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CAPITULO Composicao ~ Quimica dos Minerais f KAISigO3 onoelasio BOOO Rees (She C{ wei CaAlSi05 albita ‘sortie Representagio das composicées dos minerais em um diagra- ma temério(trés componentes). As vérias centenas de pontos representam as anélises quimicas dos membros da série dos eldspatos formados em altas temperaturas. Eles sto repre- -sentados em termos dos trés compostos quimnicos: K,O (ou KAISI,O, ortociasio). Na,O (ou NaAISi,0,, albita) e CaO fou CaAi,Si,0, enortta). A rea sombreada representa a exten- $80 da substituicéo atémica (dos trés componentes entre si também chamada de “solugéo sdiida") nes feldspatos de alta temperatura. Como introdugo 8 quimica dos minorais, este capitulo se inicis com uma revisao da composicao quimica da Terra. Os elementos quimicos que estéo globalmente presentes S30, ‘95 mesmos que constituem os minerais mais comuns. A va- ‘iabilidade composicional desses minerais ¢ explorada @ sdo apresentadas as técnicas graficas para a apresentagao das composigées minerais, Existem correntemente 116 elementos quimicos conhecidos (ver a tabela periédica nas paginas finais do livro), incluindo seis gases nobres ¢ 28 elementos que nfo sio encontrados na~ turalmente (ou que nio tém isétopos estiveis). Surpreenden- temente, os minerais mais comuns da’Terra sio compostos por apenas cerca de 15 elementos quimicos. Neste capitulo, sio exploradas as razdes pelas quais a maioria dos minerais con- tém somente um pequeno nfimero de elementos conhecidos e como os elementos menos abundantes sia incorporados nas estruturas cristalinas [Composigao da Terra Estudos geofisicos da densidade e da massa da Terra indi- cam que a Terra esti dividida em crosta, manto e niicleo, Essa divisio e a distancia aos seus limites é apresentada na Fig. 5.1-A crosta tem espessura média de aproximadamente 36 km nos continentes, mas varia de ~ 10 km sob os oe. anos a ~ 100 kin sob as montanhas (Fig. 5.1b). © limite entre a crosta eo manto superior subjacente é conhecido como descontinuidade Mohorovidié¢ é geralmente chama: da Moko. © manto constitui aproximadamente 80% do vo- ume do planeta e estende-se da base da crosta até 0 miicleo externo a 2.891 km. £ dividido em manto superior ¢ manto inferior, separados pela zona de transi¢ao do manto (Fig 5.la). No manto inferior, a aproximadamente 200 km aci- 1ma do limite manto-néicleo, outa divisio € sugerida através de téenicas geofisicas, a recentemente descoberta camada DVO limite entre o manto inferior ¢ 0 miicleo nio é rej Jar (como representado na Fig. 5.1a) sim irregular. O nt- cleo & dividido em niicleo externo liquido ¢ niileo interno sélido, estendendo-se até 6.371 km, 0 raio da ‘Terra. A me~ ida que os minerais so levados para o interior da terra, as pressdes ¢ as temperaturas aumentam (de aproximadamente 727°C (3.000°K) no manto inferior até, possivelmente, 726°C ~ = 6.726°C (6.000 - 7.000°K) Km no niileo), © que causa transformagSes mineralégicas.A densidade ge~ ral do material no nicleo é consideravelmente maior que na crosta da Terra. Desta forma, o empacotamento atémico dos minerais no manto inferior ¢ no niicleo deve ser mais denso que 0 observado nos materiais da crosta | i I I | Crosta continental Manto superior Manto inferior Profundidade Pressio em om quilémetro duilobars 2691 hase Nicleo externo -Miileo interno 6371 ¥ 2639 @ Capitulo 5 Compasigso Quimica dos Minerais_ 117 Rochas igneas, metamérficas, e sedimontares ‘Oceano ° Rochas: if baséhticas z Ouitémetros Croste continental Manto 180 wo FIGURAS.1 (2) Principais subdivisbes do interior de Terra. A prescio @ expressa em quilobats, onde tau: lobar = 1.000 bars = 100 megapascais, € 1 bar = 0,987 atmosferas ou 10.000 pasoais. (De Lu, L. and W.A Bassett, 1986, Elements, oxides, silicates: High-pressure phases with implications for the earth's interior. Oxtord University Press, New York) (b} Representagso esqueratica ‘ochas crustais S80 menos densas que as rochas do mento subjacente. Acros Ccontinentes que sob 0s oceanos, Composigao da crosta terrestre AA parte superior da erosta, que consiste nos materia mais pré- -ximos da superficie da Terra, & composta por uma porcentagem teativamente grande de rochas sedimentares e de material in- consolidado. Entretanto, esta coberturz sedimentar forma so- ‘mente uma fina cobertura sobre um embasamento subjacente de rochas igneas ¢ metamérficas (ver Capitulo 21) que esto, ‘expostas nos cinturdes de montanbas ¢ nos fandos oceénicos. (Clarke ¢ Washington (1924) estimaram que os 16 km superiores, (10 mithas) dz cxosta consistem em 95% de rochas fgneas (ov seus equivalentes metamérficos), 4% de folhelhos,0,75% de are nitos € 0,25% de calcfrios, Entretanto, a composigio média das rochas fgneas deve ser muito préxima da composigio média da ‘rosta, Clarke ¢ Washington compilaram dados de 5.159 anilises ‘quimicas completas de rochas jgneas, que representam a compo- sigdo média da crost continental (Tabela 5.1) Verificou-se que ‘eta composicio média é intermedifria entre a composicio do granito e do basso, que slo 0s dois tipos de rochas Sgneas mais comuns (ver Capitulo 21 € Quadro 19.1). Estes dados, entre Titosfera terreste. As ais espessa sob Os tanto, nfo incluem um nimero apropriado de basaltos de fun- dos oceénicos,o que tornaria a sua média mais representativa da crosta média que somente da crosta continental média.A inclusio destes extensos basaltos deve baixar os valores médios de Si, K € [Na eaumentar a proporgio de Fe, Mg e Ca. Dos 88 elementos que ocorrem naturalmente, meros 8 compéem aproximadamente 99% em peso da crosta terrestre (Fig. 5.2, Tabela 5.1). Destes,o oxignio é o mais abundante. A sua predomindncia & ainda mais evidente quando 2s porcenta- gens em peso originais sio recalculadas para porcentagens de 4tomos ¢ porcentagens em volume (Fig. 5.2) Como tal, 2 crosta da terra consiste quase inteiramente em compostos de oxigé nio que so principalment silicatos, carbonatos, 6xidos,hidr6 xxidos, fosfatos e sulfatos. Em termos do néimero de 4tomos, 0 coxigenio excede 60%. Quando se considera o volume dos fons, ‘mais comuns, observa-ie que o axigenio constitu’ aproxima- damente 94% do volume total da crosta. Em outras palavras, a crosta da Terra, em escala atémica, consste essencialmente em, ‘um empacotamento fechado de inions de oxigénio, com fons metilicos intersticisis, principalmente o Si, Por causa da grande | | | 148 Manual de Ciancia dos Minerais TABELA 5.1 Quantidades médias dos elementos nas rochas crustais, em porcentagem em peso para os elementos 1 4 008% = a6 mh 0,005 0,001 3 u 8 46 Pa 001 0002 0/0025 4 Be 08 a 4g 0.07 0.05, 0.08 5 8 8 43 ca 02 oa 08 6 c 100 49 in oA 0.02 007 7 N 82 50 Sn 2 35 32 8 ° 46.60% 4350% 44.90% 51 sb 02 os 101 8 Fas 700 280 52 Te oot <1 " Na 289% 2.46% =—1,80%@ 853 ' 0s <003 <0, 2 Ma 209% 0.24% «= 3.99% = 8 cs 3 15. 08 13 Al 813% «7.43% «= 7.94% = 58 Ba 004% 9.12% 0.02% 14 si 272% — 2.96% —-2481% «87 la 30 101 98 16 Pp 010% 0.04% 0.088 ce 60 170 2 6 S260 58 123 59 Pr a2 19 34 7 Ce 0 200 60 Nee. 55 16 18 K 250% «451% «= «O53 Sm 60 33 36 20 ca 363% 0.99% 7.83% = 63 eu 12 13 a 2 Se 2 29 38 8a Gd 54 . 4 2 T 044% 0.15% 084% Tt 08 054 2 vo 138 7 268 55 by 30 24 24 cr 100 2 14 7 Ho 12 36 25 Mo 009% 9.02% «= 013% =e Er 28 12 28 Fe 1.97% = 7.78% «= 88 Tm os a5 27 Go 2a a 70 Yb 34 1 28 Ni 1 % n lu os ors, 29 ce 13 110 n af 3 62 30 2n 45 85 B ta 2 18 3 Ga 2 6 m w 18 oa 2 Ge ua 14 5 Re 0001 «0,002 33 As os, 19. 