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Estrategias e Planos
Estrategias e Planos
CADERNOS
COMPROMISSO COM
A EXCELÊNCIA
L A R
E M P
E XESTRATÉGIAS
S I V O
C L U O S
E PL ANOS
EX I L I A D
R A F
PA
SÉRIE CADERNOS COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA
RESPONSABILIDADE COLABORAÇÃO
Antônio Tadeu Pagliuso – Superintendente Geral C. Adriano Silva
Marcelo Marinho Aidar – Superintendente de Christiane Rodrigues Correia
Premiação e Aplicações do MEG Carla Marina S. Soriano
R
Nicole Orfali. Publicado por
L A
Critério 5 - Ivana Mara Rodrigues da Silva.
P
Critério 6 - Roberta Aquino.
Critério 7 - João Gilberto Andrade.
M
Critério 8 - Juliano Reimundo Zimmermann.
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EX USIVO
C L O S
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MISSÃO VISÃO
F I L
Disseminar os fundamentos da excelência em Ser um dos principais centros mundiais de
gestão para o aumento de competitividade das estudo, debate e irradiação de conhecimento
A
organizações e do Brasil. sobre excelência em gestão.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-60362-58-5
CDD 658.562
Este Caderno compõe a série Cadernos Compromisso com a Excelência, que tem por finalidade divulgar o Modelo de
Excelência da Gestão® (MEG) da FNQ - Fundação Nacional da Qualidade nos seus níveis de maturidade da gestão.
Destina-se a esclarecer as dúvidas de seus usuários sobre o Modelo e a satisfazer aqueles que desejam aprofundar
seus conhecimentos sobre seu conteúdo. É uma valiosa ferramenta para quem pretende aperfeiçoar-se como mem-
bro da Banca Examinadora dos Prêmios Regionais, aprimorar a gestão de sua organização ou preparar uma candida-
tura aos Prêmios Regionais ou Setoriais.
L A R
O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) está apresentado na publicação “Compromisso com a Excelência”, edita-
P
do, anualmente, pela FNQ. Para uma leitura mais eficaz dos cadernos desta série, recomenda-se que seja efetuada
M
em conjunto com os fundamentos da excelência e os critérios “Compromisso com a Excelência”.
E
EX USIVO
Os Cadernos Compromisso com a Excelência são publicados na forma de “apostila”, de modo a tornar a leitura mais
agradável e a facilitar seu manuseio. A série está organizada em nove volumes:
C L O S
EX A D
• Introdução ao Modelo de Gestão da • Sociedade
I
Excelência da Gestão® (MEG)
L
• Informações e Conhecimento
F I
• Liderança
• Pessoas
A
• Estratégias e Planos
R
• Processos
PA
• Clientes
• Resultados
Escritos em linguagem acessível, os Cadernos Compromisso com a Excelência descrevem como os requisitos do
Compromisso com a Excelência podem ser implementados a partir de soluções práticas, sem caráter prescritivo.
Como ilustração, são apresentados exemplos de empresas finalistas ou vencedoras dos Prêmios Regionais, re-
velando o quanto podem ser proativas, refinadas ou inovadoras as abordagens adotadas.
Espera-se que o leitor seja estimulado a consultar os Cadernos Compromisso com a Excelência sempre que necessário e que
se beneficie com os exemplos apresentados. A série está disponível também em meio eletrônico – www.fnq.org.br.
