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Universidade Federal do Pará

Faculdade de Odontologia

FISIOLOGIA
INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA
DISCENTES: EDUARDO CAVALCANTE
GUILHERME MARTIRES NETO
VIRGULINO BENTO
WESLEN DO AMARAL PINTO
APRESENTAÇÃO
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA.
APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO
FISIOLOGIA RENAL
FISIOPATOLOGIA RENAL
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
CUIDADOS ODONTOLÓLICOS
TRANSPLATADOS RENAIS
MANIFESTAÇÕES ORAIS
INTRODUÇÃO

ARTIGO:

CUIDADOS ODONTOLÓGICOS EM
PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA.
INTRODUÇÃO

Pacientes com insuficiência renal crônica


apresentam um alto índice de alterações sistêmicas.
Cuidados odontológicos nesses Pacientes podem
ser complexos devido à condição sistemática que
resulta da função renal adequada.
A Manutenção da saúde oral é importante, uma
vez que esses pacientes são candidatos em potencial
ao transplante renal.
Segundo dados fornecidos pela associação dos
renais crônicos de São Paulo, no Brasil existem,
aproximadamente, 25.000 doentes portadores
insuficiência renal crônica.
FISIOLOGIA RENAL

Funções dos rins:


- regulação da osmolalidade
- regulação da pressão arterial
- regulação do acido- básico
- secreção, metabolismo e expressão de
hormônios
- Realiza gliconeogenese
FISIOPATOLOGIA RENAL

Definição
1. Declínio bilateral, progressivo e irreversível no número
total de néfrons funcionais com um declínio concomitante
da capacidade excretória renal.

Causas mais comuns


1. Nefroesclerose secundária à hipertensão de longa duração
2. Nefropatia devido à diabétis
3. Doenças auto-imunes
4. Glomerulonefrite

Fase inicial
1. Néfrons remanescentes tornam-se hiperfiltrantes,
hipertrofiam-se, sofrem alterações da superfície glomerular
e modificações de permeabilidade da membrana glomerular
às proteínas, devido a uma vasodilatação compensatória.

Fase terminal
1. Função renal do paciente já não é mais capaz de manter a
vida.

Identificação
1. Sintomas clínicos e pela avaliação laboratorial. Os principais
indicadores laboratoriais são o nitrogênio uréico do sangue
(BUN) e a creatinina, que tem a sua eliminação diminuída
pelos rins e o seu nível sérico aumentado.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
Principais indicadores para avaliação são:

O nitrogênio uréico do sangue


Creatinina
Anorexia
Cansaço fácil
Fraqueza
Prurido
Náusea
Vômitos
Letargia
Hipertensão
Pericardite
CUIDADOS ODONTOLÓGICOS
Orientações
1. Os pacientes com insuficiência renal crônica que requerem diálise renal
periódica necessitam de considerações especiais durante o tratamento cirúrgico
oral. Antes do início do tratamento cirúrgico, deve ter sido feita uma avaliação
médica nos últimos três meses, e o médico do paciente precisa ser consultado,
para informar sobre a suficiência do controle metabólico do paciente.

Tratamento de diálise crônica


1. Requer a presença de fístula arteriovenosa (uma grande junção entre uma artéria
e uma veia, cirurgicamente criada), que possibilita um acesso fácil, e a
administração de heparina
2. Nos pacientes que já se encontram em programa de diálise iterativa e que deverão
se submeter a cirurgias orais eletivas, estas deverão ser realizadas no dia seguinte
ao tratamento da diálise.

Agravos
1. Hipercalemia: níveis de potássio no sangue excessivamente alto
2. Hiponatremia: redução da concentração plasmática de sódio por excesso de água
3. Anemia: conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como
resultado da carência de um ou mais nutrientes especiais

Metabolização limitada
1. Pacientes com insuficiência renal significativa podem ser incapazes de eliminar
do sangue o anestésico local original ou seus principais metabólitos, resultando
em um ligeiro aumento no potencial de toxicidade.
2. Com o advento de novas drogas que não são metabolizadas ou excretadas pelos
rins, a anestesia geral do paciente com IRC tornou-se mais tranqüila, geralmente
feita através de indução com tionembutal, uso de fentanil como analgésico e do
atracurium como relaxante muscular, por ser metabolizado no plasma
TRANSPLANTADOS RENAIS

Após um transplante renal, os pacientes precisam tomar


medicamentos imunossupressores pelo resto da vida para evitar
que o sistema imunológico rejeite o novo rim. Esses medicamentos
ajudam a prevenir o ataque do sistema imunológico às células do
rim transplantado, mas também podem deixar os pacientes mais
suscetíveis a infecções.
Os pacientes transplantados são mais susceptíveis a infecções
por: bactérias gramnegativas(Pseudomonas, Proteus, Klebsiella),
Fungos(Cândida, Aspergillus, Mucor) e vírus(herpes simples e
herpes zoster) devido à diminuição da expressividade dos linfócitos
T.K

MANIFESTAÇÕES ORAIS

Várias alterações têm sido associadas à insuficiência renal e


correlacionam-se com a gravidade da condição. Estima-se que 90% dos
pacientes renais apresentarão sintomas orais. A manifestação clássica em
pacientes realizando hemodiálise é palidez da mucosa oral, o que reflete a
condição anêmica de muitos deles ( GUDAPATI et al, 2002; SILVA, 2000).

Língua saburrosa
Ulcera traumática
Candidíase pseudomembranosa
Hiperplasia gengival
Xerostomia
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A saúde bucal é de extrema importância para os pacientes com


IRC, especialmente porque eles são potenciais candidatos a
transplante renal. A aprovação para o transplante geralmente
requer a ausência de infecções, incluindo infecções orais, uma
vez que a imunossupressão pós-cirúrgica pode levar a
complicações graves caso haja focos infecciosos. Infecções não
tratadas podem resultar em infecções severas ou até mesmo na
rejeição do órgão transplantado.

Portanto, é fundamental que os pacientes com IRC recebam


cuidados odontológicos adequados e mantenham uma boa saúde
bucal como parte de seu tratamento abrangente. A colaboração
entre os profissionais de saúde, incluindo dentistas e médicos
especializados em nefrologia, é essencial para garantir o bem-
estar desses pacientes e melhorar suas chances de sucesso no
tratamento da IRC e no transplante renal.
REFERÊNCIAS
SILVA, L. C. F. Manifestações orais em pacientes portadores de insuficiência renal crônica em

programa de hemodiálise e em transplantados renais sob terapia imunossupressora. Dissertação

(Mestrado em Patologia Oral) - Natal (RN), 2000. p. 18 – 33.

SILVA, P. Farmacologia. 5. ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 1998. p.941 – 945.

SONIS, S. T.; FAZIO, R. C.; FANG, L. Princípios e Prática de Medicina Oral. 2. ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 1995. p. 251 – 260.

TORTAMANO, N.; ARMONIA, P. L. Guia Terapêutico Odontológico. 14. ed. São Paulo: Santos, 2001.

p 35 – 58
VALENTE, C. Técnicas Cirúrgicas Bucais eMaxilofaciais. Rio de Janeiro: Revinter, 2003. p. 63 – 64
FIM

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