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Curso técnico em Química

Trabalho de História

O INÍCIO DA MODERNIDADE

Nicole Cardoso
Professor Clailton

Data de entrega: 23.03.2023

Tatuí 2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3

1.1 O início da Modernidade ............................................................................... 3

1.2 Renascimento Comercial .............................................................................. 4

1.3 O surgimento da burguesia ........................................................................... 5

1.4 O surgimento do rei absolutista ..................................................................... 6

1.5 Formação dos Estados nacionais ................................................................. 6

1.6 Grandes Navegações .................................................................................... 7

1.7 Mercantilismo ................................................................................................ 8

1.8 A colonização das Américas ......................................................................... 9

2. REFERÊNCIAS .......................................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO

1.1 O início da Modernidade

A Idade Moderna é o período que sucede a Idade Média e antecede a Idade


Contemporânea, durando de 1453 (conquista de Constantinopla pelos
Otomanos) até 1789 (Invasão da Bastilha pela população parisiense). A ideia de
uma idade moderna foi resultado do pensamento renascentista, distanciando –
se do pensamento medieval. O registro mais antigo do início do período moderno
foi encontrado em uma enciclopédia escrita por um alemão, Christopher Keller.
Politicamente e economicamente, mudanças significativas começaram a
acontecer, como o estabelecimento dos Estados nacionais que se iniciou na
Baixa Idade Média, contribuindo para mudanças significativas na forma como o
poder era exercido. Aquele poder descentralizado da Idade Média, que fazia o
rei depender da fidelidade de seus nobres por meio de um acordo de vassalagem
e suserania, perdeu espaço. O poder centralizado do rei estabeleceu-se no lugar.
Já na economia, houve o mercantilismo, momento de transição do modo de
produção feudal para o modo de produção capitalista. As práticas do
mercantilismo permitiram a acumulação de um capital que foi utilizado no
investimento da industrialização na Inglaterra, o desenvolvimento da indústria na
segunda metade do século XVIII possibilitou o estabelecimento do capitalismo
no mundo.
1.2 Renascimento Comercial

O Renascimento Comercial é uma das ramificações do Renascimento italiano,


um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália no século XIV.

Além de um renascimento cultural e urbano, foi marcado pelo fortalecimento das


relações comerciais entre as nações, o fim do feudalismo e a ascensão do
capitalismo comercial. Aliado ao cientificismo e o humanismo vigentes,
perseguem uma nova forma de ver o mundo. Assim, o antropocentrismo, ou seja,
o homem é o centro do mundo, foi substituído pelo teocentrismo medieval, no
qual Deus era o centro do universo, e a vida das pessoas girava em torno da
religião. Para tanto, a "Idade das Trevas" (período de escuridão na Idade Média)
durou muito tempo na Europa, do século V ao século XV, e baseou-se em
sociedades monárquicas onde o rei eram senhores supremos, seguidos por
nobres e clérigos. Graças a retomada do comércio, muitos europeus deixaram o
campo e foram viver dentro dos burgos, construídas entre os séculos IX e X e
posteriormente abandonadas, onde esperavam encontrar melhores condições
de vida. Em pouco tempo, esses lugares tomaram-se pequenos, fazendo as
pessoas se instalarem do lado de fora de suas muralhas. Essa população,
formada principalmente por artesãos, operários e comerciantes, acabou dando
origem a novos burgos em vários pontos da Europa. Por esse motivo, o uso de
moedas tornou-se essencial, substituindo o escambo ou a troca de mercadorias.
Isso levou ao surgimento da primeira instituição bancária responsável por
empréstimos cambiais e remunerados. Toda essa dinâmica faz com que o
dinheiro passasse a importar e a terra e a produção agrícola deixassem de ser a
base da riqueza europeia.