Equipe de Redação
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................3
R
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................5
L A
DEFINIÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS ...............................................6
P
DEFINIÇÃO E APRESENTAÇÃO DE INDICADORES, METAS, PLANOS E
E M
RECURSOS E UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES COMPARATIVAS ..................10
EX USIVO
ALOCAÇÃO DOS RECURSOS ...........................................................................................14
COMUNICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS, METAS E PLANOS DE AÇÃO ..................15
L S
BIBLIOGRAFIA .....................................................................................................................17
EX C I A D O
F I L
R A
PA
R
lho, acionistas e proprietários, fornecedores e a socie-
A
dade — a partir da capacidade operacional e competi-
L
“A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”
tividade da organização. As atividades e a agenda para
P
Peter Drucker
lidar com a estratégia são geralmente executadas pela
M
liderança da organização e, dependendo do porte da
E
No Modelo de Excelência da Gestão® o critério Estra-
EX USIVO
mesma, envolvem outros níveis da sua estrutura. É co-
tégias e Planos é representado na forma de uma seta
mum, ainda, a organização municiar-se de informações
integradora dos demais critérios, a qual aponta para o
e pareceres de consultorias e especialistas para propor-
critério Resultados. A Liderança com foco nos Clien-
cionar uma visão de fora da organização e facilitar o pro-
L S
tes e na Sociedade é a responsável pela formulação das
cesso de definição dos rumos para o futuro. Os planos
C O
Estratégias e Planos, que são implementados pelas
são elaborados para cada área da organização que têm
EX D
Pessoas e pelos Processos para produzir os Resultados,
atribuição de executar as estratégias. São detalhadas as
A
sendo integrados pelas Informações e Conhecimento.
I
ações ao longo do tempo, os alvos a serem atingidos e
I L
os indicadores assegurando a comunicação.
F
No Modelo de Excelência da Gestão® o Critério Estra-
tégias e Planos está primordialmente relacionado com
A
o Fundamento Visão de Futuro, que preconiza a com-
R
“Os fatores estratégicos da nossa empresa são
PA
preensão dos fatores que afetam a organização, seu
os vínculos que ela estabelece com as partes
ecossistema e o ambiente externo no curto e no longo
interessadas”
prazo, visando a sua perenização. Este Fundamento é
Jorge A. Mendes Pereira
colocado em prática considerando que:
Cetrel
• A organização com visão de futuro pensa, planeja e
Os ciclos de gestão estratégica desenvolvidos pela or- aprende estrategicamente, obtendo resultados sus-
ganização representam grandes ganhos. Eles podem tentáveis e de alto desempenho em suas atividades
nortear pessoas e organizações que se encontram num no presente e no futuro;
ciclo vicioso, onde se aplica muita energia e tempo
• O planejamento deve estar voltado para o sucesso
adivinhando o futuro. Pouca coisa é feita a respeito
no longo prazo e para os resultados no presente,
das ameaças e oportunidades, havendo muito tempo
sem comprometer o futuro em função de ganhos
empregado em “apagar incêndios” das falhas que não
no curto prazo;
foram resolvidas a tempo. A maioria dos líderes fica
tentando resolver problemas recorrentes, sem tempo • A organização antecipa-se com agilidade e proativi-
para o que é importante para melhorar os resultados dade aos fatos, além de adaptar-se às novas tendên-
da organização. As Estratégias e Planos, com liderança cias do ambiente externo, às novas necessidades e
e perseverança, tenderão a levar estas pessoas e orga- expectativas das partes interessadas, aos desenvol-
nizações ao ciclo virtuoso, com tempo para viver, para vimentos tecnológicos, aos requisitos legais, às mu-
inovar, trabalhar de forma preventiva e proativa, orien- danças estratégicas dos concorrentes e às necessida-
tada para o futuro. des da sociedade.
R
Introdução ao Modelo de Excelência da Gestão®.
Razão de Ser da Organização, papel desempenhado pela Organiza-
L A
Uma integração das atividades necessárias ção no seu negócio.