78 0s 0.005 @,00007 34 se 0.08 0007 O38 7 le 0.001 9.00001 35 Br 25 0 oa 78 Pt 001 0.0019 37 Rb % 2 2 79 hu 0004 0,004 38 S35 280 190 80 Ho 0.08 04 30 y 8 13 25 81 7 os 12 40 185 210 105 2 Po 13 48 a1 No 2 2 35 ca Bi 02 0.07 2 Mo 18 65 os7 90 Th 72 50 aa Pu or 92 uv 18 34 ‘De Macon, and Meer GB, 1982, Props of geochemisy. Copiaht © 1862 by John Wily & Sons, no, Now Yor Porcentagem om peso. ° Si al Fe ca Na K 46,60 26,72 B13 5.00 3,63 283 258 Mg _2,09, 93,59 eo 62.55 22 647 192 194 264 a2 184 100,00 Porcentagem em peso Porcontagem Rao Porcentagern Ténico* em volume 13896 0,26 14 0,39 (4) 0.78 (61 1400 6] }- 6% no total 1.02 (6) 151 [8] 0.72 I) FIGURA 6.2 Os oito elementos mois Ccomuns na crosta terrestre. (De Ma son, 8. and C.B. Moore, 1982. Princ ‘les of Geochemistry Ath ed. Wiley New York.) “Raios idnicos extraidos da Tabela 38, Nimeros entre colche- tes refere:n-se 20 nimero de coorde- ago. abundincia do oxigénio ¢ de outros elementos de baixo peso atémico na crosta, a densidade média dela é de aproximada- mente 2,88/cm’ (2.800kg/m’). Assim, os minerais conhecidos como minerais formadores de rocho na crosta sio, com poucis excegdes, membros dos grupos dos silicatos, axidos € ‘arbonatos, que possuem 0 oxigénio como principal inion ‘Andlses quimicas quantitativas dos minerais possibili~ tam o agrupamento dos elementos com base na sua abun- dincia, Quando os elementos quimicos ocorrem em grandes quantidades (>1% em peso), eles sio considerados elernen- tos maiores ¢ sio medidos em porcentagem em peso (9 em peso). Elementos menores ocorrem em quantidades meno- res (0,1 ~ 1,0% em peso), mas também s30 medidos em por centagem em peso (% em peso). Outros elementos ocorrem fem quantidades muito pequenas (<0,1% em peso) ¢ io cha- mados de elementos trago. Os elementos rago $50 medidos em partes por milbio (ppm) ou partes por bilhao (ppb). Apesar de sua pouea abundincia, os elementos trago podem fornecer informagées sobre os processos geol6gicos,tais como tempe ratora ou pressio nas quais os minerals io formados. ‘Muitos elementos importantes para a nossa economia tém abundincia média muito baixa na crosta (Tabela 5.1) € ‘ocorrem como elementos trae, Por exemplo, em uma tpica rocha crustal, Cu (niimero atémico, Z = 29) tem abundin- cia de 55 ppm, o Pb (Z = 82) = 13 ppm ¢ o Hg (Z = 80) ,08 ppm. Muito interessante & 0 Zr (Z = 40), elemento de uso menos comum, que é mais abundante que © Cu (com rmédia de 165 ppm) que tem uso muito maior. Os elementos trago ocorrem nas rochas de dois modos: (1) como elementos que formam seus proprios minerais ¢ (2) como elementos que estio apenas dispersos ou admitidos em outros minerais, Alguns elementos que sio fortemente concentrados ema mi- en Capitulo § Composigao Quimica dos Minerais_119 ners xpecfcosinchuem o Ze (para formar © mineral ro, 2,810) ¢ 0% (no rutile, TiO, ¢ na ilmenita, FeTiO,). Por ‘outro lado, o rubidio (Rb,.Z. = 37) geralmente nio forma Composter especficos de Rl; Zi ver dio, ele encontra-se Gisperso em minersis de K. Desa forma,o Rb € um exemplo de elemento disperso Composigao do manto AA separagio entre a crosta eo manto superior (Moho) é as- sociada com 2 sgnificativa mudanea quimica de uma compo- sigdo crustal rca em siici e aluminio para uma composigio sais pobre em silica e mais rica em magnésio ¢ ferro do man- to, Consequentemente, manto superior é dominado pelo mineral olivina, contendo menores quantidades de piroxénio somente quantidades tro de minerais aluminosos como os feldspatos, espinélios e granadas. Os cientistas podem avaliar diretamente 4 composigéo mineralégica do manto superior (abaixo da crosta até aproximadamente 220 Kin} pelo exame de amostiastrazidas até a superficie por erupgées valednicas e 20 longo de grande falhas. Pedacos do manto ocorrem em ba- saltos,como em San Carlos Arizona (Fig. 5.3), em como em chaminés de kimberlto.Os kimberlitos io produtos de antigas « violentas erupcdes vuleinicas que ascendem na superficie em velocidades supersénicas a parti de profandidades de 250 on a 350 kan, Esta rfpida ascensio preserva minerais como 0 diamante (ver Capitulo 15), formado em grandes profundi dades naTTerra Em maiores profundidades e mas altas pressées,a zona de ‘ransicio do manto é marcada por descontinuidades asociadas ‘com mudancas nas propriedades dos materiais (dai 0 uso do terme frasiie) sem que haja mudangas importantes na com. FIGURA 5.3 Nédulos do manto trazidos para a superficie pelo besalto, do camo ‘wictnico de San Carls, Arizona. Os 06+ dulos consistem sobretudo dos minerais ‘lvra, dois pitoxénios (icas om Mig e Co) € espiraio. Os nédulos tém ~15 om de largura. Fotografia de B. Dutrow) ‘ i i 120 Manual de Ciéneia dos Minerais === Descontinuidade Mohorovisié Zona de bsixa velocidade ts ‘Manto superior | Otvine a 3 Zonade ——wadulota a Tso rans Fogwoodta | E © e004 Manto interior + Estratuta da perovskite 1000 ‘@magnesinnita FIGURA 5.4 Mudengas ne minereooia, empacotamento | ‘etrutural e essembleias, em fungéo da profundidade no raw | |_ rant. 0 peso espectiea &representaco pala links cont 30 32 34 36 38 40 42 44 Peso esperifico (g/em*) ae 48 posigio quimica, como mostra a Fig.5.4,A aproximadamente 400 km, a olivina, Mg,SiO,, se transforma isoquimicamen- te em uma estrutura mais densa, com empacotamento mais apertado, uma estrutura de espinélio chamads de ringwoodita, ‘A fase intermediaria nessa reagio € outzo espinélio, a wadsles- 12. sequincia dessa transformaio & Mgtsio, —mgisifo, — —Mg¥sio, carat ovina ear do ebpntio.etrutuadoepinto (wie) fagwoodiay (0-322 g/cm) (p= SAT fem) (p= 355 gfem?) p representa 0 peso expecifico dos miners. Os valores do peso especifico refletem 0 empacotamento mais spertado (ver Ca- pitulot 2¢ 4). Os indices entee colchetes indicam os nmeros de coordenacio dos sitios, onde [6] = N.C. 6 ¢ [4] = N.C. 4. Do mesmo modo, estrutura do piroxénio adota a estrutura mais densa do tipo granada na descontinuidade de 400km. Em presses ainda maiores, que existem em profundi- éades de aproximadamente 660km, 0s silcatos sofrem outro rearranjo mineralégico ¢ estrutural radical ¢ a silica deixa a coordenagio tetraédrica [4] € passa a octaédrica (6). Abaixo dessa profundidade, o Si nos silicatos de Mg & provavelmen- te estivel somente em coordenacio octaédrica N.C. = 6.£ nesta profundidade também que a extrutura do expinélio ¢ de outros slicatos de Ca e Mg ransforma-se na estrutura da perowskita juntamente com outeas estruturas de éxidos. Na ‘estrutara da perovskita (Fig. 5.5), seis oxigénios agrupam-se 10 redor de cada Si e 08 oito octaedros assim formados so agrupados ao redor do Mg Tal estrutura & muito diferente da ‘strutura ds silcatos da crosta terestre em que quateo oxig@ nus preta. Abaixo de €60km, toda a silica esté em coorde- nagdo 6 com 0 oxigénio. (Modiicado de Stiude, Land C. ‘lo Lithgow-Berteloni, 2005. Mineralogy and elasticity of the ‘oceanic uprer mantle: Origin ofthe low velocity zone, Jour ‘nal of Geophysical Research 110; 803204) nios cercam cada Si em coordenagio tetraédrica.A sequéncia da transformagio geral & Mgf'sio, —Me¥si9°0, M40. ecrutura do tpi esutura do perowkits trator da halita (ringwoodin) (7355 g/cm) —— (P= 410 g/cm’ FIGURA 5.5 Estruture tipo perovskita, Os Si“ (esferas pretas pe ‘quenas) localizam-se no centro dos octaedros, onde cada vértice representa um oxiggrio (N.C. = 6], © grande cétion no centro de strutura represents Ma"?, Fe"? efou Ca" e & coordenado a oito ‘ctaedtos de SiO, posicionados a0 seu redor. A coardenagio deste sitio 6 vardvel do N.C. = 8a N.C. = 12, Bi incerto se a descontinuidade de 660 km representa s0- ‘mente uma mudanga na composigio ou se representa tam- bémn uma mudanga estrutural (ver Navrotsky, 1994). ‘© manto inferior, abaixo da descontinuidade de 660 km, 6 consttuido pelo mineral perovskitajuntamente com peque nas quantidades do éxido (Mg,Fe)O, magnesiowiistta, gue € 6 produto de alta pressio da ringwoodita. Devido & grande abundincia prognosticada do silicato perovskita (por exemplo, Mg,"'Si"O, ) no manto inferior (80-10% em volume entre {660-2.900 km), conclui-se que 0 tipo de esteutura do silica- to perovskita sejaa fase individual mais abundante no plane~ ta, (Entretanto, 0 mineral perovskita, CaTiO,, é um mineral muito incomum na exost).A enigmatica regiso D” ocorre a aptoximadamente 200 km acima do limite aicleo-manto. Ab, suugere-se que a perovskita se transforme em ma estratura de tempacotamento mais apertado, chamada de “pés-perovskita”, tama fase mineral sinttica descoberta em experimentos de alta temperatura e pressio (ver Morakami et al, 2004). Bxemplos do grande aumento de peso expecifico, o que reflete o emp2- cotamento mais denso das estuturas nesas preses, slo apee sentados para alguns slicatos comuns na Tabela 5.2. ara 0 manto inferior (st 6, abaixo de 250 kr), do qual rio se pode obter amostras diretamente, si0 usados experi- mentos de laboratorio de alta