Você está na página 1de 29
Carlos Walter Porto-Goncalves Aglobalizagao da natureza e a natureza da globalizacaéo OmYRIGHT © Calon Wer Fo Gone, 2006 te Gmc Rone GRARICO rey Gnonach tod Soca Lae crrseasn, camLocaghons cone SINDICRTO NACIONAL Ds BSHORES DE L:VROS, ne Gnesi Yas, 18 * fthoabee Re jodie Gece nig ese connie. 2. aig pec “Todo edges eed Pri pro amines 0 ‘Sunumidode pares dee lo, sme eqn oo a ftroaglo por eon = Babee EDITORA RECORD ETDA, ‘us Argun 171~ 2092-390 Rode Joni, RJ Tas 25852000, 5DID0S PELO REEMBOLSO POSTAL (Cas Yl 2.052 Ro de an, Rj 20922570 peo no Bea abe Sumario Globalzando: a construgio do sitema-mundo moderno-colonial @ 1. A forga da (imagem) da globlizagto 11 2. As lutas sociais ea problemrca ambiental 18 3. Aconstrusio do sstema-mundo modemne-colonial numa perspectiva ambiental 21 3. ASEOCOLOMALIND EARIPUITNGLODAMODEENO.COLONALDAE 23 22, FASE—O CAMTAUSMO FOSLSTAEOIMFERALSMO 26 3A, a FASE AGIOBALEAGAO NEOLEERAL 38 35. OS ETE ECOLOGCOS DA UIERSALEACLO DO AMERICAN AY OF FE Desenvolvimento, tenocitnciae poder 59 1. Para além do desenvolvimento. 61 2. Oslimites do desenvolvimento 67 3. Os limites da técnica 76 2:1, AS SLGHIODADES DA AEVOLUCHO (NA LACES SOOAS EO FODER FOR "MEO DATECHOLOGA ATUL ESURSIMPUCAGEESAMINTAS 99 22, aRtvoUAo NAS LIC HES SOC LF POR HOO OA TEONOLOGAATUNL mor concmAR9Gi0 00 FODERND MUNOO HO FENDOO NEOURERAL 95 2, AFEVOLUGAO (AS RELAGOES SOC ED FER) FORHEG BATESHOLOGIA ‘RAL EcoNczETAGAD 0 FocER NO MUNDO AGEARO-AGHCDLA 100 {28 os mscos A pevactadin— Magn CONCEMHAGHO DF PODER COM ‘bEsLocAENO 99 PODER MLC PAD FODEROD MERCADO 10) 36 8 Ecos Da MVATEAGKO A TECNOCENCA PRA LANETAE 27, SOEDADE DO CONPECHAETO EDSVALORZACHO DO TRABALNO 117 "38. OS UMIES Do MencaDo; A TeNSO ENTE A ABSTRAGAO MTEMATICA EANATERAUDADE 120 3.9, AREVOIUGAO PAS RLACGES OCIS OF PODER FOR MO DA TECNOLOGIA DE comUcaGHo €0Deseho sMBENTAL CONTEMORANEO 137 2:0, AREVOWIGO WAS RELAGES SOC €DE PODER FORE DAS "TECHOLOGIA De GER FO DESO ANEETAL CONTEMPORAINE 140 201, ATUL EVOL MS LACES SOCAIS EOE PODER POR MOD TECIOLOIA, A GEOPOLTICA UNCLE & CONFORMAGHO NOVAS ‘A questo demogrstica para além do malthusianismo 157 1. A questo sciodemogrifica eo desafio ambiental no perfodo neoliberal para alm de Malthus 159 1M OS REGUISOS FRANCEIOSCRESCEM MASQUE AFORULAGO 165, 12, AluveNzsg0 D8 PORUAGAO MUNDI, AOPORTUMOADE ‘QUE OCARTALSHO ESTA FAZENDO A WUMAIMOADEDESERDKCAR 166: 2. Ocenvelhecimento da populagso mundial e suse implicagdes politics ambientais 170 Os seatdos diversos de vide e de morte 175 A feminizagao da pobeeza 178 © mito da urbanizagfo do mando 181 ‘© impacto ecolégco de rbanizagso. 192 Cultura, suburbsnizagioe meios de comunicago 195 Armobilidade da populago: migrants, refugados e desplazados 200 Afome eo meio ambiente 205 1. De sabores esberes:apropriasSo da naruteza,conhecimento ¢ segurangaalimentat 207 2. ARevolugio Verde: tecnologia eideologia 25 3. O contraditrio sucesso da revolugto (nas relagbes soca ede pode) por meio da teenologia verde 228 4. O modelo agrrioagrcola em questo: para além da transgenia 237 5, Implicages ambiensisespectficas do arual modelo agrévofagricola. 245, 5 ARES oF BOMNSHO BO HEDAID 245, 5. Exo 0S ERAS CULTVADAS— AMEAGA A DERSIDADE Bowocke cur. 247 5.22. AMERCENCA EERGENCA LOAN, 90 MODELD 252 52. AS REGIOES QUE MOMETNENTE SOFER A EXPO BO NODELOACHANO MooeRNO-CO.MAL ATUL 257, 6, Algumas outras implicagées do atul modelo agetiofgricola para a sate humana edo planeta. 