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OS AUTORES

Antonio Carnevale Neto, 62 anos, natural do Rio de Janeiro, licenciado e bacharelado em


Matemática pela FAUP e mestre em Desenvolvimento Local. Experiência de 40 anos no
magistério, atuando como professor do nível médio e superior nas instituições CEFET/RJ,
Colégio Cruzeiro e em cursos de pré-vestibulares do Rio de Janeiro como Vetor, GPI e
outros. Responsável pelas equipes de confecção e correção das provas para os concursos
PMERJ, Bombeiro/RJ e outros. Atualmente é professor do Centro Universitário Augusto
Motta e Colégio Cruzeiro.

Geraldo Motta Azevedo Júnior, 45 anos, natural do Rio de Janeiro, é Bacharel em


Matemática pela UERJ, Engenheiro Eletrônico pela UFRJ, mestre e doutor em Ciências em
Engenharia Elétrica pela COOPE/UFRJ. Possui 20 anos de experiência no magistério
superior, atuando como docente e coordenador em cursos de Engenharia. Atualmente, é
professor adjunto do Centro Universitário Augusto Motta.

Marco Aurélio Mendes da Silva, 46 anos, natural do Rio de Janeiro, é Graduado em


Licenciatura Plena em Matemática pela UNISUAM, Pós-graduado em Docência do Ensino
Superior pela UCAM. Possui 25 anos de experiência no magistério, atuando como docente,
coordenador e diretor. Atualmente, professor e diretor de escola particular e professor do
Centro Universitário Augusto Motta.

Marlon Ferreira Corsi, 33 anos, natural do Rio de Janeiro. Graduação em Licenciatura


Plena em Matemática pela UMSB, Pós-graduação em Matemática para o Ensino Médio e
Superior pela UCB, e Mestrado em Ciências com ênfase em Modelagem Matemática e
Computacional pela UFRRJ. Atua como professor do ensino médio e superior.
CÁLCULO ELEMENTAR

Apresentação
É com muito orgulho e dedicação que apresentamos este livro onde abordaremos
conteúdos essenciais visando uma base fundamental para a compreensão de outros conteúdos
(como Cálculo Diferencial e Integral), mas também da própria matemática e de sua presença
em nossas vidas.

A importância desta matéria para as disciplinas subsequentes de Cálculo Diferencial e


Integral e Álgebra Linear é uma ferramenta essencial para o futuro do aluno que sonha com
uma formação acadêmica de sucesso e conquistas. Por este motivo, acreditamos que este livro
será de fundamental importância no âmbito profissional, buscando uma entrada no mercado
de trabalho na área da matemática, principalmente na interface com os aspectos tecnológicos
que envolvem as engenharias.

Abordaremos de forma contextualizada os seguintes capítulos:

Capítulo I - Relação e Função; Capítulo II - Função Polinomial do Primeiro Grau; Capítulo III -
Função Polinomial do Segundo Grau; Capítulo IV - Função Exponencial; Capítulo V - Função
Logarítmica; Capítulo VI - Operações Sobre Funções e Capítulo VII - Funções Trigonométricas.

Todos os assuntos citados serão fundamentais e de excelência para nos expressarmos


formalmente e corretamente a matemática na sua forma ampla e motivadora.

O material foi exclusivamente selecionado pela equipe de docentes da UNISUAM, atendendo a


três períodos do curso, além de funcionar como fonte de consultas ao longo de toda a formação.

Agradecimentos
Queremos agradecer pelo incentivo e ajuda ao D.Sc. Geraldo Motta Azevedo Júnior
(Coordenador do Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica da UNISUAM) e aos
docentes: Antonio Carnevale Neto, Marco Aurélio e Marlon Corsi, pelo profissionalismo e
dedicação ao projeto.

Agradecemos direta ou indiretamente a todos os profissionais na área de educação,


diagramação, informatização e execução pelo apoio importantíssimo na finalização do livro.

Consignamos, também, nossos agradecimentos antecipados a todos os estudantes e


professores que consultando nossa página farão parte da nossa história de sucesso.

Dedicamos este livro às nossas esposas e filhos, motivadores e inspiradores de todo


nosso processo de preparação deste livro, sempre nos compreendendo nos momentos mais
importantes de nossas vidas, onde o tempo fica escasso para dedicar as pessoas que amamos.
ÍNDICE

Capítulo I - Relação e Função Pág. 2


- Conjuntos.
- Conjuntos Numéricos.
- Plano Cartesiano.
- Relação Binária.
- Função.

Capítulo II - Função Polinomial do Primeiro Grau Pág. 31


- Função do 1º Grau.
- Gráficos.
- Inequações.

Capítulo III - Função Polinomial do Segundo Grau Pág. 52


- Função do 2º Grau.
- Gráficos.
- Inequações.

Capítulo IV - Função Exponencial Pág. 69


- Propriedades das Potências
- Equações Exponenciais
- Definição da Função Exponencial
- Representação Gráfica
- Inequações Exponenciais
- Aplicações

Capítulo V - Função Logarítmica Pág. 81


- Propriedades de Logaritmos.
- Mudança de Base
- Equações Logarítmicas
- Definição da Função Logarítmica
- Representação Gráfica
- Inequações Logarítmicas
- Aplicações

Capítulo VI - Operações Sobre Funções Pág. 96


- Classificação de uma função.
- Composição de Função.
- Função Inversa.
- Função definida por várias sentenças.
- Função Modular.

Capítulo VII - Funções Trigonométricas Pág. 127


- Arcos e Ângulos.
- Trigonometria no Triângulo Retângulo.
- Círculo Trigonométrico.
- Funções Trigonométricas.
- Relações Trigonométricas.

Capítulo I Relação e Função


1. Conjuntos

Noções de conjuntos e elementos, “Noções Primitivas  Não são definidas”.

 Diagramas:

 Dados os conjuntos A e B na forma de diagramas, como mostra a figura:

A
y
B
x

z
q
 Número de elementos:
n(A) = 2

Número de elementos de A

n(B) = 3

Nota:

Um conjunto que não tem elemento, vazio, representa-se por { } ou  “Conjunto Vazio”.

 RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA 

Relaciona o elemento ao conjunto

xA , yA , xB , qB e zB

y B


q A


Caso contrário   z  A

 INTERSEÇÃO:

4
 Notação: A
AB = {x/xA e xB}
B

 UNIÃO:

 Notação: A
A  B = { x / x  A ou x  B }
B

 RELAÇÃO DE INCLUSÃO:

x, x  B  x  A
A
 y
B
BA
x

B está contido em A

A B  A contém B.

z, z  B e z  A
A
 y
BA
B
q
x

B não está contido em A z

A  B  A não contém B.

 DIFERENÇA E COMPLEMENTAR:

5
A diferença entre A e B é representado por A  B, isto é,

A B  { x / x  A  x  B }

A B

Se B  A , a diferença A  B é também chamada complementar de B em relação ao conjunto A.


A

C B
Representamos o complementar de B em A por A .
C A
A;
O complementar de um conjunto A em relação ao universo U pode ser representado por U ou

assim, A U A .

 QUANTITATIVOS:   Para todo.

  Existe.
!  Existe um e somente um.


 CONECTIVOS: e 

ou  

2. Conjuntos Numéricos

Um conjunto A é fechado para uma operação ( * ) quando dados dois elementos quaisquer x e y de A,

então x * y pertence ao conjunto A.

 NÚMEROS NATURAIS “ ℕ ”

O conjunto dos números naturais são símbolos que representam quantidades inteiras e que torna
possível o processo de contagem.

¥  { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
0 1 2 3 ...

O conjunto ℕ é fechado para adição e multiplicação. Porém não é fechado para subtração.
 Exemplo: 3  5  ℕ

 NÚMEROS INTEIROS “ ℤ ”

6
O conjunto dos números inteiros é indicado por ℤ e

ℤ  {... ,  3,  2,  1, 0, 1, 2, 3, ...}
... 3 2 1 0 1 2 3 ...

Nota:

*
Conjuntos dos números inteiros não nulos: ℤ  ℤ  { 0 }

 Não negativos: ℤ   { 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}




 Positivos: ℤ *  {1, 2, 3, 4, 5, ...}

 Não positivos: ℤ   {...  5,  4,  3,  2,  1, 0 }


Conjunto dos inteiros  Negativos: ℤ *  {...  5,  4,  3,  2,  5 }

O conjunto ℤ é fechado as operações de adição, subtração e multiplicação. Porém não é fechado para
divisão.

 Exemplo: 3  5  ℤ

Observação:

O Conjunto dos Números Inteiros apresentam os Números Naturais e seus respectivos simétricos em
relação ao Zero. (1 é simétrico de 1).

 NÚMEROS RACIONAIS “ ℚ ”

Números racionais são aqueles que podem ser escritos como quociente de dois inteiros.

 p 
ℚ   x / x   p  ℤ  q  ℤ* 
 q 

Nota:

Dízimas Periódicas:

Os números com representação periódica e infinita, como 0,222..., podem ser escritos na forma de fração
2
 
 9  , logo pertencem ao Conjunto dos Números Racionais e são chamados de Dízimas Periódicas.

 Vamos, como exemplo, determinar a fração das dízimas a seguir:

a) 0,555... = 0,5 = x
 Multiplicamos os dois membros da equação por 10, logo:

7
10x = 5,555...

 Subtraímos as duas equações, para eliminar a parte inteira:


10x = 5,555...
 x = 0,555...

9x = 5  . Então:

b) 3,444... = =y
 Multiplicamos os dois membros da equação por 10, logo:
10y = 34,444...

 Subtraímos as duas equações:


10y = 34,444...
 y = 3,444...

9y = 31  . Então:

c)
 Multiplicamos os dois membros da equação por 10, logo:
10z = 2,343434...

 Multiplicamos os dois membros da equação por 1000, logo:


z = 0,2343434... ( 1000)
1000z = 234,343434...

 Subtraímos as duas equações:


1000z = 234,343434...
 10z = 2,343434...

990z = 232  . Então:

 NÚMEROS IRRACIONAIS “ I ”

São números que não podem ser escritos na forma de quociente de números inteiros, e que podem ser
representados por decimais não periódicos infinitos.

 Exemplo 01: 2 ; 3 ; 0,1010010001...

 Exemplo 02: O resultado da divisão do comprimento da circunferência C pelo seu diâmetro 2r,
C 

2r , cujo valor aproximado é 3,14. “ é um decimal não periódico infinito:
  3,1415926535... “

 NÚMEROS REAIS “ ℝ ”

É a união dos Racionais com os Irracionais.

8
Nota:

ℝ *  { x  ℝ / x  0 } reais não nulos


ℝ   { x  ℝ / x  0 } reais não negativos
ℝ *  { x  ℝ / x  0 } reais positivos
ℝ   { x  ℝ / x  0 } reais não positivos
ℝ *  { x  ℝ / x  0 } reais negativo

Atenção:

Intervalos:

Considere os números a  ℝ e b  ℝ , com a  b definimos intervalos de extremos a e b.

 Aberto:
Conjunto de todos os números reais compreendidos entre a e b (exclui os extremos).

] a , b [  {x  ℝ / a  x  b}
a b

 Fechado:
Os intervalos extremos a e b é fechado quando inclui os extremos.

[ a , b ]  {x  ℝ / a  x  b}
a b

 Semi-fechado ou semi-aberto:
[ a , b [  {x  ℝ / a  x  b}
a b
] a , b ]  {x  ℝ / a  x  b}
a b

Intervalos Infinitos:

[ a ,  [  {x  ℝ / x  a}
a
] a ,  [  {x  ℝ / x  a}
a
]   , a ]  {x  ℝ / x  a}
a
]   , a [  {x  ℝ / x  a}
a

Note que ]   ,  [  ℝ .

 Exercícios Resolvidos:

01. Vamos representar os intervalos a seguir na notação de intervalo:

9
a) { xℝ / 2 x  8 }

Solução: [ 2 , 8 ) ou [ 2 , 8 [

b)
3 4

Solução: [ 3 , 4]

c)
3

Solução: [  3 ,   ) ou [  3 ,   [

d)
2

Solução: ]  , 2 [ ou (   , 2 )

02. No universo U  ℝ , são dados os intervalos: A = [1, 2) e B  { x  ℝ / 0  x  4 } , determine com


notação de intervalo os seguintes conjuntos:

a) A B
b) A B
c) A B
d) A

Solução:

a) b)

A A
1 2 1 2

B B
0 4 0 4

A B A B
1 4 0 2

[ 1,4) [0,2)

c) d)

10
A 2
1
1 2

( , 1) [2,+ )
B
0 4

A B
1 0

[ 1,0)

 Exercícios de Fixação:

Questão 01

Represente os intervalos reais a seguir, na reta numérica:

a) ]   , 2 ]

b) ]  8 ,  [

c) [ 0 ,   )

Questão 02

Calcule uma fração geratriz para cada uma das dízimas periódicas seguintes.

a) 2,555...

b) 0,0242424...

c) 3,1232323...

Questão 03

x
Sendo x = 8,2444... e y = 2,5121212..., dê a representação simplificada de y .

Questão 04

Dê a representação decimal de 1,777... .

Questão 05

No universo U  ℝ são dados os intervalos: A  { x  ℝ /  3  x  1 } , B  { x  ℝ /  1  x  3 }


e C  { x  ℝ / 0  x  4 } , represente com a notação de intervalos os seguintes conjuntos: A  B, A  C,
B  C, A  B, A  C, B  C, A  B, B  A, A  C e C  A.

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 GABARITO - EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

01. a) 2

b) 8

c) 0

23
02. a) 9

24
b) 990

1546
c) 495

8162
03. 2487

4
04. 3

05. A  B  ]  3 , 3 [
A  C  ] 3 , 4 ]
B  C  [  1, 4 ]
A  B  [  1, 1 ]

A  C  ] 0 ,1]
BC  [0,3[
A  B  ]  3 , 1[
B  A  ] 1, 3 [
A  C  ] 3 , 0 [
C  A  ] 1, 4 ]

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3. Plano Cartesiano

 PLANO CARTESIANO

É formado por duas retas perpendiculares no ponto O, chamado de origem.

(Ordenada)

Ox  Eixo das abscissas.

Oy  Eixo das ordenadas.

O x

(Abscissa)

 PONTO NO PLANO CARTESIANO

A localização de um ponto qualquer P no plano cartesiano é através de suas coordenadas ( xp , yp ) ,

onde: xp é a abscissa do ponto P e yp é a ordenada do ponto P.


y

P
yp

O xp x

 Exemplo 01:

Vamos representar os pontos A(2, 3) , B(5 , 2) e C(6 , 3) no plano cartesiano.
y

A
3

6 5
O
2 x
2
3 B
C

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 Exemplo 02:

Representar o par ordenado P(2, 3) e o par ordenado Q(3, 2) no plano cartesiano.

y
Os pontos P e Q são diferentes

3
P (2, 3)

2
Q (3, 2)

O
2 3 x

Observação:

Um ponto P de coordenadas (xp , yp ) será igual a um ponto Q de coordenadas (x q , y q ) se,

e somente se, xp for igual a x q e yp for igual a y q . Então:

P  Q  xp  x q  yp  y q

 Produto Cartesiano

Dado dois conjuntos não vazios A e B, denomina-se produto cartesiano de A por B e indicado por A  B
ao conjunto de pares ordenados (x, y), tal que x pertence a A e y pertence a B. Isto é:

A  B  { ( x, y ) / x  A  x  B }

 Exemplo 01:

Considere os conjuntos A = { 1, 2, 3 } e B = { 5, 7 }. Para determinar o produto de A por B


(representa-se A  B e lê-se A cartesiano B), construímos todos os pares ordenados possíveis (x, y)
em que x  A e y  B.

A B
1 5

2 A  B = { (1, 5) ; (1, 7) ; (2, 5) ; (2, 7) ; (3, 5) ; (3, 7) }


7

14
 Exemplo 02:

Determinar B  A.

B A
5 1

2 B  A = { (5, 1) ; (5, 2) ; (5, 3) ; (7, 1) ; (7, 2) ; (7, 3) }


7

Observações:

1ª. Apesar do número de elementos de A  B e de B  A serem iguais, os conjuntos são diferentes.

2ª. Para determinar a quantidade de elementos de A  B ou B  A, basta multiplicar o número de


elementos de A pelo número de elementos de B.

n( A  B )  n(A)  n(B)

Nº de elementos de Nº de Nº de
A B elementos elementos
de A de B

 Exercício Resolvido:

Determine os valores de a e b para que os pares ordenados (a + b, 1) e (5, a  b) sejam iguais.

Solução: Para que a igualdade (a + b, 1) = (5, a  b) seja verdadeira, temos:

a  b  5

a  b 1

Usando o método da adição para resolver o sistema, chegamos a equação 2a = 6.


Logo: a = 3 e b = 2.

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 Exercícios Propostos:

Questão 01
Represente os pontos a seguir no plano cartesiano.
a) A(2, 4)
b) B(2, 0)
c) C(5, 2)
d) D(0, 4)
e) E(2, 3)
f) F(3, 2)

Questão 02
Determine as coordenadas dos pontos A, B, C, D, E e F no plano cartesiano a seguir:
y

C
B
A x

D
F
E

Questão 03
Quais os valores de x e y para que os pares ordenados (x + 2y, 3) e (7, x  2y) sejam iguais.

