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Sensores de corrosão para monitoramento de pontes e viadutos de concreto


armado. Primeira etapa – Testes em solução aquosa.

Article  in  Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada · August 2017


DOI: 10.25286/repa.v2i3.689

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3 authors:

Analiet Calvo Valdés Marcelo Henrique Farias de Medeiros


Universidade Federal do Paraná Universidade Federal do Paraná
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Polyana de Jesus Roque


Universidade Federal do Paraná
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DURABILITY OF REINFORCED CONCRETE FRONT TO THE ATTACK BY BIOGENIC SULFURIC ACID View project

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Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) Vol.2 No.3.
_____________________________________________________________________________

Sensores de corrosão para monitoramento de


pontes e viadutos de concreto armado.
Primeira etapa – Testes em solução aquosa.

Analiet Calvo Valdés 1


orcid.org/0000-0001-8717-3358

Polyana de Jesus Roque 1


orcid.org/0000-0001-7601-3228

Marcelo Henrique Farias Medeiros 1


orcid.org/0000-0003-3112-9715
1
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil..

E-mail do autor principal: Analiet Calvo Valdés, analietcv@yahoo.es

Resumo
__________________________________________________________________
A utilização de sensores embebidos no concreto para monitorar a durabilidade das estruturas
é uma tendência atual. Uns dos dispositivos mais simples achados no mercado são os sensores
galvânicos; formados por dois metais dissimilares. Esses sensores de corrosão se baseiam na
identificação prematura da variação da corrente galvânica de modo que a evitar degradações
que levem ao colapso limitando o período de vida útil do parque de obras de arte da
infraestrutura pública. O objetivo do trabalho foi confeccionar um sensor galvânico de múltiplos
elétrodos nos laboratórios da UFPR inspirado num equipamento existente no mercado
estrangeiro e avaliar o desempenho do mesmo em uma solução saturada de Ca(OH)2 com e
sem adição de NaCl (3,5% em massa). Em ambas as condições de exposição foi medida a
corrente galvânica e a diferença de potencial no sensor. A corrente ficou da ordem de micros
amperes mesmo após a adição de cloreto à solução aquosa. Entretanto, os valores de potencial
dos pares se tornaram positivos e com tendência a aumentar. Esperava-se que o sensor se
comportasse como um semi-eletrodo de referência, porém, cada par mostrou um
comportamento diferenciado com variação maior do que 1mV/min entre leituras.

Palavras-chave: Sensor; Corrente galvânica; Diferença de potencial.

Abstract
__________________________________________________________________
The use of sensors embedded in concrete to monitor the durability of structures is a current
trend. Some of the simplest devices on the market are galvanic sensors; Formed by two
dissimilar metals. These corrosion sensors are based on the premature identification of
galvanic current variation so as to avoid degradations leading to collapse by limiting the lifetime
of the works of art of the public infrastructure. The objective of this work was to prepare a
multi-electrode electrode in the laboratories of UFPR inspired by an equipment in the foreign
market and to evaluate its performance in a saturated solution of Ca (OH) 2 with and without
addition of NaCl (3.5% in large scale). In both conditions of exposure, the galvanic current
and the potential difference in the sensor were measured. The current was of the order of
micro-amps even after addition of chloride to the aqueous solution. However, the potential
values of the pairs became positive and tended to increase. The sensor was expected to behave
as a reference semi-electrode, however, each pair showed a different behavior with variation
greater than 1mV / min between readings.

Key-words: Sensor; Galvanic current; Potential difference.

