Você está na página 1de 30

ENGENHARIA CIVIL

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
PROF. PAULO CANEVAROLI

AULA 07: Introdução ao orçamento


Gerenciamento e
“A mente que se abra a
uma nova ideia jamais
voltará ao seu tamanho
original.”
Albert Einstein

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Engenharia Civil
Introdução ao orçamento

ORÇAMENTO

O (INSTITUTO DE ENGENHARIA, 2011) define


orçamento de obra sendo ele detalhado ou
resumido onde mostrará o valor final de execução
de uma construção, nesse orçamento são incluídos
todos os custos diretos, custos indiretos, tributos e o
lucro do construtor.

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Engenharia Civil
Introdução ao orçamento

ORÇAMENTO

Segundo (TISAKA, 2006), na elaboração do


orçamento é necessário conter todos os materiais
e/ou serviços que serão aplicados na obra de acordo
com todos os projetos referentes ao objeto da
licitação, como também deve ser elaborado através
de um levantamento quantitativo do projeto e da
composição dos custos unitários dos serviços,
incluindo todas as leis sociais e encargos trabalhistas
e todos os demais custos diretos.
Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento

TCPO – Tabela de Composição de Preços para


Orçamentos

A TCPO norteia o orçamento de construção,


planejamento e controle de obras, é uma base
orçamentária disponível para venda em CD ou em
livro no site da PINI, com facilidade de
entendimento e aplicação nas planilhas , contendo
várias composições de custos para o mercado da
construção, suas bases são atualizadas mensalmente
de acordo com mercado.
Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Engenharia Civil
Introdução ao orçamento

TCPO – Tabela de Composição de Preços para


Orçamentos

(MATTOS, 2015) Os encargos sociais da TCPO não


são inclusos no valor da mão de obra, eles são
calculados separadamente pela Pini Web para ser
aplicada sobre todos os custos de mão de obra nos
canteiros.

Gerenciamento e
Introdução ao orçamento

ORÇAMENTO E ORÇAMENTAÇÃO

Um orçamento é elaborado através de um processo


que é denominado como orçamentação.
Segundo (INSTITUTO DE ENGENHARIA, 2011), a
qualidade de um orçamento deve ser mensurada
pela excelência e nível de precisão, que se pretende
alcançar no processo de orçamentação para
demonstrar credibilidade no resultado da sua
aplicação.

Gerenciamento e
Introdução ao orçamento

ORÇAMENTO E ORÇAMENTAÇÃO

A definição de orçamento é diferente da


orçamentação, o orçamento é o produto onde
contém todos os serviços, devidamente
quantificados e multiplicados pelos seus respectivos
preços unitários, onde a somatória total define o
preço final da obra. Já a orçamentação é o processo
de determinação do orçamento, que envolve a
descrição, identificação, quantificação, e análise de
vários itens. (MATTOS, 2006).

Gerenciamento e
Introdução ao orçamento

TIPOS DE ORÇAMENTOS

Estimativa de custo

O (INSTITUTO DE ENGENHARIA, 2011), relata que


examinando dados preliminares de um projeto em
relação à área que será construída, os serviços
envolvidos e a quantificação dos materiais é possível
se realizar uma estimativa de custo está diretamente
ligada á sua avaliação.

Gerenciamento e
Introdução ao orçamento
TIPOS DE ORÇAMENTOS

Estimativa de custo

(MATTOS, 2006) afirma que a estimativa de custo


serve para dar ordem de grandeza do
empreendimento, sendo uma avaliação realizada
com base em custos históricos e através de uma
comparação com projetos similares, é um tipo de
indicador genérico que ajuda a ter uma abordagem
inicial da faixa de custo da obra.

