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Emergencias Oncológicas - Thatiane
Emergencias Oncológicas - Thatiane
Emergências Oncológicas
Fatores de Risco
CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE CARACTERÍSTICAS TUMORAIS
Quadro Clínico
Diagnóstico
SLT laboratorial = pelo menos 2 alterações laboratoriais:
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Diagnóstico
SLT clínica = SLT laboratorial + <1:
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Tratamento
• Cuidados intensivos
• Monitorização cardíaca
• Débito urinário contínuo
• Eletrólitos, creatinina e ácido úrico a cada 4-6 horas
• Correção hidroeletrolítica
• Correção de medicação conforme função renal e evitar medicações
nefrotóxicas
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Tratamento
• HiperHidratação = SF 2-3L/m²/dia
Melhorar Minimizar
Indução ao
perfusão renal e precipitação de
débito urinário
filtração ácido úrico ou
aumentado
glomerular fosfato de cálcio
5943 0455
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Caso Clínico 1
Exame Físico
- REG, hipocorado, desidratado, ECOG 2
- PA 110/80 FC 111 FR 15 Sat 93%AA
- Segmentar sp
Exames Laboratoriais
- HMG: Hb 9,8 L 9500 Plaq 165000
- Creat 2 Ureia 100
- P 7 (VR 2,5-4,5) ; acido úrico 9 (VR 2,5-7,4), K 6,2 (VR 3,5-5,5), Ca 6,8 (VR 8-10,4)
- ECG: taquicardia sinusal, onda T simétrica e apiculada
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Caso Clínico 1
a) A fisiopatologia envolvida no quadro decorre da liberação na corrente sanguínea de forma abrupta de uma elevada
quantidade de K, P, Ca e ácidos nucleicos.
b) O alopurinol é uma droga comumente empregada no tratamento do caso clínico acima. O seu mecanismo de ação
está relacionado com a degradação do ácido úrico a alantoína, substancia mais solúvel na urina.
c) A disfunção renal apresentada provavelmente é multifatorial. Destacam-se entre as principais causas a deposição
de cristais de acido úrico e a precipitação de fosfato de cálcio.
d) Leucemia linfoblastica, linfoma de burkitt e neoplasia de pulmão são os tumores mais frequentemente associados
ao quadro descrito, ocorrendo sempre como consequência do tratamento oncológico citotóxico.
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Caso Clínico 2
- Paciente de 31 anos, câncer de mama metastático para osso e fígado, está internada para controle de dor com
equipe dos cuidados paliativos
- Enfermagem liga para avaliar paciente que está confusa
Exame Físico
- REG, hipocorada, desidratada, emagrecida, ECOG 3
- FC 115 FR 22 PA 110/70 T 36,3 SAT 96%AA Dextro: 155
- ECG 13, PIFR, sem outras alt neurológicas
- Segmentar sp
Exames Laboratoriais
- HMG: Hb 8,7 Leuco 3800 B 0% Plaq 165000
- Creat 1,3 Ur 56 TGO 30 TGP 36 BT 0,90 Alb 2
- Na 134 K 4,9 Ca 10,6 Mg 2
- ECG: taquicardia e redução do intervalo QT
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Caso Clínico 2
a) Hipercalcemia
b) Metástase em SNC
c) Encefalopatia urêmica
d) Sepse
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Hipercalcemia da malignidade
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Definição
Etiologia
HiperCalcemia
Humoral (80%)
• Proteína relacionada ao paratormônio (PTHrp) sérico elevado
• PTH sérico intacto muito baixo ou suprimido
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Quadro Clínico
Neurológicos*
• Sonolência, torpor, coma, disfunção cognitiva
Gastro-intestinais
• Constipação, náusea, vômito, dispepsia
Musculo-esqueléticos
• Fraqueza muscular
Nefrológicos
• Nefrolitíase, DRC
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
CLASSIFICAÇÃO CÁLCIO
LEVE 10,5 a 12 mg/dL
MODERADA 12 a 14 mg/dL
GRAVE > 14 mg/dL
Caso Clínico 2
- Paciente de 31 anos, câncer de mama metastático para osso e fígado, está internada para controle de dor com
equipe dos cuidados paliativos
- Enfermagem liga para avaliar paciente que está confusa
Exame Físico
- REG, hipocorada, desidratada, emagrecida, ECOG 3
- FC 115 FR 22 PA 110/70 T 36,3 SAT 96%AA
- ECG 13, PIFR, sem outras alt neurológicas