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Sensores de corrosão para monitoramento de pontes e viadutos de concreto
armado. Primeira etapa – Testes em solução aquosa.
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1 Introdução medem parâmetros relevantes para a
durabilidade das armaduras,
A preservação das obras de arte da designadamente: potencial de corrosão;
infraestrutura pública (OAEs) pode ser resistividade do concreto; corrente
gerida de maneira mais sustentável e galvânica e resistência à polarização [2].
inteligente através do acolhimento das
Esses sensores para o monitoramento do
inovações, resultados de pesquisas e
risco de corrosão em estruturas novas, são
monitoramento do estado estrutural das
posicionados sobre as armaduras antes da
OAEs [1]. As ações executadas nas OAEs
concretagem e em estruturas existentes
para prevenir, eliminar ou diminuir a
são introduzidos em furos realizados ao
deterioração da estrutura como um todo ou
longo da espessura do concreto de
de algum elemento estrutural nela, devem
cobrimento da armadura. Ao longo do
estar enfocadas na eliminação da
tempo, os sensores além de servirem para
necessidade de grandes investimentos em
monitorar o risco de corrosão, podem ser
obras de reconstrução ou reposição,
usados para medir a taxa de corrosão do
quando as OAEs ainda estão em boas
aço, avaliando a eficiência e durabilidade
condições estruturais e de funcionalidade,
de reparos.
antes da aparição de danos sérios.
Os sensores podem ser de leitura manual
Nesse contexto, o monitoramento do
ou automática. No primeiro caso, as
estado estrutural das OAEs tem vindo a
leituras são feitas em campo, diretamente
suscitar o interesse crescente de
nos sensores cujos terminais são
projetistas e responsáveis pela gestão do
conectados a um painel individual ou a um
parque de obras de arte especiais. Os
painel central. No segundo caso, as leituras
requisitos para esta atividade de
são feitas por meio de sistema eletrônico
manutenção têm aumentado nas últimas
(software e hardware), podendo os dados
décadas, chegando a incluir questões
ser disponibilizados por sistema de
associadas com a durabilidade dos
transmissão remota, o que permite o
materiais e das estruturas [2].
monitoramento da estrutura em tempo real
Um sistema de monitoramento contínuo [4]. Isto é uma vantagem com relação às
baseado em simples de controles técnicas eletroquímicas usadas em
periódicos visuais pode detectar laboratório.
deteriorações apenas em estágios bastante
A maioria dos sensores disponíveis no
avançados, quando as fissuras, manchas
mercado internacional para avaliação do
de corrosão, desplacamentos de
risco da corrosão em estruturas de
cobrimentos e deformações excessivas das
concreto fundamenta-se no
estruturas já estão presentes nos
monitoramento da variação da corrente
elementos estruturais [3]. Entretanto um
galvânica [5] em uma macrocélula
sistema de monitoramento que integre
formada por dois metais com potenciais
inspeções visuais, investigação detalhada e
diferentes, colocados em contato através
sensores permite detectar de forma
de um eletrólito, por exemplo o concreto [6]
precoce o risco de corrosão nas armaduras
o que forma uma célula galvânica.
entre outras patologias. Desta forma as
ações de manutenção ou sistemas de Os componentes de uma célula galvânica,
proteção podem ser programadas de modo pilha ou bateria são: (i) os compartimentos:
a se gastar menos recursos evitando as duas metades da célula; (ii) os eletrodos:
intervenções mais complexas e caras. Além superfícies onde ocorrem as reações; (iii)
de admitir a previsão do desempenho as semi-pilhas: cada eletrodo e o meio
futuro da estrutura e tomar decisões onde está imerso; (iv) o circuito externo:
quanto ao tempo ideal para fazer uma circuito elétrico que conecta os eletrodos e
intervenção. permite o escoamento de elétrons através
do circuito [7]. Na prática, para a avaliação
Para o monitoramento da corrosão em
do risco de corrosão nas estruturas de
pontes, por exemplo, são necessários
concreto, os sensores galvânicos consistem
sensores embebidos no concreto que
de um conjunto de barras de aço carbono,

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eletricamente isoladas. Com o elétricas foi utilizado cabo de cobre isolado


