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LIQUIGAS DISTRIBUIDORA S.A.


CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS
SAGRES AGENCIAMENTO MARÍTIMO S.A. – RIO
GRANDE – RS.

0 14/05/21 Emissão Jader de Carvalho Zairo Magnus


REV DATA DESCRIÇÃO ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

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CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DO GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO

1 Características Gerais

O GLP é uma mistura de hidrocarbonetos alifáticos derivados da destilação fracionada


de petróleo, cujos principais componentes são propano e butano.

O gás Liquefeito de Petróleo é uma mistura incolor de hidrocarbonetos gasosos que


são transportados como líquidos em baixas pressões, Devido ao seu baixo ponto de ebulição
vaporizam rapidamente, em caso de vazamentos, produzem grandes quantidades de vapores
mais pesados que o ar, que podem se acumular e dispersar-se a distâncias consideráveis até
encontrar uma fonte de ignição.

2 Propriedades Físico-químicas

Composta por uma mistura de propano e butano (a concentração de cada é 70% e 30%
respectivamente), o GLP é um gás inflamável, asfixiante, combustível, insolúvel em água, mas
bastante solúvel em solventes orgânicos. Suas principais propriedades físico-químicas são:

 Cor: incolor;
 Odor: inodoro. A etil-mercaptana é adicionada para aferir odor ao GLP, como
medida de segurança;
 Densidade do vapor em relação ao ar: 2,1;
 Densidade do líquido em relação a água: 0,592 g/l a -42°C;
 Ponto de fulgor: -89°C;

3 Informações Toxicológicas

A exposição a concentrações elevadas de GLP pode causar dificuldades respiratórias,


anestesia, inconsciência, podendo também levar a asfixia e morte por falta de oxigênio. O
contato com o GLP pode causar irritações e queimaduras por congelamento. A Tabela 3.1 a
seguir apresenta efeitos provocados GLP.

Tabela 3.1 – Intoxicação Humana

Forma de Exposição Síndrome Tóxico Tratamento


- Não é irritante para olhos, -Mover para o ar fresco;
nariz e garganta; -se a respiração for
Vapor -Se inalado causará tontura, dificultada ou parar, dar
dificuldade respiratória ou oxigênio ou fazer respiração
perde de consciência. artificial.
-Queimará a pele; -enxaguar as áreas afetadas
-Queimará os olhos; com muita água;
Líquido -Prejudicial se Ingerido; -Não esfregar as áreas
-Causará enregelamento. afetadas

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4 Medidas de Combate ao Fogo

Em caso de incêndio, o fogo deve ser extinto por meio de neblina d’água e pó químico.
O uso de extintores de gás carbônico e espuma mecânica não são indicados devido á baixa
eficiente dos mesmos. Quando do combate ao fogo a brigada de emergencial deverá utilizar
equipamentos de proteção individual.

Para extinguir o fogo deve-se interromper o vazamento do gás. Se o fluxo não puder
ser estancado, deve-se queimar todo o conteúdo e manter os demais recipientes ou tanques
de estocagem resfriados com água.

5 Identificação dos perigos

5.1 Introdução

Esse capítulo descreve a metodologia utilizada para a identificação dos perigos


relativos ás instalações da Sagres Agenciamento Marítimo S.A. de Rio Grande.

A figura 4.1 apresenta uma breve descrição da técnica APP e a metodologia utilizada
para a identificação dos perigos;

5.2 Metodologia

A analise preliminar de Perigos (APP), do inglês Preliminary Hazard Analysis (PHA), é


uma técnica desenvolvida pelo programa de segurança militar do Departamento de Defesa
dos Estados Unidos (MIL-STD-882B).

Trata-se de uma técnica estruturada que tem por objetivo identificar os perigos
presentes numa instalação, ocasionadas por eventos indesejáveis. Normalmente, a APP é
utilizada na fase inicial de projeto, embora venha sendo também bastante aplicada em
unidades em operação, permitindo uma análise crítica dos sistemas de segurança existentes e
a identificação das possíveis hipóteses de acidentes.

