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AÇÃO MONITÓRIA

(Art. 700 e seguintes - CPC)

A ação monitória possibilita que o credor, munido de prova escrita sem eficácia
de título executivo, pleiteie a condenação do devedor:

• ao pagamento de quantia em dinheiro;


• à entrega de coisa fungível ou infungível, de bem móvel ou imóvel; ou
• ao adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer (art. 700, CPC).

A Ação monitória se diferencia, quanto ao cabimento, da execução, pois nesta há


titulo executivo, na monitória, não.

A Ação monitória se diferencia das demais ações de conhecimento (Cobrança,


condenatória de obrigação de fazer, de não fazer, de entrega de coisa) pois na
monitória há um documento, um escrito, embora sem eficácia executiva.

O que a monitória tem de diferente?

Esse procedimento especial funde características do processo de execução e do


procedimento comum.

Abrevia o iter processual ao permitir que, com base em cognição sumária, o autor
possa obter, de plano, providência típica do processo de execução: o
cumprimento de mandado de pagamento ou adimplemento de obrigação de fazer
ou de entregar coisa.

De outro lado, a instauração do contraditório fica a cargo exclusivamente do réu:


a oposição dos embargos à monitória, que podem versar sobre quaisquer
matérias arguíveis como defesa no procedimento comum, suspende a eficácia
do mandado monitório até o julgamento em primeiro grau. Estes embargos se
assemelham à contestação de procedimento comum. Não são como os
embargos à execução (ação autônoma).

Em processo de conhecimento de procedimento comum, após a revelia do réu,


é proferida sentença, sendo necessário o trânsito para, então, se fazer a
execução.

Na Ação Monitória a revelia converte automaticamente o feito em execução.


Aquele documento que não tinha força executiva passa a ter. Este é o grande
diferencial da moratória.

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