Você está na página 1de 28

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

João Vitor Fernandes da Gama


Micael Davi Lima de Oliveira

Relatório 5: Constatação da conservação da energia cinética e do


momento linear em colisões inelásticas e elásticas

Trabalho para obtenção de nota parcial da


disciplina de Laboratório de Física Geral I,
ministrada pela Professora Dra. Içamira Costa
Nogueira do Curso de Bacharelado em Física
da Universidade Federal do Amazonas.

Manaus
2018
Sumário

1. Fundamentação Teórica……………………………….……………………………...01

2. Objetivos………………………….……………………………………………………..03

3. Procedimento Experimental………………………………………………………….04

3.1 Experimento 1 e 2: Constatação da conservação da energia cinética e do

momento linear em colisões inelásticas e elásticas……………………...…………….04

4. Resultados e Discussões…………………………………………………………….06

4.1 Experimento 1: Constatação da conservação da energia cinética e do

momento linear em uma colisão inelástica…..……..……………..…………………….06

4.2 Experimento 2: Constatação da conservação da energia cinética e do

momento linear em uma colisão elástica………….…..…………………….…………..19

5. Conclusão……………………………………………………………………………….25

6. Referências Bibliográficas…………………………………………………………...26
1

1. Fundamentação Teórica

O experimento realizado analisou a variação do comportamento de colisões


quanto às Leis de Newton e quanto à Lei de Conservação de Energia. Segundo a
mecânica newtoniana, um sistema fechado possui quantidade de movimento, ou
momentum, que assumirá um valor constante enquanto não houver uma força
externa sendo aplicada. Por outro lado, a lei de conservação de energia diz que a
energia de um sistema fechado permanecerá constante enquanto não houver
nenhuma fosse dissipativa presente neste sistema.
No entanto, sabe-se que na natureza sempre haverão forças que irão dissipar
inevitavelmente a energia contida em um sistema físico, porém, mesmo sendo algo
inevitável, a energia associada continuará sendo conservada, obedecendo assim a
uma das principais leis da física, isto é, a 1º Lei da Termodinâmica, que foi
enunciada formalmente em primazia pelo físico e engenheiro francês Nicolas
Léonard Sadi Carnot(1796-1832) ao construir modelos teóricos para máquinas
térmicas, conseguiu assim contextualizar as duas principais leis da termodinâmica,
isto é, o princípio da conservação de energia e princípio da desordem inerente em
sistemas físicos, isto é, postulou o conceito de entropia.
Sendo assim, o momento linear(momentum) sempre será conservado,
todavia, em colisões entre corpos físicos, a energia mecânica de um sistema pode
ser aparentemente alterada, pois poderá haver uma transformação de energia
cinética em energia térmica e uma possível dispersão de uma certa parte da energia
por meio de ondas sonoras, logo, há colisões que podem de uma certa forma não
conservar energia cinética, mas ao analisar todas as energias presentes em um
sistema físico, inevitavelmente a energia terá que ser conservada, mesmo que não
seja possível visualizar de forma direta a constatação dessa conservação.
Classifica-se, portanto, colisões em três tipos distintos: as perfeitamente
elásticas, nas quais toda energia cinética é conservada; as parcialmente elásticas,
nas quais há uma parcial perda de energia cinética; e perfeitamente inelásticas, nas
quais toda energia cinética é dissipada.
Para fazer a classificação, analisa-se a variação de energia e, para tal,
associa-se às colisões um coeficiente, chamado de coeficiente de restituição:
2

Na equação , o coeficiente de restituição é calculado por meio da razão


da diferença entre a velocidade média final do segundo objeto físico após o impacto
com o primeiro e a velocidade média final do primeiro após o impacto com o
segundo , e a diferença entre a velocidade média inicial do primeiro objeto antes
da colisão e a velocidade média inicial do segundo também antes do impacto
. Sendo assim, segue abaixo uma tabela mostrando em função do valor do
coeficiente de restituição como determinar o tipo de colisão correspondente:

Tipo de Choque Variação de Energia Coeficiente de Restituição


Superelástico Ganha-se e>1
Perfeitamente elástico Conserva-se e=1
Parcialmente elástico Perde-se parcialmente 0<e<1
Perfeitamente inelástico Perde-se totalmente e=0

Tabela 1: Tabela onde através do respectivo valor do coeficiente de restituição correspondente a uma
determinação colisão, pode-se descobrir o tipo de impacto que ocorreu entre os corpos.