A APP focaliza os eventos perigosos cujas falhas têm origem na instalação em análise,
contemplando tanto as falhas intrínsecas de equipamentos, de instrumentos e de materiais,
como erros humanos.

Na APP são identificados os perigos, suas causas, os efeitos (consequências) e suas


respectivas categorias de severidade, sendo apontadas eventuais observações e
recomendações pertinentes aos perigos identificados. Os resultados são apresentados em
planilha padronizada, conforme apresentado na Figura 4.1

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APP – ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS
Empresa: Sistema: Data:
Referência: Revisão: Folha:
Categoria Observações e
Hipótese Perigo Causas Efeitos
Freq. Sev. Risco recomendações

Figura 4.1 – Planilha da APP

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 Sistema: Unidade em análise;

 Número de Ordem: número sequencial do perigo identificado nas linhas;

 Perigo: evento que define a hipótese acidental e está normalmente associado a uma ou
mais condições com potencial de causar dano ás pessoas, ao patrimônio ou ao meio
ambiente;

 Causas: fatos geradores dos eventos acidentais descritos na coluna “perigo”, que
geralmente estão associados á ocorrência de falhas intrínsecas em equipamentos ou com
a execução de procedimentos errados/inadequados (falhas operacionais/erros humanos);

 Efeitos: possíveis consequências associadas a um determinado perigo;

 Categoria de frequência: uma indicação qualitativa de frequência esperada de ocorrência


de cada cenário identificado, de acordo com a classificação apresentada na tabela 4.1;

 Categoria de Severidade: indicação qualitativa do grau de severidade das consequências


de cada cenário identificado, de acordo com a classificação apresentada na tabela 4.2;

 Categorias de Risco: combinação das categorias de frequência e severidade, de acordo


com a classificação apresentada na Tabela 4.3;

 Observações/Recomendações: observações pertinentes ao perigo e respectivos cenários


acidentais, sistemas de segurança existentes ou recomendações para o gerenciamento
dos riscos associados, apresentado na tabela 4.6;

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Tabela 4.1 – Categorias de Frequência

Categoria Denominação Descrição


A Muito Cenários que dependam de falhas múltiplas
Improvável de sistemas de proteção ou ruptura por falha
mecânica de vasos de pressão.
Conceitualmente possível, mas
extremamente improvável de ocorrer
durante a vida útil da instalação.
B Improvável Falhas múltiplas no sistema (humanas e/ou
equipamentos) ou rupturas de equipamentos
de grande porte. Não esperado de ocorrer
durante a vida útil da instalação. Sem
registro de ocorrência prévia na instalação.
C Ocasional A ocorrência do cenário depende de uma
única falha (humana ou equipamento).
D Provável Esperada uma ocorrência durante a vida útil
do sistema.
E Frequente Pelo menos uma ocorrência do cenário já
registrado no próprio sistema. Esperando
ocorrer várias vezes durante a vida útil da
instalação.

Tabela 4.2 – Categorias de Severidade

Categoria Denominação Descrição


I Desprezível Incidentes operacionais que podem causar
indisposição ou mal-estar ao pessoal e danos
insignificantes ao meio ambiente e
equipamentos (facilmente reparáveis e de
baixo custo). Sem impactos ambientais.
II Marginal Com potencial para causar ferimentos ao
pessoal, pequenos danos ao meio ambiente
ou equipamentos/instrumentos. Redução
significativa da produção. Impactos
ambientais restritos ao local da instalação,
controlável.
III Crítica Com potencial para causar uma ou algumas
vítimas fatais ou grandes danos ao meio
ambiente ou ás instalações. Exige ações
corretivas imediatas para evitar seu
desdobramento em catástrofe.
IV Catastrófica Com potencial para causar várias vítimas
fatais. Danos irreparáveis ou impossíveis
(custo/tempo) ás instalações.

