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Manual IVA
Manual IVA
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Introdução
Âmbito do manual
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação
de curta duração nº 0568 – Imposto sobre o valor acrescentado (IVA), de
acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
Objetivos
Conteúdos Programáticos
Características do imposto
• Imposto geral sobre o consumo
• Imposto plurifásico não cumulativo
• Método de funcionamento do imposto. Neutralidade do imposto
• IVA e o princípio do destino
Incidência
• Incidência real ou objectiva
• Incidência pessoal ou subjectiva
• Localização das operações tributárias
• Localização das prestações de serviços
• Os serviços relacionados com imóveis
• Transporte intracomunitário de bens
Isenções
Valor tributável
Taxas
Reembolsos
Obrigações declarativas
Regimes especiais
Duração: 50h
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Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)
1. Características do imposto
O IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado foi aprovado pelo Decreto-Lei nº.
394-B/84, de 26 de dezembro e foi lançado, em Portugal, por duas razões
fundamentais:
O Iva não sai do bolso de cada um dos agentes económicos que transacionam
o produto, mas do consumidor final que suporta e paga o IVA, sendo, portanto,
um imposto sobre o consumo.
1º. Cada um dos agentes que transaciona bens ou serviços, tem de liquidar
imposto sobre o preço de venda dos bens ou dos serviços prestados.
IVA Liquidado (IVA sobre o preço de venda dos bens ou dos serviços)
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2º. Cada um dos agentes que transaciona bens ou serviços tem direito a
deduzir o IVA suportado nas aquisições.
Intervenientes no circuito:
Produtor
Armazenista
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Retalhista
Conclusão:
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Ficha de trabalho1
Por vezes, o facto de uma dada operação de compra e venda de bens ocorrer
entre sujeitos passivos de Estados-membros diferentes ou de países diferentes
não significa que lhe sejam aplicáveis as regras das transações
intracomunitárias ou das exportações/importações.
Mas, para uso destas regras não basta que a operação ocorra entre sujeitos
passivos de Estados-membros diferentes, é necessário comprovar a expedição
dos bens de um Estado-membro para outro. Para que o fornecedor possa aplicar
a isenção na origem deve estar em condições de provar o circuito físico dos
bens, ou por ser este a fazer o transporte, ou porque contratou um transitário
para o fazer em seu nome, ou porque obteve do adquirente cópias dos
documentos de transporte, ou declaração deste do destino a dar aos bens.
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É o caso do envio de bens para o território de outro Estado-membro, por parte
de um sujeito passivo de IVA para as suas necessidades. Assim, quando, por
exemplo, uma empresa portuguesa envia bens para outro país para aí executar
uma prestação de serviços, há isenção de IVA na origem e sujeição a este
imposto no destino. Isto, quer se trate de matérias-primas ou de equipamentos,
exceto, quanto a estes últimos se houver reexpedição para o território nacional
após a execução do serviço.
Outra situação que começa também a ocorrer com frequência é o sujeito passivo
centralizar as suas operações usando um armazém noutro Estado-membro para
acolher as mercadorias que adquire nos vários países. As entradas de bens
nesse Estado-membro provenientes de outros países comunitários são tratadas
como aquisições intracomunitárias com autoliquidação de IVA às taxas aí
vigentes, sendo que no Estado de origem deve tratar-se a operação como
transmissão intracomunitária, e ainda que estejamos apenas perante a remessa
de mercadorias de um armazém para outro.
Para o agente económico detentor dos bens, tal implica o registo em IVA no
Estado-membro onde o armazém está situado e o cumprimento das obrigações
inerentes: liquidação do imposto, entrega de declarações, etc. Em futuras
vendas, o enquadramento em IVA terá de fazer-se considerando-se como
origem das mercadorias o país onde o armazém está localizado.
2. Incidência
(Capítulo do CIVA nos artigos 1º a 8º)
Trata-se da fase do imposto em que é feita, pela lei, a definição geral e abstracta
dos actos ou situações sujeitas a imposto e das pessoas sobre quem recai a
respectiva prestação. Pode ser considerada:
o As transmissões de bens;
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o As prestações de serviços;
o As importações de bens;
o As aquisições intracomunitárias.
