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Geografia (Êxodo Rural e Urbanização No Brasil - 2º Ano - 14.06
Geografia (Êxodo Rural e Urbanização No Brasil - 2º Ano - 14.06
Brasil e
Êxodo Rural
Oi! Tudo bem? Como você está? Hoje, nosso estudo
vai ser voltado para as questões referentes ao êxodo
rural e suas relações com a urbanização do Brasil.
Nem preciso dizer que são temas muito
interessantes. Então, vamos lá!
Fonte:enciclopedia.itaucultural.org.br
Você conhece alguém da sua família ou alguma pessoa que veio de uma cidade do interior para morar
na capital, ou até mesmo da zona rural para qualquer cidade? Acredito que sim! Esse movimento de
deslocamento humano é conhecido como migrações ou fluxos migratórios, que podem ser causados
por inúmeras situações, principalmente por fatores econômicos, em que o indivíduo migrante o
realiza em busca de novas oportunidades de trabalho e melhoras nas condições de vida no ambiente
urbano. Em determinados momentos de nossa história, os movimentos migratórios, no sentido
campo/cidade, tornaram-se mais intensos, caracterizando o que chamamos de Êxodo Rural. O êxodo
rural apresentou seu maior fluxo a partir da Revolução Industrial, com a modernização e o
crescimento das cidades, resultando em vários problemas socioeconômicos e estruturais,
principalmente nos países pobres em desenvolvimentos e alguns emergentes.
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uma série de problemas socioeconômicos e de infraestrutura nas cidades, evidenciando as
desigualdades sociais, a segregação espacial do ambiente urbano e uma série de problemáticas
dentro desse contexto, como o desemprego, a favelização e o aumento da violência urbana.
Na verdade, o êxodo rural no Brasil não é um fenômeno recente. Ocorreu inicialmente no século
XVIII, após a crise da economia açucareira no Nordeste Colonial e transferência de parte da população
para o interior das áreas auríferas, onde hoje se localiza o Estado de Minas Gerais. Entretanto, com o
início da industrialização efetiva do Brasil, a partir de 1920, e se intensificando durante os governos
de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubistchek, principalmente no Sudeste, essa região surge como a
fonte de atração para o fluxo migratório, em razão do seu rápido crescimento urbano e
desenvolvimento econômico, destoando de outras regiões do país, principalmente a Nordeste e
Norte. O Nordeste brasileiro, que já tinha, desde então, a segunda maior população do país e um
quadro de aprofundamento da pobreza, em decorrência de anos de abandono pela ausência de
projetos para o desenvolvimento econômico por parte do Governo Federal, somados com fortes
secas que atingiram a região, forçando um intenso êxodo rural do nordestino para as cidades, para
as capitais de seus Estados e, principalmente, para os crescentes centros urbanos do Sudeste.
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Você pode perceber, observando aos mapas acima, que as
migrações no Brasil variaram de intensidade e destino, conforme as
décadas. Note, também, que elas ocorreram em todas as regiões do
país, grande parte delas decorrentes do Êxodo Rural, com destino às
grandes cidades do Sudeste, no período de 1950 a 1990, em que
ocorreram fortes processos de industrialização e crescimento dos
centros urbanos.
Conforme estudou até agora, você percebeu que o foco no êxodo rural, apresentado no texto, teve
como maior exemplo os imigrantes nordestinos que se deslocaram para outras regiões do país.
Entretanto, esse fenômeno ocorreu no Brasil todo em razão da mecanização do campo, onde os
tratores, colheitadeiras e outras máquinas substituíram a mão de obra do trabalhador rural,
forçando-o a procurar emprego tanto nas cidades, principalmente nas indústrias que surgiam, quanto
na construção civil da crescente urbanização. Esse fluxo migratório não se deu necessariamente
apenas para a região Sudeste do país. Ocorreram também êxodos rurais para a região Centro-Oeste,
em razão do processo de desenvolvimento dessa região a partir da construção de Brasília, quando
inúmeras pessoas de todo o Brasil se deslocaram para lá, e também pela expansão das fronteiras
agrícolas, que atraíram, principalmente, produtores rurais do Sul para a região. Somado a isso,
ocorreu, durante o Governo Militar (1964 a 1985), o projeto de incentivo de ocupação e
desenvolvimento da região Norte, atraindo milhares de brasileiros do campo para lá.
Analisando os gráficos
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Fonte: educa.ibge.gov.br
Note, no mapa, a evolução da concentração populacional no Brasil, de 1940 a 2010. Perceba que a
grande maioria da população se concentrou nas principais capitais brasileiras. Esse fator prova o
acelerado processo de urbanização sofrido pelo país.
O êxodo rural tem diminuído nas últimas décadas, em razão de melhores condições no campo e da
necessidade de trabalhadores rurais, pois apenas uma pequena parte dos produtores utiliza a
agricultura altamente mecanizada, estando essa tecnologia nas mãos dos grandes produtores ligados
à cadeia agroindustrial. Sendo assim, a maioria dos pequenos e médios produtores ainda utiliza a
mão de obra convencional, principalmente aqueles que praticam a agricultura familiar. Essas
situações favorecem fixação do homem no campo, diminuindo o fluxo migratório campo/cidade.
