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O PERÍODO REGENCIAL

O Período Regencial se deu pela abdicação de Dom Pedro I a menoridade de Pedro II, as regências
assumem o império: Regência Trina Provisória (1831) e Regência Trina Permanente (1831-1834).
 ATO ADICIONAL DE 1834:
 extinguiu o Conselho de Estado;
 instituiu a Regência Una, eletiva e temporária, exercida pelo Padre Feijó (1º eleito)
 governo tenso que terminou com renúncias; ou entrou Araújo Lima (1837-1840).
 Criação das Assembleias Provinciais:
Abriu uma “brecha republicana na monarquia”, similar no presidencialismo e ao federalismo.
 3 partidos políticos:
PARTIDO BRASILEIRO SE DIVIDIU EM 2, HOUVE UMA CISÃO:
- Liberal moderado (chimangos): elites do SE  RJ e SP
Monarquistas liberais e parlamentarista. Em que o rei reina, mas não governa.

- Liberal exaltado (Farroupilhos): partidários da República e Monarquia descentralizada.


Representantes de uma elite intelectual formada por segmentos de classe média do Nordeste e
extremo Sul. Também alguns fazendeiros do Sul criadores de gado.

- Restaurador (Caramurus) (Era o Partido Português)


Burocratas e comerciantes portugueses. Pretendiam a volta de Dom Pedro I (que faleceu em 1834).
Primeiro partido que se extinguiu e os participantes foram para o liberal moderado.

 Revoltas em diversas regiões;


 Ameaça à unidade territorial (muitas regiões se levantando querendo repressão, república);
 Abalos no poder das elites, colocando em risco a escravidão e o latifúndio.

PRINCIPAIS REVOLTAS

 Cabanagem – PA (1835-1840): cabanas (população pobre miserável que moravam às margens dos
rios em casas de pau a pique).
Mataram o prefeito de Belém do Pará e arrastaram o corpo a cavalo pela cidade afora.
 Balaiada – MA (1838-1841):

Foram as revoltas mais radicais e populares do período.


AMBOS ameaçaram os latifúndios e a escravidão. Envolveram negros, escravos, mestiços (caboclo
amazonense ou mameluco – branco com índio), negros alforriados, população branca de baixa renda
e setores médios urbanos. Invadiram latifúndios (queriam terras), deram fugas a escravos e
enfrentaram autoridades locais.
RESULTADO: dura repressão
RJ mandou tropas (Barão Luís Alves de Lima e Silva, futuro Duque de Caxias depois da Guerra do
Paraguai) mataram 1/3 da população da cidade.

 Sabinada – BA (1836-1837):
O médico liberal baiano Dr. Francisco II tentou separar a Bahia do Brasil até a maioridade de Pedro
II. O movimento fracassou e Sabino foi exilado em Goiás. A ideia era que a Bahia fosse uma
república. Porque a Bahia não se identificava com o Sudeste, com os líderes brancos da elite, que
não olhavam para o Nordeste.

 Malês – BA (1835):
Negros escravos e libertos, de cultura árabe e mulçumanos, pretenderam emancipar Salvador,
transformando-a numa pátria islâmica. Para isso, matariam todos os brancos e mulatos. O
movimento foi delatado e reprimido.

 Farroupilha – RS (1835-1845):
Envolveu a elite pecuarista gaúcha, produtores de charque carne seca defumada – carne + sal +
defumação (era ração/alimento de escravos misturado com mandioca). Insatisfeitos com os altos
impostos cobrados com o sal e a carne – imposto sobre a importação do sal; o imposto da
exportação do charque para RJ era de 20% (na hora da venda) enquanto a exportação do charque
estrangeiro, do Uruguai, Argentina era de 0%, ou seja, NÃO era tributado.
Pediram ao RJ: ou zera o imposto de venda do charque nacional e do sal ou tributa o charque
estrangeiro  RJ não deu resposta. Portando, essa elite pecuarista gaúcha se declararam ser
independentes para pressionar a capital.
- República do Piratini (RS)
- República Juliana (SC)
- montaram um exército

Após confrontos do exército gaúcho com as tropas imperiais, houve o acordo da Paz de Poncho
Verde (aboliu o imposto nacional, diminuiu o imposto do sal e tributaram o charque estrangeiro) que
anistiou os envolvidos no conflito, aparando as arestas e remediando a situação.

 O período chegou ao fim em 1840 com o Golpe da Maioridade – tentativa de resolver a crise de
governabilidade e afastar o Regente Uno Araújo Lima (1837-1840, conservador/regressista) do
poder.

Ele rejeitou o Ato Adicional de 1834 e na oposição a ele estava Antônio Carlos Andrada e os grupos:
liberais ou descentralizadores. Começou a persuadir Dom Pedro II para assumir o trono
antecipadamente. A maioria do povo queria, Andrada recolheu assinaturas do Grupo de Maioridade.
Se livrou do Regente Uno e se uniu com os grupos liberais.

CONCLUSÃO: o Golpe assegurou o retorno à estabilidade e à união das elites, preservando o


latifúndio, a escravidão e à unidade territorial.

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