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Trabalho de MCM - em Andamento
Trabalho de MCM - em Andamento
Tucuruí – PA
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
Tucuruí – PA
2022
ALUMÍNIO E SUAS LIGAS
RESUMO
ABSTRACT
ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
LISTA DE SÍMBOLOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Segundo Rossi (2004) o alumínio puro possui várias qualidades que o fazem a ser o segundo
metal mais utilizado no mundo, atrás apenas do aço. Características como leveza, ductilidade,
resistência a esforços mecânicos e a ataques do meio ambiente já o tornam extremamente
funcional no mercado. Porém, para atender às constantes necessidades do mercado, foi
necessário desenvolver ligas que puderam acrescentar características especiais para
determinadas exigências.
A maioria das ligas de alumínio podem ter suas propriedades mecânicas, estabilidade
dimensional ou resistência à corrosão, melhoradas por meio de tratamentos térmicos, que são
realizados visando remover ou reduzir as segregações e controlar algumas características
metalúrgicas. O tipo de tratamento térmico a ser realizado depende, muitas vezes, das
propriedades desejadas na peça fundida (VERRAN, 2005).
Logo, o alumínio dado ser considerado um elemento bastante “popular”, está presente em
quase todas as esferas das atividades humanas, pois possui propriedades físicas e mecânicas,
que são de extrema importância para os mais variados tipos de demanda no mercado. O
alumínio por possuir características de baixo peso específico e elevada resistência à corrosão
atmosférica tendo diversas aplicações em vários setores da indústria (transportes, construção
civil, eletroeletrônicos, petroquímica, metalúrgica, entre outras), além da presença frequente
em nosso dia-a-dia (móveis, eletrodomésticos, brinquedos, utensílios de cozinha, embalagens
de alimentos, latas de refrigerante, produtos de higiene, cosméticos e produtos farmacêuticos)
mostram claramente a sua importância econômica para o mundo atual.
3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
O alumínio é extraído a partir de alguns minérios, o principal deles é a bauxita.
Estima-se que as reservas mundiais de bauxita totalizem 27,1 bilhões de toneladas, sendo que
7% disto encontra-se no Brasil. Uma grande reserva de bauxita no Brasil é a de Poços de
Caldas (MG) (ECYCLE, 2013)
Freitas (2014) diz que ao ser combinado com o magnésio torna a liga tratável
termicamente. Deve estar preferencialmente presente sob a forma de cristais arredondados e
dispersos na liga de alumínio, a dureza das partículas de silício promove o aumento da
resistência ao desgaste destas ligas. O sistema Al-Si, com solubilidade sólida limitada em
ambas as extremidades, forma um eutético simples à temperatura de 580 ºC para um teor de
12,5 % de silício. Entretanto, no caso das ligas Al-Si o teor de magnésio não poder ser
muito elevado a ponto de dificultar a fundição, devido à formação da borra (oxidação
excessiva do banho). Por outro lado, o magnésio melhora a resistência à corrosão e a
usinabilidade.
O cobre também pode ser adicionado às ligas do sistema Al-Si, sua principal
vantagem, é aumentar a resistência mecânica da liga, tanto antes como após tratamento
térmico, causando endurecimento mediante tratamento térmico de envelhecimento.
Entretanto, ao contrário do silício, acarreta fragilidade a quente e menor fluidez, além de
reduzir a resistência à corrosão. (VERRAN, 2005)
Segundo Rossi (2004) o manganês age como refinador de grão e permite reduzir a
contração durante o resfriamento/solidificação, além de proporcionar melhoria na
resistência à tração em alta temperatura. Entretanto, seu teor não pode ser elevado, já
que nesse caso, juntamente com o ferro, leva à formação de partículas grosseiras que
causam perda de ductilidade.
3.2.5 Liga Alumínio-Magnésio
De acordo com Freitas (2014), ligas formadas por alumínio e magnésio são
excelentes para a soldagem, além de também serem resistentes à corrosão, principalmente
em áreas marinhas, por isso são muito utilizadas na fabricação de barcos, revestimento de
tanques criogênicos e carrocerias para caminhões. A figura 4 mostra o diagrama de fases da
liga alumínio-magnésio.
3.3.1 Têmperas
De acordo com Freitas (2014), a têmpera é uma condição aplicada ao metal ou liga,
através de deformação plástica a frio ou de tratamento térmico, propiciando-lhe estrutura e
propriedades mecânicas características.