- Segmentar sp
Ca + Correção [(4 – Albumina) X 0,8] = Ca Corrigido
Laboratorio
10,6 + [(4 – 2) X 0,8] = 12,2 Ca Corrigido
- HMG: Hb 8,7 Leuco 3800 B 0% Plaq 165000
- Creat 1,3 Ur 56 TGO 30 TGP 36 BT 0,90 Alb 2
- Na 134 K 4,9 Ca 10,6 Mg 2
- ECG: taquicardia e redução do intervalo QT
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Tratamento
• Controle de Cálcio na Dieta
• Evitar medicamentos hipercalcemiantes (diurético tiazídico, lítio)
• Expansão volêmica → Diurese alvo: 100-150mL/h
• Calcitonina 4 UI/Kg IM
• Acido Zoledrônico 4mg EV
• Pamidronato 60-90mg EV
• Denosumab 60mg SC
• Hemodiálise em casos refratários
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Caso Clínico 3
Exame Físico
- BEG, hipocorada 1+/4, hidratada, ECOG 1
- FC: 110bpm PA 130/80 Sat 95% AA T 38,8ºC FR 18
- Segmentar sp
Laboratório:
- HMG: Hb 9,1 Leuco 1.170 Neutro 676 Bastões 0 Plaq 130000
- Eletrólitos normais, função renal e hepática sem alterações
- PCR 10
- Rx tórax normal; PU sem alteração
Oncologia Clínica
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Caso Clínico 3
Neutropenia Febril
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Definição
Febre Neutropenia
Introdução
• Incidência varia conforme tipo de tumor
• Tumores sólidos → 10 a 50%
• Tumores hematológicos → > 80%
• Mortalidade alta
• 20 a 30% dos casos terão um sítio infeccioso identificado
Introdução
• Fungos
• Candida sp (TGI) e Aspergillus sp (inalação de esporos) na maioria das infecções
• Raramente causam o primeiro episódio de febre
• Causam febre persistente ou recorrente → > 1 semana
• Vírus
• HSV-1 e 2 → reativação infecção latente em pacientes soropositivos.
• Outros vírus: VVZ, EBV, CMV, influenza, vírus sincicial respiratório, parainfluenza, rinovírus etc
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Anamnese
Orofaringe Pulmões
Tentativa de identificar o foco
Anamnese
Comorbidades
Início de
Coletar Amplo
antibiótico Antifúngico ?
culturas espectro
até 60 min
• Cobertura para
pseudomonas
Tratamento
Gram – e Anti-Pseudomonas
• Cefepime: 2g EV q8h
• Piperacilina-tazobactam: 4,5g EV q6h
• Meropenem: 1g EV q8h
Gram +
• Vancomicina: 1g EV q12h
• Linezolida: 600mg EV q12h
• Daptomicina: não deve ser usada em infecções pulmonares
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Tratamento
INDICAÇÕES DE COBERTURA DE GRAM+ NO ESQUEMA INICIAL
Filgrastim
Não reduz mortalidade
Caso Clínico 3
Exame Físico
- BEG, hipocorada 1+/4, hidratada, ECOG 1
- FC: 110bpm PA 130/80 Sat 95% AA T 38,8ºC FR 18 Verificar acesso ao serviço de saúde
- Segmentar sp Alta com antibiótico via oral
Laboratório:
- HMG: Hb 9,1 Leuco 1.170 Neutro 676 Bastões 0 Plaq 130000
- Eletrólitos normais, função renal e hepática sem alterações
- PCR 10
- Rx tórax normal; PU sem alteração
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Definição
• Sinais e sintomas que decorrem da obstrução do fluxo sanguíneo da veia cava superior
• 60-80% condições malignas → invasão ou compressão tumoral
• 81% Câncer de pulmão (42% CPNPC / 39% CPPC)
• 14% Linfomas não Hodgkin
• 4% Tumores germinativos
• Não malignas
• Trombose relacionada a dispositivos, fibrose pós RT
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Quadro Clínico
• Edema de face e membros superiores
• Distensão de vasos na região cervical e
torácica
• Pletora facial
• Dor
• Tosse, dispneia, estridor, rouquidão
• Confusão, tontura, cefaleia, alteração visual
Investigação
TC tórax com
• Tomografia de tórax com contraste contraste
Tratamento
MEDIDAS GERAIS PARA ALÍVIO DE SINTOMAS
Tratamento
MEDIDAS INTERVENCIONISTAS
• Risco iminente de vida: venografia que
permite a passagem de stent
endovascular em veia cava superior
• Tumores pouco responsivos a QT
Tratar a causa
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Caso Clínico 4
a) O tratamento definitivo da SVCS envolve discussão multidisciplinar. Quimioterapia e/ou radioterapia são
modalidades comumente empregadas no tratamento de casos de câncer de pulmão.
