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TEXTO: Burocratas da linha de frente: executores e fazedores das políticas públicas

Este artigo pretende discutir a discricionariedade dos burocratas do baixo escalão na aplicação
das políticas públicas e a relação entre implementação das políticas, organização e burocracia.
Observa-se que a discricionariedade dos burocratas de rua tem forte impacto na realidade
social. O burocrata da base é um importante tema para a gestão pública, tendo em vista que a
qualidade e a quantidade dos serviços prestados são reflexos da atuação destes.

A discussão foi direcionada pela observação de que os serviços prestados a sociedade


poderiam não ter qualquer impacto sobre o problema que eles suportam diariamente. Ficando
evidente a necessidade de incorporar as contribuições produzidas pela teoria das organizações.

Conforme estabelece o texto: ´´Os estudos da implementação interessam-se pela razão de as


políticas ocorrerem, ou não ocorrerem, do modo como foi intencionado pelos autores´´ logo da
idealização para a execução há uma grande distância. Por isso, a importância dos burocratas de
rua. Também é afirmado que as políticas têm objetivos e significados vagos, dúbios e
contraditórios. E quando o legislativo não consegue solucionar tal problema transfere para a
área administrativa.

Ainda, é afirmado que as políticas são feitas pelas autoridades eleitas e pelos funcionários do
topo e são executadas pelos atores do baixo escalão. E eventuais delegações tendem a tornar a
execução das politicas diferentes do que foram planejadas levando em conta o fator humano
de cada um que assumirá a responsabilidade pelo projeto. Ademais, o ideal weberiano de
burocracia acaba não se aplicando ao caso concreto(burocracias do nível da rua) dado que os
operadores desfrutam de ampla autonomia na decisão, ou seja,´´ eles não apenas executam as
políticas públicas, eles fazem também a política´´.

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