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3.0 - Equipamentos Industriais - Eletricos e Dinamicos
3.0 - Equipamentos Industriais - Eletricos e Dinamicos
UFN - III
Este material contém informações classificadas como Corporativa pela Gerência de Recursos Humanos.
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS 10
(a) Transformadores 10
(a.1) Natureza da máquina 11
(a.2) Tipos e características 11
(a.3) Transformadores em circuitos trifásicos 14
(a.4) Característica da ligação delta (triângulo) 15
(a.5) Característica da ligação estrela 15
(a.6) Ligação dos transformadores 16
(a.7) Características elétricas 19
(a.8) Transformadores de corrente 22
(a.9) Transformadores de tensão ou de potencial 25
(a.10) Formas construtivas dos transformadores de tensão 26
(b) Motores Elétricos 27
(b.1) Motores síncronos 30
(b.2) Motores assíncronos ou de indução 31
(c) Geradores 46
(c.1) Função 47
(c.2) Princípio de funcionamento 47
(c.3) Cuidados operacionais e proteções do TG (turbo-gerador) 49
(c.4) Modos de falha 51
(d) Acessórios elétricos e outros itens 52
(d.1) Condutor 52
(d.2) Painéis 53
(d.3) Disjuntores 53
(d.4) Fusíveis 54
(d.5) Chaves magnéticas 55
(d.6) Chaves seccionadoras 56
(d.7) Extração, inserção, liga e desliga de equipamentos 56
(d.8) Baterias, inversores e carregadores de bateria 57
(d.9) Baterias – conceitos 59
(d.10) Retificador 66
(d.11) No-break 71
(d.12) Aterramento dos sistemas elétricos 73
(d.13) Pára-raios 75
(d.14) Potência, fator de potência, energia e medição de energia 75
(d.15) Instrumentos de medidas elétricas 81
DINÂMICOS
BOMBAS 89
(a) Bombas volumétricas ou de deslocamento positivo 90
(a.1) Bombas alternativas 90
(a.2) Bombas rotativas 92
(b) Bombas dinâmicas ou turbobombas 94
(b.1) Bombas centrífugas 95
(b.2) Bombas de fluxo axial 95
Recursos Humanos/Universidade Petrobras 2 0 1 3 2
(b.3) Bombas de fluxo misto 95
(b.4) Bombas periféricas 96
(c) Características gerais das turbobombas 97
(c.1) Detalhes construtivos das turbobombas 98
(d) Operação de bombas centrífugas 109
COMPRESSORES 112
(a) Utilização em refinarias 112
(a.1) Compressores para serviços ordinários 112
(a.2) Compressores para sistemas industriais 112
(a.3) Compressores de gás ou de processo 113
(a.4) Compressores de refrigeração 113
(a.5) Compressores para serviços de vácuo (bombas de vácuo) 113
(b) Classificação dos compressores 114
(b.1) Compressores de deslocamento positivo 114
(b.2) Compressores dinâmicos 119
(b.3) Compressores centrífugos 119
(b.4) Compressores de fluxo axial 119
BOMBAS
Figura 1
Classificação das bombas quanto ao tipo 90
Recursos Humanos/Universidade Petrobras 2 0 1 3 5
Figura 2
Bomba alternativa 91
Figura 3
Bomba de engrenagens 92
Figura 4
Bomba de palhetas deslizantes 93
Figura 5
Bomba de parafusos 94
Figura 6
Peças das turbobombas 95
Figura 7
Anéis de desgaste 97
Figura 8
Detalhes de uma turbobomba 99
Figura 9
Impelidor de dupla sucção 99
Figura 10
Carcaça 101
Figura 11
Caixa de gaxetas 102
Figura 12
Vedação por selo mecânico 104
Figura 13
Selos de ação simples 106
Figura 14
Selos de ação dupla 107
COMPRESSORES
Figura 1
Compressor alternativo 116
Figura 2
Compressor rotativo 118
Figura 3
Compressor axial 120
Figura 4
Compressor axial centrífugo 121
TURBINAS E EJETORES
Figura 1
Turbinas de ação (tipos de estágios) 126
Figura 2
Turbinas de reação (tipos de estágios) 127
Figura 3
Turbina industrial a gás 130
Figura 4
Compressores movidos por turbinas a vapor 131
Figura 5
Turbina de uso especial 131
Figura 6
Turbogerador 133
Recursos Humanos/Universidade Petrobras 2 0 1 3 6
Figura 7
Ejetor 143
Figura 8
Esquema da queda de pressão 143
TABELAS
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Tabela 1
Desempenho de tipos de baterias 63
Tabela 2
Período recomendados para carga de baterias 65
Tabela 3
Especificações gerais de um multímetro 84
(a) Transformadores
Circuito magnético
Constituído de material ferromagnético, permite íntimo acoplamento entre
os circuitos elétricos. O fluxo nesse circuito é essencialmente variável.
Circuito elétrico
Constitui-se de um circuito de entrada e outro de saída cujas funções são
alterar os valores de entrada e de saída das tensões e correntes (enrolamentos).
Circuito isolante
Composto de materiais isolantes de diferentes poderes dielétricos, entremea-
dos nos circuitos elétricos nas partes metálicas aterradas.
Circuito de refrigeração
Para dissipar o calor oriundo das perdas no ferro e no cobre.
Transformador de força
É aquele que possui dois ou mais enrolamentos (circuitos elétricos) acoplados
unicamente pelo circuito magnético. Esses enrolamentos são denominados
primários, secundários, terciários, etc.
Transformador elevador
É aquele cuja tensão primária é menor que a tensão secundária.
Transformador abaixador
É aquele cuja tensão primária é maior que a tensão secundária.
Princípio de funcionamento
Transformador monofásico
Onde,
Perdas no cobre
(perdas no enrolamento por efeito Joule). Essas perdas são mínimas em
vazio (transformador sem carga) e aumentam com a carga.
Quanto às tensões
Vfase = Vlinha
Quanto às correntes
I linha = 3 × ifase
Quanto às tensões
V linha = 3 V fase
Quanto às correntes
I linha
=I fase
Triângulo/estrela aterrado
Se houver uma falha para terra no secundário,
atuará proteção, desligando-se o transformador.