Todo esse crescimento, no entanto, sofreu um duro golpe quando a Europa


entrou em crise no século XIV. A mudança climática está causando um grave
colapso no abastecimento agrícola. Apesar dos diversos avanços tecnológicos
demonstrados no campo, as colheitas não foram suficientes para satisfazer toda
a população da Europa que dobrou entre 1.000 e 1300. Nessa situação de fome,
doença, guerra e morte, as classes mais baixas da população também sofriam
pesadas cargas de trabalho e altos impostos cobrados pelo rei. Esses fatores
provocaram várias rebeliões populares em toda a Europa. Fugindo da
exploração, uma nova onda de servos deixou suas propriedades para as
cidades, onde começaram a ganhar a vida com os salários. A ascensão da
burguesia, a expansão do comércio, o surgimento do trabalho assalariado e o
fortalecimento da realeza e a consequente formação dos Estados nacionais
abalaram de vez a estrutura feudal da Europa e provocaram o fim do sistema.

1.3 O surgimento da burguesia

O termo burguesia tem sua origem nos burgos, como se denominava as


pequenas cidades que surgiram durante o renascimento comercial, no século XI.
No período de formação e desenvolvimento do capitalismo, a burguesia ficou
conhecida como a classe detentora dos meios de produção e exploradora dos
trabalhos dos operários. A burguesia é a classe dominante do sistema capitalista,
pois detém o poder e os meios de produção. Já o proletariado representa a
classe dominada, pois o único que lhe resta é vender sua força de trabalho à
burguesia. Desta maneira, burgueses e proletariados estariam sempre em luta e
seria isso que provocaria as mudanças na sociedade.

O termo “burguesia mercantil” refere – se a sua primeira fase, ou seja, a fase do


surgimento na Europa durante o renascimento comercial, citado anteriormente.
Os burgueses se aliaram aos monarcas absolutistas, superando o poder
exercido pela nobreza O mercantilismo foi um modelo econômico característico
desse período. Os reis, em especial os de Portugal e Espanha, investiram nas
Grandes Navegações, esperando encontrar uma nova rota comercial para as
Índias, onde se encontravam as especiarias, produtos que eram extremamente
valorizados no mercado europeu. Assim, a burguesia financiou as navegações e
lucrou com os produtos comercializados.

Já na burguesia Industrial, sua fonte de riqueza não estava mais no comércio,


mas sim na indústria. O burguês industrial era o dono da fábrica, que tinha o
controle dos meios de produção e explorava o trabalho do proletariado, o qual
realizava suas atividades nas fábricas.

Atualmente, a burguesia se mantém como dona dos meios de produção, o que


a faz influente sobre a sociedade. As novas tecnologias que interferem
diretamente no trabalho e nas relações sociais, são produzidas pelos meios
empregados pela burguesia.
1.4 O surgimento do rei absolutista

O absolutismo foi um sistema político que defendia o poder absoluto do monarca,


soberano. Assim, detinha poder absoluto e todos deviam respeito e obediência
extrema a ele. A monarquia foi apoiada pela Igreja Católica e na época, os
religiosos afirmavam que a pessoa escolhida para governar era um
representante de Deus. Baseado nisso, o monarca não podia ser substituído e
nem retirado da função, além disso, quem desobedecesse aos mandamentos do
rei era visto como um descumpridor das leis divina. Descrevendo o absolutismo
monárquico, podemos citar as características:

 o rei detém a supremacia e é o único que elabora as leis;

 o monarca conta com poder absoluto nas tomadas de decisões;

 a Constituição é inexistente, prevalecendo os privilégios de nascimento.


Ao contrário do que acontecia na Idade Média, quando o poder dos reis não era
unificado, era necessário a ajuda dos nobres para a composição do exército, por
exemplo, no absolutismo o monarca detinha todo o poder na tomada de
decisões. A organização das leis, a criação de impostos, a definição e
administração da justiça, foram, portanto, determinadas pelo rei. Esse período
também viu o surgimento da burocracia, toda uma estrutura governamental que
era responsável por realizar o trabalho administrativo da nação para auxiliar o rei
na administração do estado recém-formado.

Ao longo desse período, houveram diversos altos e baixos. Um aspecto de


destaque foi no reinado de Elizabeth I na monarquia britânica no século XVI,
período do início da expansão marítima. A queda desse sistema político só
aconteceu após o movimento Iluminista impactar sobre os monarcas por meio
dos ideais de liberdade, questionando a autoridade tradicional.