P
para lidar com estratégias e planos a cada
M
ciclo pode ser adotada com base em práti- O processo de formulação das estratégias respeita uma seqüência con-
E
trolada de eventos. A liderança define como as diversas áreas da orga-
EX USIVO
cas seqüenciadas (seqüência controlada de
eventos), com definição de etapas básicas nização são envolvidas nas atividades de definição das estratégias.
para o êxito dessas atividades, com meto-
dologia que pode ser aplicada a quaisquer A análise do macroambiente investiga as questões do universo so-
L S
organizações, considerando as fases: cial, econômico, político/legal e tecnológico, e sua influência no
C O
setor de atuação analisado, com o objetivo de identificar Ameaças
EX D
• ANTES: Decidir implantar Estratégias e e Oportunidades do seu mercado de atuação. São questões que as
A
organizações, individualmente, pouco conseguem influenciar, mas
I
Planos e preparar para implantar Estraté-
L
que influenciam diretamente o seu setor de atuação. Alguns concei-
I
gias e Planos;
tos importantes para análise dos ambientes externos são:
F
• DURANTE: Formular e implementar
A
Estratégias e Planos;
R
Oportunidades - Características oferecidas pelo ambiente externo
PA
• DEPOIS: Perenizar as Estratégias e Pla-
nos na Organização. que a Organização pode aproveitar de modo a contribuir para o
alcance da Visão. Em analogia com futebol “Defesa fraca do ad-
De acordo também com Michael Porter a es- versário”. Exemplos: A venda de uma Organização concorrente por
tratégia é definida “por um posicionamento um bom preço; Alianças Estratégicas; Crescimento do Mercado via
único da organização; opções e escolhas a partir melhoria das condições da Sociedade, etc.
dos cenários e propostas de valor e iniciativas
de atingimento”. A formulação das estratégias
norteia as decisões, definindo o que é a organi- Ameaças - Situações determinadas pelo ambiente externo que pre-
zação, onde quer chegar, e como conduzirá os cisam ser rechaçadas de modo a não prejudicar o alcance da Visão.
programas, os projetos, as responsabilidades e Em analogia com futebol “Ataque forte do adversário”. Exemplos:
os prazos, etc., pois o poder de competitivida- Novos entrantes no mercado em condições competitivas; Inovação
de de uma empresa depende principalmente tecnológica pelos concorrentes, etc.
de sua capacidade de perceber a si mesma e ao
mercado em que atua.
As pessoas que deverão participar (pessoas chaves da Organização e
No critério 2, o Compromisso com a Exce- quando apropriado, das demais partes interessadas) devem ser con-
lência destaca a utilização de informações vidadas tendo em mente que planejamento participativo tende a ser
comparativas para a definição de metas. mais completo. A organização define e providencia local a realizar
eventos (de preferência onde as pessoas possam se dedicar inte-
gralmente). A organização solicita que as pessoas se preparem para
opinar com propriedade, pois as informações íntegras e atualizadas
constituem a principal matéria-prima para o processo de formulação
das estratégias. São exemplos de material para consulta os diagnós-
R
ser reforçadas, enquanto as fraquezas dificultam ou im-
A
pedem o seu alcance, as quais devem ser superadas. A análise dos recursos propicia a identificação dos bens
L
que podem ser vistos e quantificados para determinar
P
pontos fortes e fracos. Eles variam conforme o perfil
M
Forças - Características internas que permitirão
da organização, mas pode-se resumi-los em pelo me-
E
tornar os sonhos realidade facilitando, assim, o al-
EX USIVO
nos três categorias de análise:
cance da Visão. Em analogia com futebol “O ataque
forte da Organização”. Exemplos: Quadro técnico • Recursos financeiros – caixa, créditos, orçamentos
experiente; Colaboradores motivados; Infra-estrutura autorizados e outros realizáveis;
S
adequada, etc.
L
• Recursos organizacionais – sistema de gestão, es-
C O
trutura organizacional, humanos, sistemas de infor-
EX D
mação e comunicação etc.; e
A
Fraquezas - Características internas que difi-
L I
cultarão tornar os sonhos realidade prejudicando, • Recursos físicos – infra-estrutura, capacidade pro-
I
assim, o alcance da Visão. Em analogia com futebol dutiva, produtividade de equipamentos, meios de
F
“Defesa fraca da Organização”. Exemplos: Gestão de distribuição etc.
A
processos inadequada; Falta de política de gestão de
R
Pessoas (cargos e salários, capacitação, qualificação, A Figura 1 ilustra a composição dos Ambientes Exter-
PA
etc.); Falta de política de divulgação dos produtos e no e Interno de uma organização:
serviços, etc.