embutimento do sensor no concreto, essas com filme de PVC soldado aos metais
barras ficam posicionadas em diferentes envolvidos com seção transversal de 2,5
profundidades, sempre menores do que a mm2. As barras de aço carbono foram
da armadura. Esse conjunto de barras do fixadas na placa de cobre com resina para
sensor é também denominado de ânodo. solda a frio. Todos os metais foram polidos
Na proximidade do ânodo, é embutida a com escova com fios de aço. Em seguida,
mencionada barra de metal mais nobre, foram enxaguados com água destilada,
denominada de cátodo [5]. imersos em álcool e secos ao ar. A Figura 1
mostra um esquema do sensor.
Esse método de monitoramento utiliza
um amperímetro de resistência zero,
conhecido também, como técnica Zero-
Resistance Ammeter (ZRA) [8] para o
monitoramento da corrente galvânica. Em
concreto íntegro, essa corrente é
desprezível, ou seja, muito baixa. Isso
porque as barras de aço-carbono estão em
estado passivo, portanto, apresentam uma
diferença de potencial pequena e estável
em relação ao cátodo também passivo. O
mesmo não ocorre quando um processo
corrosivo é estabelecido nas barras. Nesse
caso, a corrente galvânica apresenta um
valor significativo em decorrência da
variação do potencial do ânodo, que
assume valores mais negativos em relação
ao obtidos inicialmente, em seu estado
passivo [5; 8]. Figura 1: Sensor galvânico confeccionado nos
laboratórios da UFPR. Fonte: Autores.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o
desempenho de um sensor galvânico 2.1 Potencial do par (EPAR)
confeccionado nos laboratórios da
A polarização pode ser definida como o
Universidade Federal do Paraná (UFPR),
deslocamento de um potencial do seu valor
com com materiais brasileiros e inspirado
de equilíbrio como resultado de um
no Sensor de múltiplos elétrodos determinado processo. Com a formação do
(CorroWatch Multisensor), da empresa par galvânico o eletrodo que recebe
Force Technology. A estabilidade elétrons (cátodo) passa a sofrer uma
eletroquímica deste sensor foi testada em polarização catódica. Já o eletrodo que doa
ambientes de concreto representativos, a elétrons (ânodo) é polarizado
anodicamente. A polarização devido à
saber, solução saturada de hidróxido de
formação de um par galvânico depende da
cálcio com e sem adição de NaCl (3,5% em diferença do potencial de equilíbrio
massa) simulando contaminação por irreversível entre os dois eletrodos. Assim
cloretos presentes na água do mar. quanto mais nobre for um potencial em
relação ao outro, isto é quanto maior seja
2 Configuração do sensor a resistência de corrosão entre eles, mais
intensa tende a ser a polarização [9]. Por
A macro célula galvânica considerada tanto, é mais ativa quanto maior for esta
neste estudo é formada por cobre e aço diferença de potencial [10].
carbono dispostos num formato
semelhante ao sensor galvânico Com base no explicado, o potencial do
par (EPAR) se determina a partir da
CorroWhatch da Force Technology. Foram
diferença entre o potencial positivo
usadas barras de aço-carbono de 60 mm de correspondente ao cátodo e o potencial
comprimento e diâmetro 8-10 mm (ânodo) negativo correspondente ao ânodo
a diferentes alturas e instalados sobre uma conforme a Equação (1).
placa de cobre (cátodo) de 50 por 50 mm e
3-4 mm de espessura. Nas conexões 𝐸 é = 𝐸 á − 𝐸â (1)

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Onde Ecátodo é o potencial de polarização sensor galvânico deve ser capaz de manter
do cátodo e Eânodo é o potencial de estável esse potencial durante um intervalo
polarização do ânodo. Sendo que se E°célula de tempo finito considerado como o período
> 0, então o processo é espontâneo (célula de vida útil do par. A estabilidade ao longo
galvânica) e se E°célula < 0, então o do tempo do potencial do sensor é
processo é não espontâneo (célula influenciada, entre outros fatores, pelas
eletrolítica) [11] densidades de corrente anódica e catódicas.