1.5 Formação dos Estados nacionais

Desde o século XVI, a Europa Ocidental passou por várias transformações que
promoveram o crescimento das cidades, das atividades comerciais e da ciência.
Foi no seio destas mudanças que surgiram as Monarquias Nacionais, que
contribuíram para o reforço do poder régio e levaram ao progressivo
desaparecimento da servidão e ao declínio do mundo feudal. O processo de
centralização política nas mãos do rei foi um símbolo da formação dos estados
modernos na Europa, os exemplos mais clássicos desse processo foram
Espanha, Portugal e França. As mudanças na forma de governar esclareceram
as diferenças entre o mundo moderno e o mundo feudal. O desenvolvimento da
navegação marítima significou a busca pela expansão territorial dos
Estadosnação modernos. O objetivo dos reis era conquistar riquezas além-mar,
conquistar novos mercados e expandir o comércio. A busca de metais preciosos
e o interesse em difundir a fé cristã também estimularam a descoberta de novos
territórios. O Estado-nação moderno português retratou isso claramente na
colonização da América portuguesa no século XVI. O objetivo dos portugueses
concretizou-se na prática da colonização, que conduziu à expansão das suas
fronteiras, à aquisição de novos comércios, à descoberta de locais com metais
preciosos e à difusão do catolicismo, sintetizando na perfeição as ambições que
a nação moderna estados tiveram. A unificação francesa e inglesa se deu mais
politicamente, para fortalecer reinos que separados, tinham pequena importância
político-econômica. No Brasil, a formação do Estado Nacional estava vinculada
à independência da metrópole portuguesa. É neste sentido que muitos dos
modelos europeus serão trazidos para o País e aclimatados ao ambiente
colonial.

1.6 Grandes Navegações

As Grandes Navegações não são apenas um período histórico que possibilitou


diversos avanços tecnológicos para a busca de especiarias, mas também um
momento que possibilitou o contato entre seres humanos de dois continentes
distintos: A América e a Europa. Nesta aproximação, constituíram-se alianças,
desentendimentos e disputas entre vários mundos: os portugueses e espanhóis;
e os mais variados indígenas como guaranis, tupinambás, caetés e potiguaras.

Foi o processo de exploração do Oceano Atlântico realizado pioneiramente por


Portugal no século XV e acompanhado por outros países europeus ao longo do
XVI. A exemplo de Portugal, outros países europeus como Espanha e França,
partem para a navegação e exploração do Oceano Atlântico. O pioneirismo de
Portugal resultou de um conjunto de condições que permitiram a este pequeno
país da Península Ibérica embarcar nesta empreitada. Portugal reunia nessa
altura as condições políticas, econômicas, comerciais e geográficas que
tornavam possível o seu pioneirismo. O resultado disso foi a “descoberta” de
diversos lugares desconhecidos dos europeus, além da abertura de novas rotas
e criação de novas oportunidades de comércio. Para os portugueses, todo esse
processo culminou em 1500 com a chegada da expedição de Pedro Álvares
Cabral ao Brasil. Ao longo de todo o século XV, a Espanha, vizinha de Portugal,
assistiu à expansão marítima conduzida pelos portugueses. A Espanha manteve-
se alheia a esse processo até o final do século XV. Isso ocorreu porque a nação
espanhola durante toda parte desse século, teve como grande prioridade garantir
a expulsão dos mouros – o que foi concluído somente em 1492. As grandes
navegações levaram a uma série de mudanças que vinham ocorrendo na Europa
desde o século XII. Por meio desse processo, a Europa iniciou sua transição para
a era moderna e continuou fortalecendo o comércio e a moeda, garantindo o
mercantilismo, práticas econômicas que permitiram a transição do feudalismo
para o capitalismo. As grandes navegações foram responsáveis por transformar
Portugal numa grande potência mundial durante os séculos XV e XVI através do
grandioso império ultramarino formado pelos portugueses. Portugal estabeleceu
assim colónias em diferentes partes do mundo, como América do Sul, África e
Ásia.