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Tabela 4.3 – Classificação do Risco

Severidade
I II III IV
E
D
Frequência C
B
A
Critério Utilizado para frequência: Critério utilizado para Critério utilizado para risco:
A – Muito Improvável severidade: 1 – Desprezível
B – Improvável I – Desprezível 2 – Menor
C – Ocasional II – Marginal 3 – Moderado
D – Provável III – Crítica 4 – Sério
E – Frequente IV – Catastrófica 5 – Crítico

Em instalações como a da Sagres Agenciamento Marítimo S.A. de Rio Grande, os


perigos decorrem basicamente da liberação acidental do GLP. Assim, como princípio básico
utilizado na aplicação da APP, foram levantadas situações típicas relacionadas com grandes
liberações decorrentes de ruptura catastrófica e também aquelas referentes á decorrência de
vazamentos decorrentes de furo na linha. Essas situações estão, de modo geral, associadas a
rupturas ou falhas de equipamentos como linhas, válvulas ou outros componentes da
instalação em análise.

O Anexo VI apresenta as planilhas da APP, sendo então identificados os principais


perigos nas diferentes operações realizadas, suas causas e respectivos efeitos. Para os efeitos
gerados pelas hipóteses acidentais foi atribuído um grau de frequência, severidade, e riscos,
de acordo com o critério apresentado na Tabela 4.3.

A quantificação das categorias de risco por cenário está apresentada na Tabela 4.4.

Tabela 4.4 – Hipóteses Acidentais Selecionadas para AQR

Severidade
I II III IV
E
D
Frequência C
B
A
5.3 – Critérios Adotados na identificação de perigos

A APP foi aplicada para as seguintes atividades:

 Descarregamento de VGG de GLP;


 Armazenamento do GLP;

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5.4 – Perigos identificados
A partir da aplicação da APP foram identificados XX perigos, considerando-se sempre
situações acidentais relevantes, relacionadas com grandes liberações (ruptura) e pequenas
liberações (furo).
Os possíveis efeitos associados aos perigos identificados da APP foram classificados
com consequências decorrentes das características de inflamabilidade do GLP.
A distribuição dos XX cenários, cujos efeitos estão relacionados ao GLP, se deu da
seguinte forma:
 XX % do cenários foram classificados na categoria de severidade III (Crítica);
 XX % classificados na categoria de severidade IV (Catastrófica).
Para análise de consequências, foram levadas em consideração, as hipóteses acidentais
que geraram tipologias com categorias de severidade III (crítica) ou IV (catastrófica), ou
seja, neste caso para todas as hipóteses simuladas será feita uma análise de
consequências, conforme apresentado na Tabela 4.5.

Tabela 4.5 – Hipóteses Acidentais Selecionadas para AQR

N° Hipótese Hipótese Acidental Operação


Grande liberação de GLP líquido no mangote ou
01 linha, da bomba do VPG aos reservatórios de
armazenamento. Recebimento de GLP por
Média liberação de GLP líquido no mangote ou carreta VPG
02 linha, da bomba do VPG aos reservatórios de
armazenamento.
Grande liberação de GLP vapor na linha do
03 reservatório ao compressor, durante o
descarregamento do VGG.
Média liberação de GLP vapor na linha do
04 reservatório ao compressor, durante o
descarregamento do VGG.
Grande liberação de GLP vapor do compressor
05
ao VGG, durante o descarregamento do VGG
Média liberação de GLP vapor do compressor
06 ao VGG, durante o descarregamento do
VPG/VGG.
07 Liberação de GLP líquido(*) na ruptura do VGG.

Grande liberação de GLP líquido(*) na ruptura


08
do VPG.
Grande liberação de GLP líquido(8) do VPG ao
09 reservatório , durante o descarregamento do
VGG.

 Recomendação 1: Assegurar o cumprimento de procedimentos de inspeção e manutenção;


 Recomendação 2: Assegurar o cumprimento de procedimentos operacionais;

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