Macroambiente
Não existe uma abordagem única para a realização do Ambiente Operacional
Econômico Social
diagnóstico do ambiente interno. Em geral, envolve o (setor de atuação)
estudo de pelo menos dois fatores: Análise das compe-
Concorrentes
tências da organização, baseada nas informações pro-
venientes da análise do desempenho (resultados ver- Ambiente
Fornecedores Clientes
sus metas versus informações comparativas e relatórios Interno
de avaliação); e Análise de recursos.
L A R
E M P
EX USIVO
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EX I L I A D
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PA Figura 2 - Identificação dos aspectos fundamentais para o sucesso das estratégias na CEMIG —
Distribuição.
Fonte: Relatório da Gestão, CEMIG Distribuição, vencedora do Prêmio Mineiro da Qualidade 2005
5
6
7
8
9
R
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A
SOMA 1
P L
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M
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Fraquezas
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SOMA 2
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SOMA 1 - SOMA 2
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Num segundo dia os trabalhos em equipes prosse- A Direção Executiva da Irmandade Santa Casa da
guem com coordenação do facilitador para a definição Misericórdia de Porto Alegre (PNQ 2002 e PQRS
dos Objetivos Estratégicos — objetivos, indicadores e 2003 – Troféu Diamante) realiza reuniões com mé-
metas anuais e plurianuais. São também definidos os dicos, fornecedores e convênios, além de pesquisas
projetos estratégicos — distribuídos nas Perspectivas com as partes interessadas, especialmente os clientes
Financeira, Cidadãos/Clientes/Mercado, Processos e usuários, no âmbito do processo de formulação das
Pessoas. A lógica se resume em elaborar programas/ estratégias. A Mesa Administrativa (instância contro-
projetos para rechaçar as ameaças; aproveitar as opor- ladora) é envolvida no processo de aprovação.
tunidades; eliminar as fraquezas e consolidar/aumen-
tar as forças. Ao final deve se ter a consolidação em
plenária dos Objetivos Estratégicos — objetivos, indi- Uma vez formuladas as estratégias no processo de
cadores e metas anuais e plurianuais. planejamento, passa-se à fase de sua implementação,
sempre considerando a integração, o significado e o
A participação sistemática das áreas internas no pro- alinhamento das estratégias e planos.
cesso de formulação das estratégias visa aumentar a
precisão das informações levantadas e tratadas, por
meio da ampliação da equipe envolvida no planeja-
mento. Isso promove a ampla participação das pessoas
no estabelecimento dos rumos e objetivos comuns,
engajando liderados e aumentando a eficácia do siste-
ma de liderança.
Uma pesquisa realizada em 2004 pela Fundação Instituto de Administração (FIA), com 274
R
executivos das principais empresas brasileiras apontou que 82,3% dos entrevistados consi-
A
deravam que seu maior desafio era alinhar as pessoas, seu desempenho e suas competências
L
humanas às estratégias do negócio e aos objetivos organizacionais. Essas informações indi-
P
cam, a partir de medições de resultados tomadas ao longo do tempo, o nível de desempenho
M
(êxito, performance, sucesso) que a organização tem em realizar o que foi planejado.
E
EX USIVO
A definição de indicadores de desempenho para a avaliação da implementação das estratégias
propicia elementos para o gerenciamento do seu progresso com base em fatos. De acordo com
o exemplo da figura 3, as medições de progresso por meio de indicadores individualizados
L S
ou específicos, Índice de repetição do serviço e Prazo médio de atendimento, para cada estratégia,
C O
Eliminar retrabalho e Reduzir tempo de atendimento, respectivamente, facilitam a tomada de deci-
EX D
são, enquanto o uso de indicadores integradores, Custo por serviço correto para medir o êxito de
I A
agrupamentos ou blocos de estratégias e Melhorar a qualidade dos serviços promove uma visão
I L
sintética para a Direção.
