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Contra Razão TECNOLTA FINALv3
Contra Razão TECNOLTA FINALv3
I. DOS FATOS
Na data do dia 30 de junho de 2023 conforme registrado em ata a proposta empresa foi
aceita e habilitada, informando que nossa documentação de habilitação e proposta apresentada
seguiu todos requisitos exigidos pelo edital.
De início, importa ressaltar que o simples fato de utilizar link público de materiais
técnicos dos equipamentos ofertados em comum pelas empresas TECNOLTA e SIMPRESS não
caracterizam a grave acusação sob a tentativa de ludibriar a Administração Pública no que tange
a elaboração independente de proposta. Destacamos ainda que as empresas AMC e TECNOLTA,
também se utilizaram de links públicos do fabricante EPSON para comprovação de
características técnicas de equipamentos ofertados por ambas.
De outro giro, não há dispositivo formal de lei que determine a inabilitação de empresas
que ofertem mesmo modelo de equipamentos para execução de serviços a serem contratados
pela Administração Pública, razão pela qual não há restrição editalícia de tal natureza. Não
obstando que, seguindo a orientação do TCU, constante do Acórdão nº 2.136 /2006, tais
circunstâncias, analisadas em conjunto com outras informações, possam indicar a ocorrência de
fraudes contra o certame.
Resta claro que o modelo ofertado HP E52645 atende plenamente os destinos de saída
exigidos: servidor FTP, e-mail e estação de trabalho e ainda com outras opções com digitalizar
para USB e etc...
4. Velocidade de Impressão
6. Leitor de cartão
Tal entendimento está alinhado com a jurisprudência e a doutrina. Nesse sentido, Hely
Lopes Meirelles, in Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros Editores, 20ª Ed., p. 248:
"Procedimento formal, entretanto, não se confunde com ‘formalismo’, que se
caracteriza por exigências inúteis e desnecessárias. Por isso mesmo, não se
anula o procedimento diante de meras omissões ou irregularidades formais
na documentação ou nas propostas, desde que, por sua irrelevância, não
causem prejuízo à Administração e aos licitantes. A regra é a dominante nos
processos judiciais: não se decreta a nulidade onde não houver dano para
qualquer das partes - ‘pas de nullité sans grief’, como dizem os franceses."
Como exemplo, esse raciocínio pode ser percebido nas seguintes decisões do Tribunal
de Contas da União:
“Rigor formal no exame das propostas dos licitantes não pode ser exagerado
ou absoluto, sob pena de desclassificação de propostas mais vantajosas,
devendo as simples omissões ou irregularidades na documentação ou na
proposta, desde que irrelevantes e não causem prejuízos à Administração ou
aos concorrentes, serem sanadas mediante diligências. (Acórdão 2302/2012-
Plenário)”
“O disposto no caput do art. 41 da Lei 8.666/1993, que proíbe a
Administração de descumprir as normas e o edital, deve ser aplicado
mediante a consideração dos princípios basilares que norteiam o
procedimento licitatório, dentre eles o da seleção da proposta mais
vantajosa. (Acórdão 8482/2013-1ª Câmara)”
Vale lembrar que o certame licitatório não representa um fim em si mesmo, mas um
meio que busca o atendimento das necessidades públicas. Nas palavras do professor Adilson
Dallari: a “licitação não é um concurso de destreza, destinado a selecionar o melhor cumpridor
de edital”.
III – DA LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
Inclusive, a Lei 10.520/02 prevê aplicação de penalidade para a licitante que ensejar o
retardamento do certame, mais precisamente o impedimento de licitar e contratar com entes
públicos, descredenciamento do SICAF e demais sistemas de cadastramento de fornecedores,
sem prejuízo de multas previstas em edital e demais cominações legais, isto porque tal atitude
da recorrente é considerada pela jurisprudência como abuso de poder de recorres, se aduzindo
em litigância de má fé.
Diante do exposto, resta clara que as alegações rasas e absurdas apresentadas pela
recorrente no bojo de sua peça recursal demonstram não só seu desespero em atacar a
recorrida como tumultuar o processo, protelando sua finalização.
2 - Seja negado provimento ao recurso apresentado pela empresa AMC INFORMATICA LTDA,
por não terem provado indícios que nossa proposta não atende o exigido no edital;
3 - Seja provido, em todos os seus termos, a presente contrarrazão, e por isso mesmo atendidos
os seus pedidos, para imposição e prevalência da lei, da doutrina e dos princípios da moralidade
administrativa, a publicidade, a ampla defesa e a LEGALIDADE, afastando-se em consequência
disso, o abjeto cerceio dessa mesma defesa, o que é nefasto para ambas as partes, na atual
democracia em que vivemos;
Nestes Termos,
Pede Provimento.
Brasília-DF, 10 de julho de 2023.