ENERGIAS RENOVÁVEIS, 08/10/2022 1

Trabalho GA – Energias Renováveis

Matheus Fuchs de Souza e João Vitor Escandiel Jordani

Resumo – Este documento apresenta as resoluções da tarefa

proposta na disciplina de Energias Renováveis, onde resolve-se
problemas relacionados a fontes de geração de energias Fig. 1 – Semicondutor intrínseco - silício
renováveis como: Energia Solar, Eólica e de Biomassa. Assim
como o esclarecimento a respeito de conceitos relacionados a
tipos de fornecimento e semicondutores.
Abaixo serão descritos o desenvolvimento para a solução dos
cinco exercícios propostos, assim como os resultados obtidos.

I. QUESTÃO 01
Proposta: Caracterize fontes de energia “firmes” e
“intermitentes”.
Resposta: As fontes de energia “firme” são capazes de
produzir energia sem o risco de não atendimento ao
fornecimento, pois podem ser armazenadas em sua forma
original, tratando-se de hidrelétricas, caracteriza-se como
energia firme aquela produzida em períodos críticos com
escassez hídrica, em termoelétrica trata-se corresponde à
segurança do fornecimento de combustível para produção de
energia. Em contrapartida fontes de energia intermitente
estão disponíveis apenas quando o recurso está disponível,
segundo a resolução normativa 493/2022 da ANEEL,
caracteriza-se como energia intermitente: “Recurso
energético renovável que, para fins de conversão em energia
elétrica pelo sistema de geração, não pode ser armazenado
em sua forma original”.
Os Semicondutores Extrínsecos, diferentemente do
intrínseco tem a capacidade de conduzir corrente, pelo
processo de adição de impurezas ao cristal semicondutor,
processo conhecido como dopagem. Estas “impurezas”
devem ser de átomos trivalentes ou pentavalentes, ou seja 3
ou 5 elétrons na camada mais externa do átomo. Ao realizar
este processo, a estrutura cristalina fica com falta ou excesso
de elétrons na última camada, formando assim Lacunas ou
Elétron Livre respectivamente. Podemos ter dois tipos de
materiais obtidos, um semicondutor tipo P, onde há falta de
elétrons (Lacuna) e o semicondutor tipo N, onde há excesso
de elétrons (Elétron Livre). Este processo possibilita ao
semicondutor a condução de corrente elétrica, o que torna o
material interessante para uso na eletrônica.

Fig. 2 – Semicondutor Dopado- Tipo N

II. QUESTÃO 02
Proposta: Caracterize semicondutores intrínsecos e
extrínsecos.
Resposta: Semicondutores são materiais que possuem uma
resistência intermediária, ou seja, não se caracterizam nem
como condutores nem como isolantes, exemplos de
semicondutores são: Germânio e Silício.
Semicondutores Intrínsecos, também conhecido como
Semicondutor Puro, são elementos que possuem apenas um
tipo de material, tanto o Germânio quanto o Silício,
materiais mais usados na eletrônica, possuem 4 elétrons na
camada de valência, porém necessitam de oito elétrons na
última camada para se estabilizar, para atingir o equilíbrio os
mesmos se associam a outros átomos compartilhando
elétrons com seus vizinhos por ligação covalente, assim
formando um semicondutor cristalino, conforme
exemplificado na imagem a seguir. Porém, para eletrônica
este tipo de material não tem muita utilidade, pois tem III. QUESTÃO 03
características de um isolante. Proposta: Com base em um Datasheet de módulo
fotovoltaico, da escolha do grupo, avalie a variação da
corrente e tensão pela variação da temperatura do módulo
UNISINOS – Campus São Leopoldo: (Coeficiente de temperatura do ISC (%/°C) Coeficiente de
Matheus Fuchs de Souza.
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temperatura do Voc (%/°C)). Qual o impacto na potência de IV. QUESTÃO 04

saída? Plote os gráficos.
Resposta: Para solução da tarefa foi considerado o módulo
Módulo Tiger Pro 72HC 550 Watt produzido pela Jinko, a
seguir segue as principais características do item.
Proposta: Considerando c=8 m/s, plote o gráfico da
distribuição de ventos com base na distribuição Weibull:
Fig. 6 – Equação de Weibull.

