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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIAS E TECNOLOGIA BAIANO


CAMPUS CATU – BA

Docente: Joana Paixão.


Disciplina: Gestão de Resíduos e Meio Ambiente.
Série: 3ºAno B – Alimentos.
Discentes: Jamile Marques Silva, Mateus Muniz, Nathália Santana e Stephane Loise
Nery Carvalho.

Estudo de caso – Látex Sintético


Respostas

1. As medidas tomadas pela empresa responsável pelo transporte do material foram


insuficientes para descontaminar a área e minimizar os impactos ambientais. O fato de o
resíduo ter sido acondicionado em um tanque com apenas uma abertura na parte superior
pode indicar uma falta de medidas de segurança adequadas para o manejo do material.
Além disso, a pré-caracterização do resíduo indica que ele é tóxico em caso de inalação
e solúvel em água, o que pode representar um risco para a saúde humana e para o meio
ambiente se não for devidamente tratado. No entanto, é possível observar que a empresa
tomou algumas medidas imediatas para minimizar os impactos ambientais, como acionar
um caminhão do tipo limpa-fossa para bombear o poluente do rio e acondicionar o resíduo
num tanque de 20.000 litros. Para reduzir os danos ao meio ambiente, seria importante adotar
algumas medidas adicionais. Por exemplo, é importante garantir que a substância química seja
armazenada de forma segura durante o transporte, para minimizar os riscos de acidentes. Além
disso, a empresa responsável pelo transporte deveria ter um plano de emergência para lidar com
esse tipo de situação de forma mais rápida e eficiente. Também seria importante avaliar os danos
causados ao meio ambiente e adotar medidas de mitigação e recuperação, como a remoção do
solo contaminado e a monitorização da área afetada para evitar possíveis impactos a longo prazo.
2. Não. Pois o armazenamento de resíduos perigosos deve ser feito em construções
fechadas e devidamente impermeabilizadas. É aceitável o armazenamento em montes
sobre o solo, em grandes quantidades, desde que devidamente autorizado pelo órgão de
controle ambiental, para que não ocorra a contaminação por inalação e para evitar a
contaminação do ambiente. O armazenamento de substâncias químicas deve seguir as
normas e legislações específicas para cada tipo de produto, de modo a garantir a segurança
dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e a prevenção de acidentes. Para o caso
do látex sintético, algumas orientações gerais de armazenamento incluem:

• O local de armazenamento deve ser limpo, seco, bem ventilado e exclusivo para
produtos químicos, isolado de outras áreas e não deve ser utilizado para outros
fins.
• Os recipientes devem ser armazenados em prateleiras ou paletes, mantidos
afastados do chão e protegidos contra quedas, choques, fogo, calor e umidade.
• Os recipientes devem estar devidamente identificados com as informações de
segurança, como nome do produto, riscos, precauções e data de validade.
• É recomendável que os recipientes sejam armazenados em temperaturas abaixo
de 25°C e longe de fontes de calor, como radiadores, motores ou equipamentos
elétricos.
• Deve-se evitar o contato direto com luz solar ou outras fontes de luz intensa, que
podem provocar alterações nas propriedades do produto.
• É importante que o local de armazenamento esteja sinalizado com avisos de perigo
e acesso restrito a pessoas não autorizadas.

FONTE: FISPQ. ([s.d.]). Airliquide.com. Recuperado 22 de abril de 2023, de https://br.airliquide.com/recursos/fispq

3. O método de amostragem mais adequado a ser realizado é a amostragem por camadas.


Esse método consiste em coletar amostras em diferentes profundidades do material, com
o objetivo de obter uma representação mais precisa da composição do resíduo. Dado que
o resíduo apresenta-se em duas fases, líquido-líquido e sólido-líquido, esse tipo de
amostragem permitirá a coleta de amostras em diferentes profundidades do tanque, o que
possibilitará uma avaliação mais completa da composição e das características do resíduo.
Considerando que o resíduo foi armazenado em um tanque de 20.000 litros com apenas
uma abertura na parte superior, a amostragem a ser realizada deve ser de amostragem
pontual, ou seja, retirar uma amostra do ponto específico no qual foi inserido o
amostrador.

Para a amostragem, é recomendado utilizar um amostrador do tipo "pistola de


amostragem" ou "bomba peristáltica", que são capazes de coletar uma amostra
representativa do conteúdo do tanque, sem contaminação externa e sem agitar a mistura.

O passo a passo da amostragem deve seguir as seguintes etapas:

1. Selecionar o ponto de amostragem no tanque que represente a composição do


resíduo.
2. Limpar o local em que será inserido o amostrador.
3. Com o auxílio do amostrador, coletar uma amostra de forma representativa do
conteúdo do tanque, sem agitar a mistura.
4. Transferir a amostra para um frasco devidamente identificado e limpo.
5. Armazenar a amostra em um local adequado, seguindo as orientações da empresa
de tratamento de resíduos.

