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Acesso Aos Tribunais Angola
Acesso Aos Tribunais Angola
RESUMO 2
ABSTRACT 2
INTRODUÇÃO 3
ACESSO À JUSTIÇA COMO DIREITO FUNDAMENTAL 4
2. SISTEMA JUDICIAL EM ANGOLA 5
2.1. Uma visão geral breve sobre o sistema judicial angolano 5
2.2.. 5
2.2.1. Tribunal Supremo: 5
2.2.2. Tribunal Constitucional 5
2.2.3. Tribunais de Comarca 5
2.2.4. Tribunal de Contas 5
2.3. CATEGORIAS DE TRIBUNAIS : 6
2.3.1. TRIBUNAIS DE PRIMEIRA,SEGUNDA E TERCEIRA INSTÂNCIA. 6
2.3.1.1. Tribunal de Primeira Instância: 6
2.3.1.2. Tribunal de Segunda Instância: 6
2.3.1.3. Tribunal de Terceira Instância: 6
3. O ACESSO AOS TRIBUNAIS 8
4. AS PROBLEMÁTICAS DO ACESSO À JUSTIÇA E AOS TRIBUNAIS 9
5. O PRINCÍPIO DA TUTELA JURISDICIONAL EFECTIVA 10
5.1. Análise do Artigo 29º da Constituição 11
6. A DEMORA NA TOMADA DAS DECISÕES EFETIVA 12
7.DEFESA PÚBLICA 14
7.1.1. JURIDICAL CARE SYSTEM 14
7.1.2. DEFENSORIA PÚBLICA 14
7.1.3. ADVOCACIA VOLUNTÁRIA . 15
CONCLUSÃO 16
REFERÊNCIAS 17
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RESUMO
Este trabalho tem como objectivo abordar de forma sucinta sobre o Acesso aos Tribunais e
a Tutela jurisdicional efectiva, e de igual modo, falar como funciona o nosso sistema
judicial, apresentar as problemáticas do acesso à justiça,e possíveis soluções através da
defesa pública. E apresentar o nosso parecer após adquirir esse tanto de novas matérias.
ABSTRACT
This work aims to briefly address Access to the Courts and effective jurisdictional
protection, and likewise, talk about how our judicial system works, present the problems
of access to justice, and possible solutions through public defense. And present our
opinion after acquiring this much new material.
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INTRODUÇÃO
Aristóteles dedicou parte de seus estudos ao tema da justiça e ao papel dos tribunais na
sociedade. Em sua obra "Política", ele defende a ideia de que a justiça é um elemento
central para a harmonia social e o bem-estar coletivo. Segundo o filósofo, a existência
de tribunais e de um sistema judicial eficiente é essencial para garantir que todos os
cidadãos possam ter seus direitos protegidos e assegurados. Nesse sentido, a análise da
obra de Aristóteles traz contribuições valiosas para compreender a importância do
acesso aos tribunais em Angola. Através de seus escritos, podemos refletir sobre a
necessidade de um sistema jurídico justo e acessível, que permita a todos os cidadãos
angolanos o pleno exercício de seus direitos e a resolução de conflitos de maneira
imparcial.
O presente trabalho tem como objetivo abordar sobre: ``o acesso aos tribunais e a tutela
jurisdicional efectiva´´ , e nele aprofundaremos os seguintes tópicos:
No artigo 29º da CRA estipula”acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos
seus direitos e interesses legalmente protegidos,não podendo a justiça ser denegado
por insuficiência dos meios econômicos “O mesmo artigo no seu número 2 afirma
que “todos têm direito nos termos da lei,à informação e consultas jurídicas ao
patrocínio judiciário e fazer-se acompanhar por advogado perante a qualquer
autoridade “
A constituição consagra,assim numa acepção mais ampla,que o acesso ao direito e
à justiça engloba:
Acesso aos tribunais ;
Á informação jurídica e a consulta jurídica.
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Vale ressaltar que a estrutura e os nomes dos tribunais podem variar de acordo com o
país e o sistema jurídico adotado.
