida da corda. Sua sonoridade é
agradável e estimulante, provocando muitas repetições.
Existem diferentes variações da brincadeira, que envolvem diferentes padrões
de movimento e diferentes ritmos. Algumas das variações mais comuns
incluem:
 Pular corda individualmente: Nessa variação, a criança segura a corda e
pula sobre ela sozinha, sem a ajuda de outra pessoa para girar a corda.
 Dupla: Duas crianças seguram a corda nas pontas e a giram em círculos
enquanto uma terceira criança salta sobre a corda.
 Triplo: Três crianças seguram a corda e a giram em círculos, enquanto
uma quarta criança salta sobre a corda.
 Verso: Nessa variação, a corda é girada em um sentido, e a criança
salta para frente e para trás, em vez de pular continuamente.
A versão mais adotada pedagogicamente é em torno da brincadeira em dupla,
valendo ressaltar que durante a brincadeira é cantada a música de desafio, na
qual quem está pulando a corda deverá executar os desafios conforme a
música. Após a conclusão de todos os desafios, inicia-se a fase denominada
de “foguinho”, no qual aumenta a velocidade de transpasse da corda e conta-
se o máximo que a criança começa a pular:
Segue a cantiga para cantar durante a brincadeira:

“Um homem bateu em minha porta e eu, a – bri. (nesta parte da cantiga
apenas pular a corda);
Senhoras e senhores, ponham a mão no chão (neste momento a criança pula
e, rapidamente, abaixa e toca o chão);
Senhoras e senhores, pulem num pé só (agora a criança pula com um só pé);
Senhoras e senhores, deem uma rodadinha (a criança pula e roda);
E vá, pro olho, da rua! (a criança sai da corda, mas sem deixar que a corda
encoste nela).”
Após a conclusão dos desafios inicia-se a fase foguinho:
FO-GUI-NHO (Canta-se pausadamente)
1 ,2 ,3 ... (Conta-se a quantidade de foguinhos que a criança consegue pular)

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