1.7 Mercantilismo

O Mercantilismo é um conjunto de práticas econômicas exercidas pelas nações


entre os séculos XV e XVIII. Comumente chamamos de uma organização
transicional entre o feudalismo e o capitalismo. Podemos citar algumas
características do mercantilismo, como a intervenção do Estado na economia,
onde os reis determinavam os rumos das economias de seus reinos ao
protegerem seus produtores aumentando os impostos sobre os produtos
estrangeiros e unificando as moedas em circulação, a balança comercial
favorável, em que as exportações deveriam ser superiores às importações, a
busca e acúmulo de metais preciosos e o Colbertismo, baseado nas ideias do
economista Jean-Baptiste Colbert, incentivava à manufatura, com o intuito de
atrair riquezas com a vinda de moeda estrangeira.

Houveram dois tipos de Mercantilismo, comercial e industrial. No Mercantilismo


Comercial, se materializou nas expansões marítimas, com isso, Portugal e
Espanha investiram para explorar novas terras e trazerem novos produtos a
serem comercializados no mercado europeu. Os espanhóis encontraram ouro
nos primeiros anos de sua colonização, enquanto os portugueses começaram a
obter lucros com o Brasil por meio da comercialização do pau-brasil e da
produção açucareira. Já no Mercantilismo Industrial, foi influenciado pelo
economista francês Colbert, que defendia o meio de produção manufatureiro.
Isso fez com que os franceses buscassem matéria prima para as indústrias
iniciais. Com isso, a França tentou invadir o Brasil, mas foi expulsa por Portugal
no começo do século XVI.

O mercantilismo se fez presente no Brasil logo após o desembarque dos


portugueses, em 1500. A busca por metais preciosos, logo no primeiro contato
dos índios, sugere uma prática mercantilista. Como não encontraram pedras
preciosas logo de primeira, mantiveram a comercialização de especiarias vindas
da índia. Porém, esse comércio decaiu, e os portugueses investiram de fato no
Brasil Colônia. Os portugueses implantaram o pacto colonial, que consistia na
exclusividade da metrópole em explorar e comercializar as riquezas de suas
colônias. Esse pacto vigorou até 1808, quando a família real portuguesa se
transferiu para o Brasil e abriu os portos para as nações amigas, encerrando
assim, o exclusivismo português sobre o comércio brasileiro.

1.8 A colonização das Américas

Em 1492, ano em que o continente americano foi descoberto, o descobridor


Cristóvão Colombo estabeleceu a primeira colônia permanente em Hispaniola.
Dentro de algumas décadas, mais colônias foram estabelecidas, espalhadas
pelas ilhas do Caribe e ainda mais na Flórida e no Peru. Logo depois, Portugal
estabeleceu uma colônia no Brasil, assim como os britânicos colonizaram as
Honduras Britânicas (atual Belize) e a Jamaica. A colonização espanhola foi a
primeira colonização a ser realizada em solo americano. O estabelecimento de
seu sistema colonial contou com meios como o feudo, o repartimento e a
encomenda. A extração de metais preciosos e o estabelecimento da agricultura
baseada em plantações também foram decisivos no domínio colonial espanhol.

Depois de estudar o período colonial da história americana, chega o período do


processo de independência. Esses processos ocorreram entre a segunda
metade do século XVIII e a primeira metade do século XIX e foram
desencadeados por revoluções burguesas europeias como a Revolução Inglesa,
a Revolução Francesa e os movimentos nacionalistas que, entre outros,
culminaram na unificação da Alemanha e Itália. A criação de instituições políticas
exclusivamente americanas ocorre em um momento de crescente onda de
nacionalismo global. Além disso, este momento também é crucial para a
realização da integração global por meio da segunda revolução industrial e da
interseção do capitalismo financeiro e do capitalismo industrial. Durante o século
XX, vários fenômenos se destacaram no contexto da história americana. Desde
a Revolução Mexicana, a entrada de países como Estados Unidos e Brasil na
Primeira Guerra Mundial, a infiltração de ideias políticas fascistas, anarquistas e
comunistas nos Estados Unidos, a ditadura militar-civil e o processo de
redemocratização durante a Guerra Fria, especialmente na União Soviética após
a desintegração.

2. REFERÊNCIAS

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