Questão 04
Considere os conjuntos A = {0, 1, 3} e B = {1, 2}, determine:
a) A  B
b) B  A

Questão 05
Represente no plano cartesiano A  B, sendo A = {1, 2, 3} e B = {2, 1, 0, 1}.

Questão 06
Quantos elementos possui A  B, sabendo que A possui 12 elementos e B possui 5 elementos?

Questão 07
A  B possui 32 elementos. Se A possui 4 elementos, qual a quantidade de elementos do conjunto B ?

Questão 08
Represente A  B, sabendo que A = {0, 1, 2} e B = {1, 0, 1, 2}.

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 GABARITO - EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

01.
y

B x

C
E
D

02.
A(3, 0) ; B(2, 1) ; C(3, 2) ; D(4, 2) ; E(0, 4) ; F(2, 3)

03. (5, 1)

04. a) { (0, 1) ; (0, 2) ; (1, 1) ; (1, 2) ; (3, 1) ; (3, 2) }

b) { (1, 0) ; (1, 1) ; (1, 3) ; (2, 0) ; (2, 1) ; (2, 3) }

05.
y

06. 60 elementos

07. n(B) = 8

08.
{ (0, 1) ; (0, 0) ; (0, 1) ; (0, 2) ; (1, 1) ; (1, 0) ; (1, 1) ;
(1, 2) ; (2, 1) ; (2, 0) ; (2, 1) ; (2, 2) }

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Observação:

Se A = {2, 3} então A  A (indicado por A 2 e lê-se “A dois”) é

A  A  {(2, 2) , (2, 3) , (3, 2) , (3, 3)}

 Exemplo 03:

Se A  { x  ℝ / 1  x  3 } e B  { 5 } então A  B = { (x, 5) / x  A }.

O
1 3 x

 Exemplo 04:

Se A  {x  ℝ / 1  x  3} e B  {x  ℝ / 1  x  5} temos A  B  {(x, y)  ℝ /1  x  3 e 1  y  5 }
2

2
e B  A  {(x, y)  ℝ /1  x  5 e 1  y  3 } .

y y
5

A B 3

B A

1 1

1 3 x 1 5 x

18
4. Relação Binária

Definição:
Dados dois conjuntos A e B, chama-se relação binária de A em B todo subconjunto R de A  B.

R é relação binária de A em B  R  (A  B)

A = conjunto de partida da relação R.

B = conjunto de chegada ou contra-domínio da relação R.

Quando o par (x, y) pertence a relação R, escrevemos xRy (lê-se: “x erre y”)

(x, y)  R   R y

 Exemplo 01:

Considere os conjuntos A = {0, 2, 3, 4} e B = {2, 3, 4, 5, 6}.


O conjunto de pares ordenados (x, y) de A  B tais que x é divisor de y é uma relação, isto é
R = {(x, y)  A  B / x é divisor de y} = {(2, 2) , (2, 4) , (2, 6) , (3, 3) , (3, 6) , (4, 4)}.

Na relação o elemento x de A é “associado” ao elemento y de B mediante um certo critério de


“relacionamento” ou “correspondência”.
y

5
A B

0 3
4

3 5
3
2 2
6
2
4
4

2 3 4 x

 Exemplo 02:
2 2 2
Seja A = {1, 0, 1, 2} e a relação R = {(x, y)  A / x  y }.
A representação da relação é R = {(0, 0) , (1, 1) , (1, 1) , (1, 1) , (1, 1) , (2, 2)}.
y
A A
2
0 0
1
1 1
1 1
1 1 2 x
2 2
1

19
 Exercícios de Fixação:

Questão 01

Dado os conjuntos A = {2, 1, 0, 1, 2} e B = {3, 2, 1, 1, 2, 3, 4}. Determine a relação e faça o gráfico
cartesiano de R.

a) x R y  x + y = 2

2
b) x S y  x  y

c) x V y  x + y  2

Questão 02

Dado o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Enumere os pares ordenados e construa o gráfico cartesiano da
relação R, a seguir:
R  { (x, y)  A 2 / y  2x  1 }

 DOMÍNIO E IMAGEM

‘ Sejam os conjuntos A = {0, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e a relação R = { (2, 2) , (2, 4) , (2, 6) , (3, 3) ,


(3, 6) , (4, 4) }, indicada no diagrama:

A B
0 1
D Im
2
2
6
3
3
4 4

D = {2, 3, 4} Im = {2, 3, 4, 6}

Conjunto Domínio Conjunto Imagem


da relação da relação

Elementos de A que Elementos de B que


estão se relacionando estão se relacionando
com elementos de B com elementos de A

20
Domínio - Definição:

Dada uma relação R de A em B.

Denomina-se Domínio de R o conjunto Dom, formado por todas as abscissas dos pares ordenados de R.

x  Dom  y , y  B / (x, y)  R

Imagem - Definição:

Imagem de R é o conjunto Im, formado por todas as ordenadas dos pares ordenados de R.

y  Im  x , x  A / (x, y)  R

 Exercícios Resolvidos:

01. Seja o conjunto A = {0, 1, 2, 3} e a relação R = {(x, y)  A  A / x + y  2}.


Determine o conjunto domínio de R e o conjunto Imagem de R.

Solução:

R = {(0, 0) , (0, 1) , (0, 2) , (1, 0) , (1, 1) , (2, 0)}

A A

0 0
1 RESP.: Dom R = {0, 1, 2}
1
2 Im R = {0, 1, 2}
2
3 3

02. Se A  {x  ℝ / 1  x  3} e B  {y  ℝ / 1  y  4} , qual é o domínio e a imagem da relação


R  { (x, y)  A  B / y  2x } ?
Solução:

Temos:
y y

4
4

3 Im 3

A B B
2 2

1 1

1 3 x 1 2 3 x

A
RESP.:
D  { x  ℝ / 1  x  2 } e Im  { y  ℝ / 2  y  4 } .

21
5. Função

Dizemos que a relação F de A em B é uma função de A em B se e somente se para todo x  A existe um


único y  B, tal que x está relacionado com y, isto é:

F:A B é uma função x, x A, !y , y B / xRy

Para todo x relacionado


Existe um e com y
somente um

 Exemplo 01:

Considere a relação indicada abaixo.

F
A B f(1) = a  (1, a)
1 a
f(2) = b  (2, b)
2 b
f(3) = b  (3, b)
3 c
e
4 f(4) = c  (4, c)
d

Observe que o conjunto domínio da função é o próprio conjunto A, pois para a relação ser uma
função não pode sobrar elemento no 1º conjunto (Conjunto de Partida), isto é:

Dom f  A

E a imagem da função são apenas os elementos do 2º conjunto (Conjunto de Chegada), que estão
relacionados. Isto é:

Im f  { a, b, c }

 Exemplo 02:

Das relações abaixo, quais são funções? Justifique a resposta.

a)
F É FUNÇÃO, x, x  A, ! y, y  B / F(x)  y
A B

22
b)
F A RELAÇÃO NÃO É FUNÇÃO, pois nem todos os

A B elementos de A estão em correspondência.

Sobraram

c)
F A RELAÇÃO NÃO É FUNÇÃO, pois existem elementos

A B de A com 2 (duas) imagens.

f(x)  y1 e f(x)  y 2
y1
x
y2

 Exercícios Resolvidos:

Dada a função f : ℝ  ℝ é definida pela lei f(x)  x  2x  1.


2
01.
Determine:
a) A imagem de 2 dada pela função.

Na realidade vamos
determinar o valor de
y quando x = 2.

Solução:

f(x)  x 2  2x  1

f(2)  (2)2  2(2)  1

f(2)  4  4  1

f(2)  1  ( 2, 1)

23
b) O valor de x quando f(x) = 0.

Solução:

Substituindo f(x) por zero, temos:

f(x)  x 2  2x  1  0  x 2  2x  1

x 2  2x  1  0 . Resolvendo a equação do 2º grau, obtemos x = 1, isto é o valor de x quando f(x) é

igual a zero é 1.

 Exercícios de Fixação:

Questão 01

Quais dos diagramas abaixo representa uma função f de A em B ?

a) b) c)
A B A B A B

1 1 2 8 2 4

2 2 4 16 4 8

3 20 4
3

d) e) f)
A B A B B A
1 1 0
0 2
2
2 2 15 2

10
3 3 4

Questão 02

Considere os conjuntos A = {1, 0, 1, 2} e B = {2, 1, 0, 1, 2, 3, 4, 5 ,6} e uma relação entre A e B dada
pela lei y = 2x + 1, onde x  A e y  B. Represente essa relação por meio de um diagrama e verifique se ela
é ou não é função.

Questão 03

f: ℝ  ℝ 2
Considere a função cuja lei é f(x)  x  4x e determine:

a) A imagem do número 1 pela função f.

b) f ( 2 )

c) O valor real de x do domínio quando a imagem é zero.

24
Questão 04

A B

1 0

1
0

1 4

2 6

3 9

10

Observe o diagrama acima e responda:

a) f(1)

b) A imagem do número 0 pela função f.

c) f(3)

d) O valor de x quando sua imagem é 4.

e) Dom (f)

f) Im (f)

Questão 05

Considerando a função f : ℝ  ℝ cuja lei é f(x)  x  5x  6 , determine o(s) número(s) real(is) de x


2

cuja imagem seja(m) zero.

Questão 06

Considere a função real cuja lei é f(x) = 2x  4 e determine:

a) f(0)

1
b) f ( 2 )  2  f ( 3 )

 3
f
 2 
c)  

d) O valor de x do domínio cuja imagem é zero.

Questão 07

2
Sendo f(x) = 3x  5 e g(x)  2x  4x  3 , calcule:

a) f(x) = 0

b) A imagem de 5 pela função g(x).

25
 Exercícios Complementares:

Questão 01

Considere a função f : ℝ  ℝ cuja lei é f(x)  x  7x  12 e determine:


2

a) f(0)

b) f(1)

c) f(0)  2  f( 1)

d) A imagem do número 3 pela função f.


e) O valor de x do domínio cuja imagem é zero.

Questão 02

Considere os conjuntos A = {1, 0, 1, 2, 3} e B = {2, 1, 0, 1, 2, 3, 4, 5 ,10} e uma relação entre A e B


2
dada pela lei y  x  1 , onde x  A e y  B. Represente essa relação por meio de um diagrama e verifique
se ela é ou não é função.

Questão 03
Considere a função real f(x) = 2x  8 e calcule:

a) f(0)

b) f(x) = 0

f(2)
f( 1)  2  f(0) 
c) 4

Questão 04
Considere a função real g(x) = x  8 e calcule:

a) g(5)

b) g(x) = 0

Questão 05

Considere a função h: ℝ  ℝ cuja lei é h(x)  x  2x e calcule:


2

a) A imagem do número 3 pela função.

2
h 
b) 3

1
h( 1)  2  h(0) 
c) 3

d) h(x) = 0

26
 GABARITO - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:

01. Usando a definição de função, temos as letras


a) , b) e d).

02. Pela função, determinamos:

1 está associado a 3
0 está associado a 1

1 está associado a 1
2 não está associado a ninguém em B, logo,
não é função.

03. a) 5

b) 2  4 2
c) 0 e 4

04. a) 1
b) f = 0
c) 9
d) x = 2

e) {1, 0, 1, 2, 3}
f) {0, 1, 4, 9}

05. 2 e 3

06. a) 4
b) 1

c) 3 4

d) x = 2

5
x
07. a) 3

b) 73

27
 GABARITO - EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:

01. a) 12
b) 20

c) 28
d) 0
e) 3 e 4

02. Se cada elemento de a está associado a


apenas um elemento em b será função.
Temos formados os pares ordenados (1, 2) ;
(0, 1) ; (1, 2) ; (2, 5) ; (3, 10), logo é função.

03. a) 8
b) x = 4
c) 5

04. a) 3
b) 8

05. a) 3

8

b) 9

8
c) 3
d) 0 e 2

Observação 01:

F: A  B
Dada a função x  y  f(x) , chamamos de domínio da função o conjunto de todos os
elementos x  A, para os quais existem y  B tal que (x, y)  f.

28
 Exercício Resolvido:

Obter o domínio das funções:

1
f(x) 
a) x

Solução:

x0  Dom (f) = ℝ * .

b) f(x)  x  2

Solução:

x20  x2

Dom (f) = { x  ℝ / x  2 } .

3
f(x) 
c) 2x  8

Solução:

8
x
2x  8  0  2x  8  2  x4

Dom (f) = { x  ℝ / x  4 } .
Para identificarmos o domínio de uma
função devemos identificar a restrição da
função “Isto é, o que NÃO pode ocorrer na
função”, então eliminar essa restrição.

Observação 02:

Dada a função y = f(x), denomina-se ZERO ou Raiz da Função o valor de x, tal que y = 0.



Isto é, f(x) = 0, ponto (x, 0). “Onde o gráfico da função intersecta o eixo Ox ”.

29
 FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENTE

F: A  B
Considere x  y  f(x) uma função real.

Dizemos que:

 f(x) é CRESCENTE num intervalo aberto I, se somente se, para todo x1 , x2 pertencentes a I,

x1  x 2  f(x1 )  f(x 2 )

 f(x) é DECRESCENTE num intervalo aberto I, se somente se, para todo x1 , x2 pertencentes a I,

x1  x 2  f(x1 )  f(x 2 )

y y

f(x2)

f(x1) f(x1)

f(x2)

x1 x2 x x1 x2 x

x1  x 2  f(x1 )  f(x 2 ) x1  x 2  f(x1 )  f(x 2 )

Logo f é CRESCENTE. Logo f é DECRESCENTE.

 Exercícios de Fixação:

Questão 01

Quais dos gráficos seguintes NÃO representam função de domínio real? Explique.
a) e)

30
y y

-1 0 1
x

0 x -2

y y
b) f)

0 x 0
-3 5 x

y y
c) g)

0 x
0 x
1

y y
d) h)

1
0
-3 x 0 x
-1 -2 2

Questão 02

Considerando f e g funções de Q em Q dadas por f(x) = 3x2  x + 5 e g(x) = 2x + 9, faça o que se
pede:
f(0)  g(1)
a) Determine o valor de f(1) .
b) Determine o valor de x tal que f(x) = g(x).
c) Resolva a equação: g(x) = f(3) + g(4).

Questão 03

Seja f : ℝ  ℝ que tem, para todo x real, a propriedade: f(mx) = mf(x) + 1, sendo m uma constante
real não nula.
1
f(0)  
Se 2 , obtenha:
a) o valor de m.
b) os valores de f(9) e f(81), supondo que f(3) = 2.

Questão 04

Determine o domínio das funções definidas por:

a) y  x  2

31
3
b) 4x  1

3x  1
y
c) x3

x 1
y
d) x

Questão 05

Estabeleça o domínio de cada uma das funções definidas pelas sentenças abaixo:

a) f(x)  2x  1  x

b) g(x)  3x  5  x 1

2
i(x)  3
c) x  4x

2
d) j(x)  x  5

Questão 06

A figura a seguir exibe o gráfico de uma função y = f (x) definida no intervalo [6, +6]. O gráfico de f passa
pelos pontos seguintes: (6, 2), (4, 0), (3, 3), (2, 0), (2, 1), (3, 4), (4, 2), (5, 2) e (6, 1). Exceto no intervalo
[4, 2], o gráfico de f é formado por segmentos de reta.

9
f 
a) Calcule  2  .

b) Determine a imagem de f .

c) Quantas soluções distintas possui a equação f(x) = 1 ? E a equação f(x) = 2 ? Justifique a sua resposta.

d) A função f é crescente no conjunto C = [4, 3]  [2, 3] ? Justifique a sua resposta.

Questão 07

 11
 3 , 2 
Considere as sentenças abaixo, relativas à função y = f(x), definida no intervalo   , e representada,
graficamente, na figura.

32
Responda:

a) Domínio de f(x).

b) Imagem de f(x).

c) Para que valores de x, f(x)  0.

d) Para que valores de x, f(x)  0.

e) Para que valores de x, f(x) é crescente.

f) Para que valores de x, f(x) é decrescente.

g) Para que valores de x, f(x) é constante.

h) Os zeros da função.