O choque de fase/fase e fase/terra em uma pessoa
é fatal.
Triângulo/triângulo
Se houver uma falha para terra no secundário não
atuará proteção, a não ser que haja um curto
circuito entre fases. O choque de fase terra pode
não ser fatal; por outro lado, um choque fase/fase
em uma pessoa é fatal.
Estrela/triângulo
Idem ao triângulo/triângulo.
Estrela/estrela aterrado
Idem ao triângulo/estrela aterrado.
Potência nominal
A potência nominal de um transformador é, geralmente, expressa em kVA ou
MVA. É a potência elétrica que o transformador pode fornecer, durante um
tempo especificado, em condições de tensão e freqüência conhecidas, sem
com isso ultrapassar os valores limites de temperatura fixados em norma
em relação a uma temperatura ambiente tomada como referência.
S = V1 I1 = V 2 I2 kVA ou MVA
Relação de tensões
No caso de transformadores em circuitos trifásicos, os valores de tensões,
em suas relações de tensões, são os valores fase-fase do sistema. Por
exemplo, um transformador trifásico de 13,8 a 2,4kV, recebe um valor
fase-fase de um sistema trifásico em 13,8kV e fornece 2,4kV, valor fase-fase.
Impedância
O transformador, como qualquer equipamento elétrico, oferece uma certa
impedância à passagem de corrente elétrica. Ela é dada em percentagem,
em relação aos valores nominais do transformador. É comum, na análise de
sistemas elétricos, trabalharmos com valores relativos em vez de valores
absolutos. Isso traz uma série de vantagens em nossos cálculos, principal-
mente quando lidamos com transformadores. O transformador, além de trans-
formar tensões e correntes, também transforma impedâncias.
Rendimento
O transformador é uma máquina de alto rendimento, podendo passar de
99% nas grandes unidades. As perdas, basicamente, podem ser:
· perdas no cobre
São devidas às resistências dos enrolamentos primário e secundário (RI2),
portanto, dependem da carga.
· perdas no ferro
São as perdas do núcleo do transformador, consistindo em perdas por histerese
e por correntes parasitas. Essas perdas independem da carga e dependem
da tensão aplicada.
Resfriamento e Isolamento
Depois da montagem completa, os transformadores são submetidos ao
tratamento de secagem a vácuo para reduzir o índice de umidade de isolamento
Circuito de refrigeração
O circuito de refrigeração, isto é, o caminho através do qual o líquido deverá
passar, é muito importante. Todos os dutos de refrigeração previstos deverão
estar livres, pois caso contrário, poderá haver aumento excessivo de tempe-
ratura, ocasionando carbonização do isolamento e conseqüente falha do
transformador.
I1 = Kin . I2
K in = 1000 = 200
5
Antes de se retirar os instrumentos do secundário do TC para manutenção,
deve ser curto-circuitado para evitar a queima do TC, por elevação da tensão
secundária.
Excitação independente
Série
Corrente Contínua
Auto-excitação Paralelo
Composto
Tipo Universal
Monofásicos
Anel em curto
Rotor Tipo Gaiola
Corrente Alternada Fase Auxiliar
Síncronos
Trifásico Rotor Tipo Gaiola
Assíncronos ou
de Indução Rotor Tipo Enrolado
I= P
VN . Cosφ . η
onde:
P
I=
VN . Cosφ . η . 3
120
n= p x f
onde:
n = número de rotações (rpm)
f = freqüência da rede (Hz)
p = número de pólos do motor
Vantagem
Sabemos que o motor síncrono é o único motor elétrico que tem velocidade
constante tanto a vazio como com carga, considerando-se que a freqüência
de suprimento seja constante. É usado em duas condições:
Desvantagem
O emprego de corrente contínua para a sua excitação. Havendo qualquer
perturbação no sistema, o motor poderá sair de sincronismo, causando a
sua parada (enquanto o motor assíncrono continuará a girar). Por sua vez, o
controle e automatização de um motor síncrono não são tão simples como
os de motor assíncrono.
Aplicação
Aplica-se como gerador, na correção do fator de potência, nos compresso-
res, laminadores, sopradores e conversores de freqüência.
Figura 13 – Rotores
Aplicação
O motor de indução trifásico tipo gaiola é o mais utilizado nas indústri-
as, por causa da sua simplicidade, construção robusta e baixo custo de
fabricação. Nas indústrias onde são processadas substâncias de caráter
explosivo, devem ser utilizados motores que não provoquem
centelhamento.
Onde :
H1 = Hm . sen (wt)
H2 = Hm . sen (wt – 120)
H3 = Hm . sen (wt – 240)
Vantagens
O motor assíncrono apresenta as seguintes vantagens:
· é relativamente simples;
· tem construção robusta;
· apresenta adaptação perfeita ao trabalho, à velocidade constante;
· é de fácil montagem e manutenção;
· tem manutenção de custo desprezível, apresentando dois pontos de
desgastes: os dois mancais; e
· rotor não tem destruição, o estator é bastante simples e impede as
centelhas durante o funcionamento; suporta altas sobrecargas.
Desvantagens
Como desvantagem, no motor assíncrono, a intensidade da corrente para
dar a partida, necessária à plena tensão, provoca uma indesejável queda de
tensão no sistema.
Valores de placa
Para atender a uma determinada aplicação, é necessária uma seleção ade-
quada do motor. Essa seleção é feita pelo tipo de carga e por condições de
serviço existentes até chegar-se finalmente a um determinado tipo de motor
cujas características são resumidas na placa de características. A ABNR -
NORMA PP 120 recomenda, no mínimo, as seguintes informações:
· nome e endereço do fabricante;
· modelo de fabricação;
· categoria;
· potência nominal em C.V.;
· potência aparente com rotor bloqueado (facultativo);
· letra código;
· regime de funcionamento;
· classe de isolamento;
Partida
A partida de um motor elétrico requer, da rede elétrica, o equivalente a 7
vezes mais energia do que necessita para operar em regime a plena carga,
ou seja, um motor que consome 10A consome 70A na partida. Por esse
motivo, devemos tomar alguns cuidados.
