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Gêneros textuais

Introdução
É possível classificar os textos em diferentes gêneros textuais, de acordo com
as situações do discursoem que são empregados e a partir da análise de
características comuns em sua estrutura e conteúdo.
Analisando seu contexto, finalidade e público-alvo, é possível classificá-los
como conto, crônica, manifesto, receita, carta, entre outros gêneros.
Uma outra análise de características estruturais e gramaticais permite a classificação
dos textos quanto à tipologia textual, podendo eles serem narrativos, injuntivos,
dissertativos, expositivos ou descritivos.
Dessa forma, os gêneros textuais podem também ser divididos de acordo com
a tipologia textual predominante em sua estrutura.
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Gêneros narrativos
Textos narrativos contam uma história desenvolvida em torno de personagens, tempo
e espaço bem definidos.
As ações seguem uma determinada ordem cronológica, e há preocupação em responder
às seguintes perguntas relacionadas a elas: Como? Por quê? Para quê?
Confira alguns gêneros que se enquadram nesta tipologia:
Conto
Narrativa curta, com poucos personagens, poucas ações e tempo e espaço restritos.
Crônica
Texto curto (geralmente menor que um conto), que relata fatos cotidianos em ordem
cronológica. As crônicas geralmente ocorrem em um único espaço, e têm tempo e
personagens restritos.
Fábula
Texto narrativo curto em que os personagens são animais que apresentam características
humanas (consciência, fala, cultura própria). Termina com uma lição de moral que
sintetiza a história.
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Relato
Texto narrativo de caráter subjetivo, com elementos de caráter descritivo, que apresenta
acontecimentos importantes da vida do narrador, o qual se torna o protagonista da
história.
Romance
Composição narrativa longa constituída por várias personagens, tempo e espaço
diversos e bem definidos, e enredo complexo.
Gêneros injuntivos
Textos injuntivos são aqueles que fornecem instruções, seja em forma de pedido, seja
em forma de ordem. São marcados pela presença de verbos no imperativo. Alguns
gêneros injuntivos são:
Receita culinária
Fornece instruções de como realizar o preparo de um prato culinário. É dividida em:
listagem de ingredientes, que apresenta características de um texto descritivo, e modo de
preparo.
Bula de remédio
Instrui o usuário de um medicamento acerca de como consumi-lo de forma adequada,
fornecendo informações importantes, como frequência de uso, faixa etária para o qual é
recomendado, contraindicações e efeitos colaterais.
Edital de concurso
Fornece informações acerca de um concurso e inclui normas que os candidatos devem
seguir para participar dele, referentes a aspectos como: processo de inscrição, local, data
e horário de prova, documentos necessários e materiais permitidos na prova.
Manual de instruções
Instrui o dono de um produto (jogo, eletrodoméstico etc.) acerca de como utilizá-lo da
forma correta.
Propaganda
Texto cujo objetivo é convencer o maior número de pessoas a comprar um produto ou
usar um serviço. Muitas vezes utiliza características de textos injuntivos para alcançar
esse objetivo, como o uso de verbos no imperativo em: “faça”, “compre”, “não perca”.
Gêneros dissertativos
Dissertações analisam e discorrem sobre determinado aspecto da realidade,
destacando um ponto de vista sobre o tema abordado e defendendo-o com base em
argumentos sólidos.
São estruturados em: introdução, desenvolvimento e conclusão. São exemplos de