Ainda que a resistência original possa ser aumentada agregando-se certos elementos,
as propriedades mecânicas das ligas, com exceção de algumas ligas para fundição, não
dependem apenas da sua composição química. Semelhante a outros metais, o alumínio e
suas ligas endurecem e aumentam sua resistência quando trabalhadas a frio, como por
exemplo, uma chapa laminada a frio. Além disso, algumas ligas de alumínio possuem a
valiosa característica de responder ao tratamento térmico, adquirindo resistências maiores
do que as que podem ser obtidas apenas através do trabalho a frio. A Figura 7 ilustra o
efeito do trabalho a frio nas propriedades mecânicas da liga (Rossi, 2004).
FIGURA 7 – Efeito do trabalho a frio nas propriedades mecânicas.
3.3.2 Homogeneização
3.4.5 Solubilização
Além disso, quanto mais alta a temperatura e mais longo o tempo de tratamento,
maior a tendência para o crescimento de grãos recristalizados, o que resulta na perda de
propriedades mecânicas e prejuízo do acabamento superficial do produto final. As práticas
de solubilização são estabelecidas com base nessas duas temperaturas limites, considerando-
se, também, a cinética das reações de dissolução de precipitados, leis de transferência de
calor e as características dos fornos para a determinação dos tempos de tratamento (ABAL,
2011).
Neste tratamento o alumínio é solubilizado em temperaturas em torno de 500 ºC,
durante o processo, alguns elementos de liga são redissolvidos para produzir uma solução
sólida rica em soluto. O objetivo deste processo é maximizar a concentração de elementos
de endurecimento, entre eles, cobre, zinco, magnésio e/ou silício na solução sólida
(ROSSI, 2004).
De acordo com Freitas (2014), a concentração e a taxa de dissolução desses
elementos aumentam com a temperatura. Portanto, as temperaturas de solubilização são
geralmente próximas à temperatura liquidus da liga. A Figura 10 mostra esquematicamente
o diagrama de uma liga que pode ser solubilizada.
A temperatura aplicada é diferente para cada tipo de liga que esteja sendo trabalhada,
então é feito um resfriamento rápido em água, para que se possa prevenir temporariamente a
precipitação dos elementos da liga. Importante também é o tempo de transferência do meio
de aquecimento para o resfriamento; caso seja demorado, pode ocorrer uma solubilização
incompleta, que refletirá num resultado insatisfatório (PHILIPSON, 2002).
Segundo Freitas (2014), o propósito do resfriamento é evitar a formação da fase de
equilíbrio durante o resfriamento e a obtenção da maior quantidade possível destes
elementos em solução sólida em baixa temperatura. A obtenção de alta resistência é
dependente das altas taxas de extração de calor. Entretanto, a taxa de resfriamento não deve
ser muito elevada. A fim de evitar distorções e tensões residuais nos componentes tratados.
3.4.6 Envelhecimento
Verran (2005) diz que este tratamento tem como objetivo proporcionar a precipitação
de constituintes dissolvidos na matriz de solução sólida durante o tratamento de
solubilização na forma de partículas muito pequenas, que proporciona o aumento da dureza
do material. Os requisitos principais para que ocorra o endurecimento são:
o precipitado formado deve ser coerente com a matriz;
a liga não deve trincar durante a operação de resfriamento na solubilização;
solubilidade sólida decrescente de uma fase com a queda de temperatura;
ter uma matriz dúctil.
De acordo com Bradaschia (1988), após o processo de solubilização, a liga está fora
de equilíbrio, isto é, a solução sólida obtida está supersaturada com o soluto e apresenta
força motriz para gerar a precipitação de outras fases durante o processo de envelhecimento.
O primeiro precipitado a ser nucleado no processo de envelhecimento é chamado de zona de
Guinier e Preston (GP), que é coerente com a matriz e, portanto, possui baixa energia de
interface. Este precipitado minimiza a energia de deformação, adquirindo a forma de disco.
Segundo Rossi (2004), quando as zonas de GP se formam, a dureza aumenta em
virtude de tensões necessárias para movimentar as discordâncias através das zonas coerentes
que geram a deformação e tensão no reticulado cristalino. A dureza continua a aumentar
com a formação dos precipitados θ”, porque agora as discordâncias se deslocam através de
uma matriz altamente deformada pelos precipitados coerentes. Com a formação de θ’, o
espaçamento entre os precipitados torna-se maior, de maneira que as discordâncias são
capazes de passar entre eles e a dureza começa a diminuir. A máxima dureza é obtida com a
combinação dos precipitados θ” e θ’. Com mais tempo no envelhecimento, a distância
entre os precipitados aumenta, fazendo com que as contornem mais facilmente e a dureza
diminua. A Figura 12 mostra esse mecanismo.