4. Mais de um amostrador, pois o resíduo apresentou-se em duas fases: líquido-líquido e


sólido-líquido. As misturas líquidas podem variar em viscosidade, reatividade,
corrosividade, volatilidade, inflamabilidade etc. Os sólidos podem variar desde pós ou
grãos até grandes pedaços, além do fato de que os resíduos podem estar em recipientes
das mais variadas formas e tamanhos. Para escolher o amostrador, princípios de não
reatividade com o material coletado devem ser atendidos. Caso o amostrador não seja
descartável, o material deve permitir a descontaminação total do equipamento para uso
posteriormente. Para a amostragem de resíduos que apresentam duas fases, líquido-
líquido e sólido-líquido, é necessário utilizar amostradores específicos para cada fase. A
seguir, apresento algumas orientações gerais para a amostragem de cada fase:

Amostragem da fase líquido-líquido:

1. Selecionar um amostrador que seja capaz de coletar a camada superior (fase


líquida) sem contaminar a camada inferior (fase líquida).
2. Identificar o ponto de amostragem, que deve ser representativo da área afetada e
levar em conta a distribuição da substância no solo ou na água.
3. Coletar a amostra em um frasco limpo e seco, sem agitar ou misturar as fases. É
importante coletar uma amostra suficiente para as análises requeridas.
4. Armazenar a amostra em um local adequado, de acordo com as instruções da
empresa de tratamento de resíduos.

Amostragem da fase sólido-líquido:

1. Selecionar um amostrador que seja capaz de coletar uma amostra representativa


da mistura sólido-líquido.
2. Identificar o ponto de amostragem, que deve ser representativo da área afetada e
levar em conta a distribuição da substância no solo ou na água.
3. Coletar a amostra utilizando um amostrador que permita a coleta de uma amostra
homogênea, sem deixar que a amostra fique compactada ou com bolhas de ar. É
importante coletar uma amostra suficiente para as análises requeridas.
4. Armazenar a amostra em um local adequado, de acordo com as instruções da
empresa de tratamento de resíduos.

FONTE: ([S.d.]-b). Bing.com. Recuperado 22 de abril de 2023, de

https://www.bing.com/search?q=NBR+10005%3A2004+%28Resíduos+sólidos+-

+Amostragem%29+&qs=n&form=QBRE&sp=-

1&lq=0&pq=nbr+10005%3A2004+%28resíduos+sólidos+-+amostragem%29+&sc=1-

47&sk=&cvid=DF4AA16C3DAF4E10B0BE99097C7F67B9&ghsh=0&ghacc=0&ghpl=
5. Para a amostragem de resíduos do látex sintético descrito, os amostradores mais
adequados dependem da fase em que o resíduo se encontra. Para a fase líquido-líquido,
os amostradores mais indicados são os de imersão, como o balde de fundo inclinado ou o
amostrador de garrafa de Van Dorn, permitindo coletar amostras representativas em
diferentes profundidades do líquido, minimizando a possibilidade de erro devido a
heterogeneidade da fase líquida. Para a fase sólido-líquido, os amostradores mais
adequados são os de ponta cortante, como a sonda de amostragem de solos, possibilitando
a coleta de amostras em diferentes profundidades de solo ou sedimento, também podendo
ser usado o amostrador tipo pistola ou o amostrador tipo bailer, permitindo coletar
amostras em poços ou outros locais de difícil acesso. Em ambos os casos, é de suma
importância que os amostradores estejam limpos e secos antes da coleta, para evitar
contaminações cruzadas e erros de análise, devendo-se seguir as normas de segurança,
utilizando os EPIs adequados e evitando a exposição direta a substâncias tóxicas e
perigosas.

6. A coleta de amostras de resíduos químicos é uma atividade delicada e que requer


cuidados especiais para evitar riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores envolvidos
e da população em geral. Para coletar uma amostra representativa do resíduo de látex
sintético em duas fases (líquido-líquido e sólido-líquido), é recomendável seguir as
seguintes orientações:

• Definir os pontos de amostragem: identifique os pontos de amostragem do resíduo


com base nas características do material e no seu volume total, considerando sua
homogeneidade. Recomenda-se coletar amostras de diferentes pontos do tanque para
garantir que a amostra seja representativa do resíduo como um todo.
• Selecionar os amostradores adequados: escolha os amostradores adequados para cada
fase do material. Para o resíduo líquido-líquido, pode-se utilizar um amostrador tipo
"pescador" ou uma sonda que possa coletar a amostra sem agitar o material. Para o
resíduo sólido-líquido, pode-se utilizar um amostrador tipo "sonda" para coletar
amostras do líquido, ou uma pá ou concha para coletar amostras do sólido.
• Utilizar EPIs adequados: antes de coletar as amostras, é necessário utilizar os
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, como luvas de proteção,
óculos de proteção, avental e máscara de proteção respiratória, se necessário, para
evitar contato com a substância tóxica.
• Coletar as amostras: após preparar os amostradores e os recipientes adequados, retire
uma amostra do resíduo de cada ponto de amostragem definido. Certifique-se de que
o amostrador esteja limpo e seco antes da coleta, e retire a amostra de forma
cuidadosa, evitando a contaminação cruzada entre as amostras. Para o resíduo
líquido-líquido, colete a amostra de forma a evitar agitação do material.