temperatura € pressi0 ¢ simu- lagées de computadores para determinar quais minerais io cstveis nessas condigdes (Fig. 5.4). Esa técnicas, em combi- nagio com outros métodos geofisicos,judam a determinar a composigio e a estrutura dos minerais bas porges mais pro~ fandas do manto, Meteoritos, amostras do sistema solar antigo, também sfo usadas para predizer a composicie mineralégica do manto, pois considera-se que eles representem materiais similares. Meteoritos rochosos (ilicéticos) (Fig. 5.6), com poucos meiais, So provavelmente andlogos aos materiais do manto.A composigio dos meteoritos fécricos (principalmen= tea liga FeNi; ver Fig 1.2) & considerada muito semelhante 3 composigio do nicleo da Terra. TABELA5.2 Composigées e medidas de peso especifico dos trés tipos minerais mais comuns nna crosta comparadas com seus pesos especificos calculados nos polimorfos de alta presséo com octaedros SiO,* SiO, (quartzo) 265 4 SiO, (stishovita) 2.29" 8 (estrutura iporuto} CaSO, (wo'sstonits) «2.914 ; casio, 4,25* 6 lestruture tipo perovskital MgSiO, (ongtaial 32a MaSiO, 4,10" 6 lestruture tipo perovskite) * Dados dos polmafas do ata pessto de Haren, AM. and LW. Finger 1901. Predicted high-pressure mineral structures wih octahedra sion Geophysical Laboratory Annual Reper. Cemegi Insitution of Washington. 17250,101-107 Capitulo § Composigao Quimica dos Minerais 121 FIGURA 56 Pizcs polis e quimicamente stacado do tiiac* palla- site (meteoriosieato-metaico) mostrando olivnas centimeticas & ‘bem arredondadas dispersas em metal (ige fero-niguel. A lergure dda amosira ¢ de aproximadamente 7 om. (A fotografia & coresia do ‘Smithsonian Institute, Washington, D.C.) Composigao do nticleo ‘A tansigio do manto inferior para 0 miicleo & uma descon- tinuidade quimica defnida.O nacleo & extremamente denso e representa 30% da massa da Terra, mas somente 1/6 (17%) do seu volume. Este wolume do nicleo é maior do que todo 0 planeta Marte. O nicleo externo liquido, de 2.900-5,100 km, Consistefundamentalmente de ferro, além de aproximadamen- te 2% de niquel.O seu bem conhecido peso especfco (.9 @/ cm’, ou 9.900 kg/m) & lgeiramente mais baixo que o peso ‘especifico do ferro puro (10,6 g/em’, ou 10.600 kg/m’) © a incoxporagao de 996 a 12% de sca ow de outros elementos le- ves prodaz um melhor ajuste ao peso especfico conhecido. © Jeo interno s6lido, de 5.100 km a 6.371 km, também con- Site em uma liga de ferr0-nfquel, contendo aproximadamente 200% de niquel.O niicleo possui presses que correpondem a 3 milhées de vezes a presto atmosférica e tempersturas que atingem 7.600°C (13.700°F) Estudos experimentais de mine~ raisem presses e temperatura extremamente alas mostrar {que esse ambiente fiz com que eles se comportem de mancira muito diferente da observada no manto ena crost Composigao da Terra Embora nio seja possivel determinar diretamente a compo- sigio média da Terra inteira, hipéteses e célculos podem ser feitos usando limites que incluem 3 composicio média de diferentes tipos de meteoritos ¢ os volumes e composiges conhecidos do niicleo, manto e crosta sto fornece uma esti- mativa média da composicio global da Terra, Baseados neste “+ N.de RT; Meteorit rica em metai encontrado no deserto de Atacama, (Cle, 1822, peso 920 Ks, 122, Manual de Ciéncia dos Minerais procedimento, Mason ¢ Moore (1982) calcularam 2 compo- siglo média da Terra em porcentagem de peso: Fe, 34,63%; (0, 29,53%; Si, 15,20%; Mg, 12,70%; Ni, 2,399%6;S, 1,93%; Ca, 1,1396Al, 1,099% e sete outtos elementos (Na, K, Cr, Co, Mn, P ei} carn quantidades de 0,1 2 1% cada um, Embora todos esses elementos, na calculada abundéncia média da Tema (exceto © Nie 0 S), sejam também elementos maiores na listagem da abundéncia média da costa (Tabela 5.1 ¢ Fig. 5.2), sua ordem cst alterada por causa da inclusio de materiais do mécleo rico em Fe-Ni-S e do manto rico em silicatos. Isto significa que cerca de 10a 15 elementos quimicos, apenas, consttuem « mattria lsica comum maioria dos minenis (Fig, 5.2) dos minerais Agora que os principais constitaintes quimicos que compéem 0% mineras estio identficados, 2 composiclo dos mineras in dividvais pode ser examinada. Uma parte da definigio dos miners di,"...om compas guimiza dfinida (mes nao necesse- riamente fica)" (vee Capitulo 1), Esta parte da definigio relete 6 fato de que a maioria dos mineris varia na sva composi 80 quimica. Sio casos excepcionais agueles minerais que s30 rubstinciss puras;o quartz, SiO,,¢ © corindon, ALO,, io dois exemplos notives. ‘A variagio composicional & chamada de solugio sélida « ocorre nos minerais como resultado de substiruigdes qui micas na estruturacrstalina. Um fon ou grupo idnico pode trocar ou substitnie outta fon on grupo s6nico ocupando um sitio estrucural especifico no mineral. Esse tipo de processo de tuoea é conhecido como substituigio iBnica (ou atBmica) ou solo sblida. A solugio sida ecorre entre minerais que sio isestuturas, queles mineras que tém a mesma estrutura atémica (i € a palavra grega que significa igual; Capitulo 4) Solugi sida € a varia de composi em um mineral na qual shi etmicos especies so oaupados por dois ox mais elementos guimios (ou fons) diferentes em propories sariéveis. Em outzas palavras, um mineral com solugio s6lida tem um (0% mais) clementos ou fons que se substituem no mesmo sti atémico ds estruturs cristalina, Na frmula do mineral, os elemen- tos ou ions que se substituem sio agrupades entee parénteses, como por exemplo, (Fe, Mg)O. Nos extremos do espectro de uma série de solugio sida estio of membros finais; ees, Os principais fatores que determinam o grau de solugao s6lida em um mineral si 1. Ostamanhos relativos dos fons, dtomos ou grupos ibni- cos que se substituem. Geralmente, uma substituicio am- pla & possivel sea difrenga de tamanho entre os fons (ou tomos) que se substiruem for menor que ~ 15%, Se a iferenga nos raios dos dois elememtos for entre 15 ¢ 30%, a substimuigio é limitada ou rara, ese os raios iferirem em mais de 30%, 3 substituigio é fraca ou inexistente. O potencial para que uma solucio s6lida ‘ocorra pode ser facilmente avaliado determinando-se a porcentagem da diferenga entre ot tamanhos dos raios individuais (apresentados naTabela 3.8) 2. As cargas dos fons envolvidos na substiuigao. As estru~ ‘turas minenais devem manter a neutralidade elétrica, Se as cargas dos fons que se substituem slo as mes sas, como no Mg"? e no Fe"?, a substituigio inica permanece eletricamente neutra e sua ocorréncia é pportanto, mais provivel. Se as cargas no sio as met ‘mas, como no caso do Al"? que substitui o Si”*, deve ‘ocorrer uma substituigio iénica adicional em outro sitio estrutural para manter a neutralidade eletrostitica geral. Um exemplo &: AN"? + Ca"? = Si" + Nat ‘A carga total dos fons no lado esquerdo da equagio. & 5° ea mesma carga total, 5°, & encontrada no lado direito. Esta substituicio dupla ocorre porque oAl€ 0 ‘Si tém tamanhos similares, assim como 0 Ca e o Na. Quando dois ou mais fons se substituem em sitios di- ferentes na estratura para manter 0 balango de cargas a substituigao é chamada de dupla substitu 3. A temperatura e a pressio na qual as substiuies corer. Os minerais, asim como outros materiais,ten- dem a se expandir em alas temperaturas ¢ a se con- ‘air em grandes presses. De modo geral, as substitui- ‘Ges iGnicas s30 mais toleradas em allas temperaturas, quando as vibragdes térmicas (de toda a estrutura) 0 ‘aiores, resultando em escraturas mais expandidas. Em. temperaturas elevadas, os tamanhos dos sitios atbmicos disponives sio maiorese acetam maiores diferencas de tamanhos. Portanto, em uma dada estrutura, expera-se ‘uma maior variabilidade na composigio mineral em. alta temperatura do que em baixa temperatura. O in- ‘verso ocorre com 0 aumento da pressio.A medida que a pressio aumenta, as estaturas cristalinas sio compri~ ‘midis e menos tolerantes ’s discrepincias de tamanho. Quando ambas, temperatura e pressio, aumentam, a temperatura étipicamente o fator dominant 4. A disponibilidade de fon(s), Para que uma solugio s6lida ocorra, 0s fons que se substituem devem estar facilmente disponiveis. Por exemplo, em um ambiente qquimico onde 0 Fe € raro eo Mg ¢ abundante, ever ‘ocorrer pouca substituigZo de Mg'* por Fe" | | | representa 25 fSrmulas minerais fixas que no apresentam substitnigdes quimicas. Existem ts tipos de mecanismos de solugdes sélidas, que sio conhecidas como solugies sélidas substitucionais, intersticiais ¢ de omissio. (Uma extensa cobertura destes conceitos € apresentada no médulo 1 do CD-ROM com 0 titulo “Solid Solution Mechanisms”) Solugao sélida substitucional Ge Os tipos mais simples de substituigdes iénicas sio substitui- Ges simples catiénicas ou aniénicas. Em um composto do tipo A'X.,A® pode ser parcial ov completamente substituido por B® sem carga de valéncia. Um exemplo deste tipo de substituigao é a troca de K” por Rb* no KCI, resultando em (K.RD)CI. Similarmente, uma substituigio anidnica simples pode ocorrer num composto A”X" quando uma quantidade de X" & substituida por”. Um exemplo é a incorporagio de Br” na estrutura do KCI no lugar do CI, resultando em, K(CLB1). Um exemplo de uma série completa de solu- go sélida bindria, em que a substituigio de um fon por outro ocorre em todo o espectro composicional possivel de- finido pela composigio dos dois membros finais, é © mineral olivina (Mg,Fe),SiO,. Na estrutura da olivina, o Mg"? pode ser substituido pelo Fe™* totalmente ou em qualquer pro- Catiénica simples: Mg"? s Fe"? (completa) Fe"? < Mn*? (completa) Nat K* (parcial) 724, 178A, 183A, ‘carga total 5* CatMg’? 5 Nat 2cations: cargatotal4* carga total 4* Mg*As? 5 Festi" 3ecations: 3 cations: argatotal8' carga total 8* Cr+ sit, s Navan? 2sitios: 2eétions em 2 carga total 4* sitios: P= vacéncia carga total 4° ‘carga total 4* plagioclésio limitada, como na do piroxénio extensiva, como no grupo do espindlio extensiva, como na sédico Mg"? 5 Mn"? (parcial Na* [8] = 1,18A K? (8) = 1,514 Aniénica simples: Br CI (completa) Br- (6) = 1,964 ch 6) = 1.814 SCF (parcial) {6} = 2,204 Catiénica acoplada: Extensao da solugao sélida Na*si 5 Catan completa em alta 2 cations: 2 cations: temperatura no onfacita, membro do grupo arfvedsonita, anfibétio Capitulo § Composigéo Quimica dos Minerais 123 porcio. Os membros finas da série da olivina so Mg,SiO,, forsterita, e Fe,SiO, fata, hi solugio s6lida completa en tre estes extremos composicionais, Como os taiosi6nicos do Mg’? (= 0,72A para N.C. =.6)2 do Fe"? (= 0,78A para N.C. = 6;ambos extraidos da Tabela 38) sio to proximos, a diferenga de tamanho entre eles é de somente 0,06 A. Isto pode ser apresentado em termos diferenga percentual entre 60s tamanhos:0,06/0,72 = 0,0833 ou 8,339% (que esté dentro do limite de 15%). Além disso, ambos tém carga bivalente,¢ por estas razdes estes dois clementos se substituem em muitos Iminerais. Outo exemplo de série completa de solugio s6li- da é (Mn, Fe)CO,, que se estende de MnCO,, rodocrosita, 4 FeCO,,siderita, Um exemplo de série aniénica completa centre dois componentes ¢ KCI e KBr. Neste cao, 0 tamanho dos dois anions esti dentro do limite de 10%, permitindo a substituigio completa de Cl” ¢ Br’ (ou seja, 0 tamanho doBr em N.C. = 6 €1,96Ac0 do Cl em NC, = 66 1,81 A, com uma diferenca de 0,15 A; valores da Tabela 3.8). Recalcula-se 0 percentual da diferenga de tamanhos de se- guinte forma: 0,15/1,81 = 0,0828 ou 8,28% (Fig. §.7).Um cexemplo de solugio catiGnica séida simples ¢ extensiva, mas nio completa, apresentado pelo mineral esfalerita, (Z,Fe)S, onde Fe"? substituido pelo Zn"? na estrutura. Esta substi- tuigio é discutida em detalhe na sesso que tata dos cilculos de formula mineral na Tabela 5.4 FIGURA 5.7 Exemplos dos varios tipos de solugSo sélida substicional. Os raios i6nicos foram extraldes da Tabela 3.8. Os colchetes ap6s o¢ fons cont 0 némero de co" ordenagao. : i : 124 Manual de Ciéncia dos Minerais Substituigdo acoplada Se, em uma composicio "7X, um cétion B™ entea para sulitur uma parte de A°?,a nevtralidade eléwica € mantida se uma quantidade idéntica de A°”€ simultaneamente substi tida por um cétion C’. Isto €representado por: 2A" = 1B +16" com carga elétricas totais igus nos dos laos da equaro. Exe tipo de substtuigéo € chamado de substituieo acoplada. A substiuigio de Fe"? eTi"* por 2AI” na esuutura do corindon, ‘ALO, na gema safra & um exemplo da substicwigéo dupla.A sésie do feldspato plagioclisio pode er representada em termos de dois membros Giais, NaAISi,O,,abita,e CaAl,Si,O,, anor tita,Uma solugio séide completa ente esta duas compasigSes finsis é resultado da substituigo dupl: Nat + SiM = Ca? + AN Isto significa que para cada Ca"? que substitui o Na’ na ex trutura do feldspato, um Si"* € substituido por Al”, de forma ‘que a estrutura permanega eletricamente neutra, Um exem- plo de solucio s6lida dupla limitada é dado pelos dois piroxé- nies, diopsidio, CaMgSi,O,, ¢ jadeita, NaAlSi,O,. Esta subs- titwigdg dupa 6 representada da seguinte maneira: Ca"*Mg"* == Na’ AI”. Embors a extrutara do piroxtnio seja eletrica- mente newts com qualquer um dos tipos de pates de citions,, (08 stios atémicos ¢ o poliedro de coordenagio restringem ‘quantidade de solucdo s6lida possivel (Fig, 5.7) Entre os dtomos, fons ou grupos inicos de uma estrutura cristalina, podem existir intersticios que normalmente G0. vazios. Ocasionalmente, fons ou étomos ocupam esses sitios estratursis, resoltando na chamada substituigao intersti- cial ou solugo sélida intersticial. Em algumas estruts- 25 cristalinas, esses vazios podem ser cavidades na forma de canais, como no berilo, Be,Al,Si,O,,, um ciclossilicato (ver Fig, 18.12). Grandes fons, bem como moléculas, tais come Na’, K*, Rb", Cs", H,O € CO,, podem ocupar as cavidades, tubulares dos anéis superimpostos (Fig. 5.8).As molécuks H,O ¢ CO, sio fracamente ligadas 208 oxigénios internos dos ans hexagonais Si,O,s. Os grandes Alcalis monovalen- tes Na’, K*, Rb" € Cs" também se localizam dentro desses anéis; porém, eles sio muito mais fortemente ligados do que H,O e CO, devido aos seguintes mecanismos de substitui- fo associados: Si = Be? +2R" Be Li +R" SM SAP ER Solugdo soli erst Sitio normaimente vatio que pode ser ‘ecupade por Hz0, C02, K", Na", Ab ou Ce". FIGURAS3 Vista em planta da estrutue hexagonal do bello, Be,AL,S\0,,,projetada no plano basal (9001). Os ansis 51,0, 30 exbicos em duas atures diferentes. Os canais hexagons elo as posigbes dos grandes fans alalinose das rmoléculas neutras, ais como H,0 e CO, As lishas ponthadas marcam a cel unitéia. | onde R representa Na*, K*, Rb‘ou Cs". Na primeira equa- ‘gio de substituicio, dois citions alcalinos monovalentes 30 alojados dentro dos espacos (os intersticios) dos anéis hexa- ‘gonais;na segunda e terceira equagdes, somente um cétion & posicionado nesses espacos. Outro exemplo de solugdo solida intersticial ocorre nos silicates do grupo da zeolita (ver Capitulo 18). As zeélitas cconstituem um grupo de tectossilicatos no qual os tetraedros, ($i0.) ¢ (AIO) so unidos em uma estrutura aberta. Den- tro deste esqueleto existem grandes vazios e canais continuos ‘com aberturas que variam de 2.2 9A de didmetro, Esses canais fornecem ficil aceso 20 interior dos cristais, e podem aco. modar as grandes moléculas de H,O. Solugao sélida por omissio @ Soluglo s6lida por omissio ocorre quando um cition al mente carregado substitu dois ou mais citions menos carre- ¢gados. Para manter o balanco de cargas, outro sitio (ou mais de um) & deixado sem preenchimento ou vacante (omitido) esse caso, 0 modelo de substituigi0 consiste em uma subs- timigio acoplada que envolve uma vacincia, que & designa~ 4a por Cl Por exemplo, na substituigo de K* por Pb’? que ‘corte na variedade azul-esverdeada do feldspato microclinio (KAISi,O,), 0 Pb" substitu dois fons K* (para o balango de carga),mas o Pb"? ocupa somente um sitio, deixando vazio o ‘outro sitio original do K* K+K*=Pb7 40 JIso cria uma vacdncia no reticulo, 3, que se torna um centro de cor responssivel pela produgio da cor do mineral (ver Ca pitulo 10 para detahes) Outro exemplo & a substinisio aoplada parcial que ocor- ze no anfibolio tremolita, (ICa,Mg,Si,0,;(OH),. Aqui, © quadnado, 0, representa o sitio A, normalmente vazio na es- trutura, que pode ser preenchido por Na de acordo com a equacio: O+si= Nat + Al Neste esquema de substituicdo acoplada, o Al" substitui © Si" na posigio