A segunda é a falta de consciência jurídica dos cidadãos, "para que quando tenham os
seus direitos violados possam recorrer, possam reivindicar às instituições de direito para
serem resolvidos estes diferendos. Mas, infelizmente, há ainda um nível baixo de
consciência jurídica", diz Freire.
E mesmo quando há consciência jurídica, muitos cidadãos ficam sem acesso à Justiça
em algumas províncias devido à escassez de advogados. De acordo com um relatório da
ONG Justiça Paz e Democracia (AJPD), publicado em 2017, há regiões angolanas
onde existe apenas um advogado.
"Há províncias que nem sequer têm advogados, é preciso ter isso em conta", sublinha
Salvador Freire. "Há advogados que são passageiros, não estão fixados nestas
províncias e vão, de vez em quando, para resolver alguns conflitos", explica.
A Ordem dos Advogados de Angola, outra instituição que presta assistência gratuita aos
cidadãos, recebe mais de 10 casos por dia. Mas queixa-se da falta de capacidade
financeira para prestar o serviço. (Luamba, 2018)
Em Angola a falta de tribunais é uma questão que tem sido levantada como um
problema enfrentado pelo nosso sistema judicial. Em certas regiões pode levar a atrasos
nos processos judiciais, longas distâncias devem ser percorridas para ter acesso a um
tribunal e isso leva a uma maior dificuldade para a resolução de disputas legais.
Como foi acima referido, com a existência desses problemas será difícil lidar com a
enorme quantidade de processos que diariamente são apresentados aos tribunais e afeta
o funcionamento do poder judicial em pleno para o povo.
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O princípio da tutela jurisdicional efectiva implica por fim, que a sentença emanada
pelo tribunal competente obtenha plena concretização, satisfazendo cabalmente os
interesses materiais de quem obteve vencimento, nomeadamente que a decisão tenha
sido tomada em prazo razoável (artigo 29º, nº 4º da C.R.A), que seja respeitado o caso
julgado (artigo 67º, nº2º da C.R.A) e que a sentença seja efectivamente executada
(artigo 177º, nº 2 e 3 da C.R.A)
No artigo 29º, encontramos plasmados vários direitos interligados entre si, embora
distintos, que são:
O direito de acesso ao Direito;
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Os Estados, no caso concreto o Estado Angolano, debate-se com problemas que vão desde
a falta de pessoal suficiente para, no poder judicial, lidar com a quantidade de processos
que diariamente são apresentados aos seus tribunais, à falta de instalações com as
condições de trabalho ideais para que o poder judiciário a que o povo acorre directamente
funcione em pleno. Associam-se a estes dois problemas o crescente volume de litigância
por conta de uma cultura deficiente de diálogo que inviabiliza cada vez mais as soluções
consensuais, retirando até mesmo a importância a vários mecanismos de conciliação,
mediação e de arbitragem que, em condições normais, deveriam ter um papel de maior
protagonismo, principalmente nos casos de jurisdição voluntária e nos casos de conflitos
laborais, bem como o conhecimento popular da morosidade processual. O conhecimento
popular da morosidade processual, mais do que um constrangimento alheio às partes, tem
sido utilizado como verdadeira arma para pessoas de má fé, que, mesmo sabendo da
impossibilidade material ou objectiva de obtenção de um veredicto favorável, usam do
processo judicial para castigar a outra parte somente pela demora que, de regra, torna
inútil a decisão judicial quando esta é proferida no final de um processo que leve muito
mais tempo do que o normal. Um exemplo claro desta utilização de má fé do processo
judicial ocorre nos conflitos de terras onde pessoas com títulos fundiários emitidos pelo
Estado são obrigadas a conviver com ocupações ilegais de parcelas de terrenos por
terceiros que conhecendo a inércia das municipalidades na aplicação da lei sobre
embargos extrajudiciais, tudo fazem para que a parte lesada instaure uma acção judicial
contra si (ocupante ilegal), por saber que o processo em Tribunal poderá não andar,
mantendo-se a situação incómoda para o cidadão cujo direito é violado.