Rotor travado
Se possível, observar a partida do motor; caso o motor não parta, estando o
sistema de partida ligado, o motor poderá queimar com o rotor travado,
devido à alta corrente de partida a que é submetido.
Regime
Temperatura anormal - A carcaça e os mancais são os pontos mais comuns
de aquecimento e devem ser inspecionados com cuidado e com base na
experiência do técnico de operação. A origem pode ser:
Ruído
Trata-se de um outro sentido que deve ser desenvolvido no técnico de
operação e que lhe permite diagnosticar anormalidade em qualquer tipo
de equipamento. Nos motores elétricos, pode ser diagnosticado:
· zumbido característico do campo magnético girante (normal);
· ventoinha, que é o que provoca mais ruído (normal);
· mancais: somente quando defeituosos;
· desbalanceamento do rotor;
· motor fora de alinhamento; e
· acoplamento defeituoso.
Vibração
Origina-se basicamente de problemas mecânicos. São eles:
· rotor desbalanceado;
· motor fora de alinhamento;
· mancais defeituosos; e
· acoplamento defeituoso.
Retorno de manutenção
É necessário verificar o sentido de rotação, a vibração, o ruído e a tempera-
tura, principalmente nas primeiras horas de operação.
Em alguns casos, ainda, pode ser necessária uma partida mais suave como,
por exemplo, para algumas esteiras, transportadoras, redutores, etc.
Desvantagens:
· a chave só pode ser aplicada a motores cujos 6 bornes ou termi-
nais sejam acessíveis;
· a tensão da rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor;
· com a corrente de partida reduzida para 1/3 da corrente nominal,
reduz-se também o momento de partida para 1/3;
· caso o motor não atinja, pelo menos, 90% de sua velocidade
nominal, o pico de corrente na comutação de estrela para triângulo será
quase como se fosse uma partida direta, o que se torna prejudicial aos
contatos dos contatores e não traz nenhuma vantagem para a rede elétrica.
Desvantagens:
· a grande desvantagem é a limitação da sua freqüência de mano-
bras. Na chave compensadora automática, é sempre necessário saber a sua
freqüência de manobra para determinar o autotrafo de acordo;
Aquecimento do enrolamento
Perdas
A potência útil fornecida pelo motor na ponta do eixo é menor que a potên-
cia que o motor absorve da linha de alimentação, isto é, o rendimento do
motor é sempre inferior a 100%. A diferença entre as duas potências repre-
senta as perdas que são transformadas em calor, que aquece o enrolamento
e deve ser dissipado para fora do motor para evitar que a elevação de
temperatura seja excessiva. O mesmo acontece em todos os tipos de moto-
res. No motor de automóvel, por exemplo, o calor gerado pelas perdas
Dissipação do calor
O calor gerado pelas perdas no interior do motor é dissipado para o ar
ambiente através da superfície externa da carcaça. Em motores fechados
essa dissipação é normalmente auxiliada pelo ventilador, montado no próprio
eixo do motor. Uma boa dissipação depende:
· da eficiência do sistema de ventilação;
· da área total de dissipação da carcaça;
· da diferença de temperatura entre a superfície externa da carcaça e
o ar ambiente (t ext –ta).
(c) Geradores
Trip no gerador
O trip (desligamento) do gerador se dá por atuação de alguma proteção,
baseada em parâmetros mecânicos ou elétricos, que visa proteger o gerador,
a turbina, ou o sistema de acidentes catastróficos. Os geradores são os
equipamentos elétricos mais caros de uma refinaria e que necessitam da
mais alta confiabilidade. Por isso, possuem uma grande variedade de
proteções. Sempre que houver trip do gerador pela proteção, é necessário
que haja uma análise da causa antes de colocá-lo em serviço novamente.
Subtensão
O gerador produz tensão abaixo de um determinado limite normalmente
quando está alimentando um curto-circuito. A proteção deverá atuar isolando
o circuito defeituoso restabelecendo a tensão nominal do gerador.
(d.1) Condutor
(d.2) Painéis
Aberto
Como tais, não apresentam proteção contra o contato manual ou contra a
introdução de ferramentas, além de permitirem a influência de umidade e
água. Estes painéis possuem aberturas de topo e na parte posterior, deven-
do ser montados em interiores de indústrias.
Fechado
Fundamentalmente, esta construção evita o contato manual e, de acordo
com o tipo, impossibilita o uso de ferramentas de diâmetro superior a 1mm,
ou terá vedação total. Não apresenta, porém, proteção contra os efeitos da
água, podendo ser construído à prova de poeira.
(d.3) Disjuntores
(d.4) Fusíveis
Bateria
Equipamento eletroquímico que transforma energia química em energia elé-
trica de corrente contínua.
FONTE C.C.
RETIFICADOR RETIFICADOR
C.A.
BATERIAS
O sistema deve ser provido de meios para interligá-lo com outra fonte de
C.C. por meio de outro retificador ou de outro sistema.
Tipo de consumo
· Consumo permanente: relés, sistemas de sinalização e alarme.
· Consumo por tempo limitado: luz de emergência.
· Consumo momentâneo: fechamento e abertura de disjuntores.
Capacidade de descarga:
É a corrente, em ampères, que a bateria é capaz de fornecer por determina-
do período de tempo, com um valor inicial de temperatura do elemento,
enquanto a tensão é mantida acima de um valor mínimo. Geralmente o
tempo de descarga é de 10 ou 08 horas. Assim, uma bateria de 100Ah é
capaz de fornecer 10A em 10 horas.
Densidade de eletrólito:
Varia com a temperatura e com o nível do eletrólito.
· Tensão nominal: diferença de potencial nos terminais de baterias
quando estiverem descarregando com corrente nominal.
· Força eletromotriz: diferença de potencial nos terminais da bateria
em circuito aberto.
· Temperatura de referência: 25°C.
· Ciclo: uma descarga e uma carga.