tetraédrica € 0 Na° adicional é alojado no sitio de coordenagio 10-12 que normalmente é vario ig.5.7) ‘O exemplo mineralégico de solugio s6lida de omis- so mais conhecido € dado pela pirrotita, Fey_,S.1Na pir~ rotita, o enxofie ocorre com empacotamento hexagonal ¢ © ferro em coordenagio 6 com o enxofie. Se todos os sitios, fossem completamente ocupados por Fe"?,a formula da pir- rotita seria FeS (0 mineral toilita). Entretanto, na pirrotita, (© ntimero de vacincias do sftio octaédrico varia, fazendo com que atcomposigao varie de Fe,S, (onde x = 0,143) a e,,S,. (onde x = 0,084), ¢ 2 formula seja geralmente ex- pressa como Feq 8, com x variando de 0 a ~ 0,2. Quando, © Fe"? esti ausente em alguns dos sitios octaédricos, com © reticulo de enxofte completamente intacto, 2 estrutura Capitulo 5 Composigso Quimica dos Minerais_ 125 FIGURA 5.9 Imagem do estruture de pirrotia, Fe,.,8, 20 micros- ‘pio eletronico de transmisséo de alta resolugao, na quel os pon 10s brancos cortespondem a colunas de étornas de ferro; estas, colunas s80 alinhadas perpendiculamente ao plano de fotografia (Os pontos de menor intonsidade representa colunas nas quais faltam alguns dos étomos de fero (solucso solida de omissSo). AS ccolunas so altemativamente mais ou menos ocupades pelos sto- ‘mos do ferro. © quadredo branca mode 3A de lado. (De Pierce, L. EPR. Buseck. 1974 Electron imaging of pyrrhotite superstructu- res. Science 186: 1208-12; copyright 1974 por AAAS. Ver também Buseck, PR. 1983. Electron microscopy of minerals. American Scientist 717585) no é cletricamente neutra. £ provivel que algum Fe ocorra como Fe"? para compensar a deficincia em Fe"*-Caso isso cocorra,a formula da pirrotita neutra pode ser escrita como (Fe"2__Fe™S)U]S, onde LI representa vacdncias na posigio dos cations, Se x neste exemplo for 0,1, haverd 0,1 vacin- *? ¢ 0,2 Fe"? na estrutura da pirrotita. Em ou twas palavras, 0 Fe"? & acomodado na estrutura pela seguinte substituicio: Fe"? + Pe"?+ Fe"?= Fe"'t Fe"® + (1,0. que resulta em uma vacincia CJ. Ou, quando cada dois Fe"? slo substituides por dois Fe” isso resulta em duas cargas extras, de modo que um sitio Fe'” & deixado vazio para compen- sagdo de carga. Minerais tis como a pirrotita, na qual um sitio estrunaral particular é preenchido incompletamente, considerados estrntaras defeituosas (ver Fig 5.9 para a ima~ gem estrurura da pitrotita). [Determinagao da formula mineral (Os minerais, em sua maioria, sio solugdes sélidas e, portanto, cesta variabilidade quimica deve ser levada em conta na deter- minagio da sua composi¢ao quimica. A seguir, temos 0 pro cedimento pelo qual a formula mineral calculada a partir de 126 _ Manual de Ciéncia dos Minerais 6355 0.53973 5585 0.54772 —‘Taprox 32,08 1.08575 2 (32,0612 Totel 183,52 uum conjunto de dados quimicos quantitativos. (A. descrigo dis téenicas analiticas usadas para a obtengio das anlises qui ices é apresentada no Capitulo 14.) Comecando com com- posigdes simples, a derivagio da formula quimica prossegue para composigdes minerais mais complicadas Elementor,tais como ouro,arsénio enxofie ocorrem no estado nativo e suas formulas miners sio o simbolo quimi- co do elemento, ou seja, Au, As ¢ S.A maioria dos minerais, entretanto, é formada por compostos constitaidos de dois ou mais elementos, ¢ as suas formulas quimicas indicam as pro poryles atémicas dos elementos presentes. Por exemplo, na galena, PbS, hi um tomo de enxofre para cada Stomo de chumbo, ¢ na calcopirita, CuFeS,,)a um tomo de enxofte para cada tomo de cobre e de ferr0. Bas proporySes at0- ‘micas especificas constituem a base da definico de mineral, “.ccomposiao quimicadefinda (porém no necssriamente fiza)” O cileulo desas proporgdes atémicas permite a deriva- «fo da formula mineral Célculo da formula mineral a partir das. porcentagens dos metais Uma andlse guimica quantiativa formece 3 informagSes bé- sicas para a formula st6mica de om mineral (ver Capitalo 14 para 0s métodos analiticos).Tradicionalmente, uma and- lise quantitatva & apresentada em porcentagem em peso (% em peso) dos metas, ou éxides,e constitu uma listagem dos elementos presentes e suas concentragies. Um exemplo de anélise quantitativa da calcopirita é apresentado na coluna 1 da Tabela 5.3.As anlises devem totalizar em 100%, com uma variagio dentro de 1%, Pequenas variagSes acima ou abaixo de 100% ocorrem devido a pequenos erros cumulativos ine- rentes os procedimentos analticos. Por exemplo, o total da anélise da calcopiita (na Tabela 5.3) & 99,7196, Como os elementos tém diferentes pesos atémicos, esas porcentagens nio representam as eazes entre os nmeros dos diferentes itomos. Esas razbes precisam ser calculads. Para se chegar i proporgées relativas dos elementos, a porcentagem «em peso de cada elemento é dividida pelo seu peso atémico. Assim, obtém-se as proporjesatémicas (columa 3 na Tabela 5.3) 2 parir das quais as mazes atémias podem ser feciImente de~ TABELA5.4 Célculo atualizado de diversas andlises de estalerita, ZnS, e de troilta, FeS PORCENTAGEM EM PESO" oa ° ° a nso ease on ° 8 a0 am 20 a7 To ito a oa waio0 REGALCULADO EM TERMOS DAS PROPORGOES ATOMICAS fe 0 008 ones oan has Mo ° olson 8 dow 3 ca oO ° cae ‘o,oo1 f 1982 0,002 f 196° o a “coe tons oer oes 0 : ioe oma ‘28 oe tar GniferMnica:s tt tet s a um Forme tes nFoulS hom OuCSanIS — aamaaCdlS — FoS fen oricoogvSa tab eter’ 100:0 “anatcos 1 reteado 60 Oana System, 1, 196; anabse § para rota Fe pus | | rivadas (coluna 4). Na anilise da calcopirita,essas r22bes sio: CusFe:S = 1:1:25 resultando na formula quimica CuFeS,.O procedimento inverso, ov seja, célculo das porcentagens em peso dos elementos a partir da formula quimica, € apresenta- do na parte inferior da Tabela 5.3.A formula da calcopirita é CCuFeS,;ssim, 0 peso da {Ermula-grama (peso de um mol de calcopitita) é 183,52 (obtido pela soma dos pesos atSmicos de Cut Fe25, coluna 2), Dividindo-se o peso de cada elemento pelo peso total e convertendo-se esses valores para porcenta~ gem, tém-se os valores calculados da porcentagem em peso de Cu, Fe eS, muito similares 3s porcentagens medidas apresen- tadis na coluna 1 da Tabela 5.3. Os valores calculados sio li- _geiramente diferentes dos valores determinados, provavelmente Gevido 20s err0s introduzidos peles téenicas analiticas, Outro exemplo € dado por diversas andlises de esfalerita, ZnS, que apresenta uma solucio s6lida com Fe, Cd, ¢ Mn, ¢ tuma considerivel variagio de Fe em dirego a0 membro-final troilita, FeS (Tabela 5.4).A metade superior da tabela mos- tra a porcentagem em peso dos virios elementos de cinco andlises diferentes. As proporgles at6micas de cada elemento sio.qbtidas fiela divisio de cada porcentagem em peso pelo peso at6mico do elemento, Para a esfalrita ¢ a tilita,a razio entre (Zn + Fe +Mn + Ca):$ 6 um valor constamte de 1:1 (colunas 1 ¢ 5). Entretanto, 0 Zn na estrucura da esfalerita € parcialmente substituido por quantidades varidveis de 4 Fe, Min e Cd (anilises 2,3 4).A quantidade méxima de Fe apre- sentada 6 18,25% em peso Fe (coluna 4). Isto cortesponde em proporgio atémica 2 0,327, de um total de 1,060 para (Zn + Fe + Mn + Cd). Essas anilises de esfaeritas de ocortén- cia natural mostram que a fSrmula ZnS € uma simplificagzo. Para a esfalerita com a maior quantidade de Fe na solugio sélida (coluna 4), 0 conteddo total de cétion (em porcenta- gem atémica) € 1,060. Fe € 0,327/1,060 % 100 = 30,8%; do Capitulo 5 Composigao Quimica dos Minerais 127 ‘mesmo modo, os valores de Mn, Cd ¢ Zn sio 4,5,0,2 € 64,4% respectivamente. Os valores das proporcées dos cations po dem ser usados como indices para representar a composigo da amostra de esfilerita na colungtro que leva 3 formulagio (ZrrgeuFCaieMMgougCdggq)S-A outta Formula na Tabela 5.4 fj obtida de maneira semelhante. Se a porcentagem de Fe em relagio ao Zn é necessiria (para estimara temperatura de for- ma¢io, por exemplo), somente o total de (Fe + Zn) & usado. Por exemplo,na andlise 4 (Fe + Zn = 1,010, em vez de 1,060 para Fe + Zn + Cd + Mn),o fator (0,327/1,010) x 100 = 32,4% (ltima linha da Tabela 5.4) & usado. Estas razbes Fe:Zn ‘mostram que essa classe de esfalertas apresenta uma extensdo compesicional,o1 solugao