O potencial de polarização de um eletrodo Entretanto, as correntes anódicas e


ou metal não pode ser obtido catódicas estarão em função da área do
empiricamente e não é possível determinar ânodo e da área de cátodo
o valor de potencial de cada eletrodo que respectivamente. Por exemplo, para a
forma o par a partir do potencial da célula mesma densidade de corrente um ânodo de
galvânica já que até mesmo o potencial do 1 cm2 vai produzir menos corrente total que
par (EPAR) deve ser obtido empiricamente. um ânodo de 10 cm2. O efeito da área no
Sendo Eeq o potencial de equilíbrio potencial do par segue a tendência da
irreversível do eletrodo e η o sobrepotencial, teoria de mistura de potenciais; a qual
o qual pode ser anódico ou catódico expõe que um cátodo de grande área pode
segundo o tipo de polarização, define-se conduzir o potencial do par para valores
teoricamente o potencial de polarização mais nobres. De maneira semelhante, um
como E = Eeq ± η. O potencial de equilíbrio ânodo com uma área grande tende a puxar
irreversível do eletrodo (Eeq) é atingido o potencial do par na direção ativa. Sem
quando as velocidades das reações de embargo, teoricamente o ânodo e o cátodo
oxidação e redução são iguais, isto é, a podem ser feitos de qualquer tamanho já
densidade de corrente total (i) se torna que a relação de área entre o ânodo e o
densidade de corrente de corrosão (i = icorr cátodo é a maior responsável por manter
= ia = │-ic│) [9]. Para determiná-lo usa-se um potencial estável do que a área dos
um eletrodo de referência. Os potenciais do eletrodos propriamente dito [11].
eletrodo obtidos dessa forma são
convencionalmente definidos como Desta forma o período durante o qual o
potenciais de redução ou potencial de potencial do par se mantém estável pode
eletrodo padrão e estão em função do meio ser otimizado mudando a relação de área
no qual o eletrodo se encontra imerso. entre o cátodo e o ânodo. Considerando
tudo o explicado anteriormente a respeito
Entretanto, para fins de desenho de um da influência da relação Ac/Aa no potencial
sensor galvânico um sobrepotencial do par EPAR, a área da placa de cobre que
anódico (ηa) se torna um objetivo atua como cátodo no sensor galvânico
fundamental já que para conseguir projetado no trabalho foi desenhada de
monitorar a corrosão é necessário que o maneira que fosse igual à somatória das
processo de oxidação predomine sobre o áreas dos ânodos que compõem a macro-
processo de redução e a reação entre os célula galvânica. Isto ficou evidenciado na
metais no sensor seja ativa, ou seja, que Tabela 1.
predomine a polarização anôdica (𝑖 = 𝑖 +
(−|𝑖 |) > 0)[9]. Tabela 1: Relação entre as áreas.

Relação Ac/Aa 0,97


2.2 Influência da área dos Ae 2500 mm2

eletrodos na estabilidade de Af 942 mm2


Ac 1558 mm2
carga no sensor Aa 1607,68 mm2
Ae: Área exposta da placa
Af: Área dos furos na placa
A diferença entre o potencial de
Ac = (Ae- Af): Área efetiva do cátodo
polarização do ânodo e o potencial de Aa: Área efetiva do ânodo
polarização do cátodo será o potencial de Fonte: Autores
referência do sensor galvânico se as
condições do meio no qual está inserido o 3 Programa experimental
sensor não mudam (EPAR). Teoricamente o

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Durante a primeira etapa do ao longo do tempo e o tipo de reação que