R
serviço correto
Estratégias relativas a processos
PA
Melhorar qualidade dos serviços
A natureza das medições a serem adotadas depende da natureza das estratégias. As estraté-
gias que exprimem o atendimento de necessidades de partes interessadas e os resultados
por elas esperados por si só já determinam a natureza dos indicadores a serem adotados. É o
caso, por exemplo, de resultados financeiros monitorados pelos controladores e de parâme-
tros regulamentares a serem respeitados.
Para outras estratégias formuladas não diretamente vinculadas a anseios de partes interessadas,
dois mecanismos que se complementam podem apoiar-se na definição e escolha de indicadores.
R
A ferramenta Espinha-de-Peixe, Diagrama de Causa e 3) Desafios incrementais
A
Efeito ou Diagrama de Ishikawa, um simples meca-
4) Condições do ambiente externo
L
nismo de análise de correlação de grandezas, pode ser
P
utilizada para encontrar os indicadores Direcionadores 5) Balanceamento e compatibilização com investi-
M
que influenciam indicadores Resultantes. A partir do mentos
E
EX USIVO
exemplo da figura 4, os indicadores Índice de faltas em
O estabelecimento de metas de curto prazo viabiliza o
treinamentos, Índice de atrasos e Tempo médio ocupado
acompanhamento proativo da evolução de estratégias
em registro de informações, poderão ser acompanhados
durante e no final do exercício de orçamento por meio
por afetarem fortemente o Índice de produtividade da
S
do sistema de análise do desempenho. O estabeleci-
L
mão-de-obra (MO).
C O
mento de metas de longo prazo possibilita o planeja-
EX D
mento de recursos em investimentos de longo prazo e
A
Indicadores Direcionadores e Resultantes a conseqüente projeção de resultados financeiros.
I
Análise de causa e efeito (Espinha de Peixe)
I L
Planos de ação representam técnicas de planejamen-
F
Manutenção Motivação Treinamento
to e acompanhamento de tudo aquilo que precisa ser
A
feito — ações — para que as estratégias sejam bem-
R
sucedidas. Os planos de ação são baseados em ques-
PA
Excesso tões auxiliares que definem as etapas necessárias para
de faltas
o planejamento e acompanhamento das ações para a
Produtividade implementação das estratégias. Usualmente as letras
da MO
no nome das ferramentas são as iniciais de cada uma
Excesso
de Atrasos destas etapas (4Q 1 POC; 5W 2H):
Pessoas Burocracia Tecnologia • Quem vai fazer (Who). O responsável pelas ações.
• Quando vai fazer (When). O prazo concedido para
a implementação das ações.
Figura 4 – Exemplo indicadores Direcionadores e Resultantes
Fonte: FNQ, 2007. • Quanto vai custar (How much). O custo ou os re-
cursos necessários.
O estabelecimento de metas para as estratégias ilus-
• Porque vai fazer (Why). Explicação para o enten-
tram para a força de trabalho os objetivos da organi-
dimento do porque e como fazer.
zação e o foco em resultados de curto e longo prazo,
gerando a mobilização das pessoas e instrumentos para • Onde vai fazer (Where). O local onde a ação será
a tomada de decisão e o exercício da liderança. Tam- implementada.
bém, visa definir níveis de desempenho esperados
• Como vai fazer (How). O método a ser empregado
para os indicadores estratégicos com base em fatos,
para a implementação da ação.
como projeções de histórico, previsões mercadológi-
cas, requisitos de partes interessadas, níveis de resul-
Normalmente cada estratégia formulada demanda um plano de ação individual para sua
implementação.
Planos de ação de curto e longo prazo estão relacionados com os períodos ou tempos ne-
cessários para a execução das ações necessárias para a implementação das estratégias. Cada
organização define, individualmente, os períodos ou tempos que caracterizam o longo e o
curto prazo. Por exemplo, para determinada organização, planos de curto prazo compreen-
dem o ano corrente, enquanto que os de longo prazo cobrem os três anos seguintes. Não
existe uma regra ou padrão para definir curto e longo prazo.