· Energia: Ah x V = Wh
Voltagem Duração
TIPO
Fem Tensão Ciclos Anos
Equalização
A carga de equalização é uma carga periódica, normalmente dada à bateria
para corrigir não uniformidades que possam ter ocorrido na flutuação. Essa
carga torna-se menos necessária quanto maior for a tensão de flutuação
adotada dentro da faixa de flutuação permissível. Casos em que deve ser
aplicada:
· após uma descarga de emergência;
· quando a densidade, corrigida com a temperatura e o nível do eletrólito
de uma célula, está mais que 10 pontos (0,010) abaixo da média de todas as
células no momento da inspeção;
· quando a densidade de todas as células, corrigida com a temperatura e
nível do eletrólito, cair mais que 10 pontos (0,010) do valor médio da inspeção;
· quando não for requerida por nenhum dos outros fatores, pelo
menos uma vez a cada 18 meses.
Essa carga é normalmente dada com uma tensão de 2,33 a 2,42V por
célula e limitação de corrente (ver recomendação do fabricante) e deve ser
mantida até que nenhum aumento na densidade ou tensão seja observado
nos elementos por um período de uma ou duas horas.
2,33 8 – 24
2,36 6 – 16
2,39 4 – 12
2,42 3–8
(d.10) Retificador
Operação de flutuação
Esta é a operação normal de trabalho, que condiciona o retificador à
tensão de flutuação correta para a bateria.
Deve-se, porém, ter muito cuidado ao se efetuar esse tipo de carga, obser-
vando-se precisamente o fim da carga e não permitindo que ultrapasse a
corrente final de carga da bateria, especificada nas instruções, conforme for
o tipo. A corrente de carga poderá ser estimada subtraindo-se a corrente de
consumo da corrente fornecida pelo retificador.
Eb = Er = Ee
Eb = Er = EDQ + Ec
A essa altura, poderá surgir a questão: por que usar diodos de queda e não
simples resistores que introduzam a mesma queda de tensão?
(d.11) No-break
Entrada C.A.
Entrada C.A.
NO-BREAK CARGAS CRÍTICAS
Condicionada
Composição do sistema
Um sistema no-break é composto por circuito retificador/carregador de bate-
rias, banco de baterias, circuito inversor de tensão e chave estática ou
bypass automático (item opcional).
Circuito retificador/carregador
Converte tensão alternada em contínua, mantendo o banco de baterias car-
regado e alimentando o inversor.
Banco de baterias
Armazena energia para alimentar a carga durante falhas da rede elétrica e
atua como filtro.
Circuito inversor
Converte tensão contínua (proveniente do banco de baterias) em tensão
alternada para alimentar a carga.
Chave estática
Transfere a carga para a rede em caso de falha no sistema.
(d.13) Pára-raios
São elementos de proteção dos circuitos, usados para enviar à terra surtos
de alta tensão provenientes de descargas atmosféricas ou surtos de mano-
bras. Essas ondas de tensão poderiam romper o nível de isolamento dos
equipamentos elétricos, acarretando descargas em isoladores e outros da-
nos, que são evitados pela instalação de pára-raios. Usam-se, para prote-
ção das entradas das subestações, transformadores, capacitores e linhas de
transmissão.
Sua instalação se dá no ponto mais alto da instalação para cobrir uma área
maior. O tipo mais usado é o de Franklin e seu bom funcionamento também
depende de um aterramento com baixa resistividade.
P = V x I x cos ϕ
onde,
ϕ é o ângulo de defasagem entre tensão e corrente. (ângulo da impedância).
Q = V x I x sen ϕ
onde,
ϕ é o ângulo de defasagem entre tensão e corrente. (ângulo da impedância).
S=VxI Q = V x I sen ϕ
ou Q = S x sen ϕ
Ângulo de
defasagem entre ϕ
tensão e corrente
P = V x I cos ϕ ou
P = S x cos ϕ
Energia
É obtida pelo produto da potência ativa pelo tempo em que permanecer
realizando algum trabalho. É o que consta de uma conta mensal da
concessionária. Sua unidade é o Watt x hora (Wh) ou seus múltiplos
kWh ou MWh.
1 kWh → 1.000 Wh
1 MWh → 1.000 kWh → 1.000.000 Wh
Potência instalada
É a soma das potências nominais (potência escrita na placa do aparelho ou
máquina) de todos os aparelhos, equipamentos e dispositivos instalados na
dependência do consumidor.
Demanda
É a potência média durante qualquer intervalo de tempo, medida por um
aparelho integrador (medidor). É a média das potências solicitadas pelo
consumidor. O intervalo normalmente é de 15 minutos.
Amperímetro
Indica a corrente elétrica (A – Ampère);
Voltímetro
Indica ou registra a tensão elétrica (V - Volt);
Wattímetro
Indica ou integra o fluxo de potência ativa (W – Watt);
Varímetro
Indica ou integra o fluxo de potência reativa (var – Var);
Freqüencímetro
Indica a freqüência da rede em Hertz (Hz – Hertz);
Princípio de funcionamento
O princípio de funcionamento do sistema de bobina móvel baseia-se, como
nos motores elétricos, no deslocamento de um condutor inserido em um
campo magnético.
Especificações gerais
Faixa: 1 mV a 600,0V
Volts DC Exatidão: ± (0,7% da leitura mais 2 contagens)
Medir corrente
Um amperímetro mede a corrente I A que o
atravessa. Para fazê-lo medir a corrente IR que
atravessa o resistor, é necessário conectá-lo em
série com o resistor de forma que IA = IR.
Medir tensão
Um voltímetro mede a tensão ou diferença de
potencial UV entre seus terminais. Para fazê-lo
medir a diferença de potencial UR entre os terminais
do resistor, é necessário conectá-lo em paralelo
com o resistor de forma que UV = UR.
Medir resistência
Um ohmímetro mede a resistência de um resistor,
aplicando uma diferença de potencial sobre o
resistor e medindo a corrente que o percorre. O
resistor precisa ser desconectado do circuito ao
qual está ligado para ter sua resistência medida
por um ohmímetro.
São máquinas acionadas que recebem energia mecânica de uma fonte motora
(máquina acionadora) e a transformam em energia cinética (movimento), ou
energia de pressão (força), ou ambas, e as transmitem ao líquido.
Vazão do líquido
Diferencial de pressão necessária (carga)
Características do líquido (viscosidade, densidade,
contaminantes,etc.)