Fig. 3 – Características módulo Jinko. Com base nesta distribuição, como estimar a potência de
geração?

Fig. 7 – Gráfico de distribuição de Weibull para as condições dadas.

h (v) [%]
15%

% de horas/ano
10%

5%

0%
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
velocidade do vento

Fig. 8 – Gráfico de distribuição de Weibull para as condições dadas, com as

horas do ano.

h(v) [h]
1000,00
horas do ano [h]

800,00
600,00
400,00
Fig. 4 – Características de temperatura módulo Jinko. 200,00
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
Velocidade do vento

Estimativa da Potência de Geração:

Equações utilizadas:
Com os dados do módulo, e utilizando o Excel podemos
obter as seguintes curvas relacionadas aos coeficientes de Fig. 9,10 e11 –
Equações para
temperatura ISC e Voc: estimativa da potência
de geração.
Fig. 5 – Gráfico variação de tensão e corrente.
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Área de varredura considerada para cálculo obtida Fig. 7 – Produção de metano.

considerando um gerador eólico com pás de 35m.
A = 3848,45 m²; QCH4
ρ = 1,201 kg/m³; 5,0E+06
𝑉𝑅𝑀𝐶 = 12,68909 m/s
4,0E+06
𝑃𝑅𝑀𝐶 = 2,36 𝑀𝑊
3,0E+06

CH4
2,0E+06
V. QUESTÃO 05 1,0E+06
0,0E+00
Proposta: Considerando o método do banco mundial,
0 50 100 150
presente no artigo “Estimativa do potencial energético de
um aterro sanitário por meio de duas metodologias” (No Ano
Moodle). Estime a produção hipotética de metano para um
aterro em sua cidade.

Resposta: Foi escolhida a cidade de Gravataí-RS para

elaboração do estudo. Considerando os dados populacionais REFERÊNCIAS
estimados pelo IBGE para 2021 de 285.564, com
crescimento médio e 1,01% ao ano e os dados de RSU
[1] I https://utfpr-ct-static-
(Resíduos Sólidos Urbanos) estimados no artigo: content.s3.amazonaws.com/labens.ct.utfpr.edu.br/wp-
Construção de Cenários Futuros Para o Gerenciamento de content/uploads/2018/04/503-503-1-PB.pdf
Resíduos Sólidos Domiciliares do Município de Gravataí – [2] http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2012493.pdf
RS, estima-se que a produção de RSU para 2022 será de [3] https://energes.com.br/o-que-e-energia-firme/
70565 toneladas, assim em média um morador pode [4]
produzir 0,6770 kg de resíduos sólidos urbanos. https://www.ecycle.com.br/energia-intermitente-o-que-
Utilizando a equação proposta pelo método do banco e-e-exemplos/
mundial, e considerando um aterro hipotético com vida útil [5] …
de 20 anos, além de uma fração de 50% de matéria orgânica [6] Estimativa do
do RSU, podemos estimar a produção de metano. potencial energético de um aterro sanitário por meio de
Após o fechamento do aterro, em 20 anos, não há mais duas metodologias
matéria orgânica sendo despejada, logo há uma queda de [7] https://www.ibge.gov.br/cidades-e-
produção. estados/rs/gravatai.html
[8] http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/4146/1/LARA%
Tabela. 1 – Produção de metano em 120 anos
RSU/dia RSU/ano 20POSSAMAI%20WESSLER.pdf
Ano População QCH4
(ton) (ton)
0 0,00 0,00 0,00 0,00
1 285.564,00 96,66 35.282,15 285.272,03
2 288.419,64 97,63 35.634,97 559.344,77
... ... ... ... ...
18 338.194,71 114,48 41.784,80 3.732.698,20
19 341.576,66 115,62 42.202,65 3.871.430,91
20 344.992,42 116,78 42.624,68 4.004.717,22
21 348.442,35 3.809.404,85
22 351.926,77 3.623.617,98
... ... ... ... ...
119 923.901,27 28.367,05
120 933.140,28 26.983,57

A seguir podemos verificar o gráfico de produção de metano

no aterro pelos próximos 120 anos.