Geologia Apontamentos

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A TERRA

. Tem a forma de um geoide, aproxima-se de uma esfera com um ligeiro achatamento nos polos

. A maior elevação do planeta é o Monte Evereste, nos Himalaias, 8848m acima do nível médio das
águas do mar

. A maior depressão é a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico (11055m abaixo do nível médio
das águas do mar)

GEOLOGIA – é a ciência que estuda a Terra desde a sua origem, formação, evolução ao longo dos
anos, a sua constituição, estrutura e propriedades físicas. Procura compreender uma ordem na
história da terra, pelo estudo das rochas e restos de seres vivos nelas fossilizados, até ao tempo
presente assim como os processos que deram origem ao seu estado atual. Baseia-se na observação,
na recolha de amostras no local de estudo, com recurso a instrumentos e experiências em
laboratórios.

Divide-se em duas áreas distintas:


. geologia física: materiais e processos
. geologia histórica: origem e evolução

Disciplinas da Geologia:
. Geoistória ou geologia histórica: estuda as estruturas terrestres, assim como os movimentos da
crosta terrestre e consequentes deformações
. Geologia estrutural:
. Geoquímica: substâncias constituintes da crosta terrestre
. Geodinâmica: síntese de dados fornecidos por todas as disciplinas
. Geologia aplicada: aplicações

MUITOS DOS PROBLEMAS TRATADOS PELA GEOLOGIA TÊM UM VALOR PRÁTICO PARA AS PESSOAS:
A geologia ajuda-nos a compreender como podemos viver de uma forma mais sustentável no nosso
planeta
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O grande desenvolvimento da Geologia surge com a Revolução Industrial (século XVIII) devido à
necessidade de procura e exploração de carvão e minerais metálicos.

• CATASTROFISMO – James Ussher (século XV, XVI)


É uma corrente de pensamento que defendia que as alterações que ocorriam no nosso planeta se
deviam à ocorrência de grandes catástrofes naturais, em curtos períodos de tempo e de forma
brusca, as quais, para além de provocarem a extinção da flora e fauna, também explicariam a
existência de fósseis de animais marinhos em zonas continentais (Ex. queda de asteroide e
consequente extinção dos dinossauros; vulcões; dilúvios; sismos – eventos que se acreditavam ser
responsáveis pela extinção em massa e pelas formações da terra)

• UNIFORMITARISMO - James Hutton – A Teoria da Terra (século XVIII).


Demonstrou que os processos geológicos se produziam ao longo de períodos extremamente longos,
e podem ser explicados a partir de processos que decorrem atualmente, ou seja, as mudanças
geológicas são cíclicas.
 Inconformidade de Hutton, em Siccar Point, conclui que:
. os estratos da primeira formação foram depositados lentamente na horizontal
. em seguida foram inclinados, erguendo-se lentamente
. novamente acima do nível do mar, ocorreu a erosão, trabalhando lenta mas incessantemente,
removendo as rochas à superfície

• GRADUALISMO – Charles Darwin, A Origem das Espécies (século XIX)


A evolução procede por pequenas mudanças sucessivas, graduais, no decorrer de diversas gerações
de seres vivos, sendo, portanto, um processo lento e contínuo.
• SALTACIONISMO – Niles Eldredge
Os seres vivos atravessam longos períodos de evolução lenta, sem modificações significativas em
suas características, seguidos de períodos curtos e de grandes transformações. Os seus defensores
afirmam que esse pensamento científico explica a descontinuidade percebida no registo dos fosseis,
bem como a existência de tantas espécies diferentes.

O SISTEMA TERRA

Tipos de sistemas
. Isolado: não há trocas de energia e de massa com o seu universo envolvente (ex. vácuo em
laboratório)
. Fechado: quando não há transferência de massa entre ele e o seu universo envolvente podendo
ocorrer trocas de energia (ex. frasco fechado)
. Aberto: quando há trocas de energia e de massa com o seu universo envolvente (ex. copo com
água)

A Terra pode ser entendida como um sistema aberto, subdividido em subsistemas:

. Atmosfera
É a camada gasosa que envolve a terra.