Como você aprendeu no início deste fascículo, o Brasil teve um processo de urbanização atrelado à
industrialização tardia, que ocorreu de fato a partir do século passado. Esse atraso no
desenvolvimento econômico brasileiro trouxe problemas que se refletem até hoje. A urbanização
brasileira se deu de forma rápida para acompanhar o processo de industrialização e, com isso, a
estruturação urbana de suas grandes cidades se deu de forma desorganizada, diferente dos países
hoje desenvolvidos, que participaram ativamente das primeiras fases das Revoluções Industriais e
tiveram tempo e planejamento para adaptarem as suas cidades, de forma que atendessem o novo
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fluxo de pessoas que se dirigiam a elas em busca do trabalho nas indústrias, além de se adequarem
às demandas atreladas a moradias e à infraestrutura urbana. Logicamente, no início, esses países
passaram por inúmeros problemas, mas que foram em parte solucionados com planejamento e
grandes investimentos nas infraestruturas das cidades. Isso não se deu de forma satisfatória no Brasil!
O boom da industrialização e o crescimento das cidades, ocorridos aqui de forma acelerada, somados
ao intenso êxodo rural, resultaram em problemas urbanos que refletem nos cotidianos das cidades
brasileiras até hoje. A chegada de imensa leva de imigrantes em busca de trabalho e de melhores
condições de vida em décadas anteriores e, consequentemente, sua fixação nos grandes centros
urbanos, principalmente nas capitais brasileiras, atreladas ao crescimento populacional ao longo do
tempo, produziram cidades inchadas e com problemas de infraestrutura para o atendimento das
demandas urbanas, aprofundando as desigualdades socioeconômicas. Delas, podemos destacar:
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Segregação Socioespacial – Esse fenômeno está intimamente
ligado ao processo de favelização nas cidades. Dá-se em
consequência da separação espacial da população por níveis
socioeconômicos, culturais, históricos e raciais. Nota-se a segregação
espacial também na formação de condomínios de luxo, que se tornam
ilhas de excelência e riqueza próximas aos subúrbios degradados.
Podemos reconhecer a segregação socioespacial nas cidades pelas
diferenças entre os bairros nobres e os dos subúrbios periféricos, em
comparação com a oferta de infraestrutura e de serviços públicos.
Fonte: linguagemgeografica.blogspot.com
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Não podemos esquecer que outros fatores também se encontram presente na problemática urbana
das grandes cidades brasileiras, como as questões ambientais. A expansão das cidades impacta
diretamente na presença de áreas verdes, principalmente nas periferias; as ocupações intensificam a
impermeabilização dos solos, impedido a absorção das águas das chuvas, prejudicando seu
escoamento e gerando alagamentos que se intensificam ainda mais com a canalização de rios; e as
ocupações irregulares das moradias construídas em áreas de várzeas. Moradias irregulares em áreas
de morros também são problemas muito presentes nas periferias brasileiras, causando danos
materiais e mortes, todos os anos, por deslizamento das encostas.
Fonte:tvjornal.ne10.uol.com.br
Fonte:equipepear.blogspot.com
Fonte: vejasp.abril.com.br
Apesar de todos os problemas apresentados ao logo do estudo de hoje, a urbanização brasileira foi e
continua sendo importante para o desenvolvimento econômico do país. As cidades são dinâmicas e
nelas acontecem as principais relações financeiras, prestações de inúmeros serviços e
movimentações do mercado. O Brasil se destaca como sendo uma das principais economias do
mundo, possuindo um parque industrial diversificado e grande mercado consumidor.
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Você imaginava que as questões da urbanização englobavam tantas
situações, possibilidades e problemas? Não? Pois é! Eu imaginava... Por
isso, esses estudos são importantes para que se possa entender a
dinâmica urbana. Após o conhecimento que você teve hoje, comece a
enxergar as contradições de sua cidade. Aponte os problemas e,
principalmente, cobre aos responsáveis: vereadores e prefeitos, que
são os mais próximos e responsáveis pelo gerenciamento das cidades.
Mas, preste atenção! Faça a sua parte! Conserve o patrimônio público,
não jogue lixo na rua e preserve o ambiente em que vive. E não
esqueça! A cidade também é sua... Hoje, ficamos por aqui, mas antes
não se esqueça de responder as questões! Valeu muito! Até mais.
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1)A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, entre os quais
podemos destacar:
a) Falta de infraestrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos.
b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as formas de violência.
c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.
d)Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas
e cortiços.
e) Luta pela posse da terra, falta de infraestrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.
2) A urbanização dos países subdesenvolvidos constitui um fenômeno marcante da segunda metade do século
XX.As características desse fenômeno, na América Latina, expressas na paisagem urbana das metrópoles, são
decorrentes da
a)instalação de indústrias de bens de produção nos arredores das pequenas cidades e próximas às fontes de
matéria-prima.
b)industrialização tardia e da modernização das atividades agrícolas, conjugadas à concentração de pessoas
nas grandes cidades.
c)aglomeração humana e do aumento do poder aquisitivo da população, favorecidos pela expansão do
capital financeiro na economia.
d)inovação tecnológica e do aumento da produtividade das indústrias de bens de consumo, para suprirem
as necessidades da vida urbana.
e)implementação de parque industrial e da regulação, por meio do planejamento governamental, de
deslocamentos populacionais para as cidades.
3)“[…] Há algumas décadas, a pobreza no Brasil se concentrava no campo e em pequenas e médias cidades
desprovidas de iniciativas empresariais. Atualmente, ela se concentra em grandes cidades, onde se
acentuaram os contrastes sociais.” O texto apresenta uma das faces do processo de urbanização brasileiro.
Sobre esse processo, é correto afirmar que
a) promoveu a redução do comércio e dos serviços, devido à absorção de mão de obra no setor industrial.
b) se iniciou a partir de núcleos urbanos localizados nas áreas interioranas do país.
c) acentuou a elevação das taxas de natalidade, ao favorecer a concentração de pessoas nas cidades.
d) decorreu da industrialização e da modernização do campo, que acelerou a migração rural/urbana.
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