gêneros textuais dissertativos:
Resenha
É uma descrição de uma obra (um livro, um filme, um jogo...) ou de um evento cultural
que apresenta, analisa e opina sobre o objeto em questão, convidando ou
desencorajando o leitor a conhecê-lo.
Manifesto
Texto argumentativo, geralmente de cunho político, para denúncia pública de um
problema social, destacando um ponto de vista sobre ele, e objetiva a convocação do
governo ou da sociedade para solucioná-lo.
Texto editorial
Texto jornalístico que introduz as colunas de um jornal. Apresenta as opiniões da equipe
de produção da editora, bem como os assuntos a serem discutidos em cada seção do
jornal.
Monografia
Dissertação de cunho científico acerca de determinado tema relacionado às Artes, à
Ciência, à História, entre outros.
Carta de opinião
Texto escrito por consumidores de um veículo comunicativo (jornal, TV, revista...) que
permite que eles expressem sua opinião acerca de determinado artigo publicado ou
aspecto do veículo.
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Gêneros expositivos
Textos expositivos são aqueles que expõem e informam acerca de determinada ideia
ou assunto, de forma totalmente imparcial, objetiva e impessoal.
São exemplos de gêneros expositivos:
Verbete de dicionário
Texto que fornece o significado de uma palavra pertencente a determinada língua, bem
como algumas informações adicionais, tais quais: classe gramatical, formas derivadas
(plural, flexão de gênero), separação silábica e etimologia.
Seminário
Apresentação na qual oradores expõem aspectos referentes a determinado tema e
instigam, ou não, posterior debate acerca deles.
Entrevista
Troca de informações entre duas ou mais pessoas, na qual o entrevistador faz perguntas
ao entrevistado para obter as respostas que dele necessita.
Palestra
Apresentação oral cujo objetivo é ensinar ou explanar informações acerca de
determinado assunto.
Enciclopédia
Obra que expõe um conjunto de conhecimentos humanos organizados por tema ou pela
ordem alfabética.
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Gêneros descritivos
Textos descritivos estão muitas vezes presentes em conjunto com outras tipologias
textuais.
São aqueles textos que caracterizam determinado objeto, cenário ou pessoa, de
forma pessoal ou impessoal, com o uso frequente de adjetivos e substantivos.
Alguns exemplos de gêneros textuais de caráter descritivo são:
Currículo
Documento que apresenta as experiências e conquistas educacionais e profissionais de
uma pessoa, geralmente com o objetivo de promover uma análise de cunho eliminatório
para determinada vaga de emprego ou acadêmica.
Cardápio
Enumeração de pratos culinários disponíveis para escolha do cliente em um restaurante.
Lista de compras
Enumeração de itens que um cliente deseja comprar em determinado estabelecimento
comercial.
Anúncio de classificados
Texto geralmente veiculado em jornais que descreve características de determinado
produto, novo ou usado, disponível para venda. Dados como telefone para contato ou
endereço do anunciante também se encontram disponíveis nesse texto.
Notícia
Texto objetivo e neutro que apresenta informações acerca de determinado
acontecimento da realidade de interesse da sociedade.
Embora apresente muitas características de textos expositivos e narrativos, também traz
elementos de um texto descritivo, especialmente no lead (primeiro parágrafo da notícia),
parte do texto na qual descreve-se o acontecimento de forma geral, respondendo-se às
principais perguntas associadas a ele (O quê? Onde? Quando? Como?).