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2.2. Incidência pessoal ou subjetiva
O artigo 2.º do CIVA, refere que são sujeitos passivos do imposto, as pessoas
singulares ou colectivas que:
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2.3. Localização das operações tributárias e das prestações
de serviços
A localização das operações vem referida no artigo 6º do CIVA que consagra o
princípio da territorialidade.
Foi referido que o IVA funciona com base no princípio do país de destino.
Porque não com base no do país de origem? - Acontece que as normas
comunitárias obrigam à “base única”, mas não a taxas de imposto idênticas.
Caso se optasse pela tributação no país de origem, a distorção nas trocas
internacionais aconteceria por força da diferença de taxas de imposto entre os
países.
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em bens imóveis, tais como serviços prestados por arquitetos e por empresas
de fiscalização de obras, é o lugar onde está situado o bem imóvel.
3. Isenções
As isenções podem classificar-se em:
As isenções simples são penalizantes para o sujeito passivo, pois não podendo
deduzir o imposto das suas aquisições vai repercutir esse valor no preço de
venda.
Declaração de alterações,
caso a opção seja posterior
ao início de atividade
Consequências da renúncia
Tanto estas isenções como a maioria das isenções das exportações deverão
ser comprovadas através de documentos aduaneiros – quando se registar a
intervenção dos Serviços Aduaneiros, - ou de declarações emitidas pelos
adquirentes dos bens ou dos serviços.
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Ficha de trabalho 2
4. Valor tributável
Artigos 16.º e 17.º do CIVA
Transações internas
O valor tributável é o valor dos bens ou dos serviços sobre o qual irá incidir a
taxa do imposto.
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5. Taxas
No continente, e de acordo com o artigo 18.º do Código do IVA, temos:
Ficha de trabalho 3
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6. Direito à dedução e apuramento do IVA
Nos termos do artigo 20.º do Código do IVA, o exercício do direito à dedução é
possível quando o imposto a deduzir tenha incidido sobre bens adquiridos,
importados ou utilizados pelo sujeito passivo com vista à realização das
operações que conferem o direito à dedução.
- Operações isentas nos termos dos n.ºs 27) e 28) do artigo 9.º, quando o
destinatário esteja estabelecido ou domiciliado fora da UE, ou que estejam
diretamente ligadas a bens que se destinam a ser exportados para países não
pertencentes à mesma UE.
- 2435 IVA Apuramento- Nesta subconta iremos centralizar os saldos das subcontas
2432,2433 e 2434 e proceder ao apuramento do IVA a pagar/recuperar.
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- 2436 IVA a pagar- Esta subconta será creditada pelo valor do saldo credor da
subconta 2435.
- 2437 IVA a recuperar- Esta subconta será debitada pelo valor do saldo devedor da
subconta 2435.
https://youtu.be/hnMR651tsPs
7. Reembolsos
Quando num determinado período existir imposto a recuperar podem ser toma-
das duas opções:
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Reporte do crédito do imposto para o
período seguinte
IVA a recuperar
mês ou trimestre seguinte, isto é,
este crédito será abatido no
apuramento do imposto do
IVA a Recuperar
próximo período.
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• não pode ter clientes ou fornecedores com Número de Identificação
Fiscal (NIF) inexistente ou que, no período a que respeita o imposto,
tenham atividade cessada.
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8. Os sujeitos passivos mistos
As entidades que exercem, em simultâneo, atividades que conferem o direito à
dedução e atividades que não conferem esse direito (designados “sujeitos
passivos mistos”) devem utilizar o método da afetação real e/ou o método
de prorata para apurar a parte do imposto que é dedutível.
9. Obrigações declarativas
• Declaração de início de atividade – antes do início da atividade.
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• Declaração de Intrastat – até ao dia 15 do mês seguinte ao da
movimentação intracomunitárias de bens.
• Declaração anual – até ao dia 15 de julho (ou ao 15.º dia do 7.º mês
posterior à data do termo do período de tributação em sede de IRC, se
diferente do ano civil).
https://www.facebook.com/Famatoc/videos/237625103914909/?t=4
Contabilização do IVA:
243212x 243312x
IVA IVA
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▪ O vendedor faz uma venda isenta
PV PV
Bibliografia
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