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24/08/2017

José Henrique Barbosa de Oliva Temas: Parte II


... Continuação...
jhboliva@terra.com.br Uso Gratuito de Bens Sócios Bens de Consumo Eventual

Benefício especifico em Contr Holdings

38 9.9986 7044 Isenção de Bens e Direitos Conselho de Administração

Negociação Coletiva Contratação de Estagiários

Estancias Administrativas Processo Administrativo Fiscal

Execução Fiscal Arrolamento de Bens

Cautelar Fiscal Debate

Temas: Leciona José Ricardo Ozório Jardim


NASC Parte I que não há um Planejamento

Núcleo de Ações Contextualização


Introdução e Observações
Tributário Universal, pois cada

Sociais e Contábeis Requisitos situação concreta demanda exame


Deveres e Responsabilidades
dos detalhes somente a ela peculiares.
Segurança Jurídica

José Henrique Barbosa de Oliva Temas: Parte II


Não é possível planejar sem conhecer
Subsidiária Integral Distribuição Assimétrica de Lucros
Graduação em:
Administração de Empresas
Princípio da Insignificância Dação em Pagamento as peculiaridades de cada caso
Ciências Contábeis FGTS de Diretores JCP

Direito Contrato de Mútuo Assunção do Ônus Tributário


concreto porque um dado
Pós-Graduação em: Depreciação de Bens Depreciação Acelerada de Bens
planejamento pode funcionar numa
Auditoria Desc. Financeiro e Comercial Dedução no Recebimento de Credt
Contabilidade Arrendamento Mercantil Benfeitoria em Bens de Terceiros circunstância e não em outra.
MBA em:
Direito Tributário - FVG

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Introdução e Observações Introdução e Observações


A autoridade administrativa poderá
“O sucesso é a soma de pequenos desconsiderar atos ou negócios jurídicos Sendo que o sucesso de um
esforços repetidos dia após dia“ praticados com a finalidade de dissimular a
ocorrência do fato gerador do tributo ou a estudo tributário para “a”,
natureza dos elementos constitutivos da necessariamente não será para
Americano, Robert Collier. obrigação tributária, observados os
procedimentos a serem estabelecidos em lei
“b”, não implicando garantia
ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) quanto á eficácia para todos.
Lei nº 5.172/1966 (CTN), Art. 116, Parágrafo Único

Introdução e Observações
Introdução e Observações
Se o que deseja é realmente determinar
a amplitude da liberdade de o cidadão Recomenda-se, pois ao exequente, que, antes
A redução de custos é meta de
contribuinte economizar tributos, em da decisão de aplicação prática de qualquer
verdade o que se quer saber é se a
toda empresa que ser competitiva
planejamento, desenvolva pesquisa e atente no mercado em que atua e o custo
conduta do contribuinte está permitida
ou proibida. para a correta interpretação e aplicação da tributário é um componente
legislação que permeia a atividade específica
complexo de ser administrado.
 Douglas Yamashita
empresarial.

Introdução e Observações Introdução e Observações


Evidentemente, permitido é tudo o que
é lícito e proibido é tudo o que é ilícito. O estudo apresentado, evidencia Deve ser avaliada as formas de redução legal
Logo, decisivo é o critério de licitude característica peculiar, destinado ao
do ônus tributário empresarial e de
ou ilicitude, faces da mesma moeda. debate e aperfeiçoamento de todos os
integrantes e participantes deste integrantes colaboradores, com o objetivo de
evento, considerando que toda pessoa recolher exatamente o importe devido,
J.Miguel Silva física ou jurídica possui suas
característica próprias. gerado nas operações.

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Introdução e Observações
Introdução e Observações
Introdução e Observações I - os pais, pelos tributos devidos por seus
filhos menores; São pessoalmente responsáveis pelos
Os tributos e contribuições são
II - os tutores e curadores, pelos tributos créditos correspondentes a obrigações
dedutíveis, na determinação do lucro devidos por seus tutelados ou
curatelados; tributárias resultantes de atos praticados
real, segundo o regime de competência com excesso de poderes ou infração de
III - os administradores de bens de
(Lei nº 8.981, de 1995, art. 41). terceiros, pelos tributos devidos por estes; lei, contrato social ou estatutos.

RIR/99 – Decreto 3.000/1999 - Art. 344. Lei nº 5.172/1966 (CTN), Art. 134 : I, II, III Lei nº 5.172/1966 (CTN), Artigo 135

Introdução e Observações Introdução e Observações


IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo Introdução e Observações
Não são dedutíveis como custo ou espólio; I - as pessoas referidas no artigo 134.
despesas operacionais as multas por
V - o síndico e o comissário, pelos tributos II - os mandatários, prepostos e
infrações fiscais, salvo as de natureza devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
compensatória e as impostas por infrações empregados;
de que não resultem falta ou insuficiência VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários
de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos III - os diretores, gerentes ou
de pagamento de tributo (Lei nº 8.981, de representantes de pessoas jurídicas de
praticados por eles, ou perante eles, em razão do
1995, art. 41, § 5º). seu ofício; direito privado.
RIR/99 – Decreto 3.000/1999 - Art. 344. - § 5º Lei nº 5.172/1966 (CTN), Artigo 135: I, II e III
Lei nº 5.172/1966 (CTN), Art. 134 : IV, V, VI

Introdução e Observações Introdução e Observações


Introdução e Observações Em caso de abuso da personalidade
Nos casos de impossibilidade de exigência jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade, ou pela confusão patrimonial,
do cumprimento da obrigação principal pode o juiz decidir, a requerimento da
pelo contribuinte, respondem
VII - os sócios, no caso de parte, ou do Ministério Público quando lhe
liquidação de sociedade de couber intervir no processo, que os efeitos
solidariamente com este nos atos em que de certas e determinadas relações de
pessoas. obrigações sejam estendidos aos bens
intervierem ou pelas omissões de que forem particulares dos administradores ou sócios
responsáveis: da pessoa jurídica.
Lei nº 10.406/2002, Artigo 50
Lei nº 5.172/1966 (CTN), Art. 134 Lei nº 5.172/1966 (CTN), Art. 134 : VI e Parágrafo Único

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Introdução e Observações
Execução fiscal. Sócio Gerente (Informativo STJ nº Introdução e Observações
Introdução e Observações 353 - 21/04 a 25/04)
Execução fiscal. Sócio Gerente (Informativo STJ
nº 353 - 21/04 a 25/04)
A divergência, na espécie, é no tocante à natureza
Nos casos de dissolução da pessoa da responsabilidade do sócio-gerente na hipótese de O mero inadimplemento tributário não enseja
não-recolhimento de tributos. Esclareceu o Min.
jurídica ou cassada a autorização para Relator que é pacífico, neste Superior Tribunal, o o redirecionamento da execução fiscal. Isso
seu funcionamento, ela subsistirá para entendimento acerca da responsabilidade subjetiva posto, a Seção deu provimento aos embargos.
daquele em relação aos débitos da sociedade. Precedentes citados:
os fins de liquidação, até que esta se
conclua. REsp 908.995-PR, DJ 25/3/2008, e AgRg no REsp REsp 908.995-PR, DJ 25/3/2008, e AgRg no REsp
961.846-RS, DJ 16/10/2007. EAG 494.887-RS, Rel. 961.846-RS, DJ 16/10/2007. EAG 494.887-RS, Rel.
Min. Humberto Martins, julgados em 23/4/2008 Min. Humberto Martins, julgados em 23/4/2008
Lei nº 10.406/2002, Artigo 51

Introdução e Observações
Introdução e Observações Introdução e Observações
Execução fiscal. Sócio Gerente (Informativo STJ Elisão
Súmulas do STJ demonstra: nº 353 - 21/04 a 25/04)
A elisão fiscal como sinônimo de
Súmula 430: A responsabilidade fiscal dos sócios restringe-se
planejamento tributário, recepciona-se como
à prática de atos que configurem abuso de poder
“O inadimplemento da obrigação licitude de comportamento do contribuinte
ou infração de lei, contrato social ou estatutos
tributária pela sociedade não gera, por si da sociedade (art. 135, CTN).
com o objetivo de identificar as
só, a responsabilidade solidária do sócio- consequências fiscais em face dos
gerente”. procedimentos que resultem em uma
REsp 908.995-PR, DJ 25/3/2008, e AgRg no REsp 961.846-
RS, DJ 16/10/2007. EAG 494.887-RS, Rel. Min. Humberto economia tributária dentro da estrita
Súmula nº 430 – STJ – Superior Tribunal de Justiça Martins, julgados em 23/4/2008 legalidade.

Introdução e Observações
Introdução e Observações Execução fiscal. Sócio Gerente (Informativo STJ
Súmulas do STJ demonstram: nº 353 - 21/04 a 25/04) Introdução e Observações
O sócio deve responder pelos débitos fiscais do Evasão
Súmula 435: período em que exerceu a administração da
sociedade apenas se ficar provado que agiu com A evasão fiscal consiste em praticar
"Presume-se dissolvida irregularmente a dolo ou fraude e que a sociedade, em razão de
empresa que deixar de funcionar no seu dificuldade econômica decorrente desse ato, não meios ilícitos, com vistas a
domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos pôde cumprir o débito fiscal. eliminar, reduzir ou retardar o
competentes, legitimando o redirecionamento da recolhimento do tributo ou
execução fiscal para o sócio-gerente". REsp 908.995-PR, DJ 25/3/2008, e AgRg no REsp
961.846-RS, DJ 16/10/2007. EAG 494.887-RS, Rel. contribuição, tendo em vista já
Min. Humberto Martins, julgados em 23/4/2008
Súmula nº 435 – STJ – Superior Tribunal de Justiça ocorrido o fato gerador.

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Introdução e Observações
Introdução e Observações Crime contra a ordem tributária Introdução e Observações
Evasão IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou Crime contra a ordem tributária
utilizar documento que saiba ou deva saber Simulação :
Assim a evasão fiscal corresponde a
falso ou inexato;
uma sonegação fiscal pela produção de
procedimentos ilícitos, objetivando V - negar ou deixar de fornecer, quando C.C. - Art. 167 - § 1o Haverá
comportamento para fugir, mesmo que obrigatório, nota fiscal ou documento simulação nos negócios jurídicos
total ou parcialmente ao recolhimento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou quando:
da exação. prestação de serviço, efetivamente realizada, ou
fornecê-la em desacordo com a legislação. Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 167
Lei nº 8.137/1990 – Art. 1º: IV e V

Introdução e Observações Introdução e Observações


Introdução e Observações
Evasão Crime contra a ordem tributária Crime contra a ordem tributária
Por simulação
Constitui crime contra a ordem A doutrina e a jurisprudência têm conceituado a I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a
pessoas diversas daquelas às quais realmente se
tributária suprimir ou reduzir evasão fiscal como ato praticado com violação conferem, ou transmitem;
tributo, ou contribuição social e da lei, com o intuito de não pagar tributo ou
II - contiverem declaração, confissão, condição ou
qualquer acessório, mediante contribuição ou de reduzir o seu montante. É ato cláusula não verdadeira;

as seguintes condutas: praticado com violação de lei porque é posterior III - os instrumentos particulares forem antedatados,
ou pós-datados.
à ocorrência do fato gerador do tributo.
.
Lei nº 8.137/1990 – Art. 1º - Lei nº 9.964/2000 Código Civil
Código Civil –– Lei
Lei nº
nº10.406/2002
10.406/2002 –– Art.
Art. 167
167
Hiromi Higuchi, (2009, p. 690)

Introdução e Observações
Introdução e Observações Introdução e Observações
Crime contra a ordem tributária
Crime contra a ordem tributária Crime contra a ordem tributária
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às
autoridades fazendárias; A simulação compõe-se de três elementos:
Na evasão fiscal sempre está
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo a) intencionalidade da divergência entre a
elementos inexatos, ou omitindo operação de presente a figura de:
qualquer natureza, em documento ou livro exigido vontade interna e a declarada;
pela lei fiscal;
Simulação; ou b) intuito de enganar;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura,
duplicata, nota de venda, ou qualquer outro c) conluio entre os contratantes (acordo
documento relativo à operação tributável; Dissimulação. simulatório).
Lei nº 8.137/1990 – Art. 1º: I, II, III
Código Civil – Lei nº 10.406/2002 Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 167