Um exemplo experimental da veracidade do princípio da conservação de


energia e do princípio da conservação do momento linear é o Pêndulo de Newton.
Dessa forma, quando a primeira esfera colide com a segunda, imediatamente
transfere energia cinética para esta, que logo transmite a mesma energia para a
esfera seguinte e assim sucessivamente até atingir a última esfera que terá
consequentemente irá se mover e oscilar até atingir a esfera anterior, que devido à
entropia, chegará um instante em que a primeira e última esfera irão para de se
movimentar, pois é inevitável a dissipação de energia ao ambiente.

Figura 1: Imagem do Pêndulo de Newton, onde a última esfera à direita ao colidir com a que está a
sua frente, irá ocasionar uma consequente propagação de energia.
3

2. Objetivos

Inicialmente, busca-se em primazia constatar a veracidade de dois princípios


fundamentais presentes na natureza, isto é, o Princípio da Conservação de Energia
e o Princípio da Conservação do Momento Linear. Afim de que isto seja possível,
será analisado o impacto entre dois planadores, anotando-se assim os respectivos
tempo de aproximação e afastamento entre estes. Isto porque, por meio da medição
destes tempos, será possível calcular a velocidade média antes e após a colisão.
Além disso, a obtenção desta grandeza é crucial tanto para o cálculo do momento
linear, quanto para o cálculo da energia cinética dos planadores.
É válido ressaltar que neste trabalho serão analisados dois tipos de colisões,
isto é, as elásticas e as inelásticas. Dessa forma, procura-se através dos
experimentos que serão realizados, perceber que tanto em colisões elásticas quanto
inelásticas a energia se conserva, mesmo que aparentemente a soma das energias
cinéticas associadas aos planadores antes da colisão seja diferente da soma após a
colisão.
Sendo assim, este trabalho tem como importante meta, constatar que a soma
das energias cinéticas e momentos lineares antes da colisão é aproximadamente
igual à soma após a colisão e entender porque na prática estes valores dificilmente
serão iguais entre si, mas que ainda sim apontam para uma importante regularidade
física presente na natureza. Além disso, busca-se descobrir se a variação de massa
em um dado corpo será capaz de transgredir esses princípios físicos, por isso serão
adicionados massas unitárias a um dos planadores, e será verificado como a
velocidade varia antes e após o impacto, permitindo assim verificar se realmente a
energia e o momento linear se conservam nas situações onde a massa varia.
Além disso tudo, busca-se também entender mais minuciosamente o que
realmente acontece durante o impacto entre dois ou mais corpos físicos, isto é,
procura-se entender o que acontece após a colisão de um planador com o outro,
entendendo-se assim que curiosamente existe uma propagação de energia entre os
corpos presentes na colisão. Logo, tem-se como um objetivo crucial deste trabalho,
verificar se após o impacto entre os dois planadores, a energia cinética e o momento
linear dos mesmos realmente se conservou, mesmo que as somas sejam distintas, o
importante é constatar que estes valores estão realmente próximos entre si.
4

3. Procedimento Experimental

3.1 Experimentos 1 e 2: Constatação da conservação da energia cinética e do


momento linear em colisões inelásticas e elásticas

Materiais utilizados:

• 1 trilho de ar;
• 1 cronômetro digital;
• 1 compressor de ar;
• 2 barreiras de luz;
• 2 planadores;
• 1 dispositivo de liberação;
• 2 anteparos de 100mm;
• 1 anteparo de 10mm;
• 1 anteparo com agulha;
• 1 anteparo com massa;
• 1 anteparo com liga elástica;
• 2 suportes com haste quadrada;
• 10 massas de 10g;
• 6 massas de 50g;
• 6 cordas de conexão.