Ex.: Revista Téchne ou CUB


Gerenciamento e
Introdução ao orçamento
TIPOS DE ORÇAMENTOS

Orçamento analítico ou detalhado

O orçamento analítico apresenta a avaliação do


custo por meio da composição dos custos unitários,
seu nível de precisão é adequado que é realizado
através do levantamento quantitativo, dos
materiais, equipamentos e serviços, realizados na
etapa do estudo dos projetos. Nesse tipo de
orçamento é incluso todos os custos diretos, custos
indiretos, impostos e o lucro. (INSTITUTO DE
ENGENHARIA, 2011).
Gerenciamento e
Introdução ao orçamento
TIPOS DE ORÇAMENTOS

Orçamento analítico ou detalhado

Segundo (MATTOS, 2006), o orçamento analítico é


uma maneira com mais detalhes e precisão de se
prever o custo final de uma obra. Ele é realizado
através de composições de custos e minuciosa
pesquisa de preços dos insumos. Tem como meta
chegar a um valor mais próximo possível do real,
minimizando margens de erros e incertezas.

Ex.: TCPO ou SINAPI


Gerenciamento e
Introdução ao orçamento
TIPOS DE ORÇAMENTOS

Orçamento sintético ou resumido

Segundo (INSTITUTO DE ENGENHARIA, 2011), o


orçamento sintético é o conjunto de informações
mostradas através de planilhas, onde se encontram
os serviços de forma resumida, com os preços
parciais e seus totais para execução de uma
construção, é também acrescentado o BDI. Esse
orçamento sintético pode ser considerado um
resumo do orçamento analítico.

Ex.: CPOS ou TCPO resumida


Gerenciamento e
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

Para a correta orçamentação de um


empreendimento se faz necessário que todos os
possíveis custos presentes sejam considerados.
Ressaltando ainda, que o orçamento é uma
estimativa do custo de uma obra, portanto é
importante entender que o custo total da obra é o
valor que corresponde à soma de todos os gastos
necessários para sua execução. O preço é igual ao
custo acrescido de uma margem de lucro, ou seja,
CUSTO + LUCRO = PREÇO.

Gerenciamento e
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

CUSTOS DIRETOS

Segundo (TISAKA, 2006), o custo direto é o resultado


da soma de todos os custos diretamente
relacionados na produção da construção, que são os
insumos constituídos por materiais, mão de obra e
equipamentos, acrescido de toda a infraestrutura de
apoio necessária para a sua execução no ambiente
da obra.

Gerenciamento e
Introdução ao orçamento
EXEMPLO
1) A viga abaixo será pré moldada, portanto determinar as atividades e seus
respectivos quantitativos baseados na TCPO.
C25 V125 14/50

A
MEDIDAS EM CM
50 Corte A
270 2 Ø 12.5

2x2 Ø 6.3

A
2 Ø 12.5
263
25

25
2 N1 Ø 12.5
C=313

(pele) 38

45
248
9

7
9

2x2 N4 Ø 6.3 C=266 9

18 N3 Ø 5 C=132
251
15

15

2 N2 Ø 12.5 C=281

Gerenciamento e
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

CUSTOS INDIRETOS

São aqueles serviços de apoio necessários para


executar a obra. Antes de começar a construção,
precisamos implantar o "canteiro de obra", que são
instalações provisórias de escritórios, banheiros,
vestiários, refeitórios, depósitos de materiais etc.,
que são exigidos pela legislação.

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

CUSTOS INDIRETOS

Encargos sociais e trabalhistas

O custo da mão-de-obra

Brasil: salário baixo, mas mão de obra cara

Em geral, a cada R$1,00 pago em salário, paga-se em


média R$1,00 de encargos ou benefícios.

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

CUSTOS INDIRETOS

Encargos sociais e trabalhistas

Encargos – obrigação representado por imposto ou


tributo, tem que ser pago sem discussão.

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

CUSTOS INDIRETOS - Encargos sociais e trabalhistas

Salários e encargos

Brasil: ao pagar salário, a empresa assume, automaticamente, o


compromisso de calcular e recolher para o Estado os chamados
Encargos Sociais

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

CUSTOS INDIRETOS - Encargos sociais e trabalhistas


Constituição Federal de 1988 fez algumas alterações nos direitos sociais:

Acréscimo de 10 para 40% sobre o saldo do FGTS de multado do empregador em


caso de demissão sem justa causa.

Redução da jornada de Trabalho de 48 para 44 horas semanais sem redução do


salário.

Férias anuais remuneradas com 1/3 a mais sobre o salário normal.

Além disto, há a convenção coletiva do setor que devemos seguir.


Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

CUSTOS INDIRETOS - Encargos sociais e trabalhistas

A PINI considera as taxas de leis sociais e riscos do trabalho nos custos da construção
para mensalistas em 78,33% no estado de São Paulo.

Considerado: Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, Salário-


Educação, SESI, SENAI, SEBRAE, INCRA, Seguro contra acidentes do trabalho,
Sindicato, 13º Salário, Depósito por despedida injusta, Férias (1/3 salário), Aviso
Prévio, taxa de reincidência, vale transporte, refeições, Seguro de vida.

Faremos exemplo de cálculo de um pedreiro para uma empresa pequena da região.

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

CUSTOS INDIRETOS

Mais um custo mensal de Administração Local,


constituído pelo engenheiro de obra, funcionários
administrativos, consumo de energia, água,
telefones, materiais de limpeza etc.

Além disso, há também os custos de Mobilização e


Desmobilização, no início e no final da obra.

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

DESPESAS INDIRETAS

Custos considerados fora do canteiro de obra. São


eles: Administração Central: estrutura destinada ao
funcionamento das atividades da direção geral da
empresa; Despesas Financeiras: gastos relativos à
defasagem entre a data do desembolso e a data da
receita; Seguros, Riscos e Imprevistos.

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

DESPESAS INDIRETAS

Além de Despesas Tributárias: PIS (Programa de


Integração Social), Cofins (Programa para o
Financiamento da Seguridade Social), CPMF
(Contribuição Provisória Sobre Movimentação
Financeira), ISS (Imposto Sobre Serviços), CSSL
(Contribuição Social Sobre o Lucro) e IRPJ (Imposto
de Renda Pessoa Jurídica).

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

BDI – Benefício e Despesas Indiretas

Segundo o (INSTITUTO DE ENGENHARIA, 2011), a


sigla BDI é a abreviatura da expressão “Beneficio e
Despesas Indiretas”. Em termos práticos o BDI
refere-se a uma taxa que se adiciona ao custo direto
de uma obra ou serviço para se determinar o valor
do orçamento.

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

BDI – Benefício e Despesas Indiretas

(TISAKA, 2006) relata que o BDI não deve ser


confundido com o lucro, ele é uma parte importante
dentro do orçamento, nele deve conter todos os
custos referentes a despesas indiretas da
administração, custos financeiros, impostos, taxas e
o lucro.

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO

BDI – Benefício e Despesas Indiretas

Gerenciamento e
Planejamento de Obras I
Introdução ao orçamento
ORÇAMENTAÇÃO – Exemplo CD = R$ 1.000.000,00
BDI - BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS

IMPOSTO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO


COFINS 3% sobre o preço de venda 3% sobre o preço de venda
PIS 0,65% sobre o preço de venda 0,65% sobre o preço de venda
Alíquota municipal (estimado 5% sobre o Alíquota municipal (estimado 5% sobre o
ISS preço de venda) preço de venda)
15% sobre o lucro real (se < 20.000,00 por
mês) ou 25% sobre o lucro real (se >
IRPJ 20.000,00 por mês) 1,2% sobre o preço de venda
CSLL 9% sobre o lucro real 1,08% sobre o preço de venda

LUCRO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO


GERAL 12% sobre o preço de venda (8 a 15%) 12% sobre o preço de venda (8 a 15%)

DESPESAS INDIRETAS LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO


ESCRITÓRIO CENTRAL 2% sobre os custos (CD+CI) (estimado) 2% sobre os custos (CD+CI) (estimado)
CUSTO FINANCEIRO 1,5% sobre os custos (CD+CI) (estimado) 1,5% sobre os custos (CD+CI) (estimado)
IMPREVISTOS 1% sobre os custos (CD+CI) (estimado) 1% sobre os custos (CD+CI) (estimado)

CUSTO INDIRETO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO


DESPESAS INDERETAS
DE OBRA 5% sobre o custo direto (estimado) 5% sobre o custo direto (estimado)
Gerenciamento e
PRÓXIMA AULA:

• GERENCIAMENTO DE CUSTOS;

AGRADECIMENTOS:

Aos alunos do nono período pela troca de informações.

ATÉ PRÓXIMA AULA!!!

Gerenciamento e

Você também pode gostar