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Introdução e Observações
Introdução e Observações Crime contra a ordem tributária Introdução e Observações
Crime contra a ordem tributária Dissimulação
c - Homem casado, para contornar a proibição Crime contra a ordem tributária
A simulação:
legal de fazer doação à concubina, simula a Sonegação
venda a um terceiro, que transferirá o bem
E possui os seguintes propósitos: àquela; Sonegação é toda ação ou omissão
d - O pai que “vende” um apartamento a um
filho sem a permissão dos outros descendentes, dolosa tendente a impedir ou
a) enganar terceiros estranhos ao negócio
jurídico;
mas que na verdade, realiza uma doação; retardar, total ou parcialmente, o
e - O testamento, nos casos onde houver conhecimento por parte da
cláusula testamentária mencionando confissão
b) fraudar a lei. de dívida a alguém para prejudicar os autoridade fazendária:
herdeiros;
Lei nº 4.502/1964, Art. 71
. Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 167
Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 167

Introdução e Observações Introdução e Observações


Introdução e Observações Crime contra a ordem tributária Crime contra a ordem tributária
Dissimulação
Crime contra a ordem tributária Sonegação
De acordo com a profª Maria Helena Diniz, trazendo os
Dissimulação ensinamentos de Ferrara, “não há que se confundir a I - da ocorrência do fato gerador da obrigação
simulação com a dissimulação. A simulação provoca tributária principal, sua natureza ou
falsa crença num estado não real, quer enganar sobre a circunstâncias materiais;
Negócio dissimulado é aquele que existência de uma situação não verdadeira. A
dissimulação oculta ao conhecimento de outrem uma II - das condições pessoais de contribuinte,
situação existente, pretendendo, portanto, incutir no
efetivamente se quer, mas que não espírito de alguém a existência de uma situação real. Se
suscetíveis de afetar a obrigação tributária
a simulação é um fantasma, a dissimulação é uma principal ou o crédito tributário
aparece(oculto). máscara.”. correspondente.
Código Civil
Código Civil –– Lei
Lei nº
nº10.406/2002
10.406/2002 –– Art.
Art. 167
167 Lei nº 4.502/1964, Art. 71
Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 167

Introdução e Observações
Crime contra a ordem tributária Introdução e Observações
Dissimulação Introdução e Observações Crime contra a ordem tributária
Exemplos: Crime contra a ordem tributária Fraude
a - O vendedor faz constar da escritura de Descaracterização do Fato Gerador Fraude é toda ação ou omissão dolosa
compra e venda o valor de R$ 100.000,00, tendente a impedir ou retardar, total ou
quando a venda foi feita, realmente, por R$ A descaracterização do fato gerador já
parcialmente, a ocorrência do fato gerador da
200.000,00; obrigação tributária principal, ou a excluir ou
realizado, sob a condição de fraude,
b - O comerciante que, requerida a sua falência, modificar as suas características essenciais, de
emite títulos em favor de amigos com data imputa a aplicação pena legal. modo a reduzir o montante do imposto devido
anterior ao pedido para gerar créditos que lhe a evitar ou diferir o seu pagamento.
serão repassados, quando recebidos;
Lei nº 4.502/1964, Art. 72
Lei nº 4.502/1964, Art. 72
. Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 167

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Introdução e Observações Introdução e Observações


Introdução e Observações Elusão Elusão
Crime contra a ordem tributária A análise do tema sobre o prisma Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
Conluio tributário, figura no divisor entre o IV - não revestir a forma prescrita em lei;
Conluio é o ajuste doloso entre duas ou lícito e o ilícito no que tange ao Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de
mais pessoas naturais ou jurídicas, planejamento tributário, quais os limites um direito que, ao exercê-lo, excede
visando qualquer dos efeitos referidos, de sua legalidade e os julgados no manifestamente os limites impostos pelo seu
âmbito administrativo e judicial, fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
quanto a sonegação e/ou fraude, com
bons costumes.
previsão nos arts. 71 e 72. delineando acerca do limite da
legitimidade do planejamento. Afronta ao art. 166 – IV e 187 do C.C. 2002.
Lei nº 4.502/1964, Art. 73

Introdução e Observações Introdução e Observações


Crime contra a ordem tributária Elusão Ocorrência do Fato Gerador /
Nascimento da Obrigação
Licitude dos Atos
A autoridade administrativa poderá ...Em modo mais amplo, elusão tributária Tributária

Elisão Antes ou Lícitos


desconsiderar atos ou negócios jurídicos consiste em usar negócios jurídicos atípicos ou Depois
praticados com a finalidade de dissimular indiretos desprovidos de “causa” ou Evasão Antes ou Ilícitos
organizados como simulação, ou fraude à lei, Depois
a ocorrência do fato gerador do tributo ou Ocorrência do Fato Gerador / Licitude dos Atos
com a finalidade de evitar a incidência de Elusão
Nascimento da Obrigação Antes mas Lícitos, mas
a natureza dos elementos constitutivos da norma tributária impositiva, enquadrar-se
Tributária
com posterior com fraude à
obrigação tributária, observados os regime fiscalmente mais favorável ou obter
descaracteriza Lei ou abuso
ção de Direito
procedimentos a serem estabelecidos em alguma vantagem fiscal específica.
lei ordinária.
Planejamento Tributário Antes Lícitos
Gustavo Pedro de Oliveira – 2009, p. 194
Lei nº 5.172/1966 (CTN), Art. 116, Parágrafo Único – LCp nº 104/2001

Introdução e Observações Introdução e Observações


Em caso de abuso da personalidade jurídica, Elusão
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela ...Heleno Tôrres (2003, p.174) o conceitua como
uma figura no meio termo entra a evasão e
Fraude Contra Credores
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público elisão fiscal. Ocorreria nos casos em que o
quando lhe couber intervir no processo, que os contribuinte tenha praticados atos que, apesar
efeitos de certas e determinadas relações de de lícitos, são desprovidos de causas negociais Fraude à Execução Fiscal
obrigações sejam estendidos aos bens tendo sido realizados com fraude à lei ou abuso
particulares dos administradores ou sócios da de direito, nos termos do art. 166 IV e 187 do
pessoa jurídica. Código Civil.
Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 50 Afronta ao art. 166 – IV e 187 do C.C. 2002.

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Fraude à Execução Fiscal Fraude à Execução Fiscal


Fraude à Execução Fiscal Impedimento para Distribuição de Lucros
Em sede de execução fiscal, o instituto da fraude à
execução, regulado pelo artigo 185, do CTN, possui A pessoa jurídica que proceder a distribuição de Lucro
requisitos bastante diversos. Conforme dispunha
Em decisão do STJ, fixou o marco temporal da quando possui débitos está sujeita a multa de 50%
referido dispositivo, em sua redação original: aplicação do artigo 185, do CTN, em sua nova (cinqüenta por cento) do valor total do débito não
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou ou em sua antiga redação. Segundo o garantido da pessoa jurídica.
oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por STJ, deve-se levar em consideração o
A disposição legal se aplica a todas as pessoas
sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública momento da alienação/oneração. jurídicas e não há definição quando ao regime
por crédito tributário regularmente inscrito como
tributário.
dívida ativa em fase de execução.

CTN – Lei nº 5.172/1966 - art. 185 Lei Complementar nº 118/2005 Lei nº 11.051/2004, Art. 17

Fraude à Execução Fiscal Fraude à Execução Fiscal


Fraude à Execução Fiscal Impedimento para Distribuição de Lucros
Se o negócio jurídico fora praticado antes de
08.06.2005 (data em que a LC 118/2005 entrou em
Parágrafo único. O disposto neste artigo vigor), aplica-se a redação anterior do dispositivo,
Quando a empresa parcela seus débitos, estes
não se aplica na hipótese de terem sido exigindo-se a prévia citação na execução fiscal ficam com sua exigibilidade suspensa, não se
reservados pelo devedor bens ou rendas para caracterizar a fraude; se praticado após
suficientes ao total pagamento da dívida 08.06.2005, o negócio é fraudulento se realizado aplicando a multa citada acima.
após a inscrição em dívida ativa,
em fase de execução.
independentemente da existência de execução
fiscal.
CTN – Lei nº 5.172/1966 - art. 185 – Parágrafo Único Lei Complementar nº 118/2005 Lei nº 11.051/2004, Art. 17

Fraude à Execução Fiscal


Impedimento para Distribuição de Lucros
Fraude à Execução Fiscal O art. 17 da Lei 11.051/2004 dispõe que as pessoas
jurídicas, enquanto estiverem com débito, não Requisitos Mínimos para o
garantido, para com a União e suas autarquias de
Interpretando mencionado dispositivo, Previdência e Assistência Social, por falta de Planejamento Tributário
entende o STJ que não basta o recolhimento de imposto, taxa ou contribuição, no
prazo legal, não poderão:
ajuizamento da execução fiscal, devendo a) distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas;
o devedor já ter sido citado, para ou;  Nível de Controle da Organização
caracterizar a fraude à execução fiscal. b) dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios
ou quotistas, bem como a seus diretores e demais
membros de órgãos dirigentes, fiscais ou consultivos.
CTN – Lei nº 5.172/1966 - art. 185 – Parágrafo Único Lei nº 11.051/2004, Art. 17

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Nível de Controle da Organização Nível de Controle da Organização Nível de Controle da Organização

Com o objetivo de avaliar o desempenho em • Relação e informações de filiais, agências • Contratos de comodato e de arrendamento
relação à efetividade do correto ou sucursais; mercantil;
posicionamento da empresa sobre as
responsabilidades pelo recolhimento dos • Legislação em caso de subordinação a
tributos e contribuições, bem como o • Existência de contratos de mútuo;
agências reguladoras ou órgãos
atendimento às obrigações acessórias, torna-se equivalentes;
necessários apontar alguns dispositivos de • Participação no mercado em relação a
controle que lastreiam o nível de organização atividade exercida; e
empresarial, quais sejam : • Avaliação de risco de negócio e de
estratégia;

Nível de Controle da Organização Nível de Controle da Organização Nível de Controle da Organização


• Instrumentos contratuais em vigor;
• Documentação de participação em coligadas e • Analisar, anualmente, qual a melhor
controladas; forma de tributação do imposto de
• Contratos comerciais, financeiros e
operacionais; renda e da contribuição sobre o lucro,
• Comprovação de propriedade de imóveis ou calculando em que forma (real ou
• Comprovantes e atas de deliberações; de terceiros;
presumido) a empresa pagará menos
tributo, entre outros.
• Lista de atendimento às obrigações principais e • Regime de recolhimento de tributos no
acessórias; âmbito federal, estadual e municipal;

Nível de Controle da Organização Nível de Controle da Organização

• Registros fiscais;
• Documentação de participação em coligadas e
controladas; Deveres e Responsabilidades
• Organograma e descrição de cargos e salários;
• Lista ou levantamento de passivos ou despesas
• Evidencia documental da composição do ocultos;
quadro próprio de funcionários;
Dever de Diligência
• Demonstrações contábeis e financeiras de
• Segmentação das atividades desenvolvidas; períodos já encerrados e balancetes do mês;
Lei nº 6.404/1976 – Artigos 153

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Segurança jurídica:
Responsabilidades do administrador da
empresa.
O aspecto objetivo da segurança jurídica
O administrador da sociedade deverá ter, relaciona-se com a estabilidade das relações
no exercício de suas funções, o cuidado e Segurança jurídica jurídicas, por meio da proteção ao direito
a diligência que todo homem ativo e
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa
probo costuma empregar na
administração de seus próprios negócios. julgada (art. 5º, XXXVI, da CF).

Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 1.011


Lei nº 5.172/1966 (CTN), Artigo 110 Constituição Federal, Art. 5º, XXXVI

Segurança jurídica: Segurança jurídica:


Deveres e Responsabilidades

Atualmente, três princípios jurídicos estão A lei tributária não pode alterar a definição, o
Dever de Diligência conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e
associados à missão de assegurar às pessoas a formas de direito privado, utilizados, expressa
O administrador da companhia deve ou implicitamente, pela Constituição Federal,
empregar, no exercício de suas funções, o tranqüilidade necessária para conduzir a vida
pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis
cuidado e diligência que todo homem ativo e sem surpresas. Orgânicas do Distrito Federal ou dos
probo costuma empregar na administração
dos seus próprios negócios. Municípios, para definir ou limitar
competências tributárias.
Lei nº 6.404/1976 – Artigos 153 Lei nº 5.172/1966 (CTN), Artigo 110 Lei nº 5.172/1966 (CTN), Artigo 110

Segurança jurídica: PRÁTICAS DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO


Deveres e Responsabilidades
Trata-se dos princípios da boa-fé, da segurança MODALIDADES DE PLANEJAMENTO
Dever de Diligência
jurídica e da proteção à confiança. Na TRIBUTÁRIO

O administrador deve exercer as atribuições que Constituição Federal, nenhum enunciado


CIRCUNSTÂNCIS
a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins
e no interesse da companhia, satisfeitas as explicitamente os prevê; contudo, segundo
exigências do bem público e da função social da Canotilho, trata-se de derivações do princípio SITUAÇÕES
empresa.
do Estado de Direito.
DISPOSITIVOS LEGAIS
Lei nº 6.404/1976 – Artigos 154 Lei nº 5.172/1966 (CTN), Artigo 110

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Subsidiária Integral Subsidiária Integral
Modalidades de planejamento tributário As sociedades por ações são pessoas jurídicas
Em ambas as formas de constituição da subsidiária
empresárias com capital social dividido em ações, sendo
Subsidiária Integral integral é recomendável a sua formalização, sob pena
que a responsabilidade dos seus acionistas está
de incorrer na hipótese de unipessoalidade provisória
limitada ao valor total do preço de emissão das ações
prevista no artigo 206, I, “d” da Lei nº 6.404/76.
subscritas ou adquiridas por cada um.

Lei 6.404/1976, Art. 251 a 253 Lei 6.404/1976, Art. 251 a 253

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Subsidiária Integral Subsidiária Integral
Modalidades de planejamento
Outro aspecto importante é a existência de uma
A Lei 6404/76 inovou trazendo a modalidade de tributário
sociedade controladora pluripessoal como requisito
sociedade anônima unipessoal, com a base na sociedade
norte-americana chamada wholly owned subsidiary, que
significa subsidiaria integral. A sociedade anônima na
fundamental para a constituição da subsidiária integral. Distribuição
A legislação em vigor não exige o tipo societário
modalidade subsidiaria integral esta tipificada nos arts.
251 a 253 da lei de S/A (lei 6.404/76). específico para a sociedade controladora, bastando ser
Assimétrica de Lucros
uma sociedade brasileira.
Lei 6.404/1976, Art. 251 a 253 Lei 6.404/1976, Art. 251 a 253

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Subsidiária Integral Subsidiária Integral Distribuição Assimétrica de Lucros
O Art. 251 prescreve que: “A companhia pode ser Destaca-se que as subsidiárias integrais exercem Possibilidade de Distribuição Assimétrica de
relevante papel na economia, consoante ressaltado por Lucros na Sociedade Limitada
constituída, mediante escritura pública, tendo como Modesto Carvalhosa, a constituição da subsidiária
integral possibilita a racionalização das atividades Da atenta leitura do artigo 1007 do Código Civil,
único acionista sociedade brasileira.” (BRASIL,2011),
operacionais, permite a formação de projetos verifica-se a possibilidade de distribuição de
trata-se, portanto, de sociedade unipessoal, ou seja, com específicos de um determinado grupo societários, a fim lucros, na forma desproporcional aos
um único acionista. de atribuir-lhes estratégia de margens e resultados percentuais de participação dos quotistas no
próprios. capital social das sociedades limitadas:
Lei 6.404/1976, Art. 251 a 253 Lei 6.404/1976, Art. 251 a 253 Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 1.007

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Distribuição Assimétrica de Lucros
Distribuição Assimétrica de Lucros Distribuição Assimétrica de Lucros Importante destaque e atenção de artigo sobre o tema, de autoria
Possibilidade de Distribuição Assimétrica de Distribuição de Lucros da advogada processualista e tributarista Sandra Sebben BASTOS:
Lucros na Sociedade Limitada Ordem Participação no Capital Participação nos Lucro de R$ ...Continuação...
Social Lucros 100.000,00
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário,
o sócio participa dos lucros e das perdas, na (...)- Havendo no contrato social previsão para
01 20,0 % 25,0 % 25.000,00
proporção das respectivas quotas, mas deliberação dos sócios sobre a distribuição de
aquele, cuja contribuição consiste em 02 30,0 % 35,0 % 35.000,00
serviços, somente participa dos lucros na lucros, é possível fazê-lo desproporcionalmente a
03 50,0 % 40,0 % 40.000,00
proporção da média do valor das quotas. participação no capital social, haja vista a ausência
Total 100,0 % 100,0 % 100.000,00
de qualquer impedimento legal neste sentido. (...).
Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 1.007 Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 1.007

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Distribuição Assimétrica de Lucros Modalidades de planejamento tributário
Importante destaque e atenção de artigo sobre o tema, de autoria Distribuição Assimétrica de Lucros
Distribuição Assimétrica de Lucros da advogada processualista e tributarista Sandra Sebben Importante destaque e atenção de artigo sobre o tema, de autoria
BASTOS: da advogada processualista e tributarista Sandra Sebben BASTOS:
Baseado no Art. 1.007 do C.C., a possibilidade de
...Continuação...
Evidentemente, o contrato social precisa prever a
distribuição de lucros na forma desproporcional
possibilidade do sócio participar dos lucros em Conclui-se, portanto, com esse breve estudo, que não há
deve constar no instrumento contratual, qualquer impedimento legal na determinação da
percentual diferente do que lhe corresponde no capital participação nos lucros de sócio de sociedade limitada não
prevendo que tais resultados serão distribuídos social, sendo facultado à sociedade dispor no próprio correspondente à participação titularizada do capital social,
considerando disposição expressa do art. 1.007 do Código
em proporção diferente da participação instrumento contratual os critérios para determinação Civil de 2002, sendo considerada cessão de direitos para
fins fiscais, nos termos do entendimento consolidado no
societária. dos lucros ou relegar a questão para ser decidida em
Conselho de Contribuintes, com o destaque de que a prova
assembléia dos sócios ou reunião de quotistas. dessa disposição se dá por meio de Ata de Reunião de
Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 1.007 Quotistas.

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Distribuição Assimétrica de Lucros
Distribuição Assimétrica de Lucros Importante destaque e atenção de artigo sobre o tema, de autoria
Distribuição Assimétrica de Lucros
da advogada processualista e tributarista Sandra Sebben
BASTOS:
A possibilidade da distribuição desproporcional dos lucros Em nome da liberdade contratual, o consenso
Logo, um sócio quotista pode na circunstância (em relação à participação no capital social) nas sociedades entre os sócios pode conduzir à uma
limitadas é admitida, inclusive, pela Receita Federal, que
considera essa disposição como cessão de direitos entre os
conivência. A lei não veda, mas impõe que
prevista no contrato ou alteração contratual, sócios, ou seja, sem incidência do imposto de renda, pacto em separado (entre sócios) não
passível de comprovação por meio de ata de quotistas, prejudicará terceiros. No ambiente interno
por exemplo: consoante se verifica das seguintes ementas extraídas de
julgados do Conselho de Contribuintes: - (...) Cabível a entre sócios há sempre, o respeito e contemplar
distribuição de dividendos aos sócios de sociedade o affecto societatis.
limitada através de cessão de direitos formalizada na Ata
Código Civil – Lei nº 10.406/2002 – Art. 1.007 de Reunião de Quotistas. –

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Princípio da insignificância Princípio da insignificância
Serão arquivados, sem baixa na distribuição,
Princípio da mediante requerimento do Procurador da
Fazenda Nacional, os autos das execuções fiscais
Verifica-se, atualmente, que para o STJ, o valor
máximo para fins de aplicação do princípio da
insignificância de débitos inscritos como Dívida Ativa da União
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou
insignificância, no caso de crimes tributários, é o

por ela cobrados, de valor consolidado igual ou previsto no art. 20 da lei 10.522/2002, ou seja, R$
inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). 10.000,00 (dez mil reais).

Lei nº 10.522/2002, Art. 20 – redação dada pela Lei nº 11.033/2004


Portaria M.F nº 75/2012 Portaria M.F nº 75/2012 - Julgados STJ

Modalidades de planejamento tributário


Mo da lida de s de pla ne ja m e nto tributá rio
Princípio da insig nificâ ncia

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Princípio da insignificância
Princípio da insignificância
Princípio da insignificância
Com o advento da Portaria 75/2012 do Ministério da Já para o Supremo Tribunal Federal, este valor é de
A jurisprudência dos Tribunais Superiores é Fazenda, segundo a qual, em seu inciso II, do art. 1º, o
R$ 20.000,00 (vinte mil reais), considerando-se o teor
firme no sentido de que para o reconhecimento Ministro da Fazenda determinou o não ajuizamento
do crime de bagatela é necessário cumular de execuções fiscais de débitos com a Fazenda do inciso III, do art. 1º da Portaria do Ministério da
quatro requisitos: Nacional, cujo valor consolidado seja igual ou
inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), passou-se a se Fazenda nº 75/2012, a qual atualizou o limite
I) mínima ofensividade da conduta; argumentar que este seria o novo valor para que fosse
estabelecido por lei.
possível aplicar o princípio da insignificância na
hipótese de crimes tributários.
II) inexistência de periculosidade social da .

ação; Portaria M.F nº 75/2012


Portaria M.F nº 75/2012 – Julgado do STF

Modalidades de planejamento tributário


Princípio da insignificância
Modalidades de planejamento Modalidades de planejamento tributário
Princípio da insignificância O entendimento do STF, possivelmente, deverá
tributário prevalecer, considerando-se que as decisões
Princípio da insignificância O tema chegou às instâncias superiores, supracitadas demonstram que a tendência é que a

tendo o Superior Tribunal de Justiça jurisprudência dos Tribunais Superiores apliquem o


III) reduzidíssimo grau de
reprovabilidade do comportamento; princípio da insignificância jurídica nos crimes fiscais,
decidido de uma forma e o Supremo
e quando o comprometimento ao erário público, pelo não
Tribunal Federal de outra. pagamento de tributos devidos, não ultrapasse os
IV) inexpressividade da lesão limites estabelecidos pelo próprio Estado.
jurídica.
Decisões: STJ e STF Decisões dos Tribunais: STJ e STF - Portaria M.F nº 75/2012

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Modalidades de planejamento tributário


Princípio da insignificância
Modalidades de planejamento tributário
Conduta Atípica Dação em Pagamento
Modalidades de planejamento
TRF-4 equipara apropriação indébita previdenciária a tributário Extinção do Crédito Tributário
bagatela fiscal
Extinguem o crédito tributário:
Com base neste raciocínio, a 7ª Turma do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região manteve, na íntegra, VI - a conversão de depósito em renda;
sentença que absolveu a gerente de uma
microempresa do interior gaúcho, denunciada por
não recolher as contribuições previdenciárias da
Dação em Pagamento VII - o pagamento antecipado e a homologação
do lançamento nos termos do disposto no artigo
ex-empregada. Corrigida pela Justiça do Trabalho, 150 e seus §§ 1º e 4º;
a dívida teria chegado a R$ 12 mil no exercício de VIII - a consignação em pagamento, nos termos
agosto de 2008. do disposto no § 2º do artigo 164;
Decisões dos Tribunais: TRF – 4 – sede Porto Alegre
Portaria M.F nº 75/2012 CTN – Lei nº 5.172/1966 – Art. 156, - VI, VII, VIII

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Princípio da insignificância
Dação em Pagamento Dação em Pagamento
Crime de apropriação indébita previdenciária Antes do advento da L.C. 104/2001, que acrescentou a Extinção do Crédito Tributário
O crime de apropriação indébita previdenciária, dação em pagamento ao rol do artigo 156 do Código Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
atualmente, é definido no artigo 168-A do Código
Penal, in verbis: Tributário Nacional, que elenca as causas de extinção
IX - a decisão administrativa irreformável, assim
do crédito tributário, já havia na doutrina quem entendida a definitiva na órbita administrativa,
"Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
social as contribuições recolhidas dos entendesse que era possível a extinção do crédito X - a decisão judicial passada em julgado.
contribuintes, no prazo e forma legal ou
convencional: tributário mediante a entrega de bens ao Estado que não XI – a dação em pagamento em bens imóveis,
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e na forma e condições estabelecidas em
o dinheiro. lei. (Incluído pela LC nº 104, de 10.1.2001)
multa.
Art. 168 A – Código Penal CTN – Lei nº 5.172/1966 – Art. 156 CTN – Lei nº 5.172/1966 – Art. 156, IX, X e XI

Modalidades de planejamento tributário


Princípio da insignificância Modalidades de planejamento tributário
Dação em Pagamento
Crime de apropriação indébita previdenciária

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de:


Extinção do Crédito Tributário Modalidades de
I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra
Extinguem o crédito tributário:
importância destinada à previdência social que tenha sido
descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros
ou arrecadada do público;
Planejamento Tributário
I - o pagamento;
II - recolher contribuições devidas à previdência social que II - a compensação;
tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à
venda de produtos ou à prestação de serviços; III - a transação;

III - pagar benefício devido a segurado, quando as


IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
Transação
respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à
empresa pela previdência social."