Os efeitos nefastos da morosidade processual estão à vista e, no caso de Angola, tem sido
causa idónea para o agudizar da situação de pobreza de muitos cidadãos, principalmente
viúvas, que não têm acesso aos subsídios da segurança social durante o período em que se
aguarda pela decisão judicial do reconhecimento da união de facto por morte de um
contribuinte do sistema da protecção social obrigatória, ou menores, que ficam privados
de alimentos por conta da espera pela decisão judicial de consignação de rendimento do
progenitor faltoso. (Pereira, 2022)
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7. DEFESA PÚBLICA
Vigora em alguns países, como é o caso de Moçambique. Em 1994, foi criado o Instituto
do Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ), que visa garantir o acesso à justiça pelos
cidadãos economicamente desfavorecidos e que tem como atribuições coordenar o
exercício do patrocínio judiciário e de assistência jurídica pelos seus membros, coordenar
o serviço cívico a realizar pelos advogados estagiários e participar no estudos e divulgação
das leis. O IPAJ integra técnicos superiores em assistência jurídica ( licenciados em direito
que tenham sido aprovados em concursos realizados pelo IPAJ) e técnicos de assistência
jurídica, habilitados com cursos e formação reconhecidos pelo Ministério da Justiça.
Com a revisão dos Estatutos da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), em 2009,
a intervenção do IPAJ na regência dos estágio de advogados aprofunda-se, dispensando-se
do estágio os licenciados em Direito que prestem assistência jurídica pelo período de 16
meses no IPAJ, uma vez que o patrocínio jurídico e judiciário é uma actividade cometida
àquelas duas instituições (IPAJ e OAM). Findo o período de 16 meses, os estagiários que
tiverem prestado assistência jurídica no IPAJ recebem uma declaração para inscrição no
exame nacional de acesso à OAM. PR
Depois de melhor abordar sobre os modelos de acesso à justiça por via de defesa pública
fica claro para nós que a defesa pública, não está só a cargo do Estado como também dos
advogados que enquanto instituição essencial à Administração da Justiça, a luz do
art.195º da CRA compete a eles a assistência jurídica , o acesso ao direito e o patrocínio
forense em todos os graus de jurisdição.
Segundo a lei nº 8/17 de 13 de Março, concretamente no art19º que tem como epígrafe “
Assistência judiciária"
Só podem prestar serviços de assistência judiciária os Advogados inscritos na Ordem dos
Advogados de Angola, cuja remuneração é regulamentada em diploma próprio. (Araújo,
2018)
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CONCLUSÃO
.
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REFERÊNCIAS
Luamba, M. (23 de Janeiro de 2018). Angola acesso a justiça não é para todos. Fonte:
DW Made for minds:
https://www.dw.com/pt-002/angola-acesso-%C3%A0-justi%C3%A7a-n%C3%A3
o-%C3%A9-para-todos/a-42257018
Ordem dos Advogados de Angola. (13 de Março de 2017). Lei da Advocacia. Fonte:
ORDEM DOS ADVOGADOS DE ANGOLA:
http://www.oaang.org/content/lei-advocacia-1
Pereira, A. d. (Abril de 2022). Acesso aos tribunais e a tutela jurisdicional efectiva. Fonte:
office.com:
https://onedrive.live.com/edit.aspx?resid=3165816AA108FCD0!328&ithint=file%
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wdPreviousSessionSrc=HarmonyWeb&wdPreviousSession=409ea809-243c-4f84-
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Tribunal de contas. (2014). Lei orgânica e do processo do tribunal de contas (2º ed.).
whereangola book publisher.
Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. (2015). ‘’Lei da organização dos Tribunais
nº2/15’’. Diário da República 1º série, 17 (Fevereiro).
Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. (2022). ‘’Lei orgânica dos Tribunais da
Relação nº2/22 ’’. Diário da República 1º série, 48 (Março).
Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. (2022). ‘’Lei orgânica sobre a organização
e funcionamento da jurisdição comum nº29/22 ’’. Diário da República 1º série, (Agosto).
Jornal de Angola. (2019, January 26). Notícias - A morosidade processual como vitória da
injustiça. Jornal de Angola.
https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/a-morosidade-processual-como-vitoria-da-injus
tica/