Condições de temperatura e pressão
Regime de funcionamento
Flexibilidade operacional desejada
Dinâmicas ou Volumétricas ou
Turbobombas de deslocamento
Centrífugas
Alternativas Rotativas
Fluxo axial
Fluxo misto
Coroa dentada
Árvore de arraste
Pressionador
Anel intermediário
Caixa
Rotor
Caixa
Coroa dentada
Cabeça da biela
Pistão
O impelidor é um pistão que se desloca dentro de um cilindro. Durante o
movimento de aspiração diminui a pressão na câmara, abre-se a válvula
direcional de entrada e o líquido é admitido. Em seguida, pelo movimento de
recalque do pistão, a pressão aumenta, abre-se a válvula direcional de
saída e o líquido é expulso do cilindro.
Êmbolo
Ele tem o mesmo princípio de funcionamento da bomba de pistão, sendo
que nesta o impelidor é um êmbolo que admite e expulsa o líquido, ocupan-
do e desocupando um determinado volume dentro da câmara. Indicada para
pressões mais altas.
Árvore de arraste
Engrenagem movida
Caixa da bomba
Lóbulos
É o mesmo princípio das bombas anteriores. Porém, ao invés de engrena-
gens, são montadas as peças denominadas “lóbulos”.
Observe a Figura 4.
Rotor
Palheta
Caixa de bomba
Árvore de arraste
Caixa da bomba
Parafuso
Árvore de arraste
Palhetas deslizantes
Consistem em um cilindro montado excêntrico na câmara da carcaça, pos-
suindo cavidades radiais no seu entorno, onde são montadas palhetas retrá-
teis. O líquido é admitido no lado de maior folga da excentricidade, sendo
levado pelas palhetas e expulso à medida que a folga diminui.
Seu impelidor é uma composição dos dois tipos anteriores, sendo a direção
de saída do líquido inclinada ao eixo.
Anéis de desgaste
Anéis de desgaste
Anéis de desgaste
Desvantagens
· baixa eficiência para vazões muito baixas e diferenciais de pressão
muito altos;
· baixa eficiência para altas viscosidades;
· redução da sua capacidade pelos gases dissolvidos no líquido;
· erosão acelerada causada pelos sólidos em suspensão; e
· inadequada quando se deseja vazão constante, independente de
alterações no sistema.
(c1
. ) Detalhes construtivos das turbobombas
Impelidor
Já foi vista sua classificação em centrífugos, axiais ou mistos. Os impelidores
podem ser:
· abertos;
· semi-abertos; e
· fechados.
E ainda:
· sucção simples; e
· dupla sucção.
Em voluta
São as mais utilizadas pela eficiência, baixo custo e simplicidade mecânica,
predominantemente para bombas de simples estágio. Devido aos esforços
radiais gerados por vazões diferentes da vazão de projeto, a vazão mínima
para bombas com voluta é limitada em torno de 25% a 50% da vazão de
projeto.
Concêntricas
São baratas, porém menos eficientes que as de voluta e com maiores esfor-
ços radiais.
Em dupla voluta
Possui uma chicana intermediária, formando duas volutas defasadas de
180°.
Mista
É uma combinação de voluta com pás difusoras.
Eixo
O eixo transmite o movimento do acionador para o(s) impelidor(es), supor-
tando todas as partes rotativas da bomba. O eixo se conecta ao acionador
por meio de um acoplamento e é suportado por mancais. Como atravessa a
carcaça para conectar-se ao(s) impelidor(es), necessita de um sistema de
vedação que evite o vazamento do fluido da carcaça. Ver Figura 15.
Luvas de eixo
Têm o objetivo de proteger o eixo de corrosão, erosão ou desgaste, princi-
palmente em caixas de gaxetas onde há atrito com as gaxetas na presença
do fluido bombeado ou de selagem. As luvas podem ter outros objetivos
como, por exemplo, atuar como espaçadores na montagem de vários
impelidores em bombas de múltiplos estágios.
Caixa de gaxetas
Acomoda os anéis de gaxetas na parte posterior da carcaça.
Sobreposta
Gaxetas
Anéis de gaxetas
Elementos de vedação de seção quadrada, os quais envolvem o eixo ou luva
de eixo dentro da caixa de gaxetas.
Sobreposta
Atravessada pelo eixo e montada ao final da caixa de gaxetas, comprime as
gaxetas para dar o ajuste necessário. O aperto de ajuste na sobreposta é
Anel de lanterna
O anel bipartido perfurado, que distribui o líquido de selagem de maneira
uniforme no entorno do eixo, pode ser montado entre as gaxetas, próximo
ao rotor (evitando a passagem de sólidos e impurezas), ou próximo à sobre-
posta para reduzir a diluição do fluido bombeado.
Caixa de selagem
Acomoda o selo mecânico.
Sede estacionária
Peça montada na sobreposta que possui a face polida estacionária.
Sede rotativa
Peça montada no eixo que possui a face polida rotativa.
Mola
Mantém as sedes em contato. Pode ser montada mais de uma mola.
Sobreposta
Atravessada pelo eixo e montada ao final da caixa de selagem, recebe a
sede estacionária.
Nos selos mecânicos existem três áreas que necessitam de selagem (ver
Figuras 18 e 19).
Interna
A sede rotativa é montada dentro da caixa de selagem, ficando em contato
com o fluido, com melhor refrigeração e menor vazamento.
Externa
A sede rotativa é montada fora da caixa de selagem, não tendo contato com
o fluido, de fácil instalação e inspeção.
Simples
Um único selo mecânico montado.
Mancais
Apóiam o eixo e suportam os esforços radiais e axiais que atuam sobre
conjunto rotativo. Garantem também as folgas entre as partes móveis e
estacionárias. Podem ser mancais radiais (de apoio), axiais (de escora) ou
mistos (combinação de apoio e escora).
Vazamentos
Produto, lubrificante e água de refrigeração.
Vibração
Cavitação, carga excessiva, carga muito baixa, desbalanceamento,
desalinhamento, folgas inadequadas, etc.
Erosão
Cavitação, sólidos em suspensão.
Aquecimento excessivo
Falha na lubrificação, excesso de lubrificante nos mancais, falha na refrige-
ração, recirculação excessiva, bloqueio da descarga, etc.