Art. 168 – Código Penal CTN – Lei nº 5.172/1966 – Art. 156, - I, II, III, IV, V CTN – Lei nº 5.172/1966 – Art. 171

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Modalidades de Planejamento Tributário


Dação em Pagamento
Modalidades de Planejamento Tributário Modalidades de Planejamento Tributário
Dação em Pagamento Dação em Pagamento
Extinção do Crédito Tributário Extinção do Crédito Tributário
Extinção do Crédito Tributário
Transação: Forma de extinção do crédito Art. 4º O crédito tributário inscrito em dívida Art. 10 - Não ocorrendo o pagamento, nem a
tributário. A transação é assim conceituada ativa da União poderá ser extinto, nos termos
por Clóvis Bevilaqua: "ato jurídico, pelo do inciso XI do caput do art. 156 da Lei nº 5.172, garantia da execução de que trata o artigo 9º, a
qual as partes, fazendo-se concessões re-
de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário penhora poderá recair em qualquer bem do
cíprocas, extinguem obrigações litigiosas ou
Nacional, mediante dação em pagamento de bens
duvidosas. Pressupõe dívida ou lítigio a executado, exceto os que a lei declare absolutamente
respeito da relação jurídica".
imóveis, a critério do credor, na forma desta Lei,
desde que atendidas as seguintes condições: impenhoráveis.

CTN – Lei nº 5.172/1966 – Art. 171 Lei nº 13.259/2016 – Art. 4º Lei nº 6.830/1980 – Lei de Execuções Fiscais – Art. 10 e 11, I, II e III

Modalidades de Planejamento Tributário


Dação em Pagamento
Modalidades de Planejamento Tributário Modalidades de Planejamento Tributário
Dação em Pagamento Dação em Pagamento
Extinção do Crédito Tributário Extinção do Crédito Tributário
Extinção do Crédito Tributário
O CTN, no art. 171, acolheu o instituto da Art. 4º Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá
transação, ao dispor que a lei pode à seguinte ordem:
facultar, nas condições que estabeleça, aos I - dinheiro;
sujeitos ativo e passivo da obrigação I - a dação seja precedida de avaliação do bem
II - título da dívida pública, bem como título
tributária, celebrar transação que, mediante ou dos bens ofertados, que devem estar livres
concessão mútua, importa terminação de de crédito, que tenham cotação em bolsa;
e desembaraçados de quaisquer ônus, nos
litígio e conseqüente extinção do crédito III - pedras e metais preciosos;
termos de ato do Ministério da Fazenda; e
tributário.
CTN – Lei nº 5.172/1966 – Art. 171 Lei nº 13.259/2016 – Art. 4º, I Lei nº 6.830/1980 – Lei de Execuções Fiscais – Art. 10 e 11, I, II e III

Modalidades de Planejamento Tributário Modalidades de Planejamento Tributário


Dação em Pagamento Modalidades de Planejamento Tributário
Dação em Pagamento
Dação em Pagamento
Extinção do Crédito Tributário
Extinção do Crédito Tributário Extinção do Crédito Tributário
Art. 4º
II - a dação abranja a totalidade do crédito ou Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à
créditos que se pretende liquidar com atualização, seguinte ordem:
O art. 4º da Lei nº 13.259/2016 veio suprir esta
juros, multa e encargos legais, sem desconto de IV - imóveis;
lacuna e previu, de forma muito resumida, a qualquer natureza, assegurando-se ao devedor a V - navios e aeronaves;
forma como deve ocorrer a dação em pagamento possibilidade de complementação em dinheiro de
VI - veículos;
eventual diferença entre os valores da totalidade da
para extinção do crédito tributário. VII - móveis ou semoventes; e
dívida e o valor do bem ou dos bens ofertados em
dação. VIII - direitos e ações.

Lei nº 13.259/2016 – Art. 4º Lei nº 13.259/2016 – Art. 4º, II Lei nº 6.830/1980 – Lei de Execuções Fiscais – Art. 11, IV, V, VI, VII e
VIII

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Modalidades de Planejamento Tributário


Dação em Pagamento Modalidades de planejamento tributário
Extinção do Crédito Tributário F G T S - Diretores
Art. 24 - A Fazenda Pública poderá adjudicar os
Modalidades de planejamento
bens penhorados: É facultado às empresas a concessão e
I - antes do leilão, pelo preço da avaliação, se a
tributário extensão do regime do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço aos
execução não for embargada ou se rejeitados os
diretores não-empregados.
embargos; F G T S - Diretores
.
Lei nº 6.919/1981 – Art, 1º
Lei nº 6.830/1980 – Lei de Execuções Fiscais – Art. 24

Modalidades de Planejamento Tributário


Dação em Pagamento Modalidades de planejamento tributário
Modalidades de planejamento tributário
Extinção do Crédito Tributário F G T S - Diretores
Art. 24 - A Fazenda Pública poderá adjudicar os bens F G T S - Diretores
penhorados: As empresas sujeitas ao regime da
FGTS Diretores
... legislação trabalhista poderão estender
II - findo o leilão: a seus Diretores não-empregados o
O tratamento contemplado pela legislação
a) se não houver licitante, pelo preço da avaliação; regime do Fundo de Garantia por
tributária aos dirigentes empresariais, quando
b) havendo licitantes, com preferência, em
especifica benefícios, por vez são assimilados Tempo de Serviço - FGTS.
igualdade de condições com a melhor oferta, no
prazo de 30 (trinta) dias. como “fringe benefits”, ou seja, benefícios
. indiretos.
Lei nº 6.919/1981 – Art, 1º
Lei nº 6.830/1980 – Lei de Execuções Fiscais – Art. 24

Modalidades de Planejamento Tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Dação em Pagamento
Extinção do Crédito Tributário F G T S - Diretores F G T S - Diretores
Do exposto, conclui-se, pela Lei 6.830/80 que
trata do processo executivo fiscal e prevê em Divulgados no meio empresarial como Para os efeitos desta Lei, considera-se
seu artigo 24, a hipótese de adjudicação pela “enfeite”, ainda, como conjunto mais atraente Diretor aquele que exerça cargo de
Fazenda Pública e não faz nenhuma restrição ou pacote de remuneração que complementa administração previsto em lei, estatuto
aos bens móveis, o que reforça o o salário contratual, tidos como circunstância ou contrato social, independentemente
entendimento de que é possível a dação em motivadora e diferenciada que conquista da denominação do cargo.
pagamento para essa espécie de bem. administradores mais qualificados, também,
denominados de gerentes, sócios e diretores. .
Lei nº 6.919/1981 – Art, 2º
Lei nº 6.830/1980 – Lei de Execuções Fiscais – Art. 24

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
F G T S - Diretores
F G T S - Diretores F G T S - Diretores
Ao deixar o cargo por término do Art. 345.
mandato sem que haja reeleição ou por Caso prático pode ser evidenciado em uma
deliberação do órgão ou da autoridade Parágrafo único. A dedutibilidade prevista remuneração, denominada honorários da
competente, o Diretor poderá neste artigo abrange os depósitos efetuados diretoria ou retirada pro-labore no importe de
pela pessoa jurídica, para garantia do tempo de R$ 20.000,00 mensais para 02 (dois)
movimentar livremente a sua conta administradores, em que resulta na seguinte
vinculada. serviço de seus diretores não empregados, na
condição:
forma da Lei nº 6.919, de 2 de junho de 1981.
Lei nº 6.919/1981 – Art. 3º

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


F G T S - Diretores F G T S - Diretores F G T S - Diretores
No RIR - Regulamento do Imposto de Renda, Quando da demissão do administrador, na
prevê dedutibilidade do FGTS – diretor não- figura do diretor não-empregado, não R$ 20.000,00 x 2 x12 = R$ 480.000,00 x 8,0 %
empregado, no cálculo do Lucro Real em face configura direito ao recebimento da (percentual mensal a título de FGTS),
do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – indenização de 40,0 % relativo ao FGTS, resultando em benefício dedutível de R$
IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro conforme decisão do acórdão a seguinte 38.400,00.
Líquido – CSLL. especificado:

RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 345 – Lei nº 8.036/1990

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


F G T S - Diretores
F G T S - Diretores F G T S - Diretores
“FGTS. Diretor não empregado. 1. O diretor não
empregado, que foi destituído pelo órgão Os depósitos do FGTS, vinculados à conta
Art. 345. Os depósitos em conta vinculada competente da empresa, na forma dos estatutos gráfica da pessoa física beneficiária, o
efetuados nos termos da Lei nº 8.036, de 1990, sociais, não se equipara ao empregado
despedido sem justa causa. Não tem respaldo, administrador, quando do saque não terá
serão considerados como despesas portanto, o depósito de 40% relativo ao FGTS. 2. nenhuma incidência tributária, considerada
operacionais, observado o disposto no inciso Recurso especial não conhecido.” (Acórdão pela legislação do imposto de renda como
III do art. 392 (Lei nº 8.036, de 1990, art. 29). unânime da 3ª. Turma do STJ – Resp 19.371/SP –
Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito – rendimento isento e não tributável.
DJU-e 1 14/08/2000, pág. 163)
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 345 – Lei nº 8.036/1990