 GABARITO - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:


c) f(x) = 1 possui 4 soluções e f(x) = 2 possui
01. (C)  Qualquer x  0 está associado a dois infinitas soluções.
valores de y.
d) NÃO, pois 3 e 2 são elementos de C,
(D)  x = 3 tem duas imagens: 1 e 1.
3  2 e f(3)  f(2).
(E)  Quando x  ]1, 1[ , não há imagem
correspondente.
 11
(G)  x = 1 está associado a infinitos valores  3, 2 
de y. 07. a)  
b) [4, 3]
02. a) 16/7 c) [3, 1[  ]2, 4[
b) 1 ou 4/3  11
c) 43/2 [ 1, 2 ]   4, 
d)  2
03. a) 3  11
[ 3, 0 ]  3, 
b) f(9) = 7 ; f(81) = 67 e)  2
04. a) {x  ℝ / x  2} f) ]1, 3[
b) IR g) [0, 1]
c) {x  ℝ / x  3} h) {1, 2, 4}
d) {x  ℝ / x  1 e x  0}

 1
x  ℝ / x  
05. a)  2 
 5
x  ℝ / 1  x  
b)  3

c) x  ℝ / x  0, x  2 e x  2
d) ℝ

06. a) 2
b) [2; 4]

33
Capítulo II Função Polinomial do Primeiro Grau

1. Função do 1º Grau

Denomina-se Função Polinomial do 1º Grau ou Função Afim a função definida por:

 a  ℝ*
F:ℝ  ℝ 

x  y  ax  b, onde  e

 bℝ

Dado f(x) = ax + b, observe o gráfico:

y COEFICIENTE
ANGULAR

y = ax + b

COEFICIENTE
y2
LINEAR
y
y1
x

b x1 x2 x
a
b

Raiz da Função ou
Zero da Função

y=0 ax + b = 0

ax = b

b
x
a

Nota:
y y  y1
a  tg    2
x x 2  x1
COEFICIENTE
ANGULAR

Informa a
declividade da reta

34
Nota:

b  Coeficiente Linear

Informa a
posição da reta


Onde a reta corta o eixo Oy

Observação:

Toda Função do 1º Grau representa uma reta.

Atenção:

sen tg
y

a 0

tg 0

cos
A
x

sen tg
y

cos
A
x

tg 0

a 0

35
 SINAL DA FUNÇÃO

y f é uma Função
a 0 Crescente

y = ax + b

x
b
a

f é uma Função
Decrescente
a 0
y
y = ax + b

b x

Dom (f )  ℝ

36
Atenção:

y=k
k

y = 0x + k  tg 0º = 0

NÃO É UMA FUNÇÃO DO 1º GRAU.

“y = k é uma função constante ou estacionária.”

 Exemplo:

Determine os coeficientes nas funções:

a) y = 5x  2 a = 5 e b = 2

3 3
y  x b
b) 2 a=1 e 2

x 1
y a
c) 2 2 e b=0

d) y = 3x a = 3 e b = 0

37
 GRÁFICOS DE FUNÇÕES POLINOMIAIS DO PRIMEIRO GRAU

Observe que as funções f, g e h possuem o mesmo


y coeficiente angular:
f g h
f(x) = 2x + 1  a=2

g(x) = 2x  a=2

h(x) = 2x  1  a=2
2
Então, as funções têm como gráfico retas paralelas.
1
 Definição:

Se f: ℝ  ℝ é tal que f(x) = ax + b e g: ℝ  ℝ é


1 x
tal que g(x) = a’x + b’, segue:
1

a = a’ e b  b’  as retas serão PARALELAS.

Observe que as funções f e g possuem o mesmo


coeficiente angular e mesmo coeficiente linear:

f(x) = x  2  a = 1 e b = 2

f g g(x) = x  2  a = 1 e b = 2

Então, as funções têm como gráfico retas coincidentes.

 Definição:

Se f: ℝ  ℝ é tal que f(x) = ax + b e g: ℝ  ℝ é


2 x
tal que g(x) = a’x + b’, segue:

a = a’ e b = b’  as retas serão COINCIDENTES.


2

Observe que as funções f e g possuem o coeficiente


angular diferente:

f(x) = 2x  4  a=2

g(x) = x  2  a=1

Então, as funções têm como gráfico retas


concorrentes, ou seja, possuem um só ponto em
comum P(2, 0).

 Definição:

Se f: ℝ  ℝ é tal que f(x) = ax + b e g: ℝ  ℝ é


tal que g(x) = a’x + b’, segue:

a  a’  as retas serão CONCORRENTES.


38
y
g

P(2p) x

 Exercícios Resolvidos:

01. Estudar o sinal da função y = 2x  6.

Solução:

Vamos determinar o zero de y = 2x  6, que


é determinar o valor de x da função
quando y é zero.

Logo:

2x  6 = 0

2x = 6

x=3

x = 3  O zero da função é 3, pois quando x = 3  y = 0.


Observando que a  0, então f é CRESCENTE.

39
  para x  3, temos y  0

Fazendo o esboço do gráfico, obtemos :   para x  3, temos y  0 .

  para x  3, temos y  0

x
3

02. Estudar o sinal da função y = 2x  6.

Solução:

Vamos determinar o zero de y = 2x + 6,


que é determinar o valor de x da função
quando y é zero.

Logo:

2x + 6 = 0

2x = 6  multiplicar a equação por (1)

2x = 6

x=3

x = 3  O zero da função é 3, pois quando x = 3  y = 0.

Observando que a  0, então f é DECRESCENTE.

40
  para x  3, temos y  0

Fazendo o esboço do gráfico, obtemos :   para x  3, temos y  0 .

  para x  3, temos y  0

x
3

 INEQUAÇÕES ENVOLVENDO FUNÇÕES POLINOMIAIS DO 1º GRAU

Considere a seguinte inequação no conjunto ℝ : 5x + 10  0.

Ao resolver esse exercício, observando as equivalências:

5x + 10  0

5x  10 (1)

5x  10
O conjunto solução da inequação dada é:
10
x ℝ
5 S={x / x2}

x2

Podemos, no entanto, chegar a esse mesmo resultado fazendo o estudo do sinal da função y = 5x + 10.

 a = 5  0, o que indica a função é decrescente.

 o zero da função é 2, pois: 5x + 10 = 0

5x = 10
5x = 10

10
x
5
x = 2, portanto, temos:

41
2 x

Como queremos que y seja negativo (y  0), tomamos os pontos à direita de x = 2.

2 x

Novamente concluímos que S = { x  ℝ / x  2 }.

 INEQUAÇÕES SIMULTÂNEAS

A dupla desigualdade f(x)  g(x)  h(x) se decompõem em duas inequações simultâneas.

 f (x)  g(x) ()



f (x)  g(x)  h(x)   e .

 g(x)  h(x) (  )

Seja S1 o conjunto-solução de (  ) e S2 o conjunto-solução de (  ) , então o conjunto-solução da

dupla desigualdade é S  S1  S2 .

 Exemplo Resolvido:

( II )

Resolver 3x  2   x  3  x  4

( I)

1
() 3x  2   x  3  4x  1  x 
4

42
1
(  ) x  3  x  4   2x  1  x  
2

x
1 1
2 4

A interseção desses dois conjuntos é

 1 1 
S x  ℝ /   x  
 2 4 

 INEQUAÇÕES-PRODUTO

Sendo f(x) e g(x) duas funções na variável x, as inequações f(x)  g(x)  0 , f(x)  g(x)  0 , f(x)  g(x)  0

e f(x)  g(x)  0 são denominados inequações-produto.

Vejamos como resolver, no conjunto IR, a inequação (2x  1)(x  3)  0.

Vamos chamar as funções de f(x) e g(x), então f(x) = 2x  1 e g(x) = x  3, logo:

( 2x  1) ( x  3 )  0

f(x) g(x)

Estudemos então, separadamente, o sinal de cada uma dessas funções.

Para a função f(x) = 2x  1, temos:

 f(x) = 0

2x  1 = 0
2x = 1

1
x
2 (raiz ou zero da função)

 a = 2  0, o que indica que a função é crescente, portanto, pelo esboço do gráfico podemos determinar:

43
x
1
2

Para a função g(x) = x  3, temos:

 g(x) = 0

x3=0
x = 3 (raiz ou zero da função)

 a = 1  0, o que indica que a função é crescente, portanto, pelo esboço do gráfico podemos determinar:

x
3

Em seguida, vamos transportar os resultados obtidos nos estudos de sinal para uma tabela de sinais ou
quadro de sinais, em que, na última linha, estarão indicados os sinais que nos interessam, ou seja, os
sinais do produto f(x).g(x).
1
2 3
Sinal de f(x)

Sinal de g(x)

Sinal de f(x).g(x)

1 3
2
Como queremos que f(x).g(x) seja negativo (  0 ), tomamos, na última linha da tabela, os números
1
compreendidos entre 2 e 3.

 1 
S  xℝ /  x3
Temos, portanto, que  2 .

 INEQUAÇÕES-QUOCIENTE

Sendo f(x) e g(x) duas funções na variável x, as inequações:

44
f(x) f(x) f(x) f(x)
 0,  0,  0 e  0
g(x) g(x) g(x) g(x) , são denominadas inequações-quociente.

x1
0
Vejamos como resolver, no conjunto IR, a inequação  2x  4 .

Vamos chamar as funções de f(x) e g(x), então f(x) = x  1 e g(x) = 2x + 4, logo:

f(x)

x 1
0
 2x  4
g(x)

Estudemos então, separadamente, o sinal de cada uma dessas funções.

Para a função f(x) = x  1, temos:

 f(x) = 0

x1=0
x = 1 (raiz ou zero da função)

 a = 1  0, o que indica que a função é crescente, portanto, pelo esboço do gráfico podemos determinar:

x
1

Para a função g(x) = 2x + 4, temos:

 g(x) = 0

2x + 4 = 0

2x = 4 (1)
2x = 4
x = 2 (raiz ou zero da função)

 a = 2  0, o que indica que a função é decrescente, portanto, pelo esboço do gráfico podemos
determinar:

45
2 x

Em seguida, vamos transportar os resultados obtidos nos estudos de sinal para uma tabela de sinais ou
quadro de sinais, em que, na última linha, estarão indicados os sinais que nos interessam, ou seja, os
sinais do quociente f(x)  g(x).

1 2
Sinal de f(x)

Sinal de g(x)

Sinal de f(x) g(x)

1 2

Obs.: Como não existe divisão por zero, x  2.

Temos, portanto, que S   x  ℝ / x  1 ou x  2  .

 Exercícios Propostos:

Questão 01
Identifique as funções do primeiro grau.
a) y = 2x d) y = 5x  2x2
x 1
y 
b) y = 2x  4 e) 2 3
c) y = x2  2x f) y=2

Questão 02
Determine os valores de a e b nas funções do primeiro grau a seguir:
a) y = 5x  1 d) y = 2x
2 x 1
y  x3 y 
b) 3 e) 2 3
c) y = 3  5x

Questão 03
Dada a função definida por f(x) = 3x + 2, determine:
a) f(0)
b) f(2)
c) o valor de x para que se tenha f(x) = 5
d) o valor de x para que se tenha f(x) = 0

46
Questão 04
Uma função de IR em IR é dada pela lei f(x) = 100x  200, calcule f(5)  f(0).

Questão 05
A entrada de um rodízio de pizzas custa, por pessoa, R$ 28,00 e cada refrigerante em lata custa R$ 2,50.
Determine:
a) O valor da conta (y) para uma pessoa que bebeu (x) refrigerantes.
b) O valor da conta (y) para 3 pessoas, sabendo que cada uma bebeu 4 refrigerantes.

Questão 06
Na função f(x) = ax + b, determine a e b para que a função possua f(3) = 4 e f(0) = 2.

Questão 07
Verifique se os pares ordenados a seguir pertencem a função: y = 3x  6.
a) (3, 4)
b) (8, 18)
c) (9, 6)

Questão 08
Faça um esboço do gráfico de cada uma das funções:
a) y=x
b) y = 2x  2
c) y = 2x + 4
d) y=4x

 Exercícios Complementares:

Questão 01

Dada a função do 1º grau f : ℝ  ℝ , definida por: f(x) = 2x  7, determine a imagem do número 2,4.

Questão 02
2
f (x)  x5
A função do 1º grau é definida por 3 , calcule:
a) f(0)
b) f(6)
3
f  
c)  2 

Questão 03
Considere f(x) = ax + b.
Determine a e b para obter f(1) = 2 e f(2) = 1.

47
Questão 04
Faça um esboço do gráfico da função f(x) = 2x  6.

Questão 05
Determine o zero das funções a seguir:
a) y = 2x  10
b) f(x) = 5  25x
c) y = x  4
x 5
f (x)  
d) 2 4

Questão 06
Determine se as funções a seguir são crescentes ou decrescentes:
a) y = 2x
b) y = 3x + 12
c) f(x) = 15  12x
x 5
f (x)  
d) 2 4

Questão 07
Dadas as funções f(x) = 2x  4 e g(x) = 2x + 6, determine:
a) Num mesmo sistema de eixos os gráficos de f e g.
b) Os valores de x , tal que f(x)  0.
c) Os valores de x , tal que g(x)  0.
d) O ponto onde f(x) = g(x).
e) Os valores de x, tal que f(x)  g(x).

Questão 08
O gráfico da função y = 6x + K passa pelo ponto Q de coordenadas (1, 12).
Determine para que valores reais de x, y será maior do que zero.

Questão 09
Observe o gráfico a seguir:

48
y

0 4 x

Determine:
a) A lei dessa função (y = ax + b).
b) Para quais valores reais de x vamos ter valores positivos de y (y  0) ?

Questão 10
Determine a área do triângulo que a função y = 5x  10 faz com os eixos cartesianos.

Questão 11
f (0)  f ( 2)
Considerando a função de IR em IR dada pela lei f(x) = 4x  12, determine: f (5 )  7 .

Questão 12
Resolva as inequações:

5
a) (3x  2)  0

8
b) (4x  3)  0

5
c) (2x  1)  0

4
d) (x  3)  0

2
e) (4x  5)  0

4
f) (4  2x)  0

g) (3x  3)(5x  3)  0

49
h) (5x  2)(2  x)(4x  3)  0

i) (5  3x)(7  2x)(1  4x)  0

2x  1
0
j) x2

3  2x
0
k) 3x  1

3x  5
1
l) 2x  4

(1  2x)(3  4x)
0
m) (4  x)

1 2

n) x  4 x  3

50
 Exercícios Contextualizados (Exercícios de Vestibulares):

Questão 01
A promoção de uma mercadoria em um supermercado
está representada, no gráfico ao lado, por 6 pontos de uma
mesma reta.
Quem comprar 20 unidades dessa mercadoria, na
promoção, pagará por unidade, em reais, o equivalente a:
(a) 4,50
(b) 5,00
(c) 5,50
(d) 6,00

Questão 02
Uma barra de ferro com temperatura inicial de 10°C foi
aquecida até 30°C. O gráfico ao lado representa a variação da
temperatura da barra em função do tempo gasto nessa experiência.
Calcule em quanto tempo, após o início da experiência, a temperatura
da barra atingiu 0°C.
(a) 1 min
(b) 1,25 min
(c) 1,5 min
(d) 1,75 min

Questão 03
Uma fábrica produz óleo de soja por encomenda, de modo que a produção é comercializada. O custo de
produção é composto de duas parcelas. Uma parcela fixa, independente do volume produzido, corresponde a
gastos com aluguel, manutenção de equipamentos, salários, etc; a outra parcela é variável, dependente da
quantidade de óleo fabricado.
No gráfico a seguir, a reta r1 representa o custo de produção e a reta r2 descreve o faturamento da
empresa, ambos em função do número de litros comercializados. A escala é tal que uma unidade representa R$
1.000,00 (mil reais) no eixo das ordenadas e 1000 (mil litros) no eixo das abscissas.

a) determine em reais, o custo correspondente à parcela fixa

b) determine o volume mínimo de óleo a ser produzido para que a empresa não tenha prejuízo.

51
Questão 04
Uma empresa de telefonia fixa oferece dois planos aos seus clientes: no plano K, o cliente paga R$ 29,90
por 200 minutos mensais e R$ 0,20 por cada minuto excedente; no plano Z, paga R$ 49,90 por 300 minutos
mensais e R$ 0,10 por cada minuto excedente.
O gráfico que representa o valor pago, em reais, nos dois planos em função dos minutos utilizados é

(a) (d)

(b) (e)

(c)

52
 GABARITO - EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

01. (a) ; (b) e (e) 08. a) y

02. a) a = 5 , b = 1 1

2
a , b  3 1
x
b) 3
c) a  5 , b  3
d) a2 , b0
1 1
a , b
e) 2 3 b) y

03. a) 2
b) 4
1 x
c) 1
2 2

d) 3

c) y

04. 500 4

05. a) y = 2,5x + 28 2 x
b) 114,00

2 d) y
a , b2
06. a) 3 4

07. (a) NÃO ; (b) SIM ; (c) NÃO 4 x

53
 GABARITO - EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:

07. a) y
01. 2,2
f
6

02. a) 5

b) 9

c) 4 2 3
x

03. a) a = 1 ; b = 3 4

04. b) { xℝ / x  2}
y
c) { xℝ / x  3 }

 5
xℝ / x  
d)  2
3
x
 5 
 xℝ / x  
e)  2 

08. { x  ℝ / x   1 }
6

3
y x3
09. a) 4

b) { xℝ / x  4 }
05. a) 5

1
b) 5 10. 10

c) 4
11. 8
5
d) 2

 2
S  x  ℝ / x  
12. a)  3
06. a) Crescente
 3
S  x  ℝ / x  
b) Decrescente b)  4

c) Decrescente
 1
d) Crescente S  x  ℝ / x   
c)  2

54
d) S

e) Sℝ

f) S{2}

 3
S   x  ℝ / x   1 ou x 
g)  5

 3 2 
S  xℝ / x   ou   x  2
h)  4 5 

 1 5 7
S  xℝ /  x  ou x 
i)  4 3 2

 1
S   x  ℝ / x   2 ou x 
j)  2

 3 1
S  xℝ / x   ou x 
k)  2 3

l) S   x  ℝ / 1  x  2

 3 1 
S  xℝ /   x  ou x  4
m)  4 2 

n) S  xℝ / 3  x  4 ou x  11 

 GABARITO - EXERCÍCIOS CONTEXTUALIZADOS (EXERCÍCIOS DE VESTIBULARES):

01. (A)

02. (B)

03. a) R$ 10.000,00
b) 10.000

04. (D)

55
Capítulo III Função Polinomial do Segundo Grau

1. Função Quadrática

Chama-se função polinomial do segundo grau ou função quadrática, a toda função real (f: ℝ  ℝ ) cujas
variáveis x e y são definidas pela lei:

f(x)  y  ax 2  bx  c, a  ℝ * e bℝ e cℝ

 Exemplo:
2
a) y  5 x  2x  2 a = 5, b = 2 e c = 2
3 3
y   x2  1 a
b) 2 2, b=0 e c=1
x2 1
y x a
c) 2 2, b=1 e c=0

56
2
d) y  3 x  x a = 1, b = 3 e c=0

Para melhor análise, considere os gráficos que representa uma função do 2º grau.