Procedimento utilizado:

Figura 1: Imagem contendo todos os principais materiais que serão cruciais para a constatação da
conservação do momento linear e da energia cinética durante a colisão entre os planadores.
5

Inicialmente, deve-se ter certeza de que o cronômetro digital está marcando


em seus 4 medidores de tempo o instante 0,000s, caso contrário, deve-se
pressionar o botão “RESET”. Após esta certificação, deve-se adotar uma
determinada distância entre o planador 2 e a segunda barreira de luz.
Dessa forma, ao ligar o compressor de ar em um determinado nível, tal como
o “NÍVEL 5”, o planador 1 irá movimentar-se ao longo do trilho de ar até chegar no
instante em que colidirá com o segundo planador, porém, no instante em que o
compressor for ligado, deve-se acima de tudo segurar o planador 2 na posição
inicialmente adotada, já que caso contrário, o mesmo também irá se mover.
Após o passo mencionado acima, deve-se atentar-se para o instante em que
o planador 1 estiver se aproximando do planador 2, pois quando o primeiro planador
estiver extremamente perto do segundo, deve-se imediatamente soltar o planador 2,
para que assim ocorra a respectiva colisão entre os planadores. É muito importante
atentar às medidas presentes no cronômetro digital, sendo que são três no total. A
primeira medida corresponde ao tempo de aproximação do planador 1, isto é, o
tempo decorrido para que o planador 1 se desloque entre a primeira barreira de luz e
colida com o segundo planador, sendo que esta medida está localizada no primeiro
medidor, ao visualizar o cronômetro da esquerda para a direita.
Por outro lado, a segunda medida que corresponde ao tempo de afastamento
do planador 1, isto é, o tempo decorrido entre o impacto com o segundo planador e
a passagem pela primeira barreira de luz, sendo que esta medida está localizada no
segundo medidor do cronômetro, quando visto da esquerda para a direita.
A terceira e última medida corresponde ao tempo de afastamento do planador
2, ou seja, o tempo decorrido entre a colisão com o planador 1 e a passagem pela
segunda barreira de luz. É importante ressaltar que esta medida é visualizada no
quarto medidor do cronômetro, quando visualizado da esquerda para a direita.
É crucial analisar se as medidas obtidas correspondem a uma colisão elástica
ou inelástica entre os planadores. Dessa forma, ao querer se obter medidas
referentes a uma colisão elástica, deve-se acima de tudo certificar-se de que o
planador 1 possui um anteparo cuja extremidade contém uma agulha, enquanto que
o planador 2 deve possuir na sua extremidade uma peça que irá receber a agulha
durante o impacto. Por outro lado, em uma colisão inelástica, o planador 1 deve ter
suas extremidades vazias, enquanto que o planador 2 deve possui em sua
extremidade uma liga elástica que irá absorver a energia associada ao impacto.
6

4. Resultados e Discussões

4.1 Experimento 1: Constatação da conservação da energia cinética e do


momento linear em uma colisão inelástica

Planador 1:

Massa(kg) Tempo de Tempo de Tempo Médio de Tempo Médio de


(± 0,1.10-3kg) Aproximação(s) Afastamento(s) Aproximação(s) Afastamento(s)
(± 1.10-3s) (± 1.10-3s) (± 1.10-3s) (± 1.10-3s)
0,010 0,168 0,919 0,168 0,958
0,162 0,979
0,167 0,906
0,176 1,001
0,165 0,985

0,020 0,170 0,854 0,172 0,847


0,175 0,869
0,168 0,810
0,173 0,808
0,172 0,893

0,040 0,178 0,708 0,181 0,713


0,172 0,699
0,182 0,714
0,184 0,722
0,189 0,718

Tabela 1: Tabela onde visualiza-se os respectivos tempos parciais e médio de afastamento e


aproximação referentes à adição consecutiva de massas de 20g ao planador 1.

Planador 2:

Massa(kg) Tempo de Tempo de Tempo Médio de Tempo Médio de


(± 0,1.10-3kg) Aproximação(s) Afastamento(s) Aproximação(s) Afastamento(s)
(± 1.10-3s) (± 1.10-3s) (± 1.10-3s) (± 1.10-3s)
0,010 0 0,221 0,000 0,218
0,211
0,215
0,225
0,218
7

0,020 0 0,225 0,000 0,229


0,235
0,225
0,231
0,228

0,040 0 0,241 0,000 0,255


0,258
0,261
0,265
0,249

Tabela 2: Tabela onde visualiza-se os respectivos tempos parciais e médio de afastamento do planador
2, conforme adiciona-se consecutivamente massas de 20g ao mesmo.