experimento se analisou o desempenho de indicava (galvânica ou eletrolítica).
dois sensores com a mesma configuração Considerou-se estável ao longo do tempo o
(Figura 1): Sensor A e Sensor B. No artigo potencial de um par quando a diferença de
são mostrados os resultados obtidos com potencial do par entre as leituras não fosse
esse último. O sensor foi submetido a duas maior do que 1mV/min.
condições de exposição diferentes: -
embebido em uma solução de Ca(OH)2 3.2 Teste de corrente galvânica
simulando a solução intercapilar do
concreto em condições normais e com A técnica Amperímetro de resistência
adição de 3,5% de NaCl em massa a nula (ZRA) do software EC-Lab é uma
temperatura ambiente para representar aplicação para a medição de corrente
um meio contaminado com íons cloretos -. galvânica em um par formado por metais
Foram realizadas medidas de Diferença de diferentes. Para a medição usou-se um
potencial (EPAR) entre os metais envolvidos potenciostato SP-200. A técnica é usada
e a Corrente galvânica (Igal). O peso inicial também para desempenhar alguns tipos de
do sensor era 207,61 g antes de submergi- medições de ruído eletroquímico. Consiste
lo na solução saturada de Ca(OH)2. O pH da em estabilizar a voltagem entre o eletrodo
solução e a temperatura ambiente foram de trabalho (WE) e o contra eletrodo (CE)
mensurados antes de cada leitura com um e medir a corrente e o potencial (Ewe)
Medidor de pH LUCA (210) com 90 a 100% versus o eletrodo de referência (REF) [12].
de confiabilidade após calibração. Teoricamente, um aumento da corrente
galvânica, acompanhado por uma
O experimento compreendeu cinco diminuição do potencial de circuito aberto,
conjuntos de leituras para cada um dos indica claramente que um nível crítico de
parâmetros considerados. Cada conjunto íons cloreto foi atingido ou que a frente de
de leituras incluiu três testes em média, carbonatação alcançou as barras do ânodo
com exceção do quarto conjunto que só do sensor [5; 6]. Entretanto, o valor da
envolveu dois e do terceiro que teve quatro corrente galvânica é função dos metais
leituras, uma delas de referência. A partir envolvidos no par galvânico. Por tanto, não
do terceiro conjunto à solução de hidróxido há uma faixa fixa de valores de corrente
de cálcio Ca(OH)2 foi adicionado o cloreto galvânica que caracterizam o estado ativo
de sódio (NaCl). das barras de aço-carbono do ânodo. Isso
porque existe uma variedade de
3.1 Teste do potencial do par interferências na corrente circundante,
galvânico como a área dos elétrodos, a qualidade do
concreto e o teor de íons cloreto no
Com o intuito de determinar o potencial material [13]. Assim sendo, não foi o valor
dos pares do sensor imerso na solução absoluto da corrente o que foi considerado,
saturada de hidróxido de cálcio com e sem mas sim a variação de seus valores ao
contaminação de cloreto de sódio, foi lida a longo do tempo.
diferença de potencial dos sensores
durante 40 minutos no mínimo em cada 4 Resultados e discussão
leitura. Para isso, usou-se um adquiridor de
dados LabVIEW 8.5. Cada um dos quatro 4.1 Teste do potencial do par
pares (ânodo-cátodo) dos sensores
A Figura 2 resume o comportamento do
projetados gerou uma leitura individual. O
potencial dos pares do Sensor B durante os
software associado ao equipamento
124 dias que esteve imerso na solução. O
registra a diferença de potencial por canal
gráfico está composto pelos valores médios
em [V/s]. No processamento dos dados
obtidos nas leituras que compõem os cinco
fez-se a conversão das leituras de [V] para
conjuntos desenvolvidos. Os valores
[mV] e determinou-se a leitura média em
representados no gráfico são resultado da
[mV/min.] para cada um dos pares. Em
combinação dos potenciais do cobre e do
seguida foi analisado se a leitura de
aço carbono (EPAR). A partir dos valores
diferença de potencial se mantém estável