Perda de eficiência
Recirculação interna devido a desgaste dos anéis de desgaste, vazamento
excessivo, etc.
Alternativos
O impelidor é um pistão que se desloca dentro de um cilindro com movimen-
to alternativo. Esse movimento é conseguido pela conversão do movimento
rotativo do acionador em alternativo por sistema biela-manivela.
Rotativos
As partes móveis do compressor possuem movimento rotativo. A vazão
desses compressores é praticamente contínua e sem pulsação. Têm pouca
aplicação em refinarias.
Lóbulos
Consistem em dois lóbulos montados em uma carcaça com pouquíssima
folga, os quais giram em sentidos opostos. Indicados para baixas pressões e
vazões moderadas. São simples, de baixo custo inicial, não necessitam de
lubrificação por não haver contato entre as partes móveis e a carcaça,
porém têm baixa eficiência devido à recirculação nas folgas.
Parafusos
Consistem em dois parafusos de acionamento sincronizados, montados em
uma carcaça com pouquíssima folga. A conexão do compressor com o siste-
ma é feita através das aberturas de sucção e descarga, diametralmente
opostas. O gás é admitido na sucção e ocupa os intervalos entre os filetes
dos rotores. A partir do momento em que há o engrenamento, o gás nele
contido fica confinado entre o rotor e as paredes da carcaça. A rotação faz
com que o ponto de engrenamento se desloque para frente, reduzindo o
volume disponível para o gás e provocando a sua compressão até ser alcançada
Palhetas deslizantes
Consistem em um cilindro montado excêntrico na carcaça, com cavidades
radiais, onde são montadas palhetas retráteis. O gás é admitido no lado de
maior folga, sendo levado pelas palhetas e comprimido, à medida que a
folga diminui, até a descarga.
São constituídos por um rotor com pás inclinadas como uma turbina. Um
estágio do compressor de fluxo axial consiste em duas fileiras de lâminas:
uma rotativa e outra estacionária. As lâminas rotativas do impelidor trans-
mitem energia cinética (velocidade) ao gás, e a velocidade é transformada
em pressão nas lâminas estacionárias. São indicados para capacidades
constantes e elevadas, com pressões variáveis, trabalhando com velocida-
des superiores aos centrífugos de mesma capacidade.
Sistemas de vedação
A vedação é de importância crítica para um compressor. Os vários tipos de
vedação já mencionados para turbinas a vapor e bombas são empregados.
Anéis de carvão
Consiste em um ou mais anéis de carvão em seções, mantidos junto ao eixo
com pequena folga por meio de molas. Usados em compressores de menor
capacidade ou em conjunto com outros dispositivos de selagem
Labirintos
O gás é obrigado a passar por diminutas folgas anulares entre as partes
móveis e estacionárias, acarretando uma grande perda de carga que inibe o
escoamento. Instalado entre estágios de compressores dinâmicos e na saída
dos eixos destes.
Lubrificação
A lubrificação nos compressores dinâmicos é necessária para os mancais e,
em alguns casos, para os elementos de vedação. Quando o compressor
utiliza a lubrificação apenas para os mancais, o sistema de lubrificação é
relativamente simples.
Refrigeração
De modo geral, é realizada por água de resfriamento, passando pelo
encamisamento nas carcaças (em grandes compressores), ou por refrigera-
ção a ar (para pequenos compressores). Em compressores de múltiplos
estágios, pode-se refrigerar o gás com resfriadores instalados entre a descar-
ga de um estágio e a sucção do estágio seguinte.
(a.1) Conceito
Princípio de reação
O bocal é montado na periferia de um rotor e a força do escapamento do
vapor, expandindo-se, gera uma reação que faz girar bocal e rotor. A rigor,
não existem turbinas somente de ação ou somente de reação. Todos os tipos
comerciais usam uma combinação dos dois princípios, pois na prática é
inviável construir uma máquina que funcione segundo apenas um dos princí-
pios.
(a.2) Tipos
Turbinas de ação
São turbinas em que predomina a força de impulsão. Seus estágios podem
ser de dois tipos:
Velocidade Pressão
Pressão
Velocidade
Turbinas de condensação
Quando o vapor de descarga tem pressão inferior à atmosférica. Nesse caso
a saída da turbina é ligada a um condensador para gerar vácuo.
(a.4) Vantagens
Os fatores que devem ser considerados na escolha de uma turbina industrial são:
· potência necessária;
· rotação da máquina acionada;
· condições inicial e final do vapor;
· flutuação de carga;
· eficiência;
· durabilidade; e
· garantia operacional.
Em refinarias, as turbinas são largamente empregadas, divididas em três
grandes grupos: as de uso geral, as de uso especial e os turbogeradores.
Turbogeradores
São turbinas que acionam os geradores elétricos existentes nas centrais
termoelétricas. Em refinarias e demais indústrias de grande porte, asseme-
lham-se bastante às turbinas de uso especial. Inclusive a potência dos
turbogeradores é usualmente próxima à potência das turbinas que acionam
os maiores compressores centrífugos em refinarias.
· Uma diferença básica para as de uso especial é que os turbogeradores
trabalham com rotação baixa e constante (3.600rpm é a velocidade usual
para geração de corrente de 60Hz). Outra diferença é que costumam possuir
extração de vapor em um estágio intermediário, para fornecimento de vapor
de média pressão, ao consumo da indústria.
· Os turbogeradores usados em grandes centrais termoelétricas de
serviço público, por sua vez, possuem características bastante diferentes.
Mas estão fora do nosso escopo.
(a.6) Componentes
Carcaça ou estator
É o envoltório da turbina. No seu interior giram o eixo e os discos, ou
tambor, e suporta as diversas peças estacionárias, tais como: diafragmas
(ação), palhetas estacionárias (fixas), bocais, válvulas, mancais, etc.
Expansores
Peças de seção variável que reduzem a pressão e aumentam a velocidade do
vapor. Para o primeiro estágio das turbinas, são usinados separadamente
Conjunto rotativo
O conjunto rotativo é diferente, dependendo do tipo de turbina. No caso das
turbinas de ação, o conjunto é constituído de rotores de aço-carbono ou de
aço-liga; forjados, usinados e montados no eixo por interferência e chaveta.