Variação linguística

Introdução
As línguas humanas são constituídas de uma multiplicidade de formas de falar, e a
essas diferenças damos o nome de variedade ou variação linguística. Dessa maneira, a
língua é considerada como um conjunto de variedades, sendo ela heterogênea em sua
composição.
Ao considerarmos a língua portuguesa, por exemplo, podemos observar suas variações
desde uma perspectiva mais ampla, comparando com o português falado em outros
países; até uma mais estrita, se analisarmos o tipo de fala de cada região do Brasil, ou
até mesmo a individualidade de cada falante. 

Desde a Antiguidade, a variação linguística já era um objeto de estudo, porém, nesse


momento, ela era vista como algo negativo, pois interferia no intento dos gramáticos de
homogeneizar a língua, a fim de um maior controle sócio-territorial. Atualmente, a
variação linguística é vista e estudada de outra perspectiva, considerando sua lógica
gramatical e todos os fatores que contribuem para a sua manifestação.
Fatores que contribuem para a variação linguística
Levando em consideração as informações que explicam o que é a variação linguística,
agora, devemos conhecer quais são os elementos que fazem com que a língua seja
heterogênea e, por consequência, tenha suas variações. 
No Brasil, a língua portuguesa sofreu a influência das línguas de diversos outros
povos (indígenas, africanos, europeus etc.) desde o seu achamento. Para além disso,
devemos ter em conta que as suas mudanças, bem como os empréstimos de vocábulos,
os novos termos, entre outros fatores, estão sempre presentes na nossa língua, fazendo
com que ela se mantenha viva e em constante transformação.
Para as linguistas Mussalin e Bentes, as variedades linguísticas podem ser descritas a
partir de dois parâmetros principais - a variação geográfica ou diatópica e a variação
social ou diastrática. Sendo a geográfica relacionada às diferenças que ocorrem entre
falantes de espaços físicos distintos (região Norte, Sul, Nordeste etc.); e a social
associada aos aspectos socioculturais (classe social, idade, gênero etc.), bem como a
identidade de cada falante. 
Porém, existem outros parâmetros que analisam e explicam as variantes que ocorrem na
língua. Vejamos a seguir. 
Tipos de variação linguística
 Variação histórica: se relaciona com as mudanças históricas e, por
consequência, os novos usos e termos em desuso que sucederam a partir desses
contextos. Essa variação pode ser observada ao lermos textos de outros séculos,
por exemplo. 
 Variação situacional ou diafásica: relacionam-se com o contexto de fala.
Geralmente, falamos de diferentes maneiras a depender da situação em que
estamos. Em um grupo de amigos, por exemplo, a fala tende a ser mais informal
(uso de gírias, abreviações etc); já em uma entrevista de emprego, busca-se uma
variante mais formal. 
 Variação geográfica ou diatópica: como já mencionada, se relaciona às regiões
e diferenças de falas entre elas, que podem ser chamadas de regionalismo. A
exemplo disso, podemos observar uma mesma fruta ser nomeada de várias
maneiras diferentes, dependendo da região: ponkan, mexerica, bergamota etc.
 Variação social ou diastrática: como já explicitada, relaciona-se a fatores
socioculturais do falante. Podemos observar essa variação, por exemplo, no
termo “inflamações no trato respiratório” (mais específico, termo médico)  e
“dor de garganta” (mais comum, termo genérico).
Preconceito linguístico
Já compreendemos que as variações linguísticas são fenômenos que fazem parte de
qualquer língua, sendo uma marca que diferencia falantes a partir de vários aspectos
como a região, a idade, o gênero, a classe social, e outros. Assim sendo, não existe uma
variante da língua que seja errada, justamente porque ela possui uma lógica
gramatical que a faz funcionar e ser usada.
A norma culta também é uma variação linguística, apesar de ainda ser erroneamente
considerada, por parte de algumas pessoas, como a forma “correta” da língua
portuguesa em detrimento das outras, gerando o que podemos chamar de preconceito
linguístico.
Esse equívoco acontece justamente porque a norma culta é bastante difundida em
ambientes acadêmico-escolares, sendo ela um registro mais formal e que está
relacionado ao uso das normas gramaticais. É importante que ela seja ensinada
justamente para que o falante reconheça que a língua possui variantes e que,
dependendo do contexto (formal, informal), ele pode alternar nos seus usos para uma
melhor relação entre os grupos.
O preconceito linguístico, porém, pode ser explicitado nas diversas variações que
vimos, sendo ele a expressão da não compreensão da composição da língua e seus
determinantes