Os dados presentes nas duas tabelas acima serão cruciais para a verificação
da veracidade do princípio da conservação de energia e do princípio da conservação
do momento linear. Isto porque, através dos respectivos tempo médio de
aproximação e afastamento para os dois planadores, pode-se calcular a velocidade
média antes e após a colisão inelástica, isto é, uma colisão onde uma certa de
quantidade de energia cinética associada ao movimento dos planadores é dissipada
inevitavelmente ao ambiente.
Dessa forma, segue abaixo os respectivos cálculos da velocidade média
antes e após a colisão entre os dois planadores para cada uma das 3 massas que
estiveram presentes no planador 1:

Planador 1(Antes da colisão):

* Velocidade Média – 0,0g:


8

* Velocidade Média – 20,0g:

* Velocidade Média – 40,0g:


9

Planador 1(Após a colisão):

* Velocidade Média – 0,0g:

* Velocidade Média – 20,0g:


10

* Velocidade Média – 40,0g:

Planador 2(Após a colisão):

* Velocidade Média – 0,0g:


11

* Velocidade Média – 20,0g:

* Velocidade Média – 40,0g:

Após a obtenção da velocidade média dos planadores antes e após a colisão,


juntamente com as respectivas incertezas associadas, segue abaixo mais uma
tabela mostrando de uma forma mais clara e organizada como o valor em módulo da
velocidade varia conforme altera-se a massa e o estado dos planadores 1 e 2:
12

Massa(kg) Planador 1: Planador 1: Planador 2:


(± 0,1.10-3kg) Velocidade Média(m/s) Velocidade Média(m/s) Velocidade Média(m/s)
(Antes da colisão) (Após a colisão) (Após a colisão)
(± 10-2m/s) (± 10-3m/s) (± 10-3m/s)
0,010 0,595 ± 1 0,104 ± 1 0,459 ± 7
0,020 0,581 ± 1 0,118 ± 1 0,437 ± 6
0,040 0,553 ± 0,9 0,140 ± 2 0,392 ± 6

Tabela 3: Tabela onde encontra-se as correspondentes velocidade média antes e após a colisão entre os
dois planadores, juntamente com a respectiva propagação da incerteza.

Dessa forma, após a organização dos dados referentes à velocidade média


dos planadores 1 e 2, pode-se finalmente calcular os respectivos momentos lineares
antes e após a colisão para ambos os planadores, para que no final se possa
verificar a veracidade do princípio da conservação do momento linear.

Planador 1(Antes da colisão):

* Momento Linear – 0g:


13

* Momento Linear – 20,0g:

* Momento Linear – 40,0g:

Planador 1(Após a colisão):

* Momento Linear – 0g:


14

* Momento Linear – 20,0g:

* Momento Linear – 40,0g:


15

Planador 2(Após a colisão):

* Momento Linear – 0g:

* Momento Linear – 20,0g:


16

* Momento Linear – 40,0g:

Massa(kg) Planador 1: Planador 1: Planador 2:


(± 0,1.10-3kg) Momento Linear(N.s) Momento Linear(N.s) Momento Linear(N.s)
(Antes da colisão) (Após a colisão) (Após a colisão)
(± 10-3N.s) (± 10-3N.s) (± 10-3N.s)
0,010 0,119 ± 2 0,021 ± 2 0,088 ± 1
0,020 0,128 ± 2 0,025 ± 2 0,083 ± 1
0,040 0,133 ± 3 0,034 ± 5 0,075 ± 1

Tabela 4: Tabela onde encontra-se os correspondentes momentos lineares antes e após a colisão
inelástica entre os planadores 1 e 2.

Verificação da Conservação do Momento Linear em uma colisão inelástica:

* Massa adicional de 0,0g no planador 1:


17

* Massa adicional de 20,0g no planador 1:

* Massa adicional de 40,0g no planador 1:

Dessa forma, pode-se perceber que apesar de todos os erros de medição e

das inúmeras falhas que permeiam qualquer experimento físico, ainda assim, a

soma dos momentos lineares dos planadores 1 e 2 antes da colisão é

aproximadamente igual após a colisão, o que indica claramente que de fato o

momento linear foi conservado.