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Sensores de corrosão para monitoramento de pontes e viadutos de concreto
armado. Primeira etapa – Testes em solução aquosa.
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obtidos nos pares é possível determinar um aumentando drasticamente os valores de
valor médio geral para o sensor como um potencial dos pares.
todo em cada leitura. Teoricamente, essa
O quarto e quinto conjuntos mostram a
diferença de potencial média pode ser
evolução do potencial do par (EPAR) ao
considerada como o potencial de referência
longo do tempo após a adição de NaCl à
do sensor galvânico. Também
solução de hidróxido de cálcio Ca(OH)2. O
teoricamente, o sensor galvânico deve ser
objetivo desta parte do monitoramento foi
capaz de manter ou voltar ao valor médio
entender como os valores de EPAR evoluem
no transcurso do tempo de forma tal que
ao longo de tempo de exposição na
possa ser usado como um potencial de
condição de exposição ao ataque de
referência confiável se as condições do
cloretos. Os valores de potencial dos pares
meio no qual está o sensor não mudam.
aumentaram consideravelmente no quarto
Porém, já que as leituras individuais dos
conjunto e mostraram maior estabilidade
pares apresentaram variação significativa
durante as leituras. No tempo equivalente
optou-se por não determinar um valor de
ao quinto conjunto de leituras, os valores
potencial para o sensor como um todo e
de diferença de potencial ficaram acima dos
sim considerar cada par de forma individual.
200 mV/min.
Na Figura 2 observa-se que o par 1 é o
Esse acréscimo nos valores de EPAR se
único cuja diferença de potencial foi
tornando positivos significa que a macro-
negativa durante o primeiro conjunto. O
célula galvânica é mais reativa de forma tal
par 2 manteve o maior potencial
que o processo de corrosão é espontâneo
comparando os quatro pares; apresentou
na presença de íons agressivos permitindo
valores acima de 250 mV/min. Os pares 3
identificá-los rapidamente. Pode-se afirmar
e 4 apresentaram maior estabilidade que
que a experiência com o Sensor B de tentar
os primeiros variando de 10 a 35 mV/min.
detectar a corrosão por cloretos foi positiva,
No segundo conjunto a diferença de
sendo um indicativo da viabilidade de
potencial dos pares 2, 3 e 4 continuou
emprego do sensor de corrosão para
positiva e o potencial do par 1 virou
estruturas de concreto armado.
positivo após a Leitura 1. Neste caso, os
pares apresentaram maior estabilidade
4.2 Teste de corrente galvânica
durante as três leituras.
A diferença entre o potencial positivo
Como explicado, durante os dois
correspondente ao cátodo e o potencial
primeiros conjuntos de leitura o potencial
negativo correspondente ao ânodo gera
do sensor, em média, foi positivo (reação
uma corrente elétrica entre os eletrodos da
galvânica) o que indica o predomínio de
ordem de micros amperes em estado
uma polarização anódica no par. Para fins
estacionário. Quando o teor de íons cloreto
de projeto de um sensor galvânico, a
atinge um nível crítico ou a frente de
polarização anódica do sistema se torna um
carbonatação alcança as barras do ânodo
objetivo fundamental já que para conseguir
do sensor, a eletricidade entre os eletrodos
monitorar a corrosão é necessário que a
aumenta [6]. A Figura 3 resume o
reação entre os metais no sensor seja ativa.
comportamento da corrente galvânica do
O terceiro conjunto de leituras refere-se Sensor B ao longo dos cinco conjuntos de
ao momento em que foi adicionado 3,5% leituras espaçados no tempo. O gráfico está
em massa de NaCl na solução aquosa composto pelos valores médios obtidos em
saturada de Ca(OH)2. A leitura de cada leitura. No primeiro conjunto a
referência (Leitura REF) foi feita 20 minutos corrente galvânica no Sensor B foi negativa
antes de adicionar o NaCl à solução durante as leituras 1 e 3. Destaca-se a
saturada de Ca(OH)2, nesse momento o leitura 2 porque durante a mesma a
sensor tinha imerso na solução 61 dias. corrente gerada nos pares 1 e 2 foi positiva.
Note-se que a adição de NaCl provocou No segundo conjunto se destaca a leitura 1.
uma mudança no potencial dos pares,

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POTENCIAL DOS PARES AO LONGO DO TEMPO DE IMERSÃO

10 CONJ. 20 CONJ. 30 CONJ. 40 CONJ. 50 CONJ.


800

SEM Cl-
E par [mV/min.]

600

400

200

0
COM Cl- COM Cl- COM Cl-
-200
7 8 9 48 48 50 61 61 62 63 96 103 122 123 124
Tempo de imersão [dias]

Par 1 Par 2 Par 3 Par 4

Figura 2: Comportamento do potencial dos pares do Sensor B ao longo do tempo.

CORRENTE GALVÂNICA NO SENSOR B


0 1 13 48 49 50 61 62 63 96 103 122 123 124
6,0E-06
4,0E-06
I gal [µA/cm2]

2,0E-06
0,0E+00
-2,0E-06
-4,0E-06
-6,0E-06
-8,0E-06 SEM Cl-
COM Cl- COM Cl- COM Cl-
-1,0E-05
10 CONJ. 20 CONJ. 30 CONJ. 40 CONJ. 50 CONJ.
Tempo de exposição à solução [dias]
Par 1 Par 2 Par 3 Par 4

Figura 3: Comportamento da corrente galvânica no Sensor B ao longo do tempo.

Durante esse a corrente gerada em todos conjunto de leituras do EPAR como indica a
os pares foi positiva. Porém, todas as Figuras 2.
leituras passaram a ser negativa nas
No terceiro conjunto, excetuando a
leituras 2 e 3. Este comportamento de
leitura de corrente gerada no par ch00, as
alternância de Igal entre valores positivos e
demais leituras foram negativas mesmo
negativos indica uma instabilidade do
após a adição de cloreto na solução aquosa
sistema que pode ser causada pelo
saturada de hidróxido de cálcio. É provável
processo de formação da película
que este comportamento seja resultado do
passivadora, que segundo Helene (1993)
valor alto de pH da solução, o qual ficou
[14] é característico do aço imerso em
acima de 12 ainda durante o terceiro
meio de pH acima de 12. Esses resultados
conjunto de leituras, como indica a Figura
de corrente galvânica positivos estão em
4.
concordância com os resultados do
potencial do par (EPAR), que se mostraram Valores negativos de corrente galvânica
positivos indicando uma reação ativa nos indicam que o metal ativo está atuando
pares deste Sensor B já no segundo como um cátodo, enquanto o metal mais