sida, desde ZnS até (Zit Fey,)S.O mineral triolita, FeS, & encontrado somente em meteoritos € no contém Zn. Pode ser considerado como uma composicio de membro-final nesta série bindria. Férmula mineral a partir das porcentagens em peso dos éxidos A maioria dos minenais, ais como os silcatos, 0s éxidos, os carbonatos, etc., io compostos que contém grande guanti- dade de oxigénio. Por convencio,a anilise desses minerais € apresentada como porcentagem de éxidos, em vez de por- centagem de elementos. A determinagio das propor;des dos elementos a partir dos componentes em éxidos requer alguns ‘passos adicionais aos descritos anteriormente. O resultado fi- nal € a determinacio das proporgdes moleculares dos Gxidos, em lugar das proporges atémicas dos elementos. ‘A Tabela 5.5 mostra um exemplo do recilculo de uma anilise de gipsita. Os componentes em 6xidos determinados analiticamente ¢ apresentados na coluna 1 sio divididos pelos pesos moleculares dos éxidos correspondentes (coluna 2) para TABELAS.5_Cileulo atualizado de anlises de gipsita, CaS0,H,0, olivinay Ma:SiO, 1 2 Poreentagem Pesos’ ropatee fem peso. iridleculores moleculates” ” 55,08 0.57646 0,06 osa213 180 4.16222 1 aes yen 2. Poreentagem ~~ Pesos. Proporgbes. EOlivina,< empese - moleculares’ .moleculares SiO, 34.96 6909 * 0.58179 Feo 36.77 7185 osi176 Mao 052 7094 000733 Mn 010073 0.0073 0.012} 20222 Mao 27.08 4031 057080 Mg 0.6708 0.6708 1,140 Total 99.29 Olvina er termas de composgéo de membro-inak Mg = Fe 42.3 porcenagern ge Ma,SO, » % fstenta w 96 Fo = 56.7%; porcentagem de F,SiO, = %Faalia = Fe = 43.3% ; | | 128 Manual de Ciéncia dos Minerais ‘MgO como MaSiO, (enstatita = En) FeO as FesiO, TO, ons. 0.0056 0.0086 0.0112 Fe,05 1.95 0.0122 0.0284 0.0386 FeO. 453 0.0830 9.0630 0.0630 Mn 0,09 0.0013 0.0013 0.0013 MgO 1468 0.3643 0.3643 0.3843 a0 24332 oas21 oas21 0.4321 Nao 0.48 0.0074 0.0148 0.0074 KO 0.0016 0032 0.0016 Total 39.48 Total 0 = 2.6828 Fator oxigénio =< eo 0.007) Werresslita = Fs) 0012 T0012 CaO as CaSiO, 0,055 Fe’? 055) 1,033 wolastonta = Wo) oat Fe? 0,141 Usendo proporgies 0,003 Ma 0,003 moleculaes: 0815 Mg 0818) MgO = 0,364a 0,966 Ca 0,968) | ggg FeO = 0.0830 0,033 Ne 9.033} 5° cao = 0.4321 0,007 K 0007 Total= 0855 % En = 42,99 SRS = 7.33 Wo = £0.27 se obter as proporgdes moleculares (coluna 3). partir das proporgdes moleculaes da coluna 4, podemos ver que CxO SO, :H,0 = 1:1:2. Bsa composiczo pode ser eserita como 3: $Oy 2H,0, 04 come CaSO, 2H,0.A ditima forma | € a prefervel, pois evita a eriagdo de uma impressio errénca de que o mineral é composto por moléculas independentes de éxidos. ‘Um procedimento mais complicado é necessirio no caso da anilise quimica de um membro da série da olivina (arte inferior da Tabela 5.5). Os passos das cohumas 1 2 3 80 0 mesmos da anilise da gipsita. Na coluna 4 sio listdos os valores das propoxgdes atOmicas dos virios évomos, baseadas nas proporgdes moleculsres determinadss na coluna 3. Para se chegar aos valores das colunas 4 e 5, a proporcio molecu lar de cada elemento é mulkiplicada pelo niimero de citions ¢ Anions do éxido, Por exemplo, uma “moléculs” de SiO, contribui com um Si (1X coluna 3 = proporgdes atbmicas dos citions na coluna 4). Do mesmo modo, uma “molé- cula” de SiO, contribui com dois oxigénios (2 X coluna 3 = proporgdes at8micas de © na coluna 5). O niémero total de oxiggnios, proveniente das proporgdes axémicas de cada éxido na coluna 5, € 2,3535. Neste ponto, a formula mineral Mgp eM 7sFeo5ipSinsnsOra5s f0% calculada, A olivina, com 2 formula geral (Mg.Fe},Si0,, tem quato oxi= génios (por unidade de formula) baseado em dados da es- truturacristalina. Para se chegar& proporgio dos cétions em termos de quatro oxigénios em ver. de 2,3535, deve-se mul- tiplicar 0 niimero de citions da coluna 4 por 1,699 (rani 4/2,3535, referida como fator origénio). Assim, obtém-se 6s nimeros das colunas 6 ¢ 7. (Se 0s oxignios forem mul- tiplicados por esta quantia para obter-se um niimero inteiro simples, entao as proporgdes de citions devem ser multipli~ cadas pela mesma quantidade para que sejam mantidas as razbes corretas) A fSemula quimiea final para esta olivina € (Mg, sFeourMlngq)SIO,, endo considerados somente os algarismos significativos Geralmente, 2 composigio guimica € express em termos das composes dos membros fnais.Na ovina estes io Mg,SiO,, forsterita, ¢ Fe,SiO,, feilita.A quantidade de forsterita (Fo) € de faialita (Fa) na composigio é diretamente proporcio- nal is proporgdes atémicas de Mg e de Fe, ou is proporgdes rmoleculares de MgO e de FeO, na anilise. Por exemplo, (Mig/Mg + Fe) X 100 = Fo ¢ (Fe/Fe + Mg) X 100 = Fa ‘Assim, tém-se Foy ¢ Fag (ver nota de rodapé da Tabels 5.5). ‘Ao contririo da olivia, muitos silicator possuem vitios sitios estruturais nos quais os elementos podem ser distribui- os, 03 nos quas a solugio s6lida pode ocorrer. Um exemplo pode ser um mineral na série diopsidio-hedenbergita dos pi- roxénios (CaMgSi,O, ~ CaFe $i,0,).A Tabela 5.6 apresenta uma andlise quimica, bem como os Virios passos do recileulo, para o piroxénio, semelhante ao que foi apresentado anterior mente para a oliving. Nas andlses fits com diferentes téeni~ 2s instruments, o Fe" ¢ 0 Fe" no podem ser diferenciados €.0 Fe total & expresso como FeO ou como Fe,0, somente Neste caso, ambos esto listados. A coluna 2 fornece as pro- pores moleculates,obtidas pela divisio das porcentagens de pero dos éxides pelos pesos moleculares apropriados. A co- luna 3 lista as proporgdes em cétions de cada “molécula” de éxido, considerando o mimero de cétions de cada éxido (por exemplo, como hi 2 Al em Al,O,, 0 nimero da proporsio de citions na coluna 3 € 0,0295 X 2 = 0,0590).A coluna 4 fista 0 némero de oxigénios fornecido por cada “molécula” do éxido, Note que 0 AO, contém trés oxigénios por “mo- 1écula"; portanto, 0 valor da proporgéo molecular (0,0295) & rmultiplicado por 3. © nimero total de oxigénios fornecido pelastés “moléculas” de 6xidos na coluna 4 € 2,6828.A partir dos dados da estrutura cristaina, os piroxénios deste tipo tém 2 formula geral Ca(Mg,Fe)Si,Al),O,, com seis oxigénios. A foemula €, portanto, recalculada com base em seis oxigenios (6/2,6828). Para se chegar a iso, os valores da coluna 3 sio uliplicados por 2,23647, obtendo-se os valores da coluna 5. Entretanto, s andlises nao fornecem informago dieta sobre 2 Tocalizagio dos elementos (ou ions) nos sitios especificos na estrutura do mineral ‘Subsequentemente, os citions so destinados a sitios até~ rmicos especificos na estrutura do pirexénio, baseados,em par te, em seus tamanhos (ver Tabela 3.8). Se necessério, adicio- na-se suficiente Al ao Si de modo que a soma Si+Al = 2,0 za coluna 6.0 Al restante & adicionado 4 soma dos cétions de tamanho intermedisrio. Estes citions (Al, Ti, Fe", Fe", Mn, 'Mg) sio destinados & posigio de citions MI (ver Fig. 18.16) da estrutura; a soma dos citions no sitio MI chega a 1,033, concordando com a formula geral Ca(Mg.Fe)(Si,AD,O,. Os citions maiores restantes (Ca, Na, K) slo destinados & posi¢io ‘M2 da estrutura do piroxénio, ¢ 0 seu total é 1,006, novamen- te proximo de 1,0 ‘As anilises do piroxnio sio geralmente recalculadas em termos das composigdes dos membros finais. Além do SiO, o piroxénio da Tabela 5.6 consiste principalmente em CaO, Capitulo 5 Composicao Quimica dos Minerais 129 MgO e FeO e pode ser recaleulado em termos da porcen- tagem dos membros finais CaSiO, (wolastonita, Wo), Mg- SiO, (enstaita, En) ¢ FeSiQ4 (ferrosslita, Fs). Esses céleu- Ios sio apresentados na cokung 7FMostrando que 2s andlises ‘em porcentagem em peso podem’ ser reorganizadas como WosasEng Fay Formula mineral para os silicatos hidratados. 