As famílias das principais ligas de alumínio são organizadas de acordo com os dígitos
da nomenclaturo. Pois os dois últimos dígitos indicam a porcentagem de Al acima de 99%,
como a liga 1050 com 99,50% de Al e a liga 1060 - 99,60%. O segundo dígito indica
modificações no limite de impurezas ou a adição de algum elemento de liga. Se o segundo
dígito for zero, indica que o Al não foi ligado e apresenta o limite de impurezas convencional.
Os números entre um e nove indicam controle especial sobre uma ou mais impurezas
ou a adição de elementos de liga.
Nas séries 2xxx à 8xxx, os dois últimos dígitos não possuem significado numérico,
apenas identificam diferentes ligas do mesmo grupo. O segundo dígito indica modificações no
limite de impurezas ou a adição de elementos de liga. Ligas experimentais também utilizam
este sistema de classificação, porém, são indicadas pelo prefixo X
Alumínio comercialmente puro, não ligado, com pureza igual ou superior à 99% de
Al. Fe e Si são as principais impurezas. As ligas da série 1000 são caracterizadas pela
excelente resistência à corrosão, alta condutibilidade térmica e elétrica, baixa resistência
mecânica e elevada ductilidade
O manganês é o elemento de liga principal. As ligas desta série não são tratáveis
termicamente; entretanto, apresentam resistência 20% superior as das ligas da série 1xxx.
Devido à baixa solubilidade de Mn no Al (de até 1,8%) existem poucas da série 3xxx.
Entretanto três delas são largamente empregadas na indústria: 3003, 3004 e 3105. As ligas
desta série podem ser aplicadas, por exemplo, em componentes de resistência mecânica baixa
que exijam elevada ductilidade, como latas de bebidas, utensílios de cozinha, trocadores de
calor, tanques de armazenamento, sinalização rodoviária, ou ainda em painéis decorativos e
telhados para uso na construção civil.
O silício é o elemento de liga principal. A maior parte das ligas desta série não são
tratáveis termicamente. O Si pode ser adicionado para abaixar a temperatura de fusão sem
provocar fragilidade excessiva; assim, ligas Al-Si são utilizadas em arames de solda ou como
ligas para brazagem de Al (soldagem de Al). A liga 4032 é empregada na fabricação de
pistões forjados devido ao baixo coeficiente de expansão e sua alta resistência ao desgaste.
Ligas contendo entre 4 e 7% de Si apresentam cores que variam do cinza ao negro após serem
submetidas à anodização e assim são utilizadas em painéis decorativos na construção civil. As
ligas desta série podem ser aplicadas, por exemplo, em arquitetura e construção civil ou na
produção de fios, arames e pós para brazagem.
O alumínio é utilizado na indústria de acordo com o seu segmento, cada qual o utiliza
conforme suas finalidades.
I. perfis extrudados – são produzidos pelo processo denominado extrusão, no qual o alumínio é
submetido a uma prensa hidráulica de grande capacidade, e que o força a passar por uma
matriz de aço com a forma desejada, transformando-se em esquadrias (portas e janelas),
forros, divisórias, acessórios para banheiros, estruturas pré-fabricadas, carrocerias para
caminhões, autopeças, componentes de bicicletas, frisos para eletrodomésticos,
componentes de máquinas, dissipadores de calor, vagões ferroviários, além de elementos
para decoração. A indústria da construção civil absorve aproximadamente 60% dos
extrudados de alumínio;
II. chapas e laminados – são transformados em latas de alumínio, pisos e carrocerias para ônibus
e caminhões, construção naval, telhas e fachadas, além de utensílios domésticos, tais
como tubos e bisnagas para dentifrícios e aerossóis;
III. folhas – de acordo com as várias espessuras em que são produzidas servem para embalagens
rígidas, flexíveis, descartáveis, etc;
IV. fios e cabos – possuem larga aplicação nos serviços de transmissão de energia elétrica, como
condutores, através de cabos isolados ou nus;
V. fundidos e forjados – aplicados principalmente na indústria de transportes, onde
aproximadamente 60% do consumo de alumínio dá-se através de componentes fundidos,
como as caixas de câmbio, carcaça de motores e rodas de veículos;
VI. pastas e pó – nesta forma as aplicações são extremamente variadas, pois podem servir como
desoxidantes na indústria siderúrgica e explosivos para mineração até medicamentos
antiácidos, como hidróxidos e cloridróxidos de alumínio, passando por tintas, produtos
químicos, farmacêuticos e para tratamento de água de piscinas, na forma de sulfato de
alumínio;
VII. aluminas especiais – são transformadas em refratários, revestimentos cerâmicos, abrasivos,
vidros, porcelanas, massas de polimento, isoladores elétricos, pastilhas de freio, tintas e
corantes, entre outros.
Outra utilização do Alumínio ilustrado na Figura X.