2
y = ax + by + c
y Que tem
equação igual a

Eixo de simetria

C b
x
2a

b
2a

x1 x2 x

4a V b
,
2a 4a

Vértice da parábola

Observação:

Nesse caso a parábola tem concavidade voltada para cima. Então a0 .

ℝ   
Dom (f) = Im f   y  ℝ / y   
 4a 

Atenção:


Dom (f) =
V
4a
  
yℝ / y   
x  4a 
Im (f) =

 ZEROS OU RAÍZES DE UMA FUNÇÃO QUADRÁTICA  y = 0  ax2 + bx + c = 0.

57
interseção do gráfico da função com o
eixo das abscissas
Essas podem ser obtidas através da fórmula de Bháskara.

 b  b 2  4ac b 
f (x)  
2a 2a
Raízes de

Sendo   b 2  4.a.c

Observações:

 Se o  for positivo (   0 ) a função terá duas raízes reais e distintas,


 Se o  for nulo (   0 ) a função terá duas raízes reais e iguais e.
 Se o  for negativo (   0 ) a função não possuirá raízes reais.

Atenção:

a0 a0 SINAL DA FUNÇÃO

y y

x1 x2 x y tem o sinal de a fora


das raízes e o sinal
0 contrário dentro das
raízes.
x1 x2 x

=0 y tem o sinal de a e


igual a zero nas raízes.

58
y y

x1 = x2
x

x
x1 = x2

y y

0 y tem o sinal de a.

PONTO DE MÁXIMO: PONTO DE MÍNIMO:

 b    b  
V ,  V , 
 2a 4a   2a 4a 

Valor máximo Valor mínimo


da função da função

 Exercícios Resolvidos:

01. Estudar o sinal da função y = x2 + 7x  12.

Solução:

Como a = 1  0, a
função tem concavidade
59
voltada para BAIXO.
Agora faremos f(x) = 0
 x 2  7 x  12  0

  7 2  4.( 1).( 12)

 1

7 1 x1  3 x2  4
x
2.( 1)  e

Logo a função intersecta o eixo das abscissas em dois pontos: x = 3 e x = 4

  para x  3 ou x  4, temos y  0

Então, fazendo o esboço do gráfico, podemos obser var que   para x  3 ou x  4, temos y  0 .

  para 3  x  4, temos y  0

3 4 x

02. Estudar o sinal da função y = x2  x  6.

Solução:

Como a = 1  0, a função
tem concavidade voltada
para CIMA.
Agora faremos f(x) = 0
para determinarmos as
suas raízes.

60
x2  x  6  0

  ( 1) 2  4.(1).( 6)

  25

1  25 x 1  2 x2  3
x
2.(1)  e

Logo a função intersecta o eixo das abscissas em dois pontos: x = 2 e x = 3

  para x   2 ou x  3, temos y  0

Então, fazendo o esboço do gráfico, podemos obser var que   para x   2 ou x  3, temos y  0 .

  para  2  x  3, temos y  0

2 3 x

03. Estudar o sinal da função y = x2  x  4.

Solução:

Como a = 1  0, a função
tem concavidade voltada
para CIMA.
Agora faremos f(x) = 0
para determinarmos as
suas raízes.
61
x2  x  4  0

  ( 1) 2  4.1.4

  15

0
Como o , a equação não possui raízes reais, ou seja,
a parábola não intersecta o eixo das abscissas.

Então, fazendo o esboço do gráfico, podemos obser var que x  ℝ, y  0 .

 INEQUAÇÕES DO 2º GRAU

A resolução de uma inequação do 2º grau ou a determinação dos valores de x que a satisfazem, envolve o
estudo dos sinais da função.

 Exercícios Resolvidos:

01. Resolva a inequação x2  6x + 8  0.

Solução:

2
Para determinar as raízes, f(x) = 0  x  6 x  8  0 .

Sendo a = 1, b = 6 e c = 8, temos:

62
  b 2  4.a.c

  ( 6) 2  4.1.8

  36  32

4

6 4 x1  4 x2  2
x
2 .1  e

Queremos os valores de x para que f(x)  0.

Estudando os sinais:

Assim, os valores de x que satisfazem a


inequação são:

2 4 x S  {x  ℝ / 2  x  4}

02. Resolva a inequação x2  2x + 1  0.

Solução:

Para determinar as raízes, f(x) = 0  x2  2x + 1  0.

  ( 2) 2  4.1.1

0

2 0 x1  1 x2  1
x
2 .1  e

Queremos os valores de x para que f(x)  0.

Estudando os sinais:

Assim, os valores de x que satisfazem a

63
S  { x  ℝ / x  1}
inequação são:

1 x

03. Resolva a inequação x2 + 7x  12  0.

Solução:

Faremos f(x) = 0 para determinarmos as suas raízes.


 x 2  7 x  12  0

  7 2  4.( 1).( 12)

 1

7 1 x1  3 x2  4
x
2.( 1)  e

Queremos os valores de x para que f(x)  0.

Estudando os sinais:

Assim, os valores de x que satisfazem a


3 4
inequação são:
x
S  { x  ℝ / x  3 ou x  4 }

 INEQUAÇÕES ENVOLVENDO PRODUTO OU QUOCIENTE ENTRE FUNÇÕES DO 2º GRAU

Neste módulo iremos estudar a resolução de inequações que envolvem o produto ou o quociente de duas
f ( x )  g( x ) f (x)
funções do 2º grau, ou ( x ) .
g

 Exercícios Resolvidos:

01. Resolva a inequação (x2  6x + 8)(x2  8x  15)  0.

Solução:

64
Temos uma inequação do tipo f ( x )  g( x )  0 . Para resolvê-la precisamos calcular as raízes de cada uma
das funções, estudando-as separadamente:

f(x) = 0  x 2  6x  8  0

  ( 6) 2  4.(1).(8) Estudando os sinais dessa função temos:

4

6 4 x1  4 x2  2
x x
2.(1)  e 2 4

g(x) = 0   x 2  8x  15  0

  ( 8)2  4.( 1).( 15) Estudando os sinais dessa função temos:

4
5 3
8 4 x 1  5 x 2  3 x
x
2.( 1)  e

Nesse momento devemos retomar a condição 5 3 2 4


inicial que f ( x )  g( x )  0 , e para determinar os Sinal de f(x)

valores que satisfazem a condição iremos Sinal de g(x)

montar um quadro de sinais da seguinte forma: Sinal de f(x).g(x)

5 3 2 4

Como procuramos valores maiores ou iguais a zero para o produto f ( x )  g( x ) , pelo quadro, podemos

observar que essa condição é satisfeita da seguinte forma:

S  { x  ℝ /  5  x  3 ou 2  x  4 }

x 2  5x  6
0
02. Resolva a inequação  x 2  25 .

Solução:

f (x) g( x )  0
Agora faremos uma inequação do tipo g( x ) , lembrando que .

Como na resolução anterior temos que determinar as raízes de cada uma das funções, então:

f(x) = 0  x 2  5x  6  0

  ( 5) 2  4.(1).(6) Estudando os sinais dessa função temos:

 1
65
2 3 x
 e

g(x) = 0   x 2  25  0

 x 2  25 Estudando os sinais dessa função temos:

x 2  25  x 1  5 e x2  5
5 5
x

f ( x)
0
Retomando a condição inicial, g( x ) , montaremos um quadro de sinais parecido com a resolução
anterior:

Observações:

 Os passos para montar o quadro de sinais se repetem.


 Para x = 5 e para x = 5 a função não existe, pois g(x)  0 e com esses valores

5 2 3 5
Sinal de f(x)

Sinal de g(x)

Sinal de f(x) g(x)

5 2 3 5
f ( x)
Como procuramos valores maiores ou iguais a zero para o quociente g( x ) , pelo quadro, podemos
observar que essa condição é satisfeita da seguinte forma:

S  { x  ℝ /  5  x  2 ou 3  x  5 }

 INEQUAÇÕES ENVOLVENDO FUNÇÕES DO PRIMEIRO GRAU E DO SEGUNDO GRAU

SIMULTANEAMENTE

 Inequação-produto

A resolução pode ser feita com o estudo dos sinais das funções, separadamente, seguido da determinação
dos sinais do produto de f(x) por g(x) e, posteriormente, identificando os valores de x que satisfazem a
inequação.

 Exercício Resolvido:

66
01. Resolva a inequação (x2  7x + 10)(6x + 12)  0.

Solução:

Determina-se primeiramente o zero das funções: f ( x )  x  7 x  10 e g( x )  6 x  12 .


2

f ( x )  x 2  7 x  10

x 2  7 x  10  0 Estudando os sinais dessa função temos:

  ( 7) 2  4.(1).(10)

9 2 5 x

 ( 7)  9 x1  5 x2  2
x
2.(1)  e

g( x )  6 x  12

6 x  12  0 Estudando os sinais dessa função temos:

x  2

x
2

2 2 5
Sinal de f(x)

Sinal de g(x)

Sinal de f(x).g(x)

2 2 5

Queremos f ( x )  g( x )  0 .

Assim, os valores de x que satisfazem a inequação são:

S  { x  ℝ /  2  x  2 ou x  5 }

 Inequação-quociente

Na resolução de uma inequação-quociente devemos lembrar que o denominador deve ser diferente de zero
e a regra de sinais é a mesma, tanto para a multiplicação quanto para a divisão, no conjunto dos reais.

 Exercício Resolvido:

 x 2  4x  3
0
01. Resolva a inequação x  2 , x + 2  0.

67
Solução:

Determina-se primeiramente o zero das funções: f ( x )   x  4 x  3 e g( x )   x  2 .


2

f ( x)  x 2  4x  3

 x 2  4x  3  0 Estudando os sinais dessa função temos:

  ( 4) 2  4.( 1).( 3) 1 3


x
4

 ( 4)  4 x1  1 x2  3
x
2.( 1)  e

g( x )   x  2

x  2  0 Estudando os sinais dessa função temos:

x2
2
x

1 2 3
Sinal de f(x)

Sinal de g(x)

Sinal de f(x) g(x)

1 2 3

f ( x)
0
Queremos g( x ) .

Assim, os valores de x que satisfazem a inequação são:

S  { x  ℝ / 1  x  2 ou x  3 }

 Exercícios de Fixação:

Questão 01

Construir o gráfico cartesiano das funções definidas em ℝ :

2
a) y  x  2x  3

2
b) y  4x  10x  4

2
c) y   3x  6x  3

68
2
d) y  3x  4x  2

2
e) y   x  x  1

Questão 02

Resolva em ℝ as inequações:

2 2
a) (1  4x )  (2x  3x)  0

2 2
b) (2x  7x  6)  (2x  7x  5)  0

4x 2  x  5
2
0
c) 2x  3x  2

9x 2  9x  2
0
d) 3x 2  7x  2

Questão 03

Determinar m de modo que a equação do 2º grau (m  1)x 2  2(m  1)x  m  1  0 tenha raízes
negativas.

Questão 04

x2  x  3
3
Resolva a inequação: x 1 .

 Exercícios Complementares:

Questão 01
Calcule:

2
a) a soma dos inversos das raízes de 2x  x  3  0 .
2
b) a soma dos quadrados das raízes de x  x  1  0 .

69
Questão 02
2
As raízes da equação x  ax  b  0 são 4 e 8. Os valores de a e b são, respectivamente:

(a) 4 e 32

(b) 8 e 16
(c) 8 e 16
(d) 4 e 32

(e) 4 e 32

Questão 03
Determine o domínio da função real de variável real f, definida por:

x 2  4x  3
f(x) 
4 x 1

Questão 04

(m  2)x 2  4x  (m  1)  0 3

Resolver a equação , sabendo que o produto de suas raízes é 4.

Questão 05
2
Determinar m de modo que a equação do 2º grau (m  1)x  2x  m  1  0 tenha raízes positivas.

 Exercícios Contextualizados (Exercícios de Vestibulares):

Questão 01
Resolvendo um problema que conduzia a uma equação do segundo grau, Carlos errou o cálculo do termo
independente de x na equação e obteve as raízes 7 e 1. Pedro errou o cálculo do coeficiente de x na
equação e obteve as raízes 3 e 4. Sabendo que esses foram os únicos erros cometidos por Pedro e Carlos,
podemos afirmar que as raízes corretas da equação eram:
(a) 1 e 6
(b) 2 e 4
(c) 2 e 6
(d) 3 e 5

70
(e) 4 e 4

Questão 02
A

Q P

B C
M N

A figura acima representa um retângulo MNPQ, inscrito num triângulo ABC. O lado BC mede 12 cm e a
altura relativa a esse lado mede 8 cm. Sejam x e z os comprimentos de MN e MQ, respectivamente:
a) exprima a altura z do retângulo em função da base x;

b) calcule os valores de x e z para os quais a área do retângulo é a maior possível.

Questão 03
Num vôo com capacidade para 100 pessoas, uma companhia aérea cobra R$ 200,00 por pessoa quando
todos os lugares são ocupados. Se existirem lugares não ocupados, ao preço de cada passagem será acrescida
a importância de R$ 4,00 por cada lugar não ocupado (por exemplo, se existirem 10 lugares não ocupados, o
preço de cada passagem será de R$ 240,00). Quantos devem ser os lugares não ocupados para que a
companhia obtenha o faturamento máximo?

 GABARITO - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:

y
01. a)

71
b)
y

 3 1 1
S   x  ℝ /   x   ou 0  x  
02. a)  2 2 2 

 3 5
S  x  ℝ / 1  x  ou 2  x  
b)  2 2

 5 1 
x S  x  ℝ / x   ou   x  1 ou x  2
c)  4 2 

 1 1 2
S   x  ℝ / x   2 ou   x  ou x  
d)  3 3 3
c)
y

03. { m  ℝ / m  1 }
x

04. { x  ℝ / x  1 ou 0x2}

d)
y

(0, 2)

2 2
,
3 3
x

e)
y

x
1 3
,
(0, 1) 2 4

72
 GABARITO - EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:

1

01. a) 3

13
b) 4

02. a = 4 ; b = 32

03. { x  ℝ / x  3 }

1 3
x ou x
04. 2 2

05. { x  ℝ / m   1 ou m  1}

 EXERCÍCIOS CONTEXTUALIZADOS (EXERCÍCIOS DE VESTIBULARES):

01. (C)

2x
z  8
02. a) 3

b) x = 6 ; z = 4

03. 25 lugares

73
Capítulo IV Função Exponencial

1. Introdução

As funções exponenciais são muito usadas para descrever modelos de crescimento e decaimento
exponencial para determinadas populações.

Por exemplo:

Um cientista ao estudar uma cultura de bactérias, verificou ao iniciar seus estudos que havia 100 bactérias.
Continuando com seu estudo, constatou que a cada hora a quantidade de bactérias dobrava. Qual seria a
função que representa essa quantidade de bactérias e, em quanto tempo esse número chegaria a 350.000
bactérias?

Analisando o problema:

100 quantidade inicial

200 = 100 2 após 1h


2
400 = 100 2 após 2h

3
800 = 100 2 após 3h

t
P(t) = 100 2 após t horas

t
Temos a função P( t )  100  2 que descreve a quantidade de indivíduos dessa população em função do
tempo em horas.

Para saber o tempo necessário para essa população chegar a 350.000, teremos:

t
P(t) = 100 2
t
350.000 = 100 2
t
3.500 = 2

Ao solucionar, t  11,77 ou 11h 46min.

Essa resolução será focada no Capítulo V.