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Juros sobre o capital próprio Juros sobre o capital próprio
F G T S - Diretores No que diz respeito aos JSCP, as empresas
poderão deduzir, para efeitos de apuração do
Lucro Real e da Base de cálculo (BC) da CSLL, os
Apesar de facultativo, os JSCP
Portanto, todo o rendimento será objeto de juros pagos ou creditados, representa um rendimento extra que os
enriquecimento legal e não tributável. individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, titulares ou sócios das
acionistas, a título de remuneração do Capital
Próprio, calculados sobre as contas do empresas recebem além da participação
Patrimônio Líquido (PL) e limitados à nos lucros.
variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo
Prazo (TJLP).
Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999
Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Juros sobre o capital próprio
Modalidades de planejamento tributário Juros sobre o capital próprio Quanto aos limites de dedutibilidade,
Vale mencionar que, tal dedução é destaca-se o montante dos juros
condicionada à existência de lucros, remuneratórios do patrimônio líquido
Juros sobre o capital próprio computados antes da dedução dos juros, ou passível de dedução para efeitos de
de lucros acumulados e reservas de lucros, determinação do lucro real e da base de
JSCP ou JCP em montante igual ou superior ao valor de 2 cálculo da contribuição social limita-se ao
(duas) vezes os juros a serem pagos ou maior dos seguintes valores:
creditados.
Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999 Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Juros sobre o capital próprio Juros sobre o capital próprio
Juros sobre o capital próprio Limites – Juros sobre o Capital Próprio
A sistemática do procedimento de desembolso Os Juros remuneratórios do Capital Próprio I – 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido
a título de juros sobre o capital próprio está ou, simplesmente, JCP ou JSCP, foi criado do exercício antes da dedução desses juros; ou
condicionada que o efetivo pagamento ou pelo artigo 9º da Lei nº 9.249/1995 como forma
crédito dos juros à existência de lucros. de remuneração adicional àquela decorrente II – 50% (cinquenta por cento) do somatório
da participação nos lucros, pago aos dos lucros acumulados e reserva de lucros,
acionistas, titulares ou sócios das empresas.. sem computar o resultado do período em
curso.
Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999 Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999 Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Juros sobre o capital próprio Modalidades de planejamento tributário
Juros sobre o capital próprio Conforme disposto no artigo 668 do RIR, Juros sobre o capital próprio
Ilustrando cálculos para decisão sobre a com redação dada pela Lei nº 9.249/1995,
conveniência ou não quanto ao procedimento de artigo 9º, § 2º, no tratamento quanto ao Assim, os juros pagos a pessoa física, a
juros sobre o capital próprio, em uma empresa IRRF, os JCP sofrerão retenção de IRF pela tributação é definitiva, não se compensando
optante ou enquadrada pelo sistema do lucro
alíquota de 15% descontados dos nem se adicionando aos demais rendimentos
real, em face do imposto de renda pessoa jurídica
– IRPJ e a contribuição sobre o lucro líquido –
rendimentos pagos aos beneficiários, seja tributáveis.
CSLL, vislumbra-se as seguintes possibilidades: pessoas físicas ou pessoas jurídicas.

Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999 Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999 Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Juros sobre o capital próprio
Juros sobre o capital próprio Juros sobre o capital próprio O percentual anteriormente utilizado até 31
Salientando que quanto o beneficiário de dezembro de 2015 era de 15%. Com a
Lucros = R$ 760.000,00
pessoa jurídica, se tributada pelo lucro real, a Edição da MP 694/2015, houve a majoração
JCP = R$ 380.000,00 fonte será considerada como antecipação do do percentual de 15% para 18%. Como a
IRPJ = 15,0 % e 10,0 % de adicional sobre lucro devido ou compensada com o que houver MP694/2015 não teve ainda a sua
mensal superior a R$ 20.000,00 ou R$ retido por ocasião do pagamento ou crédito transformação em Lei, há controvérsia sobre a
240.000,00 anual. de juros, a título de remuneração do capital aplicação ou não do percentual de 18% para o
CSLL – 9,0 % próprio, a seu titular, sócios ou acionistas. ano-calendário de 2016.
Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999 Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999

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Juros sobre o capital próprio Modalidades de planejamento tributário Juros sobre o capital próprio
Com pagamento juros Sem pagamento juros Juros sobre o capital próprio Destaca-se que, pelo princípio da
Especificação
Lucro antes provisão 760.000,00. 760.000,00 No caso de tributação pelo Lucro Presumido “anualidade”, aumentos de Imposto de Renda
Provisão do JCP 380.000,00 -$- ou Arbitrado, a fonte será considerada como só passam a valer para os fatos geradores a
Lucro após provisão JCP 380.000,00 760.000,00 antecipação do devido e nos demais casos, os partir do ano posterior à sua modificação.
IRPJ 57.000,00 114.000,00 rendimentos pagos a pessoa jurídica, mesmo Essa discussão sobre a vigência da norma
Adicional do IRPJ 14.000,00 52.000,00 que isenta, ou a pessoa física, serão pode parar no Supremo Tribunal Federal
CSLL 34.200,00 68.400,00 considerados tributados exclusivamente na (STF).
IRRF sobre os JCP 57.000,00 -$- fonte.
Total dos impostos 162.200,00 234.400,00
Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999 Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999
Economia tributária 72.200,00

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Modalidades de planejamento tributário
Juros sobre o capital próprio Contrato de Mútuo
Os Bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros
Contrato de Mútuo
MEDIDA PROVISÓRIA nº 694, de 2015
de mesma espécie, qualidade e quantidade, por exemplo, o dinheiro.
O Código Civil, em seu artigo 85, traz a definição de bens fungíveis.
No contexto em análise, consiste o mútuo
Decisão:Perda de eficácia, em decorrência do Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 como operação mais comum, aquele
término do prazo para sua votação no Congresso Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma realizado entre pessoa física e pessoa jurídica,
espécie, qualidade e quantidade.
Destino Ao arquivo Quanto aos bens infungíveis, são os que não podem ser substituídos
pessoa jurídica e pessoa física, física para
Último local:12/05/2016 - Coordenação de por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. física ou de pessoa jurídica para pessoa
Arquivo São exemplos de bens infungíveis as obras de arte, bens produzidos jurídica, mediante empréstimo em moeda
em série que foram personalizados, ou objetos raros dos quais restam
Último estado:09/03/2016 um único exemplar. corrente nacional, com previsibilidade de
Art. 9º, caput, § 1º da Lei nº 9.249/1995 e; Art. 347, caput, § 1º do RIR/1999
taxa de juros e aspectos legais e tributários.
Lei nº 10.406/2002 – Novo Código Civil, Art. 586

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Modalidades de planejamento tributário
Contrato de Mútuo
Contrato de Mútuo
Modalidades de planejamento tributário Considerando que, quando da
Logo, considera-se mutuante aquele que
remuneração dos juros, constante de
empresta o bem, quem transfere a propriedade
contrato escrito de mútuo o tomador
do bem fungível. Já o mutuário é aquele que
Contrato de Mútuo recebe o bem, quem tem a obrigação de considerará despesas e estas precisam
atender aos dispositivos de necessidade à
devolver outro bem de mesma espécie,
qualidade e quantidade. atividade econômica, nos moldes da
redação do artigo 299 do RIR/99.
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 299

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Contrato de Mútuo Modalidades de planejamento tributário Contrato de Mútuo
O mútuo está disciplinado no Código Civil, Lei Contrato de Mútuo
nº 10.406/2002 no artigo 586, com a seguinte Destaca-se que a característica de um bem Art. 299. São operacionais as despesas
redação: fungível é aquele que pode ser trocado por não computadas nos custos,
outro da mesma espécie, exemplificando, necessárias à atividade da empresa e à
“Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas
dinheiro. Já o bem infungível é aquele que não manutenção da respectiva fonte
fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao
pode ser substituído por outro da mesma produtora (Lei nº 4.506, de 1964, art.
mutuante o que dele recebeu em coisa do espécie. Exemplo: Uma obra de arte exclusiva.
mesmo gênero, qualidade e quantidade.” 47).
Lei nº 10.406/2002 – Novo Código Civil, Art. 586 RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 299

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Contrato de Mútuo Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Art. 299. Contrato de Mútuo Contrato de Mútuo
§ 1º São necessárias as despesas pagas ou Verifica-se quanto a destinação do recurso.
incorridas para a realização das transações ou
operações exigidas pela atividade da empresa (Lei É comum as empresas captarem empréstimos e Todavia, os rendimentos periódicos serão
nº 4.506, de 1964, art. 47, § 1º). repassarem os mesmos recursos para empresas do submetidos à incidência do IRF por ocasião
grupo. do seu pagamento ou crédito, ressaltando que
§ 2º As despesas operacionais admitidas são as no caso da pessoa física, aplica-se o regime de
usuais ou normais no tipo de transações, Os repasses, sejam ou não dos mesmos recursos, caixa e na pessoa jurídica o regime de
operações ou atividades da empresa (Lei nº 4.506, indicam que não eram necessários para a manutenção
de 1964, art. 47, § 2º). competência.
das atividades da empresa.
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 299, Parágrafos 1º e 2º

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Contrato de Mútuo Modalidades de planejamento tributário
Contrato de Mútuo
Verifica-se quanto a destinação do recurso. Contrato de Mútuo

Leciona Hiromi Higuchi (2009, Se no repasse não forem cobradas remunerações ou Conforme o quadro a seguir, bem discrimina as
p.593), da relação do mútuo de forem cobradas com taxas de juros inferiores, os juros alíquotas de incidência do IRF sobre os
correspondentes à diferença de taxas entre a captação e
pessoa jurídica com integrantes de rendimentos de aplicações financeiras, de
a de repasse são considerados não necessários à
forma decrescente em face dos prazos de
sociedade coligada e controlada, em atividade, sendo despesas indedutíveis na apuração do
aplicações, como segue:
lucro real e da base de cálculo da CSLL.
face do RIR/99:

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Contrato de Mútuo
Contrato de Mútuo Contrato de Mútuo Aplicações financeiras - Alíquotas do IR Fonte a partir de
janeiro/2005:
A pessoa jurídica mutuante não está obrigada a
cobrar juros ou atualização monetária sobre o A tributação das receitas de juros para efeitos Ordem Alíquotas Prazos de Aplicação

dinheiro emprestado para controlada, coligada tributários, equipara-se aos rendimentos de I 22,5 % De até 180 dias

ou pessoa física que seja sócia da empresa. Se a aplicações financeiras em renda fixa, pois a II 20,0 % De 181 dias até 360 dias

mutuante não tiver despesas financeiras não há operação, fundada em contrato de mútuo
III 17,5 % De 361 dias até 720 dias
qualquer penalidade porque a figura da entre, por exemplo, pessoa jurídica – mutuária
distribuição disfarçada de lucros por empréstimo e pessoa física – mutuante, também é de forma IV 15,0 % De acima de 721 dias

de dinheiro deixou de constar do RIR/99. análoga ao de renda fixa.


Lei nº 11.033/2004

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Contrato de Mútuo
Contrato de Mútuo Contrato de Mútuo
Exemplo 1:
A prática tributária do empréstimo por Tendo em vista as possíveis alterações em Valor emprestado a pessoa jurídica: R$ 100.000,00
intermédio de contrato de mútuo, traduz forma relação à política econômica, como Prazo: 90 dias
em que os juros não devem incorporar na conta
reguladora de liquidez do mercado, Alíquota: 0, 0041%
contábil denominada, conta de mútuo, para Cálculo do IOF: R$ 100.000,00 (x) 90 (x) 0, 0041% = R$
serem agregados ao valor principal,
acompanhamento sistemático deve
369,00
caracterizando como crédito em favor do norteado sobre a incidência, base de Adicional = 100.000,00 (x) 0,38% = R$ 380,00
mutuante. cálculo e alíquotas do IOF.
Total do imposto = R$ 369,00 + R$ 380,00 = R$ 749,00

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Contrato de Mútuo
Contrato de Mútuo Contrato de Mútuo
Contrato de mútuo especificando empréstimo com prazo
indeterminado de pagamento.
Isto é, a capitalização significa auferir
receitas, logo tributáveis, conquanto que As pessoas jurídicas, em relação a Dia Mútuo Quitação Saldo Dias % Cálculo IOF

Devedor

a efetivação em conta de juros incorridos percepção de rendimentos inerentes aos Diário

em contrapartida de juros a pagar contratos de mútuos, devem observar as 01 1.000,00 1.000,00 4 0,0041 R$ 1.000,00x4x0,0041=R$ 0,16

transfere-se a incidência para a época da disciplinas utilizadas, equiparadas as 05 500,00 500,00 1 0,0041 R$ 500,00x1x0,0041=R$ 0,02

quitação do empréstimo. aplicações financeiras efetuadas em 06 2.000,00 2500,00 4 0,0041 R$ 2.500,00x4x00,41=R$ 1,54

instituições financeiras. 10 5.000,00 7.500,00 5 0,0041 R$ 7.500,00x5x0,0041=R$ 1,54

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário
Contrato de Mútuo Contrato de Mútuo
Contrato de Mútuo
Incidência de IOF nos contratos de mútuo
Exemplo 1: A cada caso concreto deve-se verificar
O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Contrato de mútuo especificando empréstimo com sobre a conveniência ou não da prática do
Seguro ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários prazo determinado de pagamento. empréstimo, sob a égide de contrato de
– IOF, em relação às operações financeiras feitas a Valor emprestado a pessoa jurídica: R$ 100.000,00 mútuo, visto tratar-se de economia
partir de 03.01.2008, várias alterações foram Prazo: 90 dias financeira e tributária, conforme o tipo de
efetivadas, consoante regras do IOF previstas em
Decretos.
Alíquota: 0, 0041% operação e atividade econômica
desenvolvida pelas empresas e o caso da
Adicional = 0,38% condição da pessoa física.
Decretos nºs: 6.339/2008 e 6.345/2008

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Contrato de Mútuo Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Assunção do ônus Tributário
Incidência de IOF nos contratos de mútuo – Empresas Contrato de Mútuo
do Simples O trato ou contrato na efetivação
Para usufruir do benefício fiscal de negocial, por vezes, sem a postura correta
Nos casos das empresas enquadradas como pessoa redução das alíquotas do IOF, salienta-se de firmar acordo, tendo em vista que é
jurídica sujeita ao regime tributário, disciplinado pela
Lei Complementar nº 123/2006 – Simples Nacional, nas
da necessidade de declaração específica costume a contratação, quando da parte
operações de crédito, cujo valor seja igual ou inferior ao a ser apresentada à Instituição financeira, necessita da inclusão dos
importe de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), a alíquota Financeira mutuaria, conforme artigo 47 impostos no preço contratado.
praticados configura como de 0,00137%.
do RIOF.