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Sensores de corrosão para monitoramento de pontes e viadutos de concreto
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nobre está agindo como ânodo devido ao pode ter determinado esse comportamento
estado passivo do metal que deveria estar é o baixo teor de oxigênio disponível já que
sofrendo oxidação, condição na qual o o Sensor B durante todo o experimento
potencial do metal ativo é superior ao do ficou totalmente submerso na solução.
metal mais nobre [15]. Nessas condições Segundo Huafu et al. (2015) [16], a pouca
a intensidade da polarização anódica no par disponibilidade de oxigênio pode reduzir a
é baixa, motivo pelo qual a corrente corrente galvânica a zero. Pereira et al.
galvânica permanece pequena. (2009) [17] expõem outro fator plausível:
a formação dos óxidos na superfície do
No quarto conjunto de leituras, o valor de
eletrodo de trabalho, pode diminuir o valor
pH da solução de hidróxido de cálcio é
da Igal com o tempo, por agir como uma
menor do que 11.5 conforme a Figura 4,
camada que dificulta o progresso da
contudo as leituras de corrente galvânica
corrosão.
ficaram negativas. Um dos fatores que

Ph
13 10 CONJ. 20 CONJ. 30 CONJ. 40 CONJ. 50 CONJ.
pH da solução de

12
11
Ca(OH)2

10
9
8
7 SEM Cl- COM Cl- COM Cl- COM Cl-
6
5
0 1 13 48 49 50 61 62 63 96 103 122 123 124
Ph 12,7 12,6 12,6 12,4 12,9 12,4 12,2 12 12 8,45 8,31 8,31 8,31 8,31

Figura 4: pH da solução saturada de hidróxido de cálcio ao longo do tempo.

Segundo Park et al. (2003) [18], o fato comportamento da corrente e sua


da corrente galvânica diminuir ao longo do correlação com a perda de área.
tempo, após a quebra da capa de
No quinto conjunto os valores de
passivação do aço, está intimamente
corrente galvânica de todos os pares se
relacionado com o acúmulo de cristais de
mostram positivos na leitura 1. O valor de
Ca(OH)2 na superfície do aço. Os cristais de
corrente lido no par 1 foi positivo durante
Ca(OH)2 podem restringir uma queda de pH
as três leituras do conjunto. Na leitura 2 o
na superfície de aço. Os cristais
par 3 mostra um valor positivo e na leitura
proporcionam assim proteção contra a
3 o par 4. De modo geral, isso significa que
corrosão do aço.
as leituras de Igal começam a identificar a
Tanto Park et al. (2003) [18] como atividade de corrosão no sensor, que
Pereira et al. (2009) [17] fazem menção iniciou no ato de introdução da
a processos ou fatores que diminuem a contaminação do NaCl na solução em que o
área do metal. Os dados de massa sensor está imerso. Comparando estes
registrados no terceiro e quarto conjunto dados de corrente galvânica com os de
confirmam a perda de área neste caso, a Potencial do par (EPAR), pode-se afirmar
saber 1,49% e 1,56% na Leitura 1 e 2 do que Igal apresenta uma maior inércia para a
terceiro conjunto, respectivamente, e identificação da atividade de corrosão
1,66% no quarto conjunto. causada pela contaminação do meio com
íons cloretos.
Geralmente, se a área de metal for
diminuída, as curvas para ambas as 5 Conclusões
reações associadas (dissolução anódica e
redução catódica em metal) se movem Esperava-se que o sensor se
para valores inferiores de corrente comportasse como um semi-eletrodo de
proporcionais à diminuição da área [18]. referência capaz de manter ou voltar a um
Sendo assim, serão necessárias outras valor médio de potencial no transcurso do
leituras para comprovar esse tempo. Porém, cada par mostrou um