. Hidrosfera
Inclui toda a água existente na Terra: oceanos, rios, águas subterrâneas, neve, glaciares...

. Litosfera
É a parte superficial sólida da Terra: rochas e minerais

. Biosfera
Inclui todos os seres vivos e os lugares onde a sua existência é possível.
INTERAÇÃO ENTRE OS SUBSISTEMAS
As diversas partes do sistema Terra estão relacionadas de maneira que uma mudança numa delas
pode produzir mudanças noutra ou em todas as demais.

2 Fontes de Energia:
. Processos Externos: Tempo e clima; Circulação Oceânica; Processos erosivos
. Processos Internos: Vulcões; Terramotos; Montanhas

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ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
Estudo das ondas sísmicas
A velocidade das ondas sísmicas aumenta com a profundidade.
O interior da Terra não é homogéneo (em termos de rigidez e densidade)
A rigidez aumenta com a profundidade, assim como a densidade dos materiais.

O aumento da velocidade das ondas sísmicas com a profundidade deve-se ao facto do aumento de
rigidez ser mais significativo do que o da densidade.
I'#$!
⎧ zona superficial, em contacto com a atmosfera e a hidrosfera


_$+0^ − -í^+\0 ) 0^abí]+,c: a que forma os continentes,
⎪ . \,]B+])]B0^
⎪ mais espessa, menos densa e mais antiga

⎪ onde se acumulam grandes espessuras de sedimentos resultantes,
⎪ da erosão dos continentes e de precipitação

⎪ . fghijklj: composição granítica
⎪ . kmnijklj: mais densa, constituída por rochas basálticas



⎪. ,\)â]+\0 _$+b0 − -í^+\0 ) b0q]é-+,c: a que forma os fundos oceânicos,
⎪ menos espessa, mais densa, mais recente


⎪ D&$I#r!CrHCD D& D& "#;#'#sCICI
⎪ separação entre a crosta terrestre e o manto

⎪ " r!#

é constituído por rochas mais densas que a crosta; é a camada

⎪ mais profunda do planeta; Zona de maior volume e de maior massa

⎪ . b0]B, -aw)/+,/: camada composta basicamente por rochas, num
⎪ estado pastoso, em razão do calor que irradia do manto inferior

&$!'H!H' D !&'' é responsável pela movimentação das placas
⎨ tectónicas que formam a crosta


⎪ D&$I#r!CrHCD D& D& '&y&!!C
⎪ 7 5 çã 7 5 5 9 5 5

⎪ . b0]B, +].)/+,/: a sua estruturação é basicamente líquida, uma vez
⎪ que as rochas presentes nessa camada se dissolvem, em razão do
⎪ calor proveniente do núcleo

⎪ D&$I#r!CrHCD D& D& {C&I;&'! − |H!&r*&'|
⎪ separação entre o manto e o núcleo


⎪ rÚIA&#
⎪ é a camada mais interna do planeta; constituido por ferro e níquel;
⎪ possui uma composição líquida em razão das altas temperaturas
⎪ registadas no interior da terra
⎪ _a referida hipotese resultou em grande parte da análise de meteoritosc

⎪ considerado como o ponto de origem do magnetismo terrestre,
⎪ uma vez que a sua movimentação gera uma corrente elétrica,

resultando na formação de um campo magnético



⎪ D&$I#r!CrHCD D& D& A&;" rr
⎪ separação entre a zona externa do núcleo_no estado líquido
⎪ e a zona interna _no estado sólidoc

A ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO
A Paleontologia é a ciência que estuda a vida do passado da Terra e a sua evolução ao longo do
tempo, recorrendo ao estudo dos fósseis.