No entanto, resta-se ainda a comprovação do princípio da conservação de

energia para uma colisão inelástica, sendo que o cálculo das respectivas energias

cinéticas antes e após a colisão de ambos os planadores, segue logo abaixo:

Planador 1(Antes da colisão):

* Energia Cinética – 0g:


18

Planador 1(Após a colisão):

* Energia Cinética – 0g:

Planador 2(Após a colisão):

* Energia Cinética – 0g:

Verificação da Conservação da Energia Cinética em uma colisão inelástica:

* Massa adicional de 0,0g no planador 1:

Portanto, pode-se perceber que ao comparar a soma das energias cinéticas


correspondentes aos planadores 1 e 2 antes da colisão com a soma resultante após
a colisão, os valores estão muito próximos entre si, o que constata a conservação da
energia cinética associada ao movimento dos planadores ao longo do trilho de ar.
19

4.2 Experimento 2: Constatação da conservação de energia cinética e do


momento linear em uma colisão elástica

Planador 1:

Massa(kg) Tempo de Tempo de Tempo Médio de Tempo Médio de


(± 0,1.10-3kg) Aproximação(s) Afastamento(s) Aproximação(s) Afastamento(s)
(± 1.10-3s) (± 1.10-3s) (± 1.10-3s) (± 1.10-3s)
0,010 0,163 0,854 0,167 0,861
0,166 0,825
0,165 0,874
0,168 0,885
0,172 0,867

0,020 0,175 0,706 0,177 0,728


0,178 0,739
0,173 0,725
0,181 0,728
0,177 0,741

0,040 0,185 0,679 0,185 0,691


0,182 0,685
0,179 0,691
0,191 0,698
0,188 0,701

Tabela 5: Tabela onde encontra-se os tempos referentes à aproximação e afastamento do planador 1


durante uma colisão elástica com o planador 2, para cada uma das 3 massas adotadas.

Planador 2:

Massa(kg) Tempo de Tempo de Tempo Médio de Tempo Médio de


(± 0,1.10-3kg) Aproximação(s) Afastamento(s) Aproximação(s) Afastamento(s)
(± 1.10-3s) (± 1.10-3s) (± 1.10-3s) (± 1.10-3s)
0,010 0 0,210 0,000 0,216
0,217
0,214
0,221
0,219
0,020 0 0,223 0,000 0,222
20

0,219
0,218
0,225
0,226

0,040 0 0,235 0,000 0,241


0,241
0,244
0,238
0,247

Tabela 6: Tabela onde mostra-se os valores referentes ao tempo de afastamento do planador 2 após ter
colidido elasticamente com o planador 1, para cada uma das 3 massas adotadas.

Planador 1(Antes da colisão):

* Velocidade Média – 0,0g:

Planador 1(Após a colisão):

* Velocidade Média – 0,0g:


21

Planador 2(Após a colisão):

* Velocidade Média – 0,0g:

Planador 1(Antes da colisão):

* Momento Linear – 0g:

Planador 1(Após a colisão):

* Momento Linear – 0g:


22

Planador 2(Após a colisão):

* Momento Linear – 0g:

Verificação da Conservação do Momento Linear em uma colisão elástica:

* Massa adicional de 0,0g no planador 1:

Sendo assim, pode-se perceber que realmente a soma dos momentos

lineares correspondentes aos planadores 1 e 2 antes da colisão é aproximadamente

igual após a colisão, o que confirma a conservação do momento linear.

Um detalhe muito importante a ser destacado é que numa colisão elástica, a

energia cinética dissipada no ambiente torna-se muito menor, o que implica

diretamente em uma maior proximidade entre os valores dos momentos lineares

antes e após o impacto entre os dois planadores. Por outro lado, em uma colisão

inelástica, mais energia cinética é dissipada e consequentemente maior será a

diferença entre os respectivos valores dos momentos lineares dos planadores.