74
2. Propriedades das Potências

 Definição:

a0  1 a1  a 0  a  1  a  a
 n  2
a  an1  a, n , n  1 1
a  a  a  a  a
a 3  a 2  a  a  a  a
 

am  an  am  n ( a  b )n  a n  b n a n 
1
   an

am ( a m )n  a m  n
 am  n
 an 

a  IR  * *
Se , m  Z, n  IN e p  IN :


1
an n
 a 
n
ab  n a n b

 a
n m
 am
n

n n p m  p a n
a pn p n
am  a n  a  a
b n
  b 

 Exercícios Resolvidos:

Aplicando as propriedades:

a) 30  1 e) ( 3)3  ( 3)  ( 3)  ( 3)  27

1 2
 1 1 2 22 22 4
      2  
b) 7 7 f) 3 3 33 9

( 3)1  3 3 3 3
2 7  2 6  2  2 6  3 2  2 2  3 2  43 2
c) g)

( 3)2  ( 3)  ( 3)  9 12  2 2  3  2 2  3  2 3


d) h)

75
 Exercícios de Fixação:

Resolva aplicando as propriedades:

a)  32  e)
3
64 

5 3  
2
b) f) 7 3

2 3
2
   16 4
c) 3 g)

4
576  
d) h) 27 3

3. Equação Exponencial

 Definição:

Equações com incógnitas no expoente.

a x1  a x2 x1  x 2 a0 a1
 (Para e )

 Exercícios Resolvidos:

Resolva as equações:
1
a) 2 x  64 c) (2 x ) x 4
Solução: Solução:

2 x  26
2
 x
2x  22
x=6
x2  x  2

x2  x  2  0  x1 = 2 e x2 = 1

b)  3 x
 3 81 d) 2x 1
 2x  2x 1
 2x  2
 2x 3
 120

Solução: Solução:

1
x 2x (1  2  2 2  23  2 4 )  120
3 4
32  3
1
2x  15  120
x 4
32  33 1
2x  8
1
2x  23

76
 x=4

 Exercício de Fixação:

Encontre as soluções das equações abaixo:

a) 8 x  32 1 c) 4x  6x  2  9x
2
 7x  4
b) 5 x  2  25 2 x  5 
x 2x
53x  2 d) x 2x x

4. Função Exponencial

Simbolicamente:
0  a 1
f : ℝ  ℝ *

x  ax

 Propriedades:
x
 Para f ( x )  a , temos:

0
x = 0 f(0) = a = 1

* *
Isto é, o par ordenado (0, 1) pertence a função para todo a  IR   { 1} , e sua imagem é IR  .

 Dados os reais x1 e x2, temos:

a) Para a  1, CRESCENTE:

x1 x2 f(x1) f(x2)

b) Para 0 a  1, DECRESCENTE:

x1 x2 f(x1) f(x2)

Observação:

x
Graficamente com relação a função f ( x )  a :
x
- Curva acima do eixo x, pois a  0 ;

77
- Corta o eixo y no ponto (0, 1); e
- Cresce se a  1 e decresce se 0  a  1.

 Estudo para a  1, CRESCENTE:

 Exemplo:

y( x )  2 x
y

4 3 2 1 0 1 2 3 4 x

 Estudo para 0  a  1, DECRESCENTE:

 Exemplo:
x
 1
y( x )   
2

78
y

4 3 2 1 0 1 2 3 4 x

 Análise Algébrica:

x
y( x )  2 x  1
y( x )   
2

x
y( x )  2 x  1
x x y( x )   
2
3 23 = 1/8 3 (1/2)3 = (1/8)1 = 8
2 22 = 1/4 2 (1/2)2 = (1/4)1 = 4
1 21 = 1/2 1 (1/2)1 = 2
0 20 = 1 0 (1/2)0 = 1
1 21 = 2 1 (1/2)1 = 1/2
2 22 = 4 2 (1/2)2 = 1/4
3 23 = 8 3 (1/2)3 = 1/8

 

Observação:

Uma função muito importante é:

79
x
f(x) = e

1
e lim (1 x) x , x IR
x 0

 Aproximação para e:

x 1 0,1 0,01
1 1 1
(1  1)1  2
(1  x) x (1  0,1) 0,1
 2,594 (1  0,01) 0,01
 2,705

x
 f(x)  e

4 3 2 1 0 1 2 3 4 x

 Algebricamente:

Para x = 0,00001, temos e = 2,7183

y( x )  e x

80
x y( x )  e x

3 0,05
2 0,14
1 0,36
0 1
1 2,72
2 7,39
3 20,80

 Exercícios Resolvidos:

Construir os gráficos abaixo:

a) y  2 2 x 1

Solução:

x 2x  1 y  2 2 x 1 y

4
1 3 1/8
1/2 2 1/4 3

0 1 1/2
2
1/2 0 1
2 1
1 1
3/2 2 4 1/2

4 3 2 1 0 1 2 3 4 x
2 3 8
1

b) y  3  2x 1

Solução:

81
x x 1 2 x 1 y  3  2x 1 y

4
2 3 1/8 3/8
1 2 1/4 3/4 3

0 1 1/2 3/2
2
1 0 1 3 3/2
2 6 1
2 1
3 2 4 12
4 3 2 1 0 1 2 3 4 x
4 3 8 24
1

 Exercícios de Fixação:

Esboce os gráficos das funções abaixo:

x
 1 y  0,1 2 x
y 
a) 3 c)

1 x  1
x
y 3 y   2
2
b) d) 2

5. Inequação Exponencial

 Definição:

São Inequações com incógnitas no expoente.

 Exemplos:

a) 2 x  32

b) ( 5 ) x  3 25

c) 4x  2  2x

 Exercícios Resolvidos:

82
01. Resolver as inequações exponenciais:

x 3 x 1 x 1
a) 2  128  1  2x  x2  1
   41   
x
c)  2  8
Solução:

Solução:
2 x  2 7 , base maior que 1.
2x  x2 )
x7 2  x( 3 x  1)
 2 2(1   2 3( x  1)

2 2
23x x
 22  4x  2x  23x  3
x 3
3 3 2
    2 5 x  3x  2
 2 3 x  3
b)  5  5
5x 2  3x  2  3x  3
Solução:
5 x 2  6 x  1  0 , resolvendo a inequação:
x 3
3 3
    1
5 5 , base entre 0 e 1. x1
5
x  3

x x
02. Para que valores reais de m a equação 4  (m  2)  2  2m  1  0 admite pelo menos uma raiz real?

Solução:

2x  y

y 2  (m  2)  y  (2m  1)  0

(I) (m  2) 2  4  1 (2m  1)  0

m 2  12m  0  m  0 ou m  12

b m2
0 0
( II ) 2.a  2  m2

a  f (0 )  0 a  f (0)  2m  1  0 1
m
( III )   2

( I )  ( II )  ( III ):

m  12 12

 Exercícios de Fixação:

Resolva as inequações:

 7 1 x
1
(3 x ) 2 x  4 2  5  2x  2  0
a) 27 c)

83
25 3  4 x  125 2  x  25 3 x  1 x 1
7x 1 
x 1
7 x  1  343
b) d)

 Exercícios Propostos:

Questão 01
Resolva as equações exponenciais:

x 1 x 2
 1
x
 1
x 1 1
x x p) 3  3  3 x 3  3 x  4  750
1 x2  7 3 9
   27    16
 9    
a)  3  f)  4    7 4x  2x
k)  2 2 x  14
2x x 2
 2x  2 q) 10
4 2 g) 10  10 l) 25 x  5 5
   (0,8) x x 2 2

b)  5  x 2  10 x  7 1 3 r) 2  4  6
3  16  2
x x h) 9  2X x x 1
c) (2 )  16 m) 8 s) 3 9 9
x3
i) 32  192
x x
d) (5 )  25
x 3 4 9
x  3X
1 5
( 2 ) x  16 4 n) 3
(10 x ) x  1  6
j) 9
e) 10 2 x 1  2 x  2 
o) 2

Questão 02
Resolva as inequações:

2x 1 2x x
a) ( 2 )  ( 2 )4x  2 c) 3  9  3  0 x 1
2 x 1 
x 1
2x 2  4
e)
2x 2 x
x 2
4
d) 3 3  18
2 2 f) 3
x2
 3 x  1  3 x  225
    
b)  3  3

 Exercícios Complementares:

Questão 01
0,04 T
Após um início de um experimento o número de bactérias de uma cultura é dado pela expressão: N( t )  1200  2 .

Quanto tempo após o início do experimento a cultura terá 19200 bactérias?

Questão 02
A quantia de R$ 1200,00 foi aplicada durante 6 anos em uma instituição bancária a uma taxa de 1,5% ao mês, no
sistema de juros compostos.

a) Qual o saldo no final de 12 meses?

b) Qual o montante final?

Questão 03

84
t

A proliferação de um certo fungo, em função do tempo, em horas, é dado por B( t )  2 . Qual o número de bactérias
12

6 dias após a hora zero?

Questão 04
Uma determinada máquina industrial se deprecia de tal forma que seu valor, t anos após a sua compra é dado por
V( t )  V0  2 0,2 t , onde V0 é uma constante real. Se após 10 anos o preço de mercado era R$ 12000,00, qual foi o
valor da sua compra?

Questão 05
Suponha que, em 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) de um país seja 500 bilhões de dólares. Se o PIB cresce 5% ao
ano, de forma cumulativa, qual será o PIB do país em 2024 ?

 GABARITO - EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

01.

a) S  { 3 } f) S  {  1} k) S= p) S  { 5 }
S {3 4}
b) S  { 1} g) S  {  1, 3 } l) q) S  { 2 }
S { 7 6}
c) S  {  2, 2 } h) S  { 1, 9 } m) r) S  {  1, 1}
S {3} S {0}
d) S  { 0, 2 } i) n) s) S  {  1 2 , 1}
e) S =  S  {0} o) S  { 1}
j)

02.

a) S  { x  IR / x  3 2 } c) S  { x  IR / x  2 } e) S  { x  IR /  1  x  1 3 ou x  1}

b) S  { x  IR /  2  x  2 } d) S =  f) S  { x  IR / x  3 }

 GABARITO - EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:


72
01. b) M  1200  (1  0,015 )  3505,39

19200
2 0,04 t  03.
200
2 0,04 t  16 6 dias = 6  24 = 144 h

2 0,04 t  2 4
B( t )  2144 12 = 4096 bactérias
0,04t  4
0
t  100 h 04.
0,04
12000  V0  2 0,210
02. 12000  V0  2 2
12
a) M  1200  (1  0,015 )  1434,74

85
V0  48000

t
05. M  500  1,05
M  500  1,05 12 = 897,928 bilhões

Capítulo V Função Logarítmica

1. Logaritmo

O estudo feito em equações e inequações exponenciais anteriormente, só tratou de casos que poderíamos
reduzir à mesma base.

Para resolver exatamente equações com expoentes a determinar dependemos desses conhecimentos.

 Exemplo:

86
 2 x  3 (aplicando logaritmo)

log 2 x  log 3 (propriedade do logaritmo)

x.log 2  log 3

log 3
x  1, 585
log 2

 Retornando ao exercício do Capítulo IV, da introdução, temos:

t
P(t) = 100 2 , obter o tempo para P(t) = 350.000
t
350.000 = 100 2
t
3.500 = 2 (aplicando a propriedade)

log 3.500 = t.log 2

log 3500
t 11,7732
log 2

2. Definição

Para a e b números reais e positivos, com a  1, chama-se logaritmo de b na base a, o expoente que se
deve dar à base a de modo que a potência obtida seja igual a b.

Se a, b  IR, 0  a, a  1 e b  0, logo:

log a b  x  ax  b

base logaritmo

logaritmando

Relacionando o logaritmo com a exponencial:

log a b  x  a x  b

 Exemplo:

23  2  2  2  8 log2 8  3

base base

87
 Exercício Resolvido:

Aplique os conhecimentos de logaritmo:

a) log 2 8  x c) log 4 8  x

Solução: Solução:

2x  8 4x  8

2 x  23 2 2x  23

x=3 x3 2

b) log 3 1 9  x

Solução:

1
3x 
9

3 x  3 2

x = 2

 Exercício de Fixação:

Calcule pela definição:

1
log 2
a) 8

b) log 8 4

c) log 0,25 32

3. Consequências da definição

 O logaritmo da unidade em qualquer base é zero.

log a 1  0  a0  1

 O logaritmo da base em qualquer base é igual a 1.

loga a  1  a1  a

88
 A potência da base a e expoente log a b é igual a b.

a loga b  b  2log2 8  8
x
8
22 8
x 3
2
22 8
3
2 8

 Dois logaritmos em uma mesma base são iguais se, e somente se, os logaritmandos são iguais.

log a b  log a c  b  c  ax  b  ax  c
b  c

 Exercício Resolvido:

Aplique as propriedades:

log1 2 1 8 b) log 2 1 4 8 log2 5 31  log3 4


a) c) d)

Solução: Solução: Solução: Solução:

x 1
 1 1 2x  (2 3 )log2 5 31  3 log3 4  3  4  12
 2   8 4
 
2 x  2 2 (2log2 5 )3  5 3 =
x 3
2 2
125
x = 2
x=3

4. Propriedades do logaritmo

 Logaritmo produto:

Se 0  a , a  1 , b  0 e c  0, logo:

loga (b  c)  loga b  loga c

89
Para log a b  x , log a c  y e log a (b.c )  z , temos:

loga b  x  a x  b 


y  z x y
loga c  y  a  c  a  a a  z  x y


loga (b  c)  z  a z  b  c 

 Logaritmo quociente:

Se 0  a , a  1 , b  0 e c  0, logo:

loga b c   loga b  loga c

Para log a b  x , log a c  y e log a b c   z , temos:

loga b  x  a x  b 

 x
 z a
loga c  y  a y  c  a   az  ax y  zxy
 ay

loga b c   z  a z  b c 

 Logaritmo da potência:

Se 0  a , a  1 , b  0 e   IR, logo:

loga b     loga b

Para log a b  x e loga b  y , temos:


loga b  x  a x  b 
 y  y x  y x
 a  b 90a  (a )  a  a  y  x

loga b  y  a  b y  

 Exercício Resolvido:

Aplique as propriedades:

a) log 3 (3  4)  log 3 3  log 3 4  1  log 3 4

 2  3  log 2  log 3  log 5


log  
b)  5 

log 2 32  log 2 2 5  5  log 2 2  5


c)

d) 1  log 2 a  log 2 b  2 log 2 c 

 log 2 2  log 2 a  ( log 2 b  log 2 c 2 ) 

 log 2 (2a)  log 2 ( b  c 2 ) 

 2a 
 log 2  
 b c2 

5. Mudança de base

As propriedades só podem ser aplicadas com a mesma base, logo:

Se a, b e c são números reais positivos e a e c diferentes de um, então, tem-se:

logc b
loga b 
logc a

Para log a b  x , logc b  y , logc a  z , a  1 e c  1, temos:

loga b  x  a x  b 
 91
 y
logc b  y  c y  b  (c z )x  a x  c z x  b  c z x  c y  z  x  y  x 
 z
Observaçã
o:
Quando o logaritmo é calculado na base decimal, pode-se omitir a base: log 10 a  log a .

 Exercício Resolvido:

Aplique as propriedades estudadas:

a) log 3 5 , transformando para base 2:

log 2 5
log 3 5 
log 2 3

b) log100 3 , transformando para base 10:

log 3 1
log100 3    log 3
log 100 2

c) Sabendo que log30 3  a e log 30 5  b , o valor de log10 2 é:

30 30
2 10 
35 e 3

 30 
log 30  
log 30 2  3  5  log 30  (log30 3  log 30 5) 1  a  b
log10 2    
log 30 10  30  log 30 30  log 30 3 1 a
log 30  
 3 

 Exercício de Fixação:

Resolva as seguintes equações:

a) log10 10  x

b) log 25 1  x

c) log 5 1 125  x

d) log x 0,01  0,1

log 2x  4
e) 3

92
f) log3 3 81  x

6. Função Logarítmica

Simbolicamente:

f : ℝ *  ℝ

x  loga x

 Exemplos:

a) f ( x )  log 2 x
b) f ( x )  log x
c) f ( x )  n x

d) f ( x )  log1 2 x

 Gráfico do Logaritmo:

Com relação ao gráfico cartesiano de f ( x )  log a x , para 0  a e a  1, temos:

( A ) Toda a direita do eixo y (x  0);

( B ) Corta o eixo x no ponto de abscissa 1 ( log a 1  0 );

( C ) Se a  1, a função é CRESCENTE.

( A ) Se 0  a  1, a função é DECRESCENTE.

- Comparação com funções exponenciais:

(I) y  2x

( II ) y  log 2 x

Ambas são
CRESCENTES

a1

93
y
(I)
4

2 ( II )

4 3 2 1 0 1 2 3 4 x

Observaçã
o:

As funções ( I ) e ( II ) são simétricas em relação a bissetriz dos quadrantes ímpares.

x y
 1 ( III )
y   
( III ) 2 4

( IV ) y  log1 2 x
3

2
Ambas são
1 DECRESCENTES

0 x 0a1
4 3 2 1 1 2 3 4

2
( IV )
3

Observaçã
o:

As funções ( III ) e ( IV ) são simétricas em relação a bissetriz dos quadrantes ímpares.


y=x

94
7. Equação Logarítmica

(I) log a f ( x )  log a g( x )

Se 0  a  1, então:
log a f ( x )  log a g( x )

f ( x )  g( x ) , para valores  0.