. FOSSILIZAÇÃO – transformação de organismos em fósseis


Fosseis são restos ou vestígios de seres vivos que ficaram preservados em rochas ou outros
materiais naturais como o gelo ou o âmbar.
Os fósseis são extremamente difíceis de serem formados e por isso não são fáceis de ser
encontrados. Para que um fóssil se forme deve ocorrer uma série de eventos físicos, químicos e
biológicos.

Processos de Fossilização:
Mineralização: processo onde uma substância orgânica é convertida numa substância inorgânica
Incarbonização: consiste no enriquecimento progressivo em carbono
Moldagem: o organismo desaparece, mas deixa um molde da sua estrutura interna ou externa, na
rocha
Impressão: o organismo deixa marcas nos sedimentos, como pegadas, marcas de folhas e de asas.
Conservação parcial: conservação das partes duras, como conchas, dentes.
Conservação total: o cadáver subsiste totalmente, exemplo os insetos envolvidos em âmbar

O tempo geológico pode ser medido em:


DATAÇÃO RELATIVA – em termos relativos
. Estabelece a idade de um estrato em relação a outros, qual é o mais recente e qual o mais antigo.
. Foi a primeira a ser utilizada;
. não depende de conhecimentos tecnológicos;
. assenta na compreensão dos processos geológicos e seus registos;
. permite estabelecer a sucessão temporal das rochas numa região;
. apenas possibilita a datação nas rochas com fósseis (sedimentares)

Estratificação: arranjo em camadas horizontais, é uma característica das rochas sedimentares; os


estratos das rochas sedimentares apresentam características suscetíveis de revelar o respetivo
ambiente de sedimentação e quando apresentam fósseis incluídos, a idade relativa.
. não indica o tempo exato em que um determinado acontecimento ocorreu: apenas indica que o
fenómeno foi antecedido por um e seguido por outro.

Princípios para a determinação da idade relativa:


. Princípio da horizontalidade original: os sedimentos são sempre depositados em camadas
horizontais
. Princípio da sobreposição de estratos: numa sucessão de estratos não deformados, qualquer deles
é mais recente do que aquele que lhe serve de base e mais antigo do que aquele que o cobre
. Princípio da continuidade lateral: um estrato com propriedades litologias semelhantes possui a
mesma idade em toda a sua extensão lateral; aplicando este princípio podemos correlacionar
litologias que se encontrem muito afastadas.
. Princípio da Interseção: aplica-se a estratos afetados por estruturas: falhas, instrusões
magmáticas; a estrutura que intersecta é mais recente do que aquela que é intersectada;
. Princípio da inclusão: fragmentos ou porções de uma rocha que se encontram incorporados noutra
são mais antigos do que as rochas que os contêm.
. Princípio da identidade paleontológica: os estratos caracterizados pelas mesmas associações de
fósseis são da mesma idade; os fósseis são contemporâneos das rochas onde se encontram.

Os métodos de datação relativa apenas ordenam os acontecimentos numa escala de “antes e


depois”, não sendo permitido estabelecer a duração real dos acontecimentos.

DATAÇÃO ABSOLUTA – em termos absolutos


É uma datação quantitativa que permite determinar a idade da rocha em termos de milhões de
anos.

. Métodos radiométricos: baseiam-se nas propriedades de alguns elementos radioativos, cujo


período de semitransformação é muito longo.
A engenharia tornou-se consciente de que o projeto estrutural não é por si só suficiente para
garantir a segurança de uma obra.

A Engenharia Civil acompanha a constante evolução tecnológica e científica, pelo que as suas
construções são cada vez maiores e mais complexas, aumentando assim a vulnerabilidade das
estruturas.

Da necessidade de utilização de terrenos de pior qualidade, torna-se necessário conhecer as


características físicas e geológicas dos solos, de modo a garantir a segurança na elaboração de
projetos. A correta caracterização geológica e geotécnica é de elevada importância em obras cuja
implantação interfere significativamente na estabilidade dos terrenos, tais como a construção de
barragens, obras subterrâneas, pontes..).

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