b) Edema de face, região cervical e de tórax, além de confusão mental, são as manifestações clinicas mais comuns.
c) A principal causa etiológica é neoplasia maligna intratorácica, seja por invasão direta ou compressão extrínseca
d) Os glicocorticoides podem ser empregados como medidas gerais no tratamento, particularmente nos casos de
canceres hematológicos e devem ser iniciados após a realização de biopsias confirmatória.
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Compressão Medular
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Definição
Recuo compressivo, deslocamento ou revestimento do saco dural por
um tumor ao nível da medula espinhal e/ou cauda equina.
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Definição
• Afeta cerca de 5-10% dos pacientes.
• 85% metástases ósseas localizadas no espaço epidural.
• Principais neoplasias: próstata, pulmão, mama, rim, linfoma, mieloma múltiplo, TGI e melanoma.
• SGm 3-6 meses
Fisiopatologia
Dano
Tratamento
irreversível
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Quadro Clínico
1. Dor local 3. Déficit sensitivo
• >95% ao diagnóstico • Parestesias distal com padrão ascendente
• 7 semanas até outros sintomas
• Intensidade crescente
• Localizada → radicular
Diagnóstico
• Anamnese e exame físico → diagnósticos diferenciais !
Tratamento
Medidas
OBJETIVOS
Controle de dor
Gerais
Evitar complicações
Preservar função
Tratamento
neurológica da doença de
base
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Medidas Gerais
• Corticoide na suspeita de compressão
• Dexametasona 10mg EV em bolus, seguido de 4mg VO de 6/6 horas
• Redução de edema vasogênico e déficit neurológico
• Analgesia (opioides)
• Profilaxia TEV para pacientes restritos ao leito
• Avaliação urinária / intestinal
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
M ECHANICAL – instabilidade
Caso Clínico 5
a) O uso de dexametasona está recomendado, embora não exista comprovação cientifica do beneficio dela no que se
refere a melhora da capacidade de deambulação.
b) Abordagem cirúrgica ou Radioterapia são modalidades frequentemente empregadas nessa entidade clinica.
Tumores radiossensíveis e presença de instabilidade de coluna são fatores que desfavorecem a realização de
cirurgia.
c) Os sintomas mais comuns no inicio do quadro são a constipação e retenção urinária, conferindo pior prognóstico
para recuperação do quadro neurológico.
d) A ressecção cirúrgica seguida de radioterapia foi comparada a radioterapia isolada e mostrou aumento da
capacidade de deambulação.
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
Referências
• https://www.uptodate.com/contents/tumor-lysis-syndrome-prevention-and-
treatment?search=sindrome%20de%20lise%20tumoral&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=defau
lt&display_rank=1
• https://www.uptodate.com/contents/tumor-lysis-syndrome-pathogenesis-clinical-manifestations-definition-etiology-
and-risk-
factors?sectionName=PATHOGENESIS&search=sindrome%20de%20lise%20tumoral&topicRef=17050&anchor=H491545
&source=see_link#H491545
• https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3437249/pdf/nihms370895.pdf
• MOC – emergências oncológicas
• Straka C, Ying J, Kong FM, Willey CD, Kaminski J, Kim DW. Review of evolving etiologies, implications and treatment
strategies for the superior vena cava syndrome. Springerplus. 2016 Feb 29;5:229. doi: 10.1186/s40064-016-1900-7.
PMID: 27026923; PMCID: PMC4771672.
• https://www.uptodate.com/contents/malignancy-related-superior-vena-cava-
syndrome?search=sindrome%20de%20veia%20cava%20superior&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_ty
pe=default&display_rank=1
• https://www.uptodate.com/contents/clinical-features-diagnosis-and-classification-of-thoracic-central-venous-
obstruction?search=sindrome%20de%20veia%20cava%20superior&source=search_result&selectedTitle=2~150&usage_
type=default&display_rank=2
Oncologia Clínica
Hospital das Clínicas - UFPR
OBRIGADA
Thatiane Litenski
thati.litenski@outlook.com