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AÇÕES POSSESSÓRIAS Ok
AÇÕES POSSESSÓRIAS Ok
NATUREZA DÚPLICE
Imagine que Joaquim ajuizou contra Leandro uma ação de reintegração de posse
alegando que sua posse foi esbulhada, mas, na verdade, o que ocorreu foi o
inverso, ou seja, foi Joaquim que esbulhou a posse de Leandro.
COMPETÊNCIA
Bens móveis: Foro de domicílio do réu (art. 46 do CPC/15) – competência relativa.
Bens imóveis: Foro de situação da coisa (art. 47 do CPC/15) – competência
absoluta.
LEGITIMIDADE
Ativa: possuidor da coisa. Lembre-se que possuidor não necessariamente é
proprietário.
Passiva: que praticou o esbulho, turbação ou ameaça à posse.
Saiba também que o possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de
indenização, contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era.
Exemplo: Leandro tem a posse da chácara e Joaquim pratica o esbulho. De
repente, Joaquim transfere o esbulho para Pedro. Leandro pode ajuizar a ação
contra Pedro que aceitou a posse esbulhada.
PARTICIPAÇÃO DO CÔNJUGE
Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é
indispensável nas hipóteses de composse, ou de ato por ambos praticado.
Imagine que Leandro tenha ajuizado uma ação de reintegração de posse contra
Joaquim. Leandro é casado. Logo, ele precisa da participação do cônjuge para
esta ação? A resposta é positiva se o bem é de posse conjunta. Caso contrário,
não há a necessidade de participação do cônjuge.
PROCEDIMENTO
Tanto a reintegração quanto a manutenção de posse terão o mesmo
procedimento.
Atenção! Para estas duas ações é possível ter um rito especial e um rito comum.
Para determinar o rito, basta observar se a posse é nova ou se a posse é velha.
Posse nova : aquela na qual a ofensa a posse ocorreu a menos de 01 ano e 01
dia = procedimento especial.
Posse velha: aquela na qual a ofensa a posse ocorreu a mais de 01 ano e 01 dia
= procedimento comum.
A contagem se dá a partir da efetiva data da turbação ou do esbulho.
O que diferencia o procedimento especial do procedimento comum é a
possibilidade de decisão liminar (tutela provisória) em favor do possuidor.
d) Citação do réu
Independente se concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de
reintegração, o autor promoverá, nos 5 (cinco) dias subsequentes, a citação do
réu para, querendo, contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias.
e) Contestação
O prazo para contestar é de 15 dias, contados da citação do réu.
Todavia, se houver audiência de justificação prévia, o prazo para contestar será
contado da intimação da decisão que deferir ou não a medida liminar.
Atenção ! Depois de concedida a liminar, o procedimento passará a ser comum.
As ações possessórias de posse nova começam com o rito especial, mas, depois
da concessão da liminar, passam a ter o procedimento comum. Não havendo
necessidade de fase instrutória, o juiz passará direto para a fase da sentença.
f) Sentença
Se o pedido for julgado procedente, o juiz reintegrará ou manterá o autor na
posse, condenando o réu a abster-se de prosseguir com os atos de esbulho ou
turbação, inclusive com fixação de multa para caso de descumprimento.