( II ) loga f ( x )  c

Se 0  a  1 e c IR , então:

loga f ( x )  c  f ( x )  a c

( III ) Incógnita auxiliar:


São equações que resolvemos fazendo inicialmente uma mudança de incógnitas.

Adotando, por exemplo, y  log x .

 Exercício Resolvido:

Resolvendo as equações:

a) 5 2 x 3  3 d) log 2 (3 x  1)  4

Solução:
Solução:

5 2x 3x  1  2 4
3
53 3 x  1 16  x=5
25 x  375 (aplicando propriedades)
e) log 22 x  log 2 x  2
x  log 25  log 375
Solução:
log 375 x  log 25 375
x  y  log 2 x
log 25
y2  y  2

y 2  y  2  0  y  2 ou y   1
b) log 2 (3 x  5)  log 2 7
Para y  log 2 x , temos:
Solução:
log 2 x  2  x  2 2  4
3x  5 = 7  x=4 S = { 4, 1/2 }
log 2 x   1  x  2 1  1 2

2  log 3 x log 3 x
 2
2
log 5 ( x  3 x  10)  log 5 (2  2x ) f) log 3 x 1 log 3 x
c)
Solução:
Solução:
Para log 3 x  y , temos:
x 2  3 x  10  2  2x  x = 4 ou x = 3 0
2 y y
 2
A solução é x = 3 , pois obtemos um valor maior y 1 y , com m.m.c.
que zero, 2  2(3)  0. Já o valor x = 4 , não é
log 3 x  2  x  3 2  x = 1/9  S = 1/9
solução, pois 2  24  0.

95
 Exercício de Fixação:

Resolva:

a) log3 (2x  3)  log3 ( 4 x  5)

b) log3 ( x 2  3 x  1)  2

c) log 2 [ 1  log 3 (1  2x ) ]  2

d) log x (2x  3)  2

8. Inequação Logarítmica

logc a x  logc b , se c  1
x 
a b  
logc a x  logc b , se 0  c  1
(I) 

logc a x  logc b , se c  1
x 
a b  
logc a x  logc b , se 0  c  1
( II ) 

 Exemplo:

3x  2

log 3 3 x  log 3 2

1º)  x  log 3 2 (I)

log 1 3 x  log 1 2  x  log 1 3  log 1 2


5 5 5 5
 x  log 3 2 ( II )
2º)

96
 Trabalhando com os três tipos básicos:
loga f ( x )  loga g( x )  f ( x )  g( x )  0 , se a  1

 ou
1º) 

 0  f ( x )  g( x ) , se 0  a  1

log a f ( x )  k
2º)

loga f ( x )  k  f ( x )  a k , se a  1

   ou
 k
 0  f ( x )  a , se 0  a  1
log a f ( x )  k  0  f ( x )  a k , se a  1

   ou
 k
 f ( x )  a , se 0  a  1

3º) Incógnita auxiliar:

Substituir por uma incógnita a função para encontrar a solução, aplicando as propriedades
estudadas.

 Exercício Resolvido:

Aplicando os Teoremas:

a) log 2 ( 2x  1)  log 2 6 log1 3 (2x 2  7 x  5)  2


d)
Solução: Solução:

0  2x  1 6  1
2
2x 2  7 x  5     2x 2  7 x  5  9  2x 2  7 x  4  0
3
 1 7
S  x  ℝ / x  S = { x  ℝ / x  1/2 ou x  4 }
 2 2

b) log1 3 ( x 2  4 x )  log1 3 5 log 32 x  3  log 3 x  2  0


e)

Solução: Solução:

 x 2  4x  0  x  0 ou x  4 Para y  log 3 x , temos:


2
0  x  4x  5  
2
 x  4x  5   1  x  5 y 2  3 y  2  0  y  1 ou y  2
Pela intersecção:
Substituindo em y  log 3 x :
S = { x  ℝ / 1  x  0 ou 4  x  5 }

1º) log 3 x  1  0  x  3
c) log 3 (3 x  2)  2

Solução:
2º) log 3 x  2  x  3 2  x  9
2
0  3x  2  3

 2 7 S = { x  ℝ / 0  x  3 ou x  9 }
S  x  ℝ /  x 
 3 3

97
 Exercício de Fixação:

Resolva as inequações:

1
2 3 x 1 
a) 5

b) 3 2x 1  2 3 x  1

c) log5 ( x 2  2x  6)  log5 2

d) log1 2 (2x 2  3 x )  1

 Exercícios Propostos:

Questão 01
Resolva as equações logarítmicas:

a) log 3 3 2  x (5 7 )10
log 7 x
i) 343
b) log1 9 1 3  x
1
log x 2 
3
log 25 5  x j) 2
c)
2
d) 4 log4 1 2  x log 5
x
k) 3
e) log 0,01 100  x
l) log x (3 x 2  x )  2

log 2 128  x
f) m) log( 3 x  2 ) (2x  1)  1

log 2 1 512  x 2
g) n) log 3 x  6 log 3 x  9  0

h) log3 ( 3 9 ) 5  x

Questão 02
Resolva as inequações logarítmicas:

a) log 2 ( x  1)  log 2 ( 2x  4) (log1 2 x ) 2  log1 2 x  2  0


f)

log1 2 ( x 2  2x )  log1 2 ( x 2  4)
b) g) log1 2 x  log1 4 25

log 2 x  log 2 ( x  1)  log 2 5 x


c) h) (log 3 x  2)  (log 3 x  4)  0

d) log1 2 ( x 2  3 2)  1

e) log1 2 ( x 2  4 x  5)   4

 Exercícios Complementares:

98
Questão 01
A função exponencial é utilizada para calcular a desintegração das substâncias radioativas através da equação:

y( t )  y 0  e  k  t ,

em que y 0 é a quantidade inicial, correspondente ao momento t = 0.

Sabendo-se que em 5730 anos, metade do carbono 12 decompõe-se. Calcule o valor da constante k.

Questão 02
Uma pessoa aplicou a importância de R$ 500,00 numa instituição bancária, a juros de 3,5% ao mês, no regime de
juros compostos. Quanto tempo após a aplicação o montante será de R$ 3500,00?

Questão 03
Para calcular a magnitude de um terremoto usamos:

Ms  3,30  log ( A.f ) ,

onde Ms representa a magnitude, A representa a amplitude máxima da onda registrada pelo sismógrafo, e f representa
a frequência da onda.

Se ocorrer um terremoto com amplitude de 100m com frequência de 0,1 Hz, pode-se afirmar que a magnitude do
terremoto vale:

Questão 04
Para calcular a energia liberada por um terremoto é usado a seguinte fórmula:

2
I  log  E 
3  E0  ,

3
onde I varia de 0 a 9, E é a energia liberada e E 0  7  10 Kw / h .

De acordo com a fórmula acima, qual é a energia liberada por um terremoto de intensidade 6 na escala Richter?

Questão 05

1
Em um pedaço de madeira é encontrado 500 da quantidade original de carbono 14. Sabe-se que a meia-vida do
carbono 14 é de 5600 anos, ou seja, que em 5600 anos metade do carbono 14 presente transformou-se em carbono
12. Qual é a idade desse pedaço de madeira?

k t
Use y( t )  y 0  e .

 GABARITO - EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

99
01.

a) S  { 2 } f) S  { 7 2 } 3
k) S  { 5 }
b) S  { 1 2 } g) S  {  9 2 } l) S  { 1 2 }
c) S  { 1 6 } h) S  { 10 3 } m) S = 
d) S  { 1 2 } i) S  {  1} n) S  { 27 }
e) S  {  1} j) S {2}

02.

a) S =  1
S  { x  IR /  x  2}
b) S  { x  IR / x  2 } f) 4
c) S  { x  IR / 0  x  4 } g) S  { x  IR / x  5 }

d) S  { x  IR /  2  x   6 2 ou 6 2x 2 } h) S  { x  IR / 9  x  81 }

e) S  { x  IR /  7  x  3 }

 GABARITO - EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:

01.
1
y y0
2

y0 1
 y 0  ek 5730   e5730k
2 2 (aplicando a propriedade)
1
1  1
loge  5730 k loge e ou n     5730 k n e
2 2

 1
 n 
k 2  0,00012
5730

02.
M  C  (1  i)t

3500  500(1  0,035 )t

3500
 1,035 t (aplicando a propriedade)
500

 3500 
log    t  log (1,035 )
 500 

 3500 
log  
t  500   56,7
log 1,035  aproximadamente 57 meses.

03.

livro UNISUAM/Introdução ao Cálculo 100 julho 2015


Ms  3,30  log(100  0,1)  4,3

04.
2  
6  log  E 
3 
3  7  10 

 
9  log  E 3 

 7  10 

E  109
7  10 3

E  7  106 Kw / h

05.
y0
2
 y 0  e k 5600 (aplicando o ℓ n)
( 1º )

k
ℓ n2
5600

1
de y 0 :
( 2º ) 500

1
 y 0  y 0  ek t (aplicando o ℓ n)
500

t
ℓ n500 (substituindo k)  t  5600  ℓ n500  50200 anos
k
ℓ n2

Capítulo VI Operações Sobre Funções


(Função definida por várias sentenças e Função Modular)

101
1. Classificação de Função

 FUNÇÃO INJETORA

 Definição:

F: A B
x  y  f(x)

Dizemos que f é INJETORA  (  x1 , x 2 , x1  A , x 2  A )( x1  x 2  f(x1 )  f(x 2 ) ) .

ISTO É:

f
A B

 Exemplo:

A função f de A = { 0, 1, 2, 3 } em B = { 1, 3, 5, 7, 9 } definida pela lei f(x) = 2x + 1 é INJETORA,


pois:

f
A B
0 1

1 3

2 5

7
3
9

 FUNÇÃO SOBREJETORA

 Definição:

102
F: A B
x  y  f(x)

Dizemos que f é SOBREJETORA  Im f  B .

ISTO É:

f
A B

 Exemplo:

A função f de A = { 1, 0, 1, 2 } em B = { 0, 1, 4 } definida pela lei f(x) = x2 é SOBREJETORA, pois:

f
A B
0 0

1
1
1
4
2

Im (f)  B

 FUNÇÃO BIJETORA

 Definição:

103
Dizemos que f é BIJETORA  f é INJETORA e SOBREJETORA.

ISTO É  y , y  B,  ! x  A / f(x)  y :

f
A B

 Exemplo:

A função f de A = { 0, 1, 2, 3 } em B = { 1, 2, 3, 4 } definida pela lei f(x) = x + 1 é BIJETORA, pois f


é SOBREJETORA e INJETORA. Observemos que para cada elemento de B converge uma só flecha.

f
A B
0 1

1 2

3
2
4
3

Nota:

Na representação gráfica de uma função f, podemos verificar se f é INJETORA ou

104
SOBREJETORA ou BIJETORA. Para isso, basta analisarmos o número de pontos de interseção
das retas paralelas ao eixo dos x, conduzidas por cada ponto (0, y).

 Exemplo 01 (FUNÇÃO INJETORA):

f(x) = x2
y

A função é INJETORA, pois cada uma das retas corta o gráfico em um só ponto.

 Exemplo 02 (FUNÇÃO SOBREJETORA):

f(x) = x2
y

A função é SOBREJETORA, pois cada uma das retas corta o gráfico em um ou mais pontos e não
sobram elementos no contradomínio.

 Exemplo 03 (FUNÇÃO BIJETORA):

f(x) = x  | x |
105
y

A função é BIJETORA, pois cada uma das retas corta o gráfico em um só ponto e não sobram
elementos no contradomínio.

2. Função Composta

Se f é uma função de A em B e g é uma função de B em C, então a função composta gOf é uma


função de A em C definida por gOf(x) = g(f(x)), para todo x em A.

g C
A f f(x)

x
gOf g(f(x))

Domínio de gOf é:

Dom (gOf) = {x / x  Dom (f) e f(x)  Dom g}

Atenção:

Seja g : A  B e f:BC

106
g f

A B C
1 a
2 b

3 c
4 d

fOg (x) = f(g(x))


a

fOg (1) = f(g(1)) = f(a) =   (1, )


b

Dom fOg = A
fOg (2) = f(g(2)) = f(b) =   (2, )
c Im fOg = C

fOg (3) = f(g(3)) = f(c) =   (3, )


d

fOg (4) = f(g(4)) = f(d) =   (4, )

 Exemplo 01:

Considere as funções f ( x )  x e g( x )  x2 .

Determine:

a) O domínio de f(x) e g(x).

Dom (f) = {x  ℝ / x  0}
Dom (g) = {x  ℝ / x  2}

b) O domínio de gOf(x).
x  0 x 2  x4

 e

Dom gOf  f ( x )  Dom g( x ) 

Então, o Dom gOf = {x  IR / x  4} (para sentença aberta)

c) gOf(x).
 
gOf(x) = g(f(x)) = g x  x 2

 Exemplo 02:

Sejam as funções f e g reais de variáveis reais definidas por f(x) = 2x  1 e g(x) = x2  4.

107
Determine:

a) O domínio de f e g.

Dom (f) = ℝ
Dom (g) = ℝ

b) O domínio de gOf.
Dom g

x  ℝ

 e



Dom gOf  f(x)  2x  1  IR  Dom gOf = IR.

c) gOf(x).

gOf(x) = g(f(x)) = g(2x  1) = (2x  1)2  4 = 4x2  4x + 1  4 = 4x2  4x  3

gOf(x) = 4x2  4x  3

d) fOg(x).

fOg(x) = f(g(x)) = f(x2  4) = 2(x2  4)  1 = 2x2  8  1 = 2x2  9

fOg(x) = 2x2  9

Observaçã
o:

Note que gOf  fOg, isto é, a composição de função não é comutativa.

 Exemplo 03:

Seja A = {1, 2, 3} , B = {1, 4, 9} e C = {2, 5, 10} e as funções:

108
f, de A em B, definida por f(x) = x2

g, de B em C, definida por g(x) = x + 1

Observe que: A B C
f g

1 1 2
F(2) = 4 e g(4) = 5, então gOf(2) = g(f(2)) = g(4) = 5.
2 4 5
Lei de formação da função composta:
3 9 10
gOf(x) = g(f(x))

g(x) = x + 1
A gOf C

g(f(x)) = f(x) + 1 1 2

2 5
substituindo f(x) por x2
3 10
h(x) = x2 + 1

 Exemplo 04:

Sendo f(x) = 2x e g(x) = x + 2, calcule g(f(x)).

Solução:

g(x) = x + 2

g(f(x)) = f(x) + 2

g(f(x)) = 2x + 2

 Exemplo 05:

Sendo g(x) = x + 2 e g(f(x)) = 3x + 7, calcule f(x).

Solução:

g(x) = x + 2

g(f(x)) = f(x) + 2

substituindo g(f(x)) por 3x + 7

3x + 7 = f(x) + 2

f(x) = 3x + 5

 Exemplo 06:

Sendo f(x) = x + 3 e g(f(x)) = 2x + 1, calcule g(x).

109
Solução:

g(x) = 2x + 1

g(x + 3) = 2x + 1

igualar x + 3 a w  w=x+3

x=w3

substituindo x por w  3

g(w) = 2(w  3) + 1

g(w) = 2w  6 + 1 = 2w  5

g(x) = 2x  5

3. Função Inversa

Uma função f : A  B admite f1 : B  A como sendo a sua função inversa se, e somente se, for bijetora.

A função f acarreta o elemento x de A no elemento y de B.

A sua inversa f1 acarreta o elemento y de B no elemento x de A.

A B
f

x y

1
f

Atenção:

1
f f(1) = a  (1, a)  f ; f1(a) = 1  (a, 1)  f1

f
A B f(2) = b  (2, b)  f ; f1(b) = 2  (b, 2)  f1
1 a
2 f(3) = c  (3, c)  f ; f1(c) = 3  (c, 3)  f1
b

3 c
f(4) = d  (4, d)  f ; f1(d) = 4  (d, 4)  f1
4 d

 Propriedade Geométrica:

(a, b)  f  (b, a)  f1

110
y Observaçã
Bissetriz dos o:
quadrantes
Ímpares Os pontos (a, b) e (b, a) são simétricos em relação
a y = x.

y=x
(Repare que a diagonal do quadrado de lado (b  a)
(a, b) cortam-se ao meio e são perpendiculares).
b

Conclusão
:
Os gráficos de f e f1 são simétricos em relação a
a (b, a)
bissetriz dos quadrantes ímpares.
a b x

 Exemplo 01:
A função f : IR+  IR+ , definida pela sentença aberta y = x2 é bijetora.
y

f y=x
2 Sendo f bijetora existe a função:

f1 = {(x2, x) / x  IR+} e a sentença aberta que define


1
f
1 f1 é y  x . Observe os gráficos de f e f1. Eles são
simétricos em relação à bissetriz do 1º quadrante.