73
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) Vol.2 No.3.
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comportamento diferenciado. A variação no Referências


valor de potencial dos pares resultou ser
maior do que 1mV/min entre leituras [1] HOOKS, J. M.; VARMA, S.;
demostrando, portanto, um PROCTOR, G. D. Proceedings of the
comportamento instável. Desse modo, National Bridge Management.
deve-se analisar o potencial de cada um Inspection and Preservation
dos quatro pares do sensor de forma Conference. 01-02 November del
individual e monitorar a sua alteração. 2011. St. Louis, Mo. Report. U.S.
Department of Transportation.
Mas de forma geral, é possível observar Federal Highway Administration
um comportamento padrão. No começo do (FHWA).
monitoramento o potencial dos pares foi
[2] SANTOS, L. O. Monitoramento e
negativo (reação eletrolítica). A
ensaio de pontes. In: Congresso
contaminação com NaCl da solução aquosa
Brasileiro de Pontes e Estruturas.
saturada com Ca(OH)2 teve um efeito
21,22 e 23 de Maio / 2014. Rio de
imediato no potencial de todos os pares
Janeiro. Anais. p 1-14. 21-23.
fazendo com que os valores de potencial
dos pares se tornassem positivos (reação [3] ALMEIDA, P. A. O.; NETO, G. N. A.;
galvânica) e com tendência a aumentar ao FIGUEIREDO, E. P. Monitoração de
longo do tempo. estruturas de concreto do livro
Concreto: Ciência e tecnologia. In:
A corrente galvânica também aumentou
Concreto: Ciência e Tecnologia.
quando após ter introduzido cloretos na
v II. 2011. cap 35. p 1232-1281.
solução aquosa saturada de hidróxido de
cálcio, porém, com uma inercia maior do [4] BÄSSLER, R.; PORTELLA, P.D.;
que o potencial do par (EPAR) já que as PANOSSIAN, Z.; ARAUJO, A.
leituras de corrente galvânica continuaram Monitoramento da corrosão em
sendo muito baixas. O teste do potencial do estruturas de concreto: sensor
par resultou ser mais sensível à galvânico. Revista Téchne
contaminação com cloretos do que o teste (PINI). Edição 194. p 1-3. Maio /
de corrente galvânica. 2013
[5] ARAÚJO, ADRIANA D.;
Portanto, se faz necessário continuar PANOSSIAN, ZEHBOUR;
monitorando os sensores embebidos na PORTELLA, PEDRO D.; BÄSSLER,
solução de hidróxido de cálcio contaminada RALPH. Monitoramento da corrosão
com 3,5% de NaCl, em massa, com o em estruturas de concreto: sensor
intuito de compreender o comportamento galvânico. Revista Téchne
da corrente galvânica. A principal limitação (PINI). Edição 194. Maio / 2013
do trabalho resultou ser a avaliação dos [6] ANDRADE, CARMEN; FÉLIX,
resultados produto dos inúmeros fatores CARLOS; FIGUEIRAS, HELENA;
que influenciam as grandezas mensuradas. COUTINHO, JOANA SOUSA.
Desempenho do kit-sensor de
6 Agradecimentos
corrosão na monitorização da
Os autores agradecem ao Laboratório de durabilidade de estruturas de
Materiais e Estruturas da Universidade betão. In: BE2008 – Encontro
Federal do Paraná (LAME-DCC-UFPR), ao Nacional Betão Estrutural. 5,6,7
Programa de Pós-graduação em novembro / 2008. Guimarães.
Engenharia de Construção Civil (PPGECC- Anais. p 1-10.
UFPR), a Coordenação de Aperfeiçoamento [7] ANGST, U. AND BUCHLER, M. On
de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e the applicability of the Stern–Geary
Conselho Nacional de Desenvolvimento relationship to determine
Científico e Tecnológico (CNPq). Também instantaneous corrosion rates in
agradecemos ao técnico de laboratório macro‐cell corrosion. Materials
Ricardo Volert pela viabilização da and Corrosion, 66, No. 10. 2015.
instrumentação que foi necessária para a [8] LACERDA, M. D. MARIANNA;
pesquisa. MÜLLER RENATA. Uso de sensor de

74 http://dx.doi.org/10.25286/repa.v2i3.689
View publication stats

Sensores de corrosão para monitoramento de pontes e viadutos de concreto


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