5 silicatos hidratados complexos, como os anfibstios, si0 recalculados utilizando da mesma sequéncia de passos des crita para a olivina ¢ © piroxénio, mas 0 conteédo de H,O € avaliado como grupos (OH) contidos na estrutura do anfibétio. A Tabela 5.7 apresenta um exemplo de uma and lise de anfibstio (actinolita). A fSrmula geral da actinolita é Ca,(Mg.Fe),Si,0,,(OH),, A coluna 1 lista a porcentagem em peso para H,O (++) € H,O(~).A HO (+) & comsiderada parte da estrutura do anfibtio, mas 2 H,O (—) nio 0 é¢, portanto, é negligenciada nos eélculos subsequences (ver nota de rodapé da Tabela 5.7).A coluna 2 contém as proporyoes ‘moleculares,a coluna 3 as proporgées de cations ¢ a coluna 4 fornece a contribui¢io total de (©, OH) para cada “molécula” a coluna 2. Um anfibétio tem 24 (O + OH) ¢ a soma da coluna 4 (2,8301) dividida por 24 fornece a razio pela qual 2 anilise inteira deve ser mulkiplicada para se chegar na base de 24 (0, OH).A cohana 3 € entio multiplicada pelo fator 8,4803, resultando na coluna 5,na base 24 (O, OH). Para distribuir os varios fons entre os sitios estruvurais, ‘uma formula ideal € usada como guia, além de se conside- rar os tamanhos dos fons. Para os anfibélios, em geral, 0 Si € menor que 8,0 e 0 Al é adicionado para que (Si, Al) seja eed 8 “6 limero" :Numero total: Cations na base: ‘Gétions.na base tions dé (0, OH); .-de-26 10, OH): . de 2310; 0H) SiO, users ass tom 7.08) 7988 7.931 ALO, 0001s 0.0038 0.0087 o.as2} 8 0.032 Fe,0, 00113 m6 0.0888 0.892) 0.192 Fed 0.0880 0.0880 0.0860 o,745} 1" 0747 Mgo 0421 oat ast 4.173, 4178 Moo 00324 00324 0.0824 0,275) 0.275 50 0.1665 0.1665 0.1665 1.412 2.088 1413 Nao oo210 0.0820 o.aat0 a6 =2 0.386 Ko 0.0015 0,000 0.0015 0,025, 0.025, Hors 01198 02996 0.119832 = 2 HOC - - Total e0T 4803; 2.8301 ~ 0,118 ‘do parti de stmoster,néo estutralmente ads, Este H,0 ¢ fracamente igado a amostracarogada © ¢ remove pela socagem a baba temperature, Assume-se que sia abeor 130__Manual de Ciencia dos Minerais igual a 80.0 Al resante,se houver, ¢ adicionado 20 grupo dos citions imedictament abaixo,gue consste nos céions de tamanhos intermedirios Fe", Fe” e Mg"? (cétions de tama- hos similares, Tabela 3.8). O total para este grupo é 5,111, préximo de 5,0, € 0 total para os tions de tamanhos grandes restantes & 2,068, prowimo de 2,0. Os citions de tamanhos intermedirios ocupam os sitios Mf, M2 e M3 na estrutura do anfbslio e os citions ainda maiores ocupam o siio MA (vera Fig. 18.22), © Mn pode er dttribufdo entre M1, M2 € 1M3, bem como Md, porque o seu tamanho iénico fica entre 10 do Ca? € 0 do Mg*?. O conteiido de (OH) fica em torno de 2.A andlise recalenlada tem agora a forma geral (Ca, Na, Ma),(FeaMelsSiAD,0.{OF), ‘As andlises instrumentais dos mineras hidratados, tis como anfibélios,nio fornceem informagdes sobre o estado de oxidagio dos fons (Fe'? ou Fe"?, por exemplo), ou so- bre a presenga de dgua exteutural. Estes resultados anaiticos anidros so fequentemente recalculados em uma base anidra Para a anise da Tabea 5.7, base anidra pode ser 23 oxige nios, substituindo dois (OH) por um ©”. Estes resultados est2o na coluna 6 e si similares 20s calculados na cobra 5. Embora eta incorreto em termos da estrutura do anfibolio, ito permite a comparagio com resuhados analiticos nos quss 1,0 ni € determinads, Exemplosadicionais de recilculos de andlises de mine- tis companhados por exericios lo apresentados em Klein, 2008, Minerals and Rocks (ver referencia completa no final do capital). Representa férmula miner ada Diagramas lineares ou de barras A forma grifica é, geralmente, muito til para 2 representagdo da variabilidade composicional, porque a maioria dos minerais tem solugio sélida parcial ou completa, (Este assunto & exten- sivamente abordado no médulo I do CD-ROM sob 0 titulo “Graphical Representation of Mineral Chemistry”). O ppri- meiro passo € escolher 08 componentes quimicos relevantes dt compesi¢io mineral para comporem o grifico. Eles so, geral- ‘mente, os componentes principais do mineral. Por exemplo, 0 mineral cianita,Al,SiO,, € conhecido por ter uma compesiga0 essencialmente pura. Iso determina a escolha do AL,O, ¢ do SiO, como os dois componentes finais de um grifico linear. Um extreme representa 100% ALO, (= 0% SiO,) © 0 ou {10 100% SiO, (= 0% Al,0,). Uma anilise quimica da cianita mostra Al,O, = 62,91% e SiO, = 37,089. Isso pode ser di- retamente representado em um grifico, se 0 grifico for cons- truido em termos da porcentagem em peso dos éxidos (Fig, 5.10a).A formula quimica que fornece informagées diretas sobre as proporges atémicas dos elementos ou as proporges moleculares dos componentes, pode ser sada também para 2 representacio grifica das composigoes. A formula da cianita Cianita sio, ea sio, o% 20 \wo 60 a0 __—100% ee ayo,” 80 ' 60 40 " 20 | ALO; 100% aaa oe te) sio, isnt so, ro 100% AlOg "AiO, 100% % molecular I wo Anaises na Fes Tabele 54 FeS Troe oN 100% aaa ds as 100% % atomica to o Andlises na FesSioutl ‘Tabola 6.5 Fe2SiOq(Fal MgrSi0,(Fo) MgzSiO.(Fo) 100% % molecular ™% o FIGURA 5.10 Roprosentagdes grficas de composighes qumicas na forma de diagrarnas lineares de barra. fa} Composigdo da cianita AALSIO,, em porcentagem em peso dos dxidos. (b}Cianta em ter ‘mos da porcentagem molecular des éxidos. (c}Andlises de esfalerita de Tabols 5.4 ern tormos de porcontagern st6mica de Zn e Fe. (G) Série de solusio sida completa da ovina e composigao da olvina {o Tabela 5.5 em termos da porcentagern molecular de forsterira (Fo) e fata (Fa) pode ser eserita como 1AI,0, + 1SiO, = 1AI,SiO, e pode ser express em termos das proporgées moleculares dos Gxidos componentes ALO, ¢ SiO, Isto € apresentado na Fig. 5.10b, AAs anilises da esfalerita recalculadas na Tabela 5.4 slo. apresentadas graficamente (Fig. 5.10) em termos dos dois ‘membros finzis, ZnS ¢ FeS. As composigdes intermedisrias podem ser obtidas diretamente a partir da razio Zn:Fe na ai tima linha da Tabela 5.4. esfalerita mostra uma série de so- luglo s6lida parcial do ZnS 20 ZigygFta30S,0 que & apresen- tado pelo sombreamento no grifico.A ttoilita, FeS, por outro lado, nfo incorpora Zn e deve aparecer como um ponto no iagrama de barra correspondendo a Fe = 100%, indicando a auséncia total de Zn. O grifico mostra que entre a troilita a esfalerita mais rica em Fe existe uma regio na qual no slo encontradas composigdes de esfaleritas mais ricas em Fe. Nas anilises de olivina (Tabela 5.5), 2s porcentagens mo- leculares de MgO © FeO podem ser também expressas como Mg;SiO, (Fo) ¢ Fe,SiO, (Fa), as duas composi¢des dos mem- bros finais da série de solucio s6lida da olivina. Para a olivina existe uma série completa de solugio solida entre Fo ¢ Fa. Consequentemente, existe um sombreamento continuo 20 longo de todo 0 campo composicional (Fig. .108) além do pponto da composicio especfica da ovina da Tabela5.5.Dia- gama: lineares deste tipo constituem o eixo horizontal em diagumas de varigao que relacionam as mudangas nas proprie- dades fsicas a variagBes na composigio (ver Fig, 2.16). Barras de composicio sio também o eixo horizontal em diagramas de temperatura-composigio (ver Figs. 11.6, 11.7 e118) ngulares G ‘Anilises minerais podem ser muito complexas e tipicamente sugerem a ocorréncia de substituigZo de virios elementos no resmo sftio atémico da estrutura, Para representara variagio de trés componentes em vez. de somente dois, usa-se 0 dia _grama triangular.* Os diagramas triangulares sio basicamente tués diagramas lineares combinados que compartilham com- ponentes. Por exemplo,a Figura 5.1 lista os nomes dos mi- nerais,as formulas e as composigdes em termos das porcenta- igens em peso dos éxidos para os dois membros finais da série dos ortopiroxénios, enstatita € ferrosilita, ¢ os dois membros, finais da série da olivia forsterta ¢ faialta. Esses minerais, contém trés componentes quimicos principais (MgO, FeO ¢ SiO,). Hi duas escolhas para esta representagio triangular, com base em porcentagens em peso, ou com base em propor (es relativas dos cétions da formula Para uma representacio em porcentagem em peso os vér~ tices do triingulo sio marcados como 100% em peso SiO,, 100% em peso MgO c 100% em peso FeO (Fig. 5.118). Os uatro minerais podem ser representados porque contém so- mente esses trés éxidos como componentes. Enstatita e fer~ rosilita contém 40,16 e 57,30% em peso MgO, respectiva- mente. A escala de MgO estende-se de 0 a 100% no'lado exquerdo do triingulo,e € 20 longo desse lado que os valores, de MgO sio colocados diretamente. Ambos os minerais nio contém FeO, portanto eles se situam na aresta diretamente entre SiO, € MgO. O lado direito do triingulo estende-se de 100% SiO, 2 100% FeO, com FeO (de 02 100%) crescendo, a0 longo do lado