Para turbinas de alta rotação e/ou altas temperaturas, onde a montagem
poderia apresentar problemas durante a operação, eixo e rotores são uma
única peça forjada e usinada. Na periferia dos rotores, são montadas as
palhetas. Já para as turbinas de reação utiliza-se o tambor rotativo, de
seções crescentes da admissão para a descarga, em peça única ou de se-
ções soldadas. As pontas do eixo são prolongamentos do tambor. Na perife-
ria do tambor são montadas as palhetas.
Palhetas
São fabricadas de aços-liga especiais, forjadas e usinadas com fino acaba-
mento. Dependendo da configuração dos estágios, formam canais de seção
uniforme, orientando adequadamente o fluxo sem turbilhonamento, ou for-
mam canais de seção variável, atuando como expansoras.
Diafragmas
Separam dois discos adjacentes em turbinas de ação multiestágios. Neles
são instalados os arcos de expansores intermediários e final. São constituí-
dos de dois semicírculos montados na carcaça por um sistema de ranhuras,
abraçando o eixo sem tocá-lo. Entre o diafragma e o eixo, são instalados os
labirintos, fixados no diafragma ou no eixo, que garantem a selagem interna
entre os estágios intermediários. São fabricados em aço inoxidável ferrítico e
em aço-carbono ou ferro fundido nas partes estruturais.
Acoplamento
Liga o eixo da turbina ao eixo do equipamento acionado. É sempre flexível e
normalmente fornecido pelo fabricante do equipamento acionado.
Sistema de vedação
Devido às folgas existentes entre as partes estacionárias e o conjunto rotativo,
pode ocorrer o escapamento de vapor das zonas de alta pressão para as de
baixa pressão ou a entrada de ar em turbinas de condensação. O escapa-
mento do vapor reduz a potência útil e aumenta o consumo de vapor. A
entrada de ar eleva a pressão no condensador, e a potência útil também é
reduzida. Os sistemas de vedação são os seguintes:
· labirintos – são anéis, normalmente bipartidos e montados no
estator, dotados internamente de uma série de aletas circulares, ajustados
com o mínimo de folga entre o eixo e a borda das aletas. Reduzem o
escapamento de vapor pela alta perda de carga ocasionada pela restrição ao
fluxo e turbilhonamento causados pelas aletas; e
Sistema de apoio
Apóia o eixo e suporta os esforços radiais e axiais que atuam sobre conjunto
rotativo. Garante também as folgas entre as partes móveis e estacionárias.
É composto por mancais radiais (de apoio), axiais (de escora) ou mistos
(combinação apoio e escora).
Sistema de controle
O controle em turbinas pode ser empregado para:
· manter a rotação, no caso de acionamento de geradores elétricos;
· manter estável pressão de descarga de compressores ou bombas
acionadas; e
· manter constante a pressão de saída do vapor nas turbinas de
contrapressão.
Governadores
Os governadores mecânicos ou de massas oscilantes consistem basicamen-
te em dois pesos articulados, que giram a uma velocidade igual ou proporci-
onal à turbina e atuam contra a pressão de uma mola (que dá o ajuste da
velocidade desejada). Se a velocidade da turbina aumenta, os pesos articu-
lados se abrem, movimentando a haste no sentido de fechar a válvula de
admissão. Se a velocidade diminui, os pesos se fecham, abrindo a válvula
de admissão. São simples e baratos, porém de resposta lenta e não permi-
tem a variação da força de acionamento. Indicados para turbinas de uso
geral.
Sistema de segurança
Existem diversos sensores e dispositivos que podem ser instalados para
garantir a segurança da operação da turbina, dos equipamentos acionados e
da unidade onde estes operam.
Sistema de lubrificação
A lubrificação de mancais de turbinas de uso geral é feita por anel pescador,
com reservatório na própria caixa do mancal. Com potências elevadas, pode
ser necessário um sistema pressurizado com reservatório externo.
Isso deve ser feito com o aumento lento de velocidade e a observação dos
itens de controle e segurança. A partida pode ser manual ou automática.
Atenção
Evitar passagem de vapor ou a entrada de ar pela selagem
com o rotor parado. Não operar sem o governador.
Figura 7 - Ejetor
O fluido primário (acionador) passa pelo bocal expansor, entrando com alta
velocidade e baixa pressão na câmara de mistura, onde ele “arrasta” o
fluido secundário (induzido), que entra na câmara por sucção. Os fluidos
misturados passam então pelo bocal difusor, convertendo a energia cinética
da mistura em alta velocidade em pressão. Nesse processo de conversão de
energia de pressão em cinética, e novamente em pressão, parte da energia
do fluido acionador é utilizada para succionar e arrastar o fluido induzido, e
parte é perdida por atrito, turbilhonamento, etc.
Vantagens
· não possui partes móveis;
· é de construção simples;
· necessita de pouca manutenção;
· é de simples operação;
· manipula grandes quantidades de fluido;
· apresenta menores problemas de vazamentos; e
· é indicado para fluidos corrosivos.
Desvantagens
· necessita de um fluido acionador de alta pressão;
· o fluido acionador deve estar sempre dentro das condições de pro-
jeto do ejetor para não afetar sua eficiência; e
· no caso do vapor como fluido acionador, a presença de condensado
causa erosão acentuada.
Os ejetores com vapor como fluido acionador podem criar vácuo elevado e
atingir uma larga faixa de pressão de descarga. São às vezes instalados em
série com condensadores entre os estágios. Os ejetores do tipo líquido-
(a) Mancais
Figura 1 - Mancais
São, em geral, corpos cilíndricos ocos, que envolvem os eixos com uma
determinada folga (0,0006d a 0,001d) e suportam esforços radiais. Nor-
malmente, são peças bipartidas com ranhuras na parte interna (mancais
bipartidos), mas podem ser inteiriças (denominadas “buchas”). Quando têm
paredes delgadas, são chamadas de “casquilhos”. Observe a Figura 2.