A R
Partindo da estratégia formulada, a mesma deverá ser desdobrada no seu respectivo plano
P L
de ação, ou seja, deverão ser estabelecidos:
E M
• As ações necessárias nos diversos setores pertinentes da organização para a efetiva im-
EX USIVO
plementação da estratégia. A definição destas ações nos diversos setores da organização
configura um desdobramento da estratégia na organização.
• O responsável ou responsáveis pela execução da ação.
L S
• O prazo que o responsável tem para a execução da ação.
EX C D O
• O custo para a execução da ação, o qual vai orientar os recursos necessários para esta
I A
execução.
I L
• A definição do local onde a ação deverá ser implementada ou executada.
F
• O método, a ser seguido pelo responsável executante, para a correta implementação da
R A
ação.
PA
• Uma explicação da necessidade da implementação da ação e do método a ser adotado.
Esta explicação (o porquê) é importante para que o responsável executante da ação com-
preenda e se comprometa com o trabalho a ser realizado na implementação da ação e,
conseqüentemente, da estratégia.
No âmbito da Alta Direção, é recomendável que cada estratégia tenha um responsável (o
padrinho da estratégia) para sua implementação e acompanhamento.
R
3.3
A
3.4
L
3.5
P
4 - Perspectiva dos Processos Internos (Indicadores e metas: w % ... )
M
4.1
E
4.2
EX USIVO
4.3
4.4
4.5
L S
Para cada estratégia formulada deverá ser desenvolvido um plano de ação, por exemplo, nos
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moldes apresentados no Quadro 4, desdobrando a estratégia por toda a organização.
EX A D
Estratégia: Estabelecer parceria com organização japonesa.
I
Padrinho: Diretor Presidente.
F I L
Quadro 4 - Exemplo de plano de ação para desdobramento de estratégia
Ações Responsável Prazo Custo Local Método/Como Por que
R A
Identificar organi- Diretor Comercial 20/01/07 a R$45.000,00 No mercado local Pesquisa nas embai- Para definir um parceiro
zações japonesas 28/02/07 e do Japão xadas, associações japonês para a organi-
PA
para parceria. comerciais e câmaras de zação.
comércio Brasil e Japão.
Estabelecer con- Diretor Presidente 01/03/07 a R$5.000,00 Instalações do Reuniões com a Alta Para identificar o inte-
tato com organi- Diretor Comercial 30/03/07 futuro parceiro Direção da organização resse da organização e
zação identificada identificada. discutir as bases para a
e discutir as bases parceria.
para o contrato de
parceria.
Elaborar o contra- Gerente Jurídico 01/04/07 a Não aplicável Depto. Jurídico Já estabelecido no Depto Para estabelecer o con-
to para parceria. 10/05/07 Jurídico. Contrato trato de parceria.
padrão de parceria.
Apresentar contra- Diretor Presidente 11/05/07 Não aplicável Presidência Análise do contrato Revisar e aprovar o
to para aprovação Gerente Jurídico pelo Diretor Presidente contrato no âmbito da
da Presidência. com apoio do Gerente organização.
Jurídico.
Apresentar e Diretor Presidente 20/05/07 R$10.000,00 Presidência Apresentação do Para revisar, formalizar
aprovar o contrato Diretor Comercial da organização contrato pelo Diretor e aprovar o contrato
na organização Gerente Jurídico parceira Presidente, análise com junto à organização
parceira. a organização parceira e parceira.
aprovação pelas partes.
Registrar o contra- Gerente Jurídico 25/07/07 R$5.000,00 Junta Comercial Processo de registro pa- Para registrar o contrato
to de parceria na drão da Junta Comercial. de parceria.
Junta Comercial
Preparar plano Diretor Comercial 30/07/07 Não aplicável Área Comercial Metodologia para elabo- Para implementar o
de ação para a Diretor Técnico ração de planos de ação. contrato de parceria na
implementação organização.
do contrato de
parceria.
