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Industria 4.0 2
Industria 4.0 2
Fábrica de turbinas em Jundiaí (SP): produção automatizada (Germano Lüders)
Esqueça a imagem que você tem de uma fábrica tradicional. No futuro, as linhas de produção
barulhentas e confusas serão substituídas por um cenário peculiar. A chamada indústria 4.0
será cada vez mais automatizada e controlada por robôs. Máquinas dotadas de sensores
conseguirão comunicar-se entre si – e tornar o processo produtivo cada vez mais eficiente.
Com o avanço dos sistemas de big data e da chamada internet das coisas, o controle da
produção poderá ser feito remotamente. “É uma questão de tempo para que indústrias de todo
tipo se adaptem a esse novo conceito”, diz Osvaldo Lahoz Maia, gerente de inovação e
tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de São Paulo.
O conceito de indústria 4.0 ganhou força na Alemanha, onde um projeto que envolve
empresas, universidades e o governo foi lançado para modernizar a já desenvolvida indústria
local.
Em poucos anos, esse conceito deve se espalhar por outros países. Como consequência, o
perfil da mão de obra deve mudar totalmente. “Quem quiser trabalhar nas fábricas do futuro
terá de desenvolver habilidades técnicas e interpessoais bem específicas”, diz Cezar Taurion,
da consultoria Litteris Consulting, especializada em tecnologia da informação e transformação
digital.
Eis quatro características que os profissionais técnicos precisarão desenvolver.
1. Formação multidisciplinar
Para trabalhar numa indústria 4.0, os profissionais terão de desenvolver um perfil
multidisciplinar. “As indústrias continuarão precisando de gente com formação específica, mas
eles terão de lidar cada vez mais com áreas sobre as quais não estudaram na faculdade”, diz o
consultor Cezar Taurion.
Essa competência será cada vez mais valorizada porque, com processos mais eficientes, os
funcionários poderão pensar em novas formas de gerar riqueza. Um arquiteto que antes só
cuidava de projetos para novas plantas poderá, por exemplo, pensar em adaptações no design
dos produtos que diminuam o tempo de fabricação. “Isso depende de uma boa dose de
iniciativa e conhecimentos, além do que a profissão exigia no passado”, diz Osvaldo Maia.