1 2 x

 Exemplo 02:
Consideremos uma função f de A em B: f(x) = x + 2.

g
A f B

1 3

2 4

3 5

A função inversa é a que faz o caminho INVERSO da função original: g(x) = x  2.

f 1 ( x )

 Exemplo 03:

Observe o diagrama:

111
g

A f B

1 4

2 5

3 6

A relação inversa NÃO é função.

 Exemplo 04:

Observe o diagrama:

A B
f
1
4

3 5

A relação inversa NÃO é função.

 Exercícios de Composição de Funções e Função Inversa:

Questão 01

112
2
Considere a função f ( x )  e sen (x)
. Entre os pares de funções h e g abaixo, aquele que satisfaz
f = hOg(x) é:
x 2
g( x )  sen x
(A) h( x )  e
sen x
(B) h( x )  e g( x )  x 2

(C) h( x )  e
sen x
g( x )  sen x
2
(D) h( x )  sen x g( x )  e x

Questão 02

Considere as funções reais de variável real f e g definidas por f(x) = 3x + 1 e g(x) = 2x  2. Determine:

a) função h = fOg(x).

b) as inversas de f e g.

Questão 03

Seja a função g(x) definida no intervalo fechado [ –4, 4 ], cujo gráfico está representado na figura abaixo.

Calcule o valor de g[g(4)] – g[g(–4)].

Questão 04

 2x  5 
g( f ( x ))   
Sejam as funções reais, g(x) = 2x + 3 definida para todo x real e  x  1  definida para todo x

 12 
f  
real e x  1, calcule  15  .

Questão 05

Sejam f e g funções definidas em ℝ por f(x) = 4x + 1 e g(x) = x  3. Qual é o valor de g(f(x)) ?

Questão 06

Dadas as funções reais f(x) = 1  2x e g(x) = 2x + k, dê o valor de k, de modo que f[g(x)] = g[f(x)].

113
Questão 07

Se f: ℤ  ℤ é tal que f(n + 1) = n  1, então calcule o valor de f(n  1).

Questão 08

Determine g(x), para que se tenha f(g(x)) = 6x + 2, onde f(x) = 2x  5.

Questão 09

A função f é dada pela tabela a seguir.

x 1 2 3 4 5

f(x) 4 1 3 5 2

f ( f (...( f ( f ( 4))...))
Por exemplo, f(2) = 1. Quanto vale 2004 vezes ?

(A) 1 (D) 4
(B) 2 (E) 5
(C) 3

Questão 10

Considere as funções:

f: ℝ  ℝ g: ℝ  ℝ

x  2x + b x  x2

onde b é uma constante. Conhecendo-se a composta:

gOf: ℝ  ℝ

x  g[f(x)] = 4x2  12x + 9.

Calcule o valor de b.

Questão 11

Seja f: x  f(x) a função cujo gráfico é:

114
O gráfico que melhor representa a função inversa f1 : x  f1(x) é:

(A) (D)

(B) (E)

(C)

Questão 12

Se f é uma função de ℝ em ℝ , definida por f(x) = 2x  1, então calcule f1(1).

Questão 13
x4
f (x) 
Dada a função real 2x  6 , determine a sua inversa.

Questão 14
x 1
f (x) 
Se x  2 , então f1(x) vale:

2x  1 x 1
(A) 1 x (D) x2
x2 x 1
(B) x 1 (E) x2
x2
(C) x 1

Questão 15
ℝ ℝ 2x  3
f (x) 
Calcule a função inversa da função bijetora f:  {4}   {2} definida por x4 .

115
Questão 16
3
f (x)  3  x
O gráfico que representa a inversa da função 4 é:
(A) (D)
y
y

4
3
x

3
4 x

(B) (E)
y
y

4 3
x

4
3 x

(C)
y

4
x

Questão 17
ℝ ℝ ℝ x
xy b
Seja f:  , onde b  , tal que 2 . Sabendo-se que fOf(4) = 2, calcule a sentença
aberta que define f1.

Questão 18
x 1
f (x) 
Seja  x 1 .

a) Calcule f(2).
b) Para quais valores reais de x temos f(f(x)) = x ?
c) Para quais valores reais de x temos f(f(f(f(x)))) = 2011 ?

Questão 19

Seja f: ℝ  ℝ uma função tal que f(x + 1) = 2f(x)  5 e f(0) = 6. Calcule o valor de f(2).

Questão 20
x
f (x) 
Para cada número real x, define-se x  1 . Determine fOf(x).

 GABARITO - EXERCÍCIOS DE COMPOSIÇÃO DE FUNÇÕES E FUNÇÃO INVERSA:

01. A

116
x 1 x2
f 1( x )  g1( x ) 
02. a) h(x) = 6x  5 ; b) 3 e 2

03. 2

04. 7

05. 4x  2

06. 1/3

07. n  3

6x  7
g( x ) 
08. 2

09. (D)

10. 3

11. (E)

12. 0

6x  4
13. 2x  1

14. (A)

4x  3
f 1( x ) 
15. 2x

16. (D)

17. y = 2x + 4

18. a) 3 ; b) não existe valor real de x que satisfaça à condição pedida. ; c) 2011

19. 9

20. x

4. Função Definida por mais de uma Sentença

117
Uma função y, em função de x, definida por mais de uma sentença usa-se cada sentença que está
limitada, pelo intervalo em que o valor de x se enquadra.

 Exemplo:

 x , se x  0

f (x)  
Seja a função real de variável real  x  2 , se x  0 .

Repare que f(x) é definida por duas sentenças.

y=x+2
y=x

0 ℝIR

Na construção do gráfico:

x0  y=x x0  y=x+2

x y=x x y=x+2
0 0 0 0+2=2 4
1 1 1 1+2=3
3
2 2 2 2+2=4
2

1
-2 -1
x
1 2
-1

-2

Domínio da função:

Dom (f) = ℝ

Imagem da função:

Im (f) = ] , 0 [  [ 2, + [  Observe f(0) = 2.

 Exercícios de Fixação:

118
Questão 01

Seja f: ℝ  ℝ definida por:

 2x , se x  2


f ( x )   x  3 , se  2  x  1

 x 2  5 , se x  1

Calcule o valor de:

a) f(3) + f(0)

b) f(2).f(2)

Questão 02

  x  1, se x  3

f (x)  
Faça o gráfico da função  4 , se x  3 , destacando seu conjunto imagem.

Questão 03

 x 2 , se x  0 ℝ

f (x)  
  x , se x  0
Construa o gráfico da função  , definida em e forneça o conjunto imagem.

Questão 04

Seja ℝ o conjunto dos números reais e f: ℝ  ℝ a função definida por:

 x 2  2x , se x  1


f ( x )   x , se  1  x  1

 1, se x  1

a) Esboce o gráfico de f no plano cartesiano ℝ  ℝ .

b) Determine o conjunto imagem de f.

Questão 05

Uma indústria pode produzir, por dia, até 20 unidades de um determinado produto. O custo C (em R$) de
produção de x unidades desse produto é dado por:

119
5  x(12  x ) se 0  x  10

C( x )   3
 x  40 se 10  x  20
 2

a) Se, em um dia, foram produzidas 9 unidades e, no dia seguinte, 15 unidades, calcule o custo de
produção das 24 unidades.

b) Determine a produção que corresponde a um custo máximo.

 GABARITO - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:

y
01. a) 3

b) 1
3

02. 1
y
-1
-3 -2 0 1 x
-1

b) Im (f) = {y  ℝ / y  1}

0 3 4 x

-2
05. a) R$ 49,50
-3
b) 6 unidades

Im (f) = {y  ℝ / y = 4 ou y  2}

03.
y

-1 0 1 2 x

Im (f) = ℝ 

04. a)

5. Função Modular

120
 MÓDULO DE UM NÚMERO REAL

- Definição:

Módulo de um número real x é o valor absoluto de x.

  x , se x  0

| x|  
 x , se x  0

Observaçã
o:

x2  | x|

 Exemplo 01: | 3 | = (3) = 3  (repare, 3  0)

 Exemplo 02: | 3 | = 3  (repare, 3  0)

 PROPRIEDADES:

| x |  0, x, x  ℝ

*
Se a  ℝ 
| x | = a  x = a
a a

 Exemplo: | x | = 3  x = 3

3 3

S = {3, 3}

*
Se a  ℝ 
(i) | x |  a  a  x  a
a a

 Exemplo: | x |  3  3  x  3

3 3

S = {x  ℝ / 3  x  3} ou S = ] 3, 3 [

(ii) | x |  a  x  a ou x  a
a a

121
 Exemplo: | x |  3  x  3 ou x  3

3 3

S = {x  ℝ / x  3 ou x  3} ou S = ] , 3 [  ] 3, + [

Se x  ℝ e y  ℝ

(i) | x | = | y |  x = y

(ii) | x.y | = | x |.| y | porque x 2 .y 2  x 2 . y 2

x |x| x2 x2
 
y |y|
y2 y2
(iii) porque

(iv) |x+y||x|+|y|

 FUNÇÃO MODULAR

F: ℝ  ℝ
, a cada x  ℝ associa o elemento | x |.
xy=|x|

Então: f(x) = | x |

  x , se x  0

f (x)  
 x , se x  0

x0 x0

x y = x x y=x
0 0 0 0 2 y = |x|
1 (1) = 1 1 1
1
2 (2) = 2 2 2

-2 -1 1 2 x

 Exercícios Resolvidos:

01. Resolva as equações:

122
a) | x  5 | = 3

Solução:

“O módulo de um número NÃO pode ser NEGATIVO.”

Logo, S = .

b) | 2x  3 | = 5

Solução:

(2x  3) = 5  2x  3 = 5  2x = 5 + 3

2x = 2

2
x
2  x = 1

ou

2x  3 = 5  2x = 5 + 3

2x = 8

8
x
2  x=4

S = {1, 4}

c) | 2x  6 | = | x + 12 |

Solução:

(2x  6) = (x + 12)  2x  6 = (x + 12)

2x  6 = x  12

2x + x = 12 + 6

3x = 6

6
x
3  x = 2

ou

2x  6 = x + 12

2x  x = 12 + 6  x = 18

S = {2, 18}

02. Resolva as inequações:

a) | 2x  8 |  12

Solução:

123
12  2x  8  12

12 + 8  2x  12 + 8

4  2x  20

4 20
  x 
2 2

2  x  10

S = {x  ℝ / 2  x  10}

ou

S = [ 2, 10 ]

b) | 3  2x |  7

Solução:

7  3  2x  7

7  3  2x  7  3

10  2x  4  (1)

10  2x  4

10 4
x
2 2

5  x  2

S = {x  ℝ / 2  x  5}

ou

S = ] 2, 5 [

c) | 4x + 10 |  2

Solução:

124
 4 x  10  2  4 x  2  10  4 x  12
  
 ou  ou  ou
  
 4 x  10  2   4 x  2  10   4 x  8

 12  x  3
x  4 
  ou
 ou 
 8  x  2
x 
 4 

S = {x  ℝ / x  3 ou x  2}

ou

S = ] , 3 [  ] 2, + [

d) | 2  4x |  18

Solução:

 2  4 x  18   4 x  18  2   4 x  20  ( 1)


  
 ou  ou  ou
  
 2  4 x  18    4 x  18  2    4 x  16  ( 1)

 4 x  20  20 x 5
 x  4 
 ou   ou
  ou 
 4 x  16  16  x  4
x 
  4 

S = {x  ℝ / x  4 ou x  5}

ou

S = ] , 4 ]  [ 5, + [

03. Faça um esboço do gráfico das funções, indicando o conjunto domínio e o conjunto imagem da função.

125
a) f(x) = | x  2 |

Solução:

  ( x  2) , se x  2  0

f (x)  
 x  2 , se x  2  0

  x  2 , se x  2

f (x)  
 x  2 , se x  2

x2 x2

x y = x + 2 X y=x2
2 2 + 2 = 0 2 22=0
1 1 + 2 = 1 3 32=1
0 0+2=2 4 42=2


y

1 2 3 4 x

Dom (f) = ℝ

Im (f) = ℝ 

b) f(x) = | 2x  6 | + 1
2x  6
Solução: x6 2

126
  (2x  6)  1 , se 2x  6  0

f (x)  
 2x  6  1 , se 2x  6  0

2x  6
x6 2

  2x  6  1 , se x  3

f (x)  
 2x  6  1 , se x  3

  2x  7 , se x  3

f (x)  
 2x  5 , se x  3

x3 x3

x y = 2x + 7 x y = 2x  5
3 2.3 + 7 = 1 3 2.3  5 = 1
2 2.2 + 7 = 3 4 2.4  5 = 3
1 2.1 + 7 = 5 5 2.5  5 = 5

y 

5
Dom (f) = ℝ

4 Im (f) = [ 1, + [

1 2 3 4 5 6 x

c) f(x) = | x + 1 |

Solução:

1º processo:

127
 x  1 , se x  1  0  x  1

f ( x)  
  x  1 , se x  1  0  x  1

f(x)

-1 x

2º processo:

Faremos o gráfico de g(x) = x + 1.


y

f(x)
g(x)

-1 x

Quando fizermos o módulo desta função, a parte que se encontra acima do eixo x permanecerá como está
e a parte que se encontra abaixo do eixo x ficará simétrica em relação ao eixo x.

128
y

f(x)

-1 x

d) f(x) = | x  1 | + 2

Solução:

Faremos primeiro o gráfico de | x  1 |.

-1 x

Para fazer o gráfico de | x  1 | + 2, basta pegar o gráfico e subir 2 unidades.

129
y

1 x

 Exercícios de Fixação:

Questão 01

Qual a solução da equação | 3x  5 | = 5x  1 ?

Questão 02

Resolva a equação |x|2 + 3|x|  10 = 0.

Questão 03

Seja p o produto das soluções reais da equação | |x + 1|  2 | = 2. Então p é tal que:

(A) p  4 (D) 0  p  4
(B) 2  p  0 (E) p  16
(C) 4  p  16

Questão 04

Durante o ano de 1997 uma empresa teve seu lucro diário L dado pela função

L( x ) = 50 ( | x  100 | + | x  200 | )

onde x = 1,2,...,365 corresponde a cada dia do ano e L é dado em reais.

Determine em que dias (x) do ano o lucro foi de R$ 10.000,00.

Questão 05

130
As funções f(x) = |x| e g(x) = x2  2 possuem dois pontos em comum. A soma das abscissas destes
pontos é:

(A) 0 (D) 3
(B) 3 (E) 1
(C) 1

Questão 06

Calcule o conjunto solução da inequação |x2  1|  3.

Questão 07

Dada a função f(x) = x(|x|  1),

a) esboce o seu gráfico;

b) determine todos os números reais de x tais que f(x) = x;

c) encontre o conjunto solução da inequação x |x|  x.

Questão 08

Considere a função f: ℝ  ℝ definida por f(2x) = |1  x|.

Determine os valores de x para os quais f(x) = 2.

Questão 09

Considere as soluções da equação |x|2 + |x|  6 = 0, ou seja, aqueles números reais x tais que
|x| + |x|  6 = 0. Então:
2

(A) só existe uma solução;


(B) a soma das soluções é zero;
(C) a diferença das soluções é zero;
(D) o produto das soluções é quatro;
(E) o produto das soluções é menos seis.

Questão 10

Determine o conjunto solução da equação |x  2| + |x  5| = 3.

Questão 11

131
Desenhe o gráfico da função real de variável real definida pela sentença aberta: f(x) = x  |x|  2x + 2.

Questão 12

O volume de água em um tanque varia com o tempo de acordo com a seguinte equação:

V = 10  | 4  2t |  | 2t  6 | , t  R+

Nela, V é o volume medido em m3 após t horas, contadas a partir de 8h de uma manhã.

Determine os horários inicial e final dessa manhã em que o volume permanece constante.

 GABARITO - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:

3 
 
01.  4 
02. 2 e 2
03. (C)
04. 50 e 250
05. (A)
06. S = {x  ℝ / x  2 ou x  2 }

07. a) b) 2 e 2 c) ] 1; 0 [  ] 1; + [
y

1 0 1 x

08. x = 1 ou x = 3
09. (B)
10. S = { 2, 5 }
11.
y

4
3
2
1

-4 -2 -1 0 1 2 4 x

12. Entre 10h e 11h

132
Capítulo VII Funções Trigonométricas

1. Arcos de Circunferência

- Definição:

Dados dois pontos A e B sobre uma circunferência, os mesmos a dividem


B A
em duas partes. Cada uma dessas partes, que incluem A e B, é

denominada arco de circunferência AB . O

Se os pontos A e B coincidem, eles determinam dois arcos: arco


nulo e o outro arco de uma volta.

O
A=B

2. Medidas de Arcos

- Unidades:

Para medir o mesmo arco AB , utilizamos as unidades: o grau e o radiano.

1
 Grau (símbolo º ) é um arco unitário igual a 360 da circunferência.

Radiano (símbolo rad) é um arco unitário cujo comprimento é igual ao B


raio da circunferência que contém o arco a ser medido. B

O
Se um arco AB mede 1 rad, “esticando” o arco AB obtemos um r
segmento de reta AB cuja medida é exatamente o raio da
circunferência. A

Uma circunferência mede 360º.

