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M03 Manualdomodulo
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Prevenção de Branqueamento de
Capitais
Prevenção de Branqueamento de Capitais
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 3
COMPLIANCE 4
OBRIGAÇÕES GERAIS 6
OPERAÇÕES SUSPEITAS 6
FACTORES DE RISCO 7
AVALIAÇÃO DO RISCO 8
DEVER DE IDENTIFICAÇÃO 8
IDENTIFICAÇÃO E DILIGÊNCIA 9
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Vamos ainda indicar-lhe como identificar operações suspeitas e como reconhecer factores de
risco de Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo.
COMPLIANCE
•
O QUE SIGNIFICA COMPLIANCE?
COMPLIANCE CONFORMIDADE
A palavra Compliance em origem no verbo inglês to comply, que significa cumprir, executar,
satisfazer, realizar o que foi imposto. No fundo, estar em conformidade.
Compliance
Muitas vezes, os sistemas financeiros são usados para operações criminosas como o
Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo (BC/FT).
Os agentes de crimes de BC/FT fazem grandes esforços para movimentar o dinheiro e outros
fundos que obtiveram ilegalmente, e converter, ocultar ou dissimular a verdadeira natureza e
origem ou destino desse dinheiro ou fundos.
Branqueamento de Capitais
O Branqueamento de Capitais é um processo que se baseia, normalmente, em três fases:
• Na 1.ª fase, os agentes do crime tentam introduzir o dinheiro no sistema financeiro.
• Na 2ª fase, os agentes do crime realizam uma ou muitas operações, frequentemente
complexas, com o objectivo de disfarçar a origem ilegal do dinheiro.
• Na 3ª fase, os agentes do crime investem (“branqueiam”) o dinheiro através operações /
legítimas.
Financiamento do Terrorismo
As técnicas usadas para branquear capitais são também usadas para ocultar as origens e os
fins do Financiamento do Terrorismo, com duas diferenças:
• Os fundos utilizados podem ter origem em fontes legítimas, em actividades criminosas ou
em ambas.
• A 3ª fase envolve a distribuição de fundos aos terroristas e às suas organizações de apoio.
OBRIGAÇÕES GERAIS
OPERAÇÕES SUSPEITAS
De acordo com o artigo 17.º da Lei n.º 05/2020, Lei do Combate ao Branqueamento de
Capitais e do Financiamento do Terrorismo, os bancos devem informar à Unidade de
Informação Financeira (UIF) as operações suspeitas da prática de crime.
Uma operação suspeita, pela sua natureza, não vai de acordo com o conhecimento que a
instituição possui do cliente, ou seja, está fora do padrão normal de movimentação de conta
do cliente.
Para além do indicado anteriormente, existem outros exemplos de indícios de suspeição nas
operações financeiras:
• Número elevado de transacções, quando comparado com o histórico das transacções do
cliente, ou com um grupo de clientes com um perfil semelhante;
• Conjunto de transacções, por exemplo, múltiplos depósitos bancários em dinheiro cujo
montante agregado seja ligeiramente inferior ao limite definido por Lei para comunicação à
UIF;
• Recusa do cliente em declarar a origem e destino dos fundos ou do seu património;
• Fundos provenientes de um sector susceptível a actividades relacionadas com o
Branqueamento de Capitais ou Financiamento De Terrorismo (BC / FT);
• Recepção de fundos de terceiros em que a relação subjacente não é clara;
• Recebimentos de um outro país por uma empresa que apenas realize negócios locais;
• Transacções para determinadas jurisdições de risco;
• Transacções frequentes para paraísos fiscais.
FACTORES DE RISCO
AVALIAÇÃO DO RISCO
De acordo com o artigo 9.º da Lei n.º 05/2020, o processo de avaliação de risco de BC/FT
deve obedecer aos seguintes factores:
• Natureza do cliente;
• Natureza da actividade do cliente;
• Forma de estabelecimento da relação de negócio;
• Localização geográfica do cliente e da sua actividade;
• Transacções efectuadas;
• Histórico do cliente;
• Produtos e serviços adquiridos.
DEVER DE IDENTIFICAÇÃO
Visando dar cumprimento à Lei n.º 05/2020, Lei do Combate ao Branqueamento de Capitais
e do Financiamento ao Terrorismo, no seu artigo 11.º, Obrigação de Identidade, o BAI deve
efectuar a identificação e verificação da identidade dos seus clientes, e dos seus
representantes caso exista um beneficiário efectivo.
A identificação do beneficiário efectivo visa garantir que o banco tenha conhecimento das
pessoas singulares que em última instância têm o controlo da gestão do capital da
sociedade ou são reais beneficiários dos resultados da sociedade - Know Your Customer.
IDENTIFICAÇÃO E DILIGÊNCIA
4. Obter informação relativa a clientes que sejam pessoas colectiva ou entidade sem
personalidade jurídica, que permita compreender a natureza dos negócios do cliente, a
participação de controlo no capital social, os nomes dos membros dos órgãos de gestão.
Sempre que a entidade sujeita tenha conhecimento ou fundada suspeita de que o cliente não
actua por conta própria, deve tomar medidas adequadas que lhe permitam conhecer a
identidade da pessoa ou entidade por conta de quem o cliente está a actuar, nomeadamente
dos beneficiários efectivos.