262 7, Oagro: negscio ov cultura? O enfrentamenta erica 265 3. Temporalidaes eterritorialdades em tensio 276 9. Alguns outros impasses politicos eambienrais do arual modelo agroténico de relies socnise de paler 250 Aconstrusio da geopoltca do neoliberalismo ambiental 285 1. Nota conceitual a cenralidade do conceito de terrtéro para enfrentar desafio ambiental cantemporineo 257 2. Aconstrugio da geopolitics do desenvolvimento sustentivele seu neoliberalisma ambiental 299 21, OLUGARDDS ORGANSHOS MUIILATENASEOFSFE BO BANCD MUNDIAL 306 25. UGAGOES PFRCOSA 0 LIGAR OAS ONGS A CONFTHUGKO DO EDURERALSHO AMET O ERG EA ESRATEGIA DOE FUR DE 3, O meio ambiente como mercadaria I 9 mercado de carbono e suas contradiges 326 3.1, PAIAENTENDER@AQUEMENT GosAL 226 32 OAGRAVAWENTO D0 AQUECITO GLOBAL EALGUMASCONTRADKEES DAS cranes comrORAcOES 132 3.3. MECANSI DE DESENVOWMEKTO LIVIN) SUAS CONRAOKEE 337 5.4 010A €0.GLONA, AGORA AMAA: PRA EM DAS 4. O meio ambiente como mercadoria I: © mereade da frossntese suas contradigbes 356 443, ofcanesuo De cagA ROESTAL AC ENTE ATEORA EAriAnEA 258 “LL Os RESULADOSANCOS DOME 361 5.0 meio ambiente como mercadoria I: a toca da diva externa por naturezae suas contradighes. 373 5.1. AckoGRasa SEIGURLOOS ROVETOSE DOs RIETOS:A NOVA DSO ‘quina a vapor proporcionara at condigées para um novo estigio de lobalizagio da natureza a partir do séeulo XVIN. [Nao era a primeira vex que o homem saltara da Terra estabelecendo um olhar de sobrevGo (Hanna Arendt. Esa imagem talverseja a mais radical dia do pensamento moderno-colonial ue os europets impuse- ram asi proprios e 20 mundo, Agora, vista do alto, ela aparece sem frn- tease aquele mundo que o Maio de 1968 também guisera sem frontiras ‘erg surgir, em julho de 1969, a sua prépria conta-imagem, com aafit- :mago de mais um mando asercolonizado,conguistad, a comegst com, «Lua que assim, comeca a perder seu romantimo, Na Lua finetse uma bandeira e nfo € a bandeira do mundo — é a bandeira dos BUA Assim, &poltizacéoe8 contraculura de maio de 1968 contrapdesea ‘técnica de julbo de 19691 A tensio permanece. A razio comunicativa ea ravio instrumental (. Habermas), 8 razfo ea emogio, terdo que ajustar suas conta, sja se negando, sj dalogando, A rao objetiva ea raz80 inersubjetiva nfo serio mais as mesmas desde enti, HA que se buscar ‘otras racionalidades! Enrique Leff prope ums raconalidade ambiental, ‘onde esas rzbes espectficas possum se encontrar por meio da cultura € dda autonomia dos povos. ‘Ao mesmo tempo, o desafio ambiental ser$aproptiado de um modo ‘ito especifico pelos protagonist que vém comandando 0 atual pe- todo neoliberal de uma perspecivaessencialmente econémico-financei- +0 quando afirmam que o Abaixo as Fronteirascortesponde A dindmica sda natureza, na medida em que esta no respeitaria a ronteitas entre 0$ pales, sim, egitimara politicas de carer liberal como aquels pro- postas pela Organizaco Mundial do Comércio—OMC. A globalizagio neoliberal seria, entio, natural A globalzagio da natureza ea narureza 4a globalzagio se encontram. ‘Como se ve, estamos mito longe das respostasa la carte que nos si0 oferecides por um ecologismo ingénuo, embora muitas vezes beminten- ‘ex um mundo to desigual, e que para se manter exige a apropriagto de recutsos que esto em todo o mundo para satisfazer nio mais que 20% a 259% da populagio mundial. Como assinalva, ionicamente, um cartaz exibido por um novsi-orguino durante una manfestacio da guerra con trac Teague: "Porque onoseo petréle ets sob o desert dees.” ‘Talvezvalhaa pens, ui, lenbrar da resposta dosindigenas Mapuche ‘quando consultados sre o prego da aria de sua tereas pelos operétios (que haviam tomado o controle ds fla fbrica de cermica Zanon, na provincia de Neuquen na Argentina, que precsavam daquela matéri Prima para continaar a produsto. Or mapuiche, que sempre se clocaram ‘contra aexplorago por parte dos empresiros que antes exploravam suas [eerie aman por eon non it ns sin am pe agile pagando-Ihes um preciso iriséro eno pactuado, dispensaram os ‘operirios de qualquer pagamento peo simples fto de trem sido consul tados, Mesmo assim, oF novos autogestoes no s6 se dspuseram a Ihes pagar um prego maio, como fzeram uma inha de produsio de selejos ‘com base nas desenhos da extéca Mapuche Vé-e, aqui, uma outra base

Você também pode gostar