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Assunção do ônus Tributário
Contrato de Mútuo
Modalidades de planejamento tributário
Incidência de IOF nos contratos de mútuo – Empresas
do Simples
Assim sendo, muitos contratos na maioria
verbais, não contemplam, inicialmente,
Em um caso sobre a performance somatória dos saldos
Assunção do ônus cláusula em relação ao preço e o negócio
fica prejudicado, por exigência do
devedores ou de 0,00137% ao dia conforme o caso
concreto, baseia-se nos termos do Regulamento do Tributário fornecedor (P.F ou P.J.), em receber o valor
IOF, Decreto nº4.494/2002, com as alterações dos
Decretos nº 5.172/2004 e 6.306/2007. referente ao contrato, líquido dos
impostos.

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Contrato de Mútuo Assunção do ônus Tributário Assunção do ônus Tributário
Delineia que nas operações, quando se tratar de
mutuário pessoa jurídica optante pelo Sistema No caso em apreço torna-se importante
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições Algumas negociações entre empresas observar quanto ao “Pacta sunt
das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - e pessoas físicas ou até entre servanda”, brocardo latino que significa
Simples, de que trata a Lei n º 9.317, de 5 de dezembro
de 1996, em que o valor seja igual ou inferior a R$ empresas contratantes e empresas "os pactos devem ser respeitados" ou
30.000,00 (trinta mil reais), observa-se e aplica o contratadas, operam-se a figura de mesmo "os acordos devem ser
percentual reduzido de 0,00137% ao dia, conforme o cumpridos". É um princípio base do
caso; preço líquido dos tributos e
contribuições. Direito Civil e do Direito Internacional.
Decreto nº 4.494/2002, alterado pelo Decretos nºs 5.172/2004 e 6.306/2007

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Assunção do ônus Tributário
Assunção do ônus Tributário Modalidades de planejamento tributário Art. 957. :
Assunção do ônus Tributário I - de setenta e cinco por cento nos casos de falta de
No seu sentido mais comum, o pagamento ou recolhimento, pagamento ou
recolhimento após o vencimento do prazo, sem o
princípio pacta sunt servanda refere-se "Art. 722. A fonte pagadora fica acréscimo de multa moratória, de falta de declaração e
aos contratos privados, enfatizando nos de declaração inexata, excetuada a hipótese do
obrigada ao recolhimento do inciso seguinte;
que as cláusulas e pactos, ali contidos imposto, ainda que não o tenha II - de cento e cinqüenta por cento, nos casos de
representam direito entre as partes, e o retido (Decreto-Lei nº 5.844, de evidente intuito de fraude, definido nos arts. 71, 72 e
não-cumprimento das respectivas 73 da Lei nº 4.502, de 1964, independentemente de
1943, art. 103). outras penalidades administrativas ou criminais
obrigações implica a quebra do que foi cabíveis.
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 722
pactuado. RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 957

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Modalidades de planejamento tributário Assunção do ônus Tributário Modalidades de planejamento tributário
Assunção do ônus Tributário Assunção do ônus Tributário
"Art. 722.
Art. 957.
Esse princípio geral no procedimento
Parágrafo único. No caso deste artigo, quando Parágrafo único. As multas de que trata este
adequado da práxis comercial — e que implica artigo serão exigidas (Lei nº 9.430, de 1996, art.
se tratar de imposto devido como antecipação e a
o princípio da boa-fé — é um requisito para a fonte pagadora comprovar que o beneficiário já
44, § 1º):
eficácia de todo o sistema, de modo que uma incluiu o rendimento em sua declaração, aplicar- I - juntamente com o imposto, quando não
eventual desordem, seja às vezes punida pelo houver sido anteriormente pago;
se-á a penalidade prevista no art. 957, além dos
direito de alguns sistemas jurídicos, mesmo juros de mora pelo atraso, calculados sobre o
II - isoladamente, quando o imposto houver
sido pago após o vencimento do prazo
sem quaisquer danos diretos causados por valor do imposto que deveria ter sido retido, sem previsto, mas sem o acréscimo de multa de
qualquer das partes. obrigatoriedade de recolhimento deste." mora;
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 722 RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 957

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Assunção do ônus Tributário
Assunção do ônus Tributário Art. 957.
Assunção do ônus Tributário
III - isoladamente, no caso de pessoa física
DECRETO 3.000/1999: sujeita ao pagamento mensal do imposto na
Na forma preconizada, a fonte pagadora fica Art. 957. Nos casos de forma do art. 106 (RMO – Carnê-Leão), que
deixar de fazê-lo, ainda que não tenha apurado
obrigada ao recolhimento do Imposto de lançamento de ofício, serão imposto a pagar na declaração de ajuste;
Renda incidente na fonte, ainda que não o aplicadas as seguintes multas, IV - isoladamente, no caso de pessoa jurídica
calculadas sobre a totalidade ou sujeita ao pagamento do imposto, na forma do
tenha retido, conforme a seguir delineado: diferença de imposto (Lei nº art. 222 (IRPJ), que deixar de fazê-lo, ainda que
9.430, de 1996, art. 44): tenha apurado prejuízo fiscal, no ano-
calendário correspondente.
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 957 RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 957
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 722

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Assunção do ônus Tributário Assunção do ônus Tributário Modalidades de planejamento tributário
O rendimento pago ou creditado é considerado Assunção do ônus Tributário
líquido para com o beneficiário, nos casos abaixo No estudo em tela, deve-se equacionar para
especificados: quando a fonte pagadora assumir o ônus do Tratando-se de rendimentos sujeitos à tabela
I - por acordo entre as partes, em que fique imposto devido pelo beneficiário, o valor progressiva, o reajustamento do rendimento bruto
convencionado que o valor do rendimento quitado, creditado, empregado, remetido ou pode ser feito mediante utilização da seguinte
contratado é livre do Imposto de Renda; entregue será considerado líquido, cabendo o fórmula:
II - por não efetuar o desconto do imposto, nos reajustamento do respectivo rendimento bruto,
casos em que a lei prevê, no momento do sobre o qual recairá o imposto. RR = {(RP-PD)/[1-(T/100)]}
pagamento do rendimento; e ainda:
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 957 RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 725

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Modalidades de planejamento tributário
Modalidades de planejamento tributário Assunção do ônus Tributário
Assunção do ônus Tributário
Assunção do ônus Tributário Tabelas de incidência mensal - A partir do mês de abril do ano- RR = {(RP-PD)/[1-(T/100)]}
III - por imposição da lei, nos casos em que calendário de 2015:
Onde:
o rendimento pago é considerado líquido Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF RR: Rendimento Reajustado;
(R$)
do imposto, para: RP: Rendimento pago (referente à BC antes do
Até 1.903,98 - - reajustamento);
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 PD: Parcela a deduzir do imposto correspondente à faixa da
a) pagamentos efetuados a beneficiários De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
BC a que pertencer o RP, de acordo com a tabela
progressiva;
não identificados; De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 T: Alíquota da classe de rendimentos a que pertence o RP,
de acordo com a tabela progressiva vigente por ocasião do
Acima de 4.664,68 27,5 869,36 pagamento dos rendimentos.
Lei nº 8.981/1995, art. 61, § 3º
Dependentes : 189,59

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Assunção do ônus Tributário
Modalidades de planejamento tributário Tabela de contribuição mensal – INSS
Modalidades de planejamento tributário
Assunção do ônus Tributário
Assunção do ônus Tributário Tabela de contribuição dos segurados empregado, Exemplo 1:
b) pagamentos efetuados ou recursos entregues a empregado doméstico e trabalhador avulso, para
terceiros ou titular, contabilizados ou não, quando pagamento de remuneração em 2017.
Apresentando um raciocínio desenvolvido, conforme
não for comprovada a operação ou a sua causa; Salário de Contribuição (R$) Alíquota (%) aplicação da tabela progressiva em apreço, em relação a um
c) vantagens indiretas (fringe benefits) pagas a beneficiário pessoa física, inerente rendimentos sob a égide
diretores, administradores, gerentes ou aos seus até 1.659,38 8 do código de recolhimento 0561 da RFB, no valor de R$
5.000,00, percebidos em junho de 2017, e que a fonte
assessores, quando os beneficiários não forem de 1.659,39 até 2.765,66
identificados e essas vantagens não forem 9 pagadora não procedeu a retenção do imposto de renda na
fonte.
adicionadas aos respectivos salários. de 2.765,67 até 5.531,31 11 .
Lei nº 8.981/1995, art. 61, §§ 1º e 3º

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Assunção do ônus Tributário Assunção do ônus Tributário
Assunção do ônus Tributário
Exemplo 1: Exemplo 2: Cálculo do Imposto a Recolher
Utilizando-se a fórmula
Tendo em vista a omissão em relação ao Beneficiário pessoa física, inerente rendimentos sob I = (RR x A) – D, onde:
procedimento de retenção, procede-se ao a égide do código de recolhimento 0561 da RFB, no RR = R$ 7.355,32
valor de R$ 7.000,00, percebidos em junho de 2017,
reajustamento da base de cálculo para e que a fonte pagadora não procedeu a retenção do
apuração do imposto a ser recolhido. = (R$ 7.355,32 x 27,5%) – R$ 869,36 =
imposto de renda na fonte e também o valor
relativo à Previdência Social. R$ 1.153,35
Imposto a Recolher = R$ 1.153,35

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Assunção do ônus Tributário
Assunção do ônus Tributário Modalidades de planejamento tributário
Tendo em vista a omissão em relação ao procedimento de Assunção do ônus Tributário
RP = R$ 5.000,00
retenção e o da Previdência Social, procede-se ao Resumo dos Cálculos
PD = R$ 869,36 RR = {(RP-PD)/[1-(T/100)]}
reajustamento da base de cálculo para apuração do
T = 27,5% imposto e da contribuição a serem recolhidos.
Base de Cálculo 7.355,32
Valor em Reais
Da fórmula delineada, mediante cálculos, apura-se o seguinte: Rubrica ( - ) IRF a recolher 1.153,35
RR= {(5.000,00 – 869,36) / [1-(27,5/100)]} Rendimentos 7.000,00 BC. antes Reajustamento 6.201,97
( - ) Valor contribuição ao INSS
608,44 + Vr. Ref. INSS 608,44
Aplicando a fórmula temos: = Soma
6.391,56 + Vr. Dedução Dependente 189,59
RR = {(R$ 5.000 - R$ 869,36) / [1-(27,50 / 100)]} ( - ) Encargo Família / Dependente
189,59
==> RR = R$ 4.130,64 / 0,725 ==> RR = R$ = Vr. Quitação Rendimentos 7.000,00
5,697,43 = Soma 6.201,97

