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Nome completo: Richard Anderson Alves dos Santos

Curso: Pós Graduação Aplicações Estruturais e Fundações


Área: Engenharia Nº do estudo de caso: 15

Paradoxo de Russell

1 – No ano de 1901, enquanto trabalha em seu livro Os princípios da Matemática,


Bertrand Russell descobriu um paradoxo que expunha uma falha nos fundamentos
da Teoria de Conjuntos, de Georg Cantor. Segundo a teoria de Cantor, um conjunto
pode conter outros conjuntos, inclusive ele mesmo. Isso é impossível tanto na
matemática como na engenharia pois o conjunto dos números racionais são escritos
em formas de frações, números decimais de finita ordem e dizimas periódicas. Já os
números irracionais não podem ser escritos na forma de fração em que o numerador
e o denominador sejam números pertencentes ao conjunto de números inteiros. Os
números racionais surgiram da necessidade de representar parte de um numero
inteiro. Já os números irracionais são números decimais, infinitos e não-periódicos e
não podem ser representados por meio de frações irredutíveis. Sabemos da grande
importância dos números inteiros, porem os números irracionais para a engenharia,
é muito utilizado em todo e qualquer cálculo, por exemplo: cálculo de área do círculo,
volume de aterro, calculo de fundações e estruturas. Existem muitas letras gregas
que representam valor na engenharia para cálculos específicos, e são números
irracionais, exemplo (pi, famoso número irracional é a proporção numérica definida
pela relação entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro). A gama é
imensa, e arrisco a dizer sem dúvidas, que a grande maioria dos cálculos de
engenharia se dá por números irracionais, quebrando completamente a teoria dos
conjuntos de Georg Cantor, pois um número irracional não pertence a um número
racional “é impossível que um número seja racional e irracional ao mesmo tempo”.

2 – Esse paradoxo não fica restrito somente a matemática, uma analogia bem
conhecida é a do barbeiro “ o barbeiro deverá fazer a barba daqueles que optarem
por não fazer a barba sozinhos”. Nesta afirmação surge o paradoxo, pois o barbeiro
não pode se barbear. Nesta mesma linha temos o paradoxo do mentiroso, pois, se o
homem estiver mentindo, ele está falando a verdade. Se o homem estiver falando a
verdade, então ele está mentindo. O problema aqui é da ordem do senso comum: o
que entendemos por verdade e mentira nos leva a contradições.

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