Direção de rota-
Ranhura para óleo ção
Chanfros
Direção da pres-
são do eixo
Superfície raspada
Colar de escora
Ranhura de distribuição
Disco fixo de apoio
Superfície rebaixada
Carga
Rotação
Vantagens
· menor atrito e aquecimento;
· baixa exigência de lubrificação;
· intercambialidade;
· não há desgaste do eixo; e
· pequeno aumento da folga durante a vida útil.
Desvantagens
· maior sensibilidade a choques;
· maiores custos de fabricação;
· tolerância pequena para carcaça e alojamento do eixo;
· não suportam cargas tão elevadas quanto os mancais de
deslizamento; e
· ocupam maior espaço radial.
Rolamentos de agulhas
Eles têm alta capacidade de suportar cargas e são delgados, por isso,
extremamente apropriados para aplicações onde o espaço é limitado.
Falhas em rolamentos
De modo geral, um rolamento danificado freqüentemente apresenta uma
combinação de falhas em estágio primário e secundário.
(b) Lubrificação
Controle da temperatura
Absorvendo o calor da máquina e dissipando-o em outro ponto.
Controle da corrosão
Aplicando altas temperaturas e evitando o contato da peça com o meio
agressivo.
Amortecimento de choques
Transferindo energia mecânica para energia fluida pela acomodação da ca-
mada de fluido.
Vedação
Impedindo a saída de lubrificantes e a entrada de partículas estranhas (fun-
ção das graxas), assim como a entrada de outros fluidos ou gases (função
dos óleos lubrificantes).
Viscosidade
Ela pode ser definida como o atrito interno entre as moléculas de um fluido,
o qual dificulta seu escoamento. Essa resistência aparece quando se deseja
deslocar dois planos rígidos separados por uma camada de fluido (filme).
Quanto maior ela for, mais resistência será oferecida pelo fluido ao movi-
mento, e para cada aplicação tem-se uma viscosidade adequada. A viscosi-
dade de um lubrificante varia principalmente em função da temperatura e de
seu grau de contaminação, sendo seu controle durante a operação dos
equipamentos fundamental para garantir um bom desempenho e vida útil
longa.
Oleosidade
Na formação de película lubrificante, é necessário que o fluido apresente
adesividade às superfícies e seja arrastado por elas durante o movimento,
assim como coesividade, para que não haja rompimento da película. A
propriedade que reúne a adesividade e a coesividade de um fluido é denomi-
nada “oleosidade”.
Total ou fluida
Quando a película lubrificante separa totalmente as superfícies, não haven-
do contato metálico entre elas. Serão resultantes, assim, valores de atrito
baixos e desgastes insignificantes.
Limite
Quando a película é mais fina, permite o contato entre as superfícies em
alguns momentos. Nos casos em que cargas elevadas ou baixas velocidades
impedem a formação de uma película total, é conveniente o emprego de
aditivos de oleosidade ou antidesgaste.
Mista
Quando se alternam os dois casos anteriores. Ocorre em operação intermi-
tente ou, por exemplo, na partida, o eixo está apoiado sobre a parte fixa,
permitindo o contato entre as superfícies (lubrificação limite). Quando o eixo
Líquidos
São os mais importantes em função de seu emprego na indústria. Podem ser
divididos em:
Óleos sintéticos
São provenientes da indústria petroquímica, sendo muito empregados os
polímeros, os diésteres, etc. Considerados os melhores lubrificantes, porém
de custo mais elevado, têm seu uso limitado às aplicações em que os óleos
convencionais não podem ser utilizados.
Óleos aditivados
São óleos aos quais foram adicionadas substâncias denominadas “aditivos”,
com o fim de reforçar ou acrescentar propriedades antioxidantes,
antiespumantes, detergentes, dispersantes, emulsibilidade, índice de visco-
sidade, abaixador do ponto de fluidez, entre outras, melhorando o desempe-
nho do óleo para uma determinada aplicação.
Pastosos
Comumente chamados de “graxas”, são empregados onde os lubrificantes
líquidos não executam suas funções de forma satisfatória, principalmente
devido à sua adesividade. Elas podem ser subdivididas em:
Graxas sintéticas
São constituídas por óleos e sabões sintéticos. Como os óleos sintéticos,
são melhores lubrificantes, porém de custo mais elevado, tendo uso limita-
do às aplicações em que os óleos convencionais não podem ser utilizados.
Sólidos
Geralmente utilizados como aditivos de lubrificantes líquidos ou pastosos,
algumas vezes são aplicados em suspensão, em líquidos que se evaporam
após a aplicação. São os mais empregados: grafite, molibdênio, talco, mica,
etc. Apresentam grande resistência a elevadas pressões e temperaturas.
Gasosos
São empregados em casos especiais, quando não é possível a aplicação dos
tipos convencionais. São normalmente usados o ar, o nitrogênio e os gases
halogenados. Sua aplicação é restrita.
Por gravidade
Manual
Feita por meio de almotolias ou pistolas.
Copo com agulha ou vareta
Copo conta-gotas
Largamente utilizado na lubrificação industrial, sua vantagem está na possi-
bilidade de regular a quantidade de óleo aplicado sobre o mancal.
Por capilaridade
Copo com mecha
O lubrificante flui através de um pavio que fica encharcado de óleo. A vazão
depende da viscosidade do óleo, da temperatura e do tamanho e traçado do pavio.
Por salpico
O lubrificante contido num depósito (carter) é borrifado por meio de cunhas ou
por uma ou mais peças móveis. Esse tipo de lubrificação é muito utilizado em
máquinas, especialmente em motores.
(c) Acoplamentos
São aqueles que não permitem qualquer movimento relativo entre os eixos e
não absor vem os pequenos desalinhamentos existentes entre os eixos
acoplados. Por isso, devem ser utilizados em situações especiais:
Principais tipos
· acoplamento de flanges – como flanges sobrepostos com ressalto nas faces;
· acoplamento de compressão – eixos montados com niples em cu-
nha. As luvas com passagem cônica se fecham dando aperto; e
· luva bipartida – luva bipartida axialmente que envolve os eixos.
Observe na Figura 12 os esquemas que mostram alguns tipos de acoplamentos
rígidos.
Fluid Movers: Pumps, Compressors, Fans and Blowers. New York: McGraw
Hill.