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Assunção do ônus Tributário Tendo em vista a omissão em relação ao procedimento de retenção e o da Previdência
Assunção do ônus Tributário
Social, procede-se ao reajustamento da base de cálculo para apuração do imposto e Resumo dos Cálculos
Rendimento Líquido da contribuição a serem recolhidos.
4.494,36
Especificação da s/Assunção do Ônus Quanto ao valor da assunção do ônus Tributário,
Valores em Reais Assim deverão ser observados os seguintes procedimentos:
Rubrica
(=) Base de cálculo do I – Cálculo do Rendimento Reajustado partindo do valor em R$ 7.000,00, sem contemplar
imposto
5.000,00 RR = BC – D , onde: nenhuma dedução, alterado fica da seguinte forma:
. 27,5% sobre R$ 5.000,00 de
1– T
Rendimento 1.375,00 100
5.697,43 B.C.
bruto reajustado (R$ 7.000,00 – PD – R$ 869,36) / 0,725 = R$ 6.130,64 /
(-) Parcela deduzir da tabela 869,36 BC = R$ 6.201,97 0,725
(-) Rendimento D = R$ 869,36
5.000,00
líquido pago (=) Imposto de Renda na T = 27,5% = R$ 8.456,05
505,64
Fonte RR = R$ 6.201,97 – R$ 869,36 = R$ 5.332,61 = R$ 7.355,32
(=) Imposto de Vr. Líquido a pagar 4.494,36
– 27,5 0,725 = R$ 8,456,05 x 27,5 % - R$ 869,36 = IRF devido de
697,43 100
Renda na Fonte R$ 1.456,05
Economia Tributária 1.203,07 / 26,77 %

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Modalidades de planejamento tributário


Assunção do ônus Tributário RP = R$ 10.000,00

Evidenciação Analítica da posição financeira:


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T = 6,15%
Base de Cálculo 7.355,32 B.C. com Assunção 8.456,05
( - ) IRF a recolher 1.153,35 ( - ) IRF a recolher 1.456,05 RR = 10.000,00
BC. antes Reajustamento 6.201,97 Vr. Líquido a pagar 7.000,00 1 - 6,15
+ Vr. Ref. INSS
+ Vr. Dedução Dependente
608,44
189,59
100
Depreciação de Bens
= Vr. Quitação Rendimentos 7.000,00 RR = 10.000,00
0,9385
RR = 10.655,30
.

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Assunção do ônus Tributário Assunção do ônus Tributário Depreciação de Bens
Exemplo 3:
Decompondo:
No caso de alíquota fixa em face de recebimento por
beneficiário pessoa jurídica, mesmo que tratando de tributos Especificação das Rubricas Valores em Reais A classificação no ativo imobilizado, exceto
e contribuição, processa-se o cálculo da seguinte forma: Valor da prestação de serviço - Basereajustada 10.655,30 bens de pequeno valor, trata-se de
RR = RP
(-) CSLL 106,55 investimento pelo desembolso, considerado
1-T
(-) PIS 69,26 uma aplicação de capital em bens de
(-) COFINS 319,66
100 característica permanente, ou seja, com vida
(-) IRRF 159,83
Siglas e significados: útil superior a um ano, que proporcionarão
= Soma dos descontos 655,30
RR = rendimento reajustado; RP = rendimento
pago; = Valor líquido da prestação de serviços 10.000,00 benefícios econômicos futuros.
T = alíquota aplicável.

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Assunção do ônus Tributário Depreciação de Bens
Uma empresa contrata com outra pessoa jurídica, prestação
Assunção do ônus Tributário
de serviços e o recebimento na forma de rendimento líquido, O beneficiário do rendimento, de acordo
dos serviços profissionais, no mês de junho de 2016, no valor Ao tratar do tema de depreciação de bens,
de 10.000,00, com as seguintes incidências: com os exemplos especificados, deverá faz-se necessária a interpretação do artigo
incluir em sua declaração o rendimento 179, inciso IV, da Lei nº 6.404/1976, com
1,0 % - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;
0,65 % - Programa de Integração Social – PIS;
pelo seu valor reajustado, podendo nova redação estipulada pela Lei nº
3,0 % - Contribuição para Financiamento da Seguridade compensar o Imposto de Renda, cujo ônus 11.638/2007, especificando sobre a
Social – COFINS foi assumido pelo contratante, mediante a
4,65 % = Soma
classificados de bens como ativo
1,5 % - Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF ou
entrega pela fonte pagadora do imobilizado:
simplesmente IRF. comprovante de rendimentos pagos ou
6,15 % = Total da retenção creditados com retenção na fonte. Lei nº 6.404/1976, art. 179 – Lei nº 11.638/2007

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Depreciação de Bens Depreciação de Bens Depreciação de Bens
IV – no ativo imobilizado: os direitos que Claro que a avaliação de imobilizar ou não o
tenham por objeto bens corpóreos bem corpóreo na escrituração contábil vai Define a vida útil para fins contábeis como,
destinados à manutenção das atividades da depender de caso-a-caso, pois algumas sendo o período de tempo durante o qual a
companhia ou da empresa ou exercidos com empresas possuem em sua atividade entidade espera utilizar o ativo; ou o número
essa finalidade, inclusive os decorrentes de empresarial, aquisições de produtos, de unidades de produção ou de unidades
operações que transfiram à companhia os denominados bens corpóreos de valor elevado semelhantes que a entidade espera obter pela
benefícios, riscos e controle desses bens; que não se caracterizam como imobilizado, em utilização do ativo, conforme o aspecto a
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) face da utilização por menos de um ano de vida seguir:
útil presumida.
Lei nº Lei nº 11.638/2007

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Depreciação de Bens Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Lei nº 6.404, de 1976, a contabilidade estabeleceu um
Logo, todos os bens corpóreos novo tratamento para a depreciação com base em sua
Objetivando interpretar o contexto inerente as necessários à manutenção da "vida útil econômica estimada".
depreciações, salienta-se sobre bens de atividade econômica são
pequeno valor, que ao classificar como custo Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão
ou despesas, deverá a administração definir de depreciáveis, consoante taxas avaliados segundo os seguintes critérios:

acordo com a característica do dispêndio, sua específicas para cada tipo de ativo § 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente,
função na organização e atividade empresarial, imobilizado. análise sobre a recuperação dos valores registrados no
nos termos do RIR/99: imobilizado e no intangível: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Depreciação de Bens
Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Na Instrução Normativa SRF nº 162/1998,
Art. 301. O custo de aquisição de bens do ativo no anexo I e II, fixa para os efeitos fiscais,
permanente não poderá ser deduzido como Com a introdução do § 3º no art. 183 da Lei nº
despesa operacional, salvo se o bem adquirido
taxa de depreciação, objetivando a
6.404, de 1976, a contabilidade estabeleceu um escrituração da pessoa jurídica como
tiver valor unitário não superior, assim
novo tratamento para a depreciação com base
considerados, aqueles cujo valor unitário seja igual custo ou despesa operacional, em relação
em sua "vida útil econômica estimada". O
ou inferior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais), ao tempo de vida útil, conforme a seguir
adquiridos a partir de 01 de janeiro de 2015, ou Pronunciamento Técnico nº 27, emitido pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),
especificados, entre outros, conforme
prazo de vida útil que não ultrapasse um ano. quadro a seguir:
que trata do ativo imobilizado.
Instrução Normativa SRF nº 162/1998
Regulamento do Imposto de renda – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 301

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Depreciação de Bens Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Quadro – Especificação das taxas de depreciação Art. 305. - § 1º A depreciação será deduzida pelo Para fins da escrituração contábil, inclusive da
Ordem Tipo do Bem Patrimonial Vida útil Fiscal contribuinte que suportar o encargo econômico do aplicação do disposto no § 2o do art. 177 da Lei no 6.404,
Taxa Anual
Veículos de passageiros
desgaste ou obsolescência, de acordo com as condições de 15 de dezembro de 1976, os registros contábeis que
01 5 anos 20,0% de propriedade, posse ou uso do bem (Lei nº 4.506, de forem necessários para a observância das disposições
02 Veículos de transporte
4 anos 25,0% 1964, art. 57, § 7º). tributárias relativos à determinação da base de cálculo
03 Móveis e Utensílios
10 anos 10,0% do imposto de renda e, também, dos demais tributos,
Instalações § 2º A quota de depreciação é dedutível a partir da quando não devam, por sua natureza fiscal, constar da
04 10 anos 10,0% escrituração contábil, ou forem diferentes dos
época em que o bem é instalado, posto em serviço ou
05 Máquinas e Equipamentos
10 anos 10,0% em condições de produzir (Lei nº 4.506, de 1964, art. 57, lançamentos dessa escrituração, serão efetuados
Benfeitorias em Imóveis exclusivamente em:
06 25 anos 4,0% § 8º).
07 Edifícios
25 anos 4,0% RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 305 – Parágrafos 1º e 2º Lei nº 11.941/2009 – Art. 39 – Decreto-Lei nº 1.598/1977, Art. 8º, § 8º - I, II
Instrução Normativa SRF nº 162/1998

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Depreciação de Bens Modalidades de planejamento tributário Depreciação de Bens
No parágrafo 1º do artigo 301 do RIR, Depreciação de Bens
... serão efetuados exclusivamente em:
referenda que nas aquisições de bens, cujo
A Lei nº 12.973/2014, estabeleceu o fim do I – livros ou registros contábeis auxiliares; ou
valor unitário esteja dentro do limite, igual ou
Regime Tributário de Transição (RTT), que, ao II – livros fiscais, inclusive no livro de que trata o inciso
inferior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais), I do caput deste artigo.
adquiridos a partir de 01 de janeiro de 2015, a longo de mais de 6 anos, fez a "ligação" entre o
lucro contábil e o lucro fiscal naturalmente, sem § 3o O disposto no § 2o deste artigo será disciplinado
exceção contida no mesmo não contempla a pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
hipótese onde a atividade exercida exija negligenciar o Livro de Apuração do Lucro Real
utilização de um conjunto desses bens. (Lalur), que continuou a ser utilizado.

RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 301 Lei nº 12.973/2014 Lei nº 11.941/2009 – Art. 39 – Decreto-Lei nº 1.598/1977, Art. 8º, § 8º - I, II

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Depreciação de Bens Modalidades de planejamento tributário
Depreciação de Bens
Quanto à dedutibilidade das quotas de depreciação de Depreciação de Bens
O art. 40 da Lei nº 12.973/2014, com o objetivo de
bens do ativo imobilizado, a que atentar para o O ajuste instituído, ressalta que na ocorrência de
eliminar da legislação tributária regras sobre disposições da lei tributária que utilizem métodos ou
disposto no artigo 305 do RIR:
contabilização dos encargos de depreciação, critérios contábeis dos diferentes daqueles previstos na
Art. 305. Poderá ser computada, como custo ou especifica: Lei nº 6.404/1976, com alterações da Lei nº 11.638/2007
encargo, em cada período de apuração, a e dos da Lei nº 11.941/2009 e normas elencadas pela
importância correspondente à diminuição do § 1º A quota de depreciação dedutível na apuração Comissão de Valores Mobiliários – CVM e demais
valor dos bens do ativo resultante do desgaste do imposto será determinada mediante a aplicação órgãos reguladores, a pessoa jurídica sujeita ao Regime
pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal da taxa anual de depreciação sobre o custo de Tributário de Transição – RTT, deverá utilizar métodos
(Lei nº 4.506, de 1964, art. 57). aquisição do ativo. e critérios definidos pela Lei 6.404/1976, para apurar o
IRPJ e a CSLL:
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – Art. 305 Lei nº 12.973/2014, Art. 40

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Depreciação de Bens Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Parecer Normativo nº 1, de 29 de julho de 2011
Realizar ajustes específicos ao lucro líquido do No entanto, a partir do período em que a Quesito nº 30 – Continuação –
período, apurado, no Livro de Apuração do depreciação contábil mais a fiscal atingir 100%
Lucro Real, que revertam o efeito da utilização do bem, a depreciação registrada contabilmente A empresa considerou em sua escrituração comercial
de métodos e critérios contábeis diferentes passará a ser adicionada no Lalur, para fins da uma taxa de depreciação no período de 6% (seis por
cento) e valor residual de R$ 2.000,00 (dois mil reais), e
daqueles da legislação tributária, baseada nos apuração do lucro tributável. segundo a Instrução Normativa SRF nº 162, de 1998, a
critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro taxa de depreciação estabelecida é de 10% (dez por
de 2007. cento).
Parecer Normativo nº 1/2011 – I.N. nº 162/1998

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Depreciação de Bens Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Observa-se que o RTT, também definido como Assimilando o teor do Parecer Parecer Normativo nº 1, de 29 de julho de 2011
Regime de Neutralização Tributária, possibilita Normativo nº 1, de 29 de julho de 2011,
que as empresas mantenham a carga tributária Quesito nº 30 – Continuação - A despesa de depreciação
publicado no DOU em 09 de agosto de registrada na contabilidade comercial no período é de
já sedimentada, conforme legislação própria
até 31 de dezembro de 2007, e que todas as
2011, exemplifica no quesito nº 30, R$ 1.200,00 (20.000,00 x 6%), enquanto que para fins
fiscais a despesa de depreciação seria de R$ 2.500,00
modificações implementadas pelos novos mediante uma ilustração com o (25.000,00 x 10%). Portanto, o ajuste a ser efetuado é de
critérios contábeis não influenciarão os raciocínio a seguir: R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais). O grifo não é do
resultados. original.