R
• Define os objetivos estratégicos de cur-
A
to, médio e longo prazo; A alocação de recursos para assegurar a implementação dos planos de
P L
• Desdobra em planos de ação; ação tem a finalidade de quantificar e reservar os recursos para consecu-
ção dos planos de ação, em tempo de planejamento, para garantir que os
M
• Dissemina as estratégias, planos e metas
E
investimentos necessários estejam refletidos na projeção de resultados e
EX USIVO
da organização aos colaboradores; que os planos sejam implementados no tempo certo.
• Avalia a implantação e resultados das As estimativas, discussões e negociações sobre os recursos (financei-
ações (com indicadores); ros, humanos e materiais) necessários à execução dos projetos para
L S
• Efetua correções de rumo, em função implementar as ações estabelecidas durante todas as etapas de des-
C O
das interferências. dobramento das metas e ações, nos diversos níveis organizacionais,
EX D
bem como os retornos esperados, são traduzidas em investimentos
I A
e retornos financeiros. Depois, são incluídas nas projeções consoli-
L
dadas de resultados financeiros dos exercícios futuros — plano or-
F I
çamentário, plano operacional, plano de negócio, demonstrativo de
resultados, orçamento e outras denominações — das frações de exer-
R A
cício — mês, trimestre ou semestre —, conciliando suas necessida-
PA
des estratégicas com a gestão do fluxo de caixa organizacional. A Fi-
gura 6 mostra a experiência da CEMIG Distribuição — PMQ 2005:
R
interna, boletins informativos, memorandos executivos, apresentações da Direção e outros
A
— e os canais informais, que são construídos com as pessoas ou grupos respeitados por fun-
L
cionários nos quais eles confiam.
M P
Para a comunicação das estratégias formuladas à força de trabalho e às demais partes interes-
E
sadas pertinentes, podem ser utilizados os seguintes mecanismos:
EX USIVO
• Comunicação pelos gerentes nas reuniões setoriais ou de áreas;
• Divulgação em quadros de aviso;
L S
• Divulgação na Intranet;
EX C D O
• Circular a ata da reunião do processo de formulação das estratégias pelos setores ou áreas
A
credenciados para esta informação;
I L I
• Divulgação seletiva nos eventos de interação da Direção com as partes interessadas;
F
• Cartilhas, etc.
R A
A Figura 7 ilustra a experiência da CEMIG Distribuição:
PA
R
Missão, visão, políticas e
A
Estratégico
L
objetivos estratégicos
E M P
EX USIVO
Desdobramento dos
Gerencial objetivos estratégicos
das metas dos setores
C L O S
EX A D
Procedimentos
L I
Operacional operacionais e
I
planos de ação
R A F
PA
Clientes Produção Fornecedores Pessoas Finanças Cidadania
Figura 8 – Experiência de monitoramento dos resultados no Laboratório de Patologia Clínica Nabuco Lopes, sediado em
Maceió/AL, vencedor do Prêmio Qualidade Alagoana 2004/05 e Prêmio Nacional de Gestão de Saúde 2006.
R
5. KAPLAN, Robert; NORTON, David. A estratégia em
A
ação: balanced scorecard. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
P L
6. KAPLAN, Robert; NORTON, David. Mapas es-
M
tratégicos: Balanced scorecard: convertendo ativos
E
EX USIVO
intangíveis em resultados tangíveis. Rio de Janeiro:
Campus, 2004.
L S
passo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
EX C D O
8. PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas
I A
para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Ja-
I L
neiro: Campus, 1986.
A F
9. PORTER, M. E. What is Strategy. Harvard Busi-
R
ness Review Nov-Dec 1996.
PA
10. STEVENSON, William. Estatística Aplicada à
Administração. São Paulo: Harbra, 2001.
Patrocínio
L A R
E M P
EX USIVO
C L O S
EX I L I A D
F
FNQ 182/08 - Rev.0 - mai.08
R A
PA
Apoio Institucional