Interpretação de texto verbais e não verbais

Introdução
A linguagem verbal e não verbal são modalidades comunicativas que utilizamos
para transmitir ideias e mensagens. Todo tipo de comunicação é estruturada pela
existência de um emissor e um receptor trocando informações por meio de determinado
código: por exemplo, imagem, gestos, palavras. 
Quando falamos ou escrevemos um texto, estamos utilizando a linguagem
verbal, que é aquela transmitida por meio de palavras. Trata-se da forma de se
comunicar mais usada em nosso cotidiano. Quando lemos um livro, jornal ou revista,
também desfrutamos a linguagem verbal. Até mesmo este texto que você lê agora é um
bom exemplo de uso da linguagem verbal.
Mas as palavras não representam o único meio para se comunicar: é aí que entra a
simbologia, o uso de elementos não verbais. A linguagem não verbal é aquela que se
estrutura pela troca de informações por meio de signos visuais e/ou sonoros. 
Então vamos a alguns exemplos para entender melhor esse assunto?
O que é a linguagem verbal e quando a utilizamos?
Usamos a linguagem verbal todos os dias, em todos os nossos ambientes de convívio
social ou até mesmo sozinhos. A linguagem verbal se estrutura por meio de palavras
escritas e/ou faladas, estando presente, por exemplo, em conversas com amigos ou
familiares, na escrita de um texto, na leitura de um livro ou em uma aula sobre algum
assunto a que comparecemos.
É importante que a linguagem verbal se dê por meio de um código inteligível tanto
para o emissor quanto para o receptor, ou seja, uma representação linguística que
ambos conheçam, como um idioma familiar a ambos. Só assim a troca de mensagens,
seja escrita ou falada, se torna possível.
Também é um tipo de linguagem que usamos até quando não há um receptor, quando
estamos sozinhos. Ao escrevermos um texto ou lermos um livro, também estamos em
contato direto com a linguagem verbal.
Exemplos de linguagem verbal:
 Gêneros textuais, como poemas, contos, crônicas, romances;
 Livros, dicionários, enciclopédias, jornais, revistas, panfletos;
 Relatórios, formulários, manuais, cadastros, requerimentos;
 Palestras, congressos, seminários, colóquios, aulas educativas;
 Carta, e-mail, mensagens de celular e pelas redes sociais;
 Todo tipo de conversação, como um diálogo entre amigos ou familiares;
 Textos de blogs e sites, como este que você está lendo;
 Artigos científicos, pesquisas acadêmicas, apostilas e livros didáticos;
 Bulas de remédio, receitas médicas, receitas culinárias.
Ao Lermos Um Livro, Estamos Absorvendo Informações Por Meio Da Linguagem
Verbal
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O que é a linguagem não verbal e quando a utilizamos?
Por mais que a linguagem verbal seja muito comum em nosso dia a dia, há também
outra forma de se comunicar tão importante e usada quanto: a linguagem não verbal.
Trata-se da forma de trocar informações por meio de signos visuais e/ou sonoros.
É uma modalidade comunicativa que se sujeita à simbologia construída social e
historicamente em cada cultura. Portanto, há símbolos que são conhecidos
mundialmente, como as luzes do semáforo e o que elas representam, e outros
característicos da identidade de cada país, por exemplo, o gesto da reverência na cultura
japonesa.
A linguagem não verbal não precisa de palavras para a transmissão de
informações. Ela é construída por índices, signos e símbolos, visuais e/ou sonoros,
estabelecidos socialmente. Por exemplo, o árbitro em um jogo de futebol apita e não
precisa falar nada para demonstrar o que aquilo representa, já é um sinal conhecido. Ele
pode também utilizar gestos de mão e cartões para comunicar sua intenção, utilizando
apenas a linguagem não verbal.
Da mesma forma, nós deixamos transparecer frequentemente nossos sentimentos e
vontades por meio da linguagem corporal, que também é não verbal. Inclusive, se
estamos em um país cuja língua não dominamos, é possível se comunicar por meio de
gestos e mímicas que indiquem o que queremos transmitir.
Outra forma efetiva de comunicação é por meio do uso de imagens: fotografias,
filmagens, desenhos e outras representações visuais daquilo a que queremos nos referir.
Um exemplo corriqueiro da comunicação não verbal é a placa de trânsito: se vemos a
imagem de uma seta para determinada direção com um traço sobre ela, logo já
identificamos: conversão proibida - sem precisar ler qualquer palavra.
Exemplos de linguagem não verbal:
 Linguagem corporal, como o sinal de positivo (um "joinha"), as expressões
faciais, gestos, postura do corpo;
 Luzes do semáforo;
 Apito do juiz, cartões e bandeiras utilizadas em corridas e jogos;
 Sinais sonoros, como tiro de largada, buzinas;
 Placas de trânsito com símbolos que aprendemos na autoescola;
 Fotografias, filmagens, ilustrações, obras de arte, como pinturas e esculturas;
 Sirene de carros policiais ou ambulâncias;
 Charges e caricaturas que utilizam apenas imagens e símbolos para transmitir
uma mensagem.
As Charges Comumente Transmitem Uma Crítica Social Por Meio De Imagens, Muitas
Vezes Sem Precisar Usar Palavras - Charge De Ehsan Ganji
Há também aqueles casos em que as palavras e signos visuais e/ou sonoros se
complementam, em uma forma de comunicação denominada linguagem
mista. Utilizamos a linguagem mista, também chamada de híbrida, quando
misturamos elementos verbais e não verbais em uma mesma mensagem.
O que é linguagem mista?
A linguagem mista é constituída pela mistura de elementos verbais e não verbais
na transmissão de informações. Como exemplos muito comuns em nossa rotina,
podemos citar as músicas, compostas de melodia e letra, os filmes, com imagens e
diálogos, e até aqueles sinais de trânsito que se compõem por palavras e símbolos, como
a placa de "Pare", com a cor vermelha e o formato familiar a todos.
Outros exemplos conhecidos são as histórias em quadrinho, as tirinhas, as charges que
combinam texto e ilustrações, os livros com imagens representativas, as revistas
ilustradas e os cartazes de propaganda.

As Tirinhas Da Mafalda Costumam Trazer Um Diálogo Combinado A Imagens, Que


Revela Uma Questão Importante Para Reflexão, Uma Crítica Social - Tirinha De Quino,
Criador Da Mafalda 

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