FIGURA X: Exemplos de Utilização do Alumínio
Vê-se com os exemplos acima que as aplicações do alumínio estão numa enorme lista, servindo
para todos os tipos de indústrias, inclusive a de construção naval, objeto deste trabalho.
Na construção naval, pela melhoria das técnicas de soldagem e o desenvolvimento das ligas de
AlMg, que resistem à corrosão da água salgada, o alumínio tem sido muito utilizado neste mercado,
permitindo a confecção de barcos, canoas e botes, lanchas (patrulhas, passeios e serviços), catamarãs,
trimarãs, navios e submarinos, exemplificados na Figura X e Figura X.
Figura X: Exemplo de Utilização em Produção Naval
4 DISCUSSÕES
Sabe-se que o Brasil possui aproximadamente cerca de 7% de toda a matéria-prima
destinada à produção do objeto de estudo o alumínio, tem-se também que é
imprescindível a atuação de grandes empresas localizadas tanto na região norte como
outras localidades no Brasil como: alumar, são luis (MA), e grandes empresas que
operam grandes minas de bauxita como a MRN, Oriximiná (PA). segundo CRU(2009),
Alcoa (2009).
Desse modo, pode-se compreender o protagonismo do alumínio sendo um dos elementos
metálicos não ferrosos mais importantes para os setores industriais, impondo suas
qualidades: elevada resistência à corrosão atmosférica, seu baixo peso, e sua
condutividade elétrica é a sua ductilidade. Dito isso se pode aprimorar as qualidades
desse material através dos elementos de liga, os principais elementos de liga são: o
cobre, o Silício, o magnésio, o zinco e o manganês, com uma taxa que varia de 0,5 há
13% dependendo do elemento. Esse trabalho de revisão bibliográfica visa a compreensão
do atual contraste do elemento alumínio, hoje, sabe-se 85% de da bauxita e convertida
em alumina para a produção de aluminio metálico para gerar o elemento final, através o
processo Bayer é empregada uma alta exigência de eletricidade, porém se sabe que o
alumínio é totalmente reciclável e os dados do Ministério do meio ambiente obtido pelo
endereço eletrônico do governo federal mostra que o Brasil é recordista quando se trata
de reciclagem e um dos principais elementos é alumínio, Sabe-se portanto, que essa
ferramenta de estudo que implica em revisão bibliográfica proveniente de outros estudos
se torne elemento para fins informativos. Pode-se compreender que a extração do
alumínio é possível devido os recursos que geram energia para a produção, Entende-se
que no Brasil, atualmente, recursos hídricos é a principal fonte de energia que designam
grande parte de sua produção para às unidades de produção de alumínio.
Apartir dos fatos supracitados é apontado a atuação do alumínio está incluso em diversas
partes do dos meios industriais alimentícios, e automotivos, e em diversos outros ramos
da indústria. É importante para o para meio informativo a compreensão do processo de
produção e suas principais ligas podendo trazer grande entendimento de como esse
elemento é aprimorado para suprir os principais atuações no mercado.
5 SIDERAÇÕES FINAIS
O vigente trabalho possibilita o entendimento do cenário do alumínio suas principais ligas e
algumas de suas aplicações, é possível ter uma introdução ampliada a visão atual do alumínio
para a sociedade moderna, pois o alumínio é
o elemento não ferroso que pode assumir diversas aplicações e algumas delas podendo até
mesmo substituir algumas atuações do aço na camada de aplicações. Como exemplo do setor
automotivo entre outros.
Compreende também às aplicações de alumínio devido ao seu baixo peso, podendo ser de
grande utilidade atribuir as construções de bicicletas, truck de skate e aparelhos de ginástica.
Os elementos de liga estão inclusos nesse e diversas outras aplicações possibilitando a
manipulação do elemento para suprir às nossas necessidades em construções e em aplicações
na indústria.
Sabe-se que existem algumas controvérsias em relação a produção de alumínio, existem
resíduos da produção de alumínio que não tem aplicação para o mercado e são destinados a
grandes depósitos de sedimentos , rejeitos da matéria prima do alumínio, a bauxita. É notável
o estudo para em um futuro próximo conseguir uma melhor finalidade para esses rejeitos.
Dito isso, torna-se evidente que o alumínio é um material de grande relevância para a
sociedade atual e que suas aplicações são incalculáveis e ainda há de ser agregada com os
diversos estudos que estão por vir, direcionando atributos e outras aplicações para o alumínio
podendo até mesmo engrandecer mais sua atuação no mercado e em outras esferas de
usabilidade.
REFERÊNCIAS
ALCOA. 2009 Annual Report. Pittsburgh, 2009.
CRU-COMMUNITY RESEARCH UNIT. The Long Term Outlook for Alu-