direito do topo para a base. Ao longo des- se lado situam-se as composiges dos membros finais ricos em Fe (apresentados na Fig. 5.114) com base nos valores das porcentagens em peso de FeO. Os membros finais de ambas, 1s séries sfo ligados por linhas tracejadas para define as loca ages onde se situam as composigGes intermediria. As duas linhas nao sio exatamente paralelas devido a leves diferencas no contetido de MgO (57,30 ~ 40,16 = 17,14% em peso) e de FeO (70,51 ~ 54,46 = 16,05% em peso) das composigdes dos membros finais magnesianos eferrosos.A construgio final do diagrama, em porcentagem em peso, é facilitada se 0s valo- res em porcentagem em peso slo disponiveis. Na Fig. 5.1, 05 elementos Si, Mg e Fe sio escolhidos para os vértices. Para representar os quatro minerais em ter- Diagramas "Ni de RT: Papel griico de coordenadas trangulices, papel especial pars confecelo dastes diagramas dsponivel comercalmente por Keufel¢ Exer Company, Capitulo 5 Composigso Quimica dos Minerais 131 Componente MgSiO, Componente FeSiO, enstatita —Porcontagem ferrossita —Porcentagem em peso. ‘om peso SiO, 5984 >=, 45,54 Mo 40,16 “FeO” 5446 Total 100,00 Total 100,00 Componente Mg,SiO, Componente Fe,Si forsterita —Poreentagem flat Porcentagem em peso ‘em peso Sid, 42,70 S10, 29.49 MgO 57,30, Fed 7051 Total 100,00 Tot! 100,00 @ Porcentagem fem peso Forrossilta Fiafita Fe cy FIGURA 5.11 Representagio das veriagbes composicionais binsrias de silicatos em diagramas triangulares para o sistema MgFe-Si & Mg0-Fe0-Si0, ‘mos dis proporges de citions, seria de se esperar que cada ‘uma das andlises minerais devesse ser recalculada a pattir da porcentagem de peso para a proporcao de cétions, via pro- porcio molecular, como € mostraco nas Tabelas 5.6 ¢ 5.7 para dois diferentes silicatos. Esse € o procedimento correto para | ' i | 132_Manual de Ciéncia dos Minersis composigdes minerais complexas. Para as composicdes de ‘membros finais simples cujas f6rmoulas exatas s30 conhecidas, ‘A enstatita contém um tomo (ou fon) de Mg e de Si por formula, A mesma razio se aplica para a ferrosilta, com tum Fe e um Si, Em outras palavras,a enstatita contém um Mg, sobre um total de dois citions (Mg + Si = 2),ou a enstatita tem 50% Mg e 50% Si. O mesmo ocorte na ferrosilita, com, tum Si e um Fe. Assim, a enstatia se posiciona no meio do. Jado Mg-Si do triingulo e a ferressilita na mesma posigio no lado Fe-Si Estas posigdes slo ligadas por uma linha tracejada, paralela 3 base do triingulo. Na série da olivina, a forsterita contém dois Mg ¢ um Si, de um total de tés eitions (2 + 1 = 3 em 3 = 66,796) € 2 faialiea contém dois Fe e um Si, também um total de trés, ‘citions. Isto significa que « composigzo de forsterita deve ficar no lado Mg-Si do tridngulo, 2 dois teos em dite3o 20 Mg, ‘© que a comporigio da faialita € equivalente no lado Fe-Si. ‘A forsterita se posiciona a 66,7% de FeO e 33,3% de SiO, [Estes dois pontos composicionais sio conectados por uma bi ‘nha pontilhada, que também & paralela 3 base do triingulo, e, portanto,é também paralela 3 linha das composigdes interme- diirias na série dos ortopiroxnios ‘Um diagrama da porcentagem em peso, como na Fig. 5.11b, é usado geralmente para a representacio das composi- {ges de rochas e minerais em zochas fgneas,jé que o pesquisa dor est interessado prineipalmente nas possiveis mudangas na ‘composigio da fusio a partir da qual uma socha ignea se for- ‘mou. Entretanto, mineralogistas ¢ petrélogos gue trabalham ‘com rochas sedimentares e metamérficas preferem a repre- sentagio atémica. This diagramas sio especialmente faceis de cconstruir seas formulas dos membros Gnas s80 conhecidas, ‘Uma composicéo mineral mais complexa, a do piroxé- nnio, é apresentada na Tabela 5.6. Essa analise foi recalculada ‘em termos dos tes componentes, CaSiO, (wolastonita, Wo), [MgSiO, (enstatita, En) e FeSiO, (ferrosilta, Fs), usados como vértces de um diagrama triangular (Fig, 5.12).As razbes entre estes tés componentes so as mesmas que seriam para CaO, [MgO e FeO (estes dois conjuntos de componentes alternados, sio completamente intercambisveis). Qualquer composigi0, de piroxénio que envolva somente dois dos tes componentes, s€ posicionara 20 longo de um dos lados do trifngulo, pro- cedimento idéntico 20 dos grificos de barras da Fig, 5.10. Por exemplo, o diopsidio, CaMgSiO,,posiciona-se na metade do lado esquerdo do triéngulo: 1 CaSiO, + 1 MgSiO, = 1 CaMgSi,O,, ou 50% de cada componente. Do mesmo modo, a hedenbergita, CaFeSi,O,, posiciona-se na metade do lado direito a 1 CaSiO, + 1 PeSiO, = 1 CaFeSi,O,. As, ‘composiges a0 longo do lado inferior nio contém CaSiO, e so expresses, em geral, como (MgFe)SiO,.Uma composicio specifica possivel a0 longo desse lado & (Feqay MByagSiOs, que € também escrita como 80% molecular de ferrossilita (Fs) € 20% molecular de enstaita (En) ¢ posiciona-se prénimo de FeSiO, no lado inferior, como mostra a Fig. 5.12. ‘Uma composicio mais geral de piroxénio, contendo os tus componentes pode ser expressa como WoEnaFiys sto & 4 “abreviatora” de um piroxénio que contém 45% molecular de CaO (Wo), 20% molecular de MgO (En) e 35% molecu- lar de FeO (Fs). Observar que a unio En-Wo (na Fig, 5.12), representa a porcentagem de Ps, da mesma forma, a unio En-Fs representa a porcentagem de Wo e Wo-Fs representa 1 porcentagem de En. A distancia entre o vértice ¢ o lado ‘oposto do tidngulo & graduada em linhas “94” indo de 100% no véstice até 0% 20 longo da aresta. Por exemplo, o vertice CaSiO, representa 100% de CaSiO, e as linhas horizontais entre esse vértice ¢ a base do triingulo marcam a passagem de 100% a 0% de CaSiO,, Para representar a composigio, Wo EngsPq, localize inicilmente a linha Woy, (marcada na Fig. 5.12), e depois localize a linha Enyg (também marcada) para entio encontrar a intersec¢lo destas linha. sso pode ser ‘verificado uma vez que a intersec¢ao das linhas Wo,s ¢ Engy seri sobre a linha Fs,.Se houver um erro, 2s linhas no se in= texceptario.A posicio da comporicio WoyEnFs, da Tabela 5.6,também aparece na Fig. 5.12. Assim como os grificos lineares, os diagramas triangula- res sio usados ftequentemente para representar a extensio da solugio sélida nos minerais. A série da olivina (Mg,Fe),SiO, €.a série dos ortopiroxnios (Mg,Fe)SiO,, ambas mostrando, ‘uma solugio sélida completa entre as composiges dos mem- ‘bros finais, € apresentada pelas barras sombreadas no diagra- ma SiO, ~ MgO ~ FeO (Fig. 5.13). © SiO, (quartzo e seus, ppolimorfos) nao apresenta substituigo em termos de FeO € MgO e aparece como um ponte, indicando que a sua é com~ posigio constante. A ilustragio que abre este capitulo mostra a extensio da solugio sblida entre os feldspatos mais comuns, em alta temperatura, Representagao triangular de mais de trés componentes Os diagramas triangular limitam a representagio a apenas tués componentes, que podem ser elementos simples, Sxidos compostos ou componentes mais complexes, como € expres- s0 pela formula mineral. Para representar mais de trés compo- nentes em um tringulo, alguns componentes slo geralmente combinados ¢ alguns podem nao ser considerados na repre- senta¢io grifica. Por exemplo, para representar a composicio, dos carbonatos no sistema CaO ~ MgO ~ FeO - MnO = CO,,0 niimero possivel de variéveis composicionais deve ser reduzido. Como todos os carbonatos contém CO,,nenbuma informacio adicional é obtida quando este composto & usado ppara evidenciar pequenas variages de CO,, Portanto, 0 CO, é ignorado na representagio grifica. Como o Fe’? e 0 Mg" se substituem facilmente na estrutura dos carbonatos € como © Mn’? é tipicamente bem menos abundante que 0 Fe"? na ‘aioria dos ambientes, o FeO eo MnO sio combinados. iso deixa tiés componentes, CaO, MgO ¢ (FeO-+MnO). A Fig. 5.14 mostra a série de solugio s6lida completa (barra som- ‘breada) que existe entre a magnesita, MgCO, e a siderita + rodocrosita, FeCO, + MnCO,,A extensio completa desta série & bem documentada (ver também Fig. 17.5). O diagra- ‘ma também mostra a série quase completa entre a dolor ta, CaMg(CO4), e a anquerita, CaFe(CO,), + kutnahorita, CaMn(CO,),. A calcita, CaCO, apresenta uma substituicio

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