133
Nota:

O número  é a razão entre o comprimento de uma circunferência e seu diâmetro.

C C C  2R
   3,14    3,14
D 2R

Podemos estabelecer a seguinte correspondência:

360º  2 rad

180º   rad

3. Arcos Côngruos

Dois arcos são côngruos quando possuem mesma extremidade.

,  + 360º,  360º,  + 2  360º,  2  360º ...


possuem origem A e extremidade B.
B
Em arcos côngruos, a diferença entre suas medidas
é sempre um número inteiro de voltas.

Observaçã
o:

1º = 60’ ( minutos )

1’ = 60’’ ( segundos )

134
 Exercícios Resolvidos:

01. Exprimir 225º em radianos.

Solução:

Estabelecemos a seguinte regra de três simples:

180º   rad


225º  x

225   5
x  rad
Logo: 180 4 .

11
rad
02. Exprimir 6 em graus.

Solução:

Temos:

 rad  180º


11
rad
6  x

11
 180
x 6  330 º
Logo:  .

 Exercícios de Fixação:

Questão 01

Exprimir em radianos:

a) 210º
b) 240º
c) 270º
d) 300º

135
Questão 02

Exprimir em graus:


rad
a) 6

rad
b) 4

rad
c) 3
2
rad
d) 3

Questão 03

ABCDEF é hexágono regular, inscrito no ciclo trigonométrico, com A na origem dos arcos e B, C, D, E e
F em sentido anti-horário. Citar o(s) ponto(s) correspondente(s) aos números, com K  Z :

a) k2
b) k

 2k 
c) 3

k
d) 3

 k
e) 3

  k 2
f) 3
k
g) 3

 GABARITO - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:

7 4 3 5
rad rad rad rad
01. a) 6 b) 3 c) 2 d) 3

02. a) 30º b) 45º c) 60º d) 120º

03. a) A b) A e D c) B d) B e E e) C e F f) F g) A, B, C, D, E e F

136
4. Trigonometria no Triângulo Retângulo

 O triângulo EDC é semelhante ao triângulo ABC.

 CATETO OPOSTO EC AC
    sen 
 HIPOTENUSA CD BC


 CATETO ADJACENTE ED AB
EDC ~ ABC      cos 
 HIPOTENUSA CD BC


 CATETO OPOSTO EC AC
 CATETO ADJACENTE  ED

AB
 tg 

 Exercícios de Fixação:

Questão 01

Uma pessoa na margem de um rio vê, sob um ângulo de 60º, uma torre na margem oposta. Quando ela se
afasta 40m, esse ângulo é de 30º. A largura do rio é:

(A) 5m

(B) 10 3 m
(C) 20m

(D) 20 3 m

137
Questão 02

Um disco voador é avistado numa região plana, a uma certa


altitude, parado no ar. Em certo instante, algo se desprende da nave e cai
em queda livre, conforme a figura. A que altitude se encontra esse disco
voador?

Considere as afirmativas:

I. a distância d é conhecida;
II. a medida do ângulo  e a tg do mesmo ângulo são conhecidas.

Então, tem-se que:

(A) a I, sozinha, é suficiente para responder à pergunta, mas a II, sozinha, não;
(B) a II, sozinha, é suficiente para responder à pergunta, mas a I, sozinha, não;
(C) I e II, juntas, são suficientes para responder à pergunta, mas nenhuma delas, sozinha, não é;
(D) ambas são, sozinhas, suficientes para responder à pergunta;
(E) a pergunta não pode ser respondida por falta de dados.

Questão 03

Um observador vê um prédio, construído em terreno plano, sob um ângulo de 60º. Afastando-se do edifício
mais 30m, passa a ver o edifício sob ângulo de 45º. Qual é a altura do prédio?

 GABARITO - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:

01. (D)

02. (C)

03. h  15 (3  3 )

138
5. Trigonometria

 CICLO TRIGONOMÉTRICO

sen Oy

rad 180º
(0, 1)
Medida
90º 2 Angular

II I
D B CORRESPONDÊNCIA

( 1, 0) (1, 0)
sen x Ox

x 0 A
C 0 IR
180º O 360º ... ...
cos x 2 2 2
cos

3,14...
Medida
III IV Linear
3 270º (0, 1)
2

Consideremos uma circunferência de raio unitário (R = 1), associa a um sistema de eixos cartesianos
ortogonais, onde:
 A origem do sistema coincide com o centro da circunferência.

 O ponto A de coordenadas (1, 0) é a origem de todos os arcos.

 O sentido positivo de percurso é o anti-horário e o negativo é o horário.

 Os pontos (1, 0), (0, 1), (1, 0) e (0, 1) dividem a circunferência em quatro partes denominadas
quadrantes que são contados a partir de A no sentido anti-horário.

C. Adj. OC cos x  OC
cos x   
Hip R

 1
O
OD b
rv:
se
o
çã
a

C. Opost. BC OD sen x  OD O cosseno representa a abscissa e


sen x    
Hip R 1 o seno a ordenada.

1

139
 Expressão Geral dos Arcos Côngruos:

Dado um arco x no ciclo trigonométrico, tal que:

0º  x  360º ou 0 rad  x  2 rad , a expressão geral de todos os arcos que são côngruos a x é dada
por:

2k  k ℤ
x + 360º k (em graus) ou x + (em radianos) , onde: .

 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

- Função Cosseno:

F: ℝ  ℝ
x  y = cos x

 VALORES NOTÁVEIS

x y = cos x y

   Cossenóide
 y  cos     0
2  2
1
y  cos 0  1
0
I IV
 
y  cos 0 0 3 2 x
2 2 2 2 II III 2
 y  cos    1
-1

3 3
y  cos 0
2 2
2 y  cos 2  1
2 rad

Período

 SINAL DA FUNÇÃO:

COSSENO Quadrante I II III IV


y = cos x +   +

 decrescente nos I e II quadrantes


ABSCISSA 
f (x) é 
 crescente nos III e IV quadrantes

140
 DOMÍNIO DA FUNÇÃO: Dom (f) = ℝ

 IMAGEM DA FUNÇÃO: Im (f) = [ 1, 1 ]

1 cos x 1

 PERÍODO DA FUNÇÃO: P  2 rad

- Função Seno:

F: ℝ  ℝ

x  y = sen x

 VALORES NOTÁVEIS

x y = sen x y

   Senóide
 y  sen      1
2  2
1
y  sen 0  0
0 3
I II
2 2 2
 
y  sen  1 0 x
2 2 2 III IV
 y  sen  0
-1

3 3
y  sen  1
2 2
2 y  sen 2  0

2 rad

Período

 SINAL DA FUNÇÃO:

SENO Quadrante I II III IV


y = sen x + +  

 decrescent e nos II e III quadrantes


ORDENADA 
f (x) é 

 crescente nos I e IV quadrantes

 DOMÍNIO DA FUNÇÃO: Dom (f) = ℝ

141
 IMAGEM DA FUNÇÃO: Im (f) = [ 1, 1 ]

1 sen x 1

 PERÍODO DA FUNÇÃO: P  2 rad

Atenção:

 PROPRIEDADES:

f ( x )  q  p cos (mx  n)

 ou

Para as funções  f ( x )  q  p sen (mx  n) ,

2
P rad
com p  0 e m  0, temos que Im (f) = [q  p, q + p] e m .

- Função Tangente:

C. OPOST. AT AT
tg x     AT
sen Oy C. ADJ. OA 1

R=1
tg
sen x
tg x 
2 cos x , para cos x  0.
T
B Not
a:
Observe que OCB  OAT então:
Ox

x A tg x R=1
O C 0 2

R=1 cos
AT OA tg x 1 sen x
    tg x 
BC OC sen x cos x cos x ,

sen x cos x para cos x  0.


3
2
ℝ   
k  , para k  ℤ   ℝ
 F: -  2 
x  y = tg x

 VALORES NOTÁVEIS

142
y
x y = tg x

0 0
I II III IV
0 3 2 x
2 2 2

0 rad

Período

 SINAL DA FUNÇÃO:

Quadrante I II III IV
y = tg x +  + 

f(x) é crescente em todos os quadrantes.

  
Dom (f )   x  ℝ / x  k  , para k  ℤ 
 Domínio da Função:  2 

 Imagem da Função: Im (f) = ℝ

 Período da Função: P   rad

Atenção:

 PROPRIEDADES:


P rad
Para a função f(x) = q + p.tg (mx + n), com p  0 e m  0, temos que m .

 Exercícios Resolvidos:

143
01. Faça um esboço do gráfico de f(x), indicando o conjunto imagem e o período da função:

a) f: ℝ  ℝ dada por f(x) = 2.sen x

Solução:

 Associamos a cada x o valor de sen x;

 Multiplicamos sen x por 2;

x sen x y x sen x y

0 0 0 0 0

 
2 1 2 1 2

 
0 0 0

3 3
2 1 2 1 2

2 2
0 0 0

 Observe que para cada x uma ordenada y que é o dobro da ordenada correspondente da senóide.

2 p  2
senóide
1
Im (f) = [ 2, 2 ]

0 3 2 x
2 2

-1

-2

b) f: ℝ  ℝ dada por f(x) = sen 2x.

144
Solução:

 Atribuímos valores a t = 2x;

 t
x  
 Calculamos x,  2.

x t = 2x y = sen t x t = 2x y = sen t

0 0 0 0 0

  
2 1 4 2 1

  
0 2 0

3 3 3
2 1 4 2 1

2  2
0 0

 O gráfico deve apresentar para cada x uma ordenada y.

1 2
p (f)= [01,
Im  1 ]
2
3
4
0 x
4 2

-1

ℝ ℝ x
f ( x )  sen
c) f:  dada por 2.

145
Solução:

x x
x t y = sen t x t y = sen t
2 2

0 0 0 0 0

  
2 1 2 1

 2 
0 0

3 3 3
2 1 2 1

2 4 2
0 0

Im (f) = [ 1, 1 ]

0
2 3 4 x 2
p   2  2
1
2
-1

p  4  rad

d) f: ℝ  ℝ dada por f(x) = 1 + sen x.

146
Solução:

x sen x y x sen x y

0 0 0 0 0

 
2 1 2 1 2

 
0 0 1

3 3
2 1 2 1 0

2 2
0 0 1

 Observe que para cada x uma ordenada y que é igual ao seno de x mais uma unidade. Então a
senóide sofre uma translação de uma unidade “para cima”.

2 p  2

1 1
Im (f) = [ 0, 2 ]

sen x

0 x 3 2 x
2 2

-1

senóide

ℝ ℝ  
f ( x )  sen  x  
e) f:  dada por  4 .

147
Solução:

 
x tx y = sen t x tx y = sen t
4 4

0 0 4 0 0

 3 
2 1 4 2 1

 5 
0 4 0

3 7 3
2 1 4 2 1

2 9 2
0 4 0


x
 Observe que para cada x uma ordenada y que é o seno de 4.

senóide Im (f) = [ 1, 1 ]

9 
1 p   2
4 4
5 7
4 4
0 3 2 9 x 2ou
4 4 4 p   2
1
-1

f) f: ℝ  ℝ dada por f(x) = | cos 2x |.

Solução:

148
x t = 2x y = cos t

0 0 1

2x = t
 
4 2 0
t
x
 2
2
4 1

3 3
4 2 0

4 2
4 1

y
y = | cos 2x |

Im (f) = [ 0, 1 ]
2 2 
0 x p  0   rad
2 3 4 4 4 2
4 4 4 4

-1

y = cos 2x

 
f ( x )  tg  2x  
02. Esboçar o gráfico, dar o domínio e o período da função real  3 .
Solução:

t x y = tg t

149


t  2x 
2
0 12 0

 5 
2 12

 8
12 0

3 11 
2 12

2 14
12 0

 
0
x  3  3    2
 t=0  2 2 6 12

   5

5
2 x  2 3  6 
 t=  2 2 12

y
 Domínio da função:

 
2x   k  , para k  Z
3 2 .
 
2 x  k  
2 3

5 6k  5
2 x  k   2x  
6 6
0 2 35 8 11 14 x
12 12 12 12 12 6k  5 
x   x  (6k  5)
12 12

  
Dom (f )   x  ℝ / x  (6k  5)
 12 

 Período da função:

  ou 8 2 6 
p  rad p    rad
m 2 12 12 12 2
2

 Exercícios de Fixação:

Questão 01

Determinar o período e a imagem e fazer o gráfico de um período completo das funções dadas abaixo.

150
a) f: ℝ  ℝ , dada por f(x) = cos x.

b) f: ℝ  ℝ , dada por f(x) = 3.cos x.

ℝ ℝ x
f ( x )  cos
c) f:  , dada por 2.

d) f: ℝ  ℝ , dada por f(x) = 1 + cos x.

ℝ ℝ  
f ( x )  cos  x  
e) f:  , dada por  4 .

f) f: ℝ  ℝ , dada por f(x) = sen 3x.

g) f: ℝ  ℝ , dada por f(x) = sen x.

Questão 02

t 1
sen x 
Para quais valores de t temos 2 , sendo x um número qualquer?

Questão 03

Para cada função f a seguir, estabeleça o domínio e o período, a partir de sua lei:

a) f(x) = tg 2x

 
f ( x )  tg  x  
b)  6

Questão 04
x
f ( x )  tg  
Seja f uma função real definida pela seguinte lei:  2  . Obtenha o domínio, o período e, em
seguida, construa o gráfico de f.

 GABARITO - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:

01. a)

151
y
Im (f) = [ 1, 1 ]

1
p=
3
2 2
0 2 x

-1

b)
y

Im (f) = [ 3, 3 ]

2
p=

0 3 2 x
2 2

-3

c)
y

Im (f) = [ 1, 1 ]
0 4 x
2 3

-1 4
p=

d)

152
y
Im (f) = [ 0, 2 ]
2

1
p=

0 3 2 x
2 2

e)

Im (f) = [ 1, 1 ]
1
5
4 2
0 3 7 9 x p=
4 4 4 4

-1

f)
y

1 Im (f) = [ 1, 1 ]

2
3 3
0 x 2
6 2 p= 3
-1

g)
y

1 Im (f) = [ 1, 1 ]

0 3 2 x 2
2 2 p=
-1

153
h)
y

1
Im (f) = [ 2, 2 ]
3
2
0 2 x 2
2 p=
-1

-2

i)
y

3 Im (f) = [ 2, 4 ]
2

1
2
0 3
p=
2 x
2 2

j)
y

Im (f) = [ 1, 3 ]
3

2
4
1 p=

0 4
2 3

02. {t  ℝ , / 3  t  1}

   
D   x  ℝ / x   k ; k ℤ 
03. a)  4 2 

p
2
  
D   x  ℝ / x   k ; k  ℤ 
b)  3 
p

154
04.
y

1
2
0 x
-1 2

D  x  ℝ / x  (2k  1) ; k ℤ 
p  2

 COMPLEMENTO

- Outras funções:

 Secante do arco x é o inverso do cosseno de x:

1   
sec x   x   k , k  ℤ 
cos x  2 .

 Cossecante do arco x é o inverso do seno de x:

1
cos sec x   x  k , k  ℤ 
sen x .

 Cotangente do arco x é o inverso da tangente de x:

1 cos x
cot g x   cot g x   x  k , k  ℤ 
tg x sen x .

- Identidades Fundamentais:

 sen2 x + cos2 x = 1 (x  ℝ ) .

  
 x   k , k ℤ 
 sec2 x = 1 + tg2 x  2 .

 cosec2 x = 1 + cotg2 x (x  k , k  ℤ ) .

155
- Redução ao 1º quadrante:

Para reduzir um arco pertencente ao 2º, 3º ou 4º quadrantes, a um correspondente arco no primeiro


quadrante, com o mesmo valor da razão trigonométrica (em módulo):

 Localize o quadrante em que está o arco a ser reduzido;

 Verifique o sinal da razão trigonométrica no referido quadrante;

 Faça a redução do arco.

y y y

x x

x x x

A x A x A x

2 x

 Exemplos:
3
sen 300 º   sen 60º  
a) 2

4º Q

1
cos 120 º   cos 60º  
b) 2

2º Q

c) tg 225 º  tg 45º  1

3º Q

Nota:

k
 x
Arcos da forma 2 , onde k é um inteiro ímpar, analisamos o sinal da função e trocamos a função.

sen  cos

tg  cotg

sec  cossec

156
- Operações com arcos:

 ADIÇÃO DE ARCOS:

 sen (a + b) = sen a  cos b + sen b  cos a

 cos (a + b) = cos a  cos b  sen a  sen b

tg a  tg b
tg (a  b) 
 1  tg a  tg b

 SUBTRAÇÃO DE ARCOS:

 sen (a  b) = sen a  cos b  sen b  cos a

 cos (a  b) = cos a  cos b + sen a  sen b

tg a  tg b
tg (a  b) 
 1  tg a  tg b

 ARCOS DUPLOS:

 sen 2a = 2sen a  cos a

 cos 2a = cos2 a  sen2 a

2 tg a
tg 2a 
 1  tg 2 a

157

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