FONTE: FISPQ. ([s.d.]). Airliquide.com. Recuperado 22 de abril de 2023, de

https://br.airliquide.com/recursos/fispq

7. Acondicionamento: deve ser armazenado em um tanque fechado com capacidade


suficiente para armazenar todo o volume, de forma a evitar a evaporação e a perda da
solução líquida, e evitar que o resíduo entre em contato com outros materiais. Para o caso
de resíduo líquido-líquido, evitar agitações e misturas para que não emulsifique os
componentes.

FONTE: (([S.d.]). Com.br. Recuperado 22 de abril de 2023, de https://supremoambiental.com.br/wp-

content/uploads/2018/07/nbr-n-10-004-abnt-2004-residos-

solidos.pdf#:~:text=NBR%20n.%2010004%20%28ABNT%2C%202004%29%20-

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%20e%20destina%C3%A7%C3%A3o%20adequados. )

8. Conhecer as características do resíduo a ser amostrado é fundamental para garantir a


representatividade da amostra e a precisão dos resultados obtidos nas análises. Algumas
das características mais importantes a serem conhecidas incluem:

• Fase: É importante saber se o resíduo está em fase líquida, sólida ou gasosa, ou se


apresenta mais de uma fase, para definir o tipo de amostragem e o amostrador
mais adequado.
• Homogeneidade: O resíduo pode apresentar diferentes concentrações e
características em pontos distintos. Conhecer a homogeneidade do resíduo é
importante para identificar os pontos de coleta mais representativos.
• Estabilidade: Alguns resíduos podem sofrer alterações químicas ou físicas com o
tempo, temperatura, umidade, luz, entre outros fatores. Conhecer a estabilidade
do resíduo é importante para definir o tempo e as condições de armazenamento e
transporte da amostra.
• Toxicidade: Alguns resíduos podem apresentar riscos à saúde humana e ao meio
ambiente, devido à presença de substâncias tóxicas ou perigosas. Conhecer a
toxicidade do resíduo é importante para garantir a segurança dos profissionais
envolvidos na amostragem e das pessoas que terão contato com o material.
• Solubilidade: Alguns resíduos podem se dissolver em água ou outros solventes, o
que pode influenciar na escolha do tipo de amostragem e do solvente utilizado.

Conhecer essas características e outras informações relevantes sobre o resíduo a ser


amostrado é essencial para garantir que a amostra coletada seja representativa e possa
fornecer informações precisas e confiáveis sobre o material.

FONTE: ( Acqua, N. H. D., Silva, G. P., Benites, V. M., Assis, R. L. de, & Simon, G. A. (2013). Métodos de

amostragem de solos em áreas sob plantio direto no Sudoeste Goiano. Revista Brasileira de Engenharia Agricola e

Ambiental/Brazilian Journal of Agricultural and Environmental Engineering, 17(2), 117–122.

https://doi.org/10.1590/s1415-43662013000200001 )

9. FISPQ é a sigla para Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico, também


conhecida como MSDS (Material Safety Data Sheet) em inglês. É um documento que
contém informações detalhadas sobre as propriedades físicas, químicas e toxicológicas
de um produto químico, bem como instruções para o manuseio, armazenamento,
transporte e descarte seguro desse produto. A FISPQ é uma exigência regulatória para os
produtos químicos, e é elaborada pelo fabricante, importador ou distribuidor do produto.
Ela é uma importante ferramenta para garantir a segurança no manuseio e uso de produtos
químicos, tanto para os trabalhadores que os utilizam quanto para o meio ambiente. A
FISPQ também é um documento de referência para as autoridades regulatórias e órgãos
de emergência em caso de acidentes ou emergências envolvendo produtos químicos.

FONTE: (FISPQ. ([s.d.]). Airliquide.com. Recuperado 22 de abril de 2023, de https://br.airliquide.com/recursos/fispq


)

10. Sim, esses conhecimentos são essenciais para garantir a qualidade e a confiabilidade
dos resultados obtidos nas análises químicas, além de serem fundamentais para o manejo
seguro e adequado dos resíduos químicos, evitando danos ao meio ambiente e à saúde
pública. A escolha do tipo de amostra e do amostrador adequado é essencial para obter
uma amostragem representativa e minimizar erros na análise. Além disso, a forma correta
de acondicionar os resíduos é fundamental para garantir a integridade das amostras e
evitar a contaminação do meio ambiente. Já o conhecimento sobre a caracterização dos
resíduos químicos é importante para a identificação das suas propriedades e para
determinar as melhores formas de tratamento e descarte desses materiais.

FONTE: (Brasileira, N. ([s.d.]). Amostragem de resíduos sólidos. Edu.br. Recuperado 22 de abril de 2023,

de https://wp.ufpel.edu.br/residuos/files/2014/04/nbr-10007-amostragem-de-resc3adduos-sc3b3lidos.pdf

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