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Depreciação de Bens Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Resumidamente, se a depreciação registrada Parecer Normativo nº 1, de 29 de julho de 2011 Parecer Normativo nº 1, de 29 de julho de 2011
pela contabilidade for menor do que aquela
Quesito nº 30. É importante notar que a diferença do Quesito nº 32.1 - De todo o exposto, conclui-se que:
imposta pelo Fisco, a empresa poderá excluir a As diferenças no cálculo da depreciação de bens do ativo
encargo de depreciação a ser ajustado via FCONT terá
diferença (entre a contábil e a fiscal) no Lalur. como base o valor do ativo calculado com base nos imobilizado decorrentes do disposto no § 3º do art. 183 da Lei
Deste modo, ela estará atendendo às novas nº 6.404, de 1976, com as alterações introduzidas pela Lei nº
critérios contábeis vigentes em 2007. Por exemplo, 11.638, de 2007, e pela Lei nº 11.941, de 2009, não terão efeitos
normas contábeis e não será prejudicada do analise-se o caso de uma máquina adquirida pela para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da
ponto de vista fiscal, pois o aproveitamento da empresa cujo valor registrado na contabilidade CSLL da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser
comercial é de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), e considerados, para fins tributários, os métodos e critérios
depreciação se dará parte via contabilidade, contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.
seu valor constante no Fcont é de R$ 25.000,00 (vinte e
parte via Lalur.
cinco mil reais).

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Modalidades de planejamento tributário Depreciação de Bens Modalidades de planejamento tributário
Depreciação de Bens
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 31/12/201x
Parecer Normativo nº 1, de 29 de julho de 2011 Receita Operacional Bruta R$ 3.200.000,00
(-) Deduções da Receita Bruta -R$ 520.000,00
Quesito nº 32.1 - De todo o exposto, conclui-se que: (=) Receita Operacional Líquida R$ 2.680.000,00
32.2. O contribuinte deverá efetuar o ajuste dessas (-) Custo das Vendas
(=) Resultado Operacional Bruto
-R$ 1.500.000,00
R$ 1.180.000,00
Depreciação de Bens
diferenças no FCONT e, consequentemente, proceder (-) Despesas Operacionais -R$ 180.000,00
ao ajuste específico no LALUR, para considerar o
valor do encargo de depreciação correspondente à
(-) Despesa com Depreciação
(-) Despesas Financeiras Líquidas
-R$ 150.000,00
-R$ 90.000,00
Depreciação Acelerada
diferença entre o encargo de depreciação apurado (-) Despesas Comerciais -R$ 50.000,00
considerando a legislação tributária e o valor do (=) Resultado Operacional Antes da CSLL R$ 710.000,00
(-) Provisão para CSLL -R$ 50.400,00
encargo de depreciação registrado em sua (=) Resultado Operacional Antes do IR R$ 659.600,00
contabilidade comercial. (-) Provisão para IR -R$ 116.000,00
(=) Resultado Líquido do Exercício R$ 543.600,00

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Depreciação de Bens
Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Há duas espécies de depreciação acelerada
Ressalta-se que empresa com pequeno
LIVRO DE APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 1) Reconhecida e registrada contabilmente,
resultado positivo ou negativo, qual seja, com RESULTADO DO PERÍODO R$ 710.000,00
(+)Adições R$ 0,00 relativa à diminuição acelerada do valor dos
baixa lucratividade, sanzonal ou não, desejará (-)Exclusões -R$ 150.000,00
Despesa com Depreciação R$ 150.000,00 bens móveis, resultante do desgaste pelo uso
avaliar quanto aos lançamentos dos encargos BASE DE CÁLCULO PARA CSLL R$ 560.000,00
(=) PROVISÃO CSLL R$ 50.400,00 em regime de operação superior ao normal,
de depreciação, diluídos com prazo maior,
calculada com base no número de horas
visando reduzir o prejuízo que por LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL
RESULTADO DO PERÍODO R$ 659.600,000 diárias de operação, e para a qual a legislação
conseqüência exaure o patrimônio líquido, (+)Adições R$ 50.400,00
Provisão CSLL R$ 50.400,00 fiscal, igualmente, acata a sua dedutibilidade.
causando problemas de análise de (-)Exclusões -R$ 150.000,00
Despesa com Depreciação R$ 150.000,00 .
demonstrações contábeis e financeiras. LUCRO REAL R$ 560.000,00 RIR – Decreto nº 3.000/1999 – art. 312
(=) PROVISÃO IRPJ (R$ 84.000,00 + R$ 32.000,00) R$ 116.000,00

Modalidades de planejamento tributário


Depreciação de Bens Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Exemplo: Situação hipotética Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Depreciação Tratamento no Lalur Depreciação
Veículos Depreciação fiscal
contábil Exclusão Adição Acumulada

2011 R$ 150.000,00
R$ 300.000,00 R$ 150.000,00 R$ 150.000,00
Assim, no caso em apreço, das depreciações, 2) - Relativa à depreciação acelerada
2012 R$ 150.000,00
R$ 300.000,00 R$ 150.000,00 R$ 300.000,00 na modalidade contábil versus fiscal, poderá incentivada considerada como benefício
2013 R$ 150.000,00
R$ 300.000,00 R$ 150.000,00 R$ 450.000,00
a empresa definir em seu Planejamento
2014 R$ 150.000,00
R$ 300.000,00 R$ 150.000,00 R$ 600.000,00 fiscal e reconhecida, apenas, pela legislação
2015 R$ 150.000,00
R$ 300.000,00 R$ 150.000,00 R$ 750.000,00
Tributário, resultados para viabilizar melhor tributária para fins da apuração do lucro real,
2016 R$ 150.000,00
R$ 150.000,00 R$ 900.000,00 performance como resultado financeiro a sendo registrada no LALUR, sem qualquer
2017 R$ 150.000,00

2018 R$ 150.000,00
R$ 150.000,00 R$ 1.050.000,00
curto e longo prazos. lançamento contábil.
R$ 150.000,00 R$ 1.200.000,00
2019 R$ 150.000,00
R$ 150.000,00 R$ 1.350.000,00
2020 R$ 150.000,00
R$ 150.000,00 R$ 1.500.000,00 RIR – Decreto nº 3.000/1999 – art. 313
Total R$ 1.500.000,00 R$ 1.500.000,00 R$ 750.000,00 R$ 750.000,00 R$ 1.500.000,00

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Depreciação de Bens - Acelerada
Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Necessita verificar quanto ao critério para
Considerando-se que o valor da depreciação
aplicação da depreciação acelerada para fins
afeta negativamente o resultado do exercício, O RIR possibilita ao contribuinte adotar taxas
de registro na contabilidade, no que concerne
pois se classifica como uma despesa, conclui- de depreciação que melhor representem a vida
aos bens móveis, que poderão ser adotados,
se que em uma empresa lucrativa, sob uma útil econômica dos bens de produção, desde
em função do número de horas diárias de
ótica tributária, deseja-se que sejam maiores que determinadas com base em estudos e
operação, os seguintes coeficientes de
os débitos dedutíveis de depreciação, pois laudos técnicos especializados.
depreciação acelerada sobre as taxas
haverá imediata redução do Imposto de Renda
normalmente utilizáveis (RIR/1999, art. 312):
e da Contribuição Social.
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – art. 312

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Depreciação de Bens - Acelerada Depreciação de Bens Depreciação de Bens
Os seguintes coeficientes de depreciação
acelerada sobre as taxas normalmente Por outro lado em uma empresa com baixa Remanescendo dúvidas, o contribuinte pode
utilizáveis, devem ser observados: lucratividade possivelmente é interessante ainda pedir perícia do Instituto Nacional de
que as despesas de depreciação sejam Tecnologia, ou de outra entidade oficial de
1,0 – para um turno de 8 horas de operação;
apropriadas em um lapso maior de tempo, pesquisa científica ou tecnológica,
1,5 – para dois turnos de 8 horas de operação;
postergando-se o reconhecimento de tais prevalecendo os prazos de vida útil
2,0 – para três turnos de 8 horas de operação;
encargos. recomendados por essas instituições (Lei
4.506/1964, art. 57, § 4º).
RIR – Decreto nº 3.000/1999 – art. 312

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Depreciação de Bens - Acelerada Depreciação de Bens Modalidades de planejamento tributário
Nas condições mencionadas, um bem cuja taxa
normal de depreciação é de 10% (dez por Importante informação, que trata das taxas de
cento) ao ano poderá ser depreciado em 15% depreciação fixadas pela Receita Federal do
(quinze por cento) ao ano se operar 16 horas
por dia, ou 20% (vinte por cento) ao ano, se em
Brasil (IN SRF 162/1998 e IN SRF 130/1999) e Descontos Financeiros e
a possibilidade destas serem alteradas para
regime de operação de 24 horas por dia. mais ou para menos. Comerciais
idade?

RIR – Decreto nº 3.000/1999 – art. 312


.

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais
Abatimentos No Manual de Contabilidade Societária, Martins,
Nas Atividades empresariais, operações comerciais e Gelbke e Santos (2010, p. 490), lecionam:
na prestação de serviços é bastante comum às empresas
utilizarem-se do artifício do "desconto" como um meio Os abatimentos são considerados como dedução de
vendas em relação a diminuição do valor imputado no Todavia, há empresas que adotam sistemas de
flexível para resolver diversas situações em suas
preço de mercadorias e serviços, repercutindo em contabilização das vendas de forma a registrar as
operações negociais, a seguir: a) reposição de
compensação por avarias ou a exemplo de sucesso em vendas brutas pelos preços normais e a debitar em
mercadoria faltante; b) fidelização de clientes; c)
participação motivada na concorrência, diferenciando, conta especial de Descontos Comerciais as reduções
alavancar o volume de vendas; d) incentivar o
portanto, de desconto financeiro e descontos dadas no preço, relativas a clientes especiais, grandes
pagamento em dia; e) premiar clientes que pagam
incondicionais. volumes etc., para controle desses descontos.
pontualmente; e f) entre outras situações de mercado.

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais
“Art. 12. A receita bruta compreende: No Manual de Contabilidade Societária, Martins,
Gelbke e Santos (2010, p. 490), lecionam:
Descontos Financeiros
I - o produto da venda de bens nas operações de conta
própria; O desconto financeiro é conhecido no meio
II - o preço da prestação de serviços em geral; A conta abatimentos deve abrigar os descontos empresarial como sendo redução aplicada