23

Planador 1(Antes da colisão):

* Energia Cinética – 0g:

Planador 1(Após a colisão):

* Energia Cinética – 0g:

Planador 2(Após a colisão):

* Energia Cinética – 0g:


24

Verificação da Conservação da Energia Cinética em uma colisão elástica:

* Massa adicional de 0,0g no planador 1:

Dessa forma, pode-se perceber que a soma das respectivas energias


cinéticas associadas aos planadores antes da colisão é aproximadamente igual após
a colisão, mesmo que haja uma relativa diferença entre estes valores, pode-se
desprezar os erros associados ao processo de obtenção da medição do tempo,
assim como qualquer influência externa que tenha de alguma forma influenciado nas
medições efetuadas. Logo, pode-se perceber que mesmo apesar das sutis
diferenças que houveram, ainda sim, constatou-se a veracidade do princípio da
conservação de energia durante uma colisão elástica.
25

5. Conclusões

Em suma, pode-se perceber que as principais metas deste trabalho foram


completadas com sucesso, isto porque, os objetivos iniciais consistiam em constatar
que a energia cinética e o momento linear dos planadores antes e após a colisão
eram conservados. Através das inúmeras medições de tempo efetuadas, pôde-se
calcular a respectiva velocidade média de ambos os planadores, antes e após o
impacto, para que assim fosse possível calcular o respectivo valor da energia
cinética e do momento linear dos planadores.
Dessa forma, para que fosse possível verificar a conservação da energia
cinética, somou-se os respectivos valores da energia cinética dos planadores 1 e 2
antes da colisão e comparou-se o resultado obtido com a soma obtida após o
impacto, percebendo-se assim que independentemente do valor da massa presente
no planador 1, ainda sim, os valores iniciais e finais da energia cinética do conjunto
dos planadores permaneceu aproximadamente constante.
Pode-se concluir que apesar de haver diferenças entre a energia final e a
energia inicial do sistema, ainda sim a energia cinética foi conservada, pois
nenhuma colisão física é perfeitamente elástica, ao ponto de que nenhuma
quantidade de energia fosse dissipada no ambiente. No entanto, pôde-se perceber
que ao tentar minimizar as forças dissipativas, isto é, quando realizou-se uma
colisão aproximadamente elástica entre os planadores, percebeu-se que de fato a
diferença entre a energia cinética final e inicial dos planadores era realmente menor
comparada à colisão inelástica, já que em colisões aproximadamente elásticas,
minimiza-se a quantidade de energia dissipada, porém, nunca será totalmente nula.
Sendo assim, pôde-se perceber que tanto a energia cinética quanto o
momento linear associado aos planadores foram conservados. No entanto, é válido
destacar que a constatação da veracidade do Princípio da Conservação de Energia
e do Princípio da Conservação do Momento Linear foram obtidos de forma indutiva,
ou seja, percebeu-se que tanto o momento linear quanto a energia do sistema
permaneceram aproximadamente constantes, mas é impossível saber se realmente
esses valores em algum momento serão de fato constantes, já que não cabe à
ciência explicar a natureza, mas apenas descrevê-la, pois a real natureza da
realidade e as verdadeiras leis que a regem são ocultas ao intelecto humano.
26

6. Referências Bibliográficas

[1] M. Gusmão, S. Seixas, H. Guerreiro, M. Brito, M. Freitas, W. Machado, W.


Castro, G. Oliveira, H. Bessa. “Manual de Física 1 UFAM” (2013).

[2] Halliday, Resnick, Walker: Fundamentos de Física. Volume 1, 7a edicão, Ed. LTC.

[3] “Sophia”. “Newton’s Pendulum”. Acesso em: 17 de maio de 2018.


Disponível em:
<https://www.sophia.org/tutorials/bill-nye-demonstation-newtons-pendulum>

[4] “Wikipedia”. “Coeficiente de Restituição”. Acesso em: 16 de maio de 2018.


Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Coeficiente_de_restitui%C3%A7%C3%A3o>

[5] “Wikipedia”. “Colisão Elástica”. Acesso em: 17 de maio de 2018.


Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Colis%C3%A3o_el%C3%A1stica>

[6] “Live Science”. “First Law of Thermodynamics”. Acesso em: 18 de maio de 2018.
Disponível em:
<https://www.livescience.com/50881-first-law-thermodynamics.html>

[7] “Khan Academy”. “Conservação do Momentum”. Acesso em: 17 de maio de 2018.


Disponível em:
<https://pt.khanacademy.org/science/physics/linear-momentum/momentum-tutorial/a/
what-is-conservation-of-momentum>

[8] “Khan Academy”. “Conservação de Energia”. Acesso em: 16 de maio de 2018.


Disponível em:
<https://pt.khanacademy.org/science/physics/work-and-energy/work-and-energy-
tutorial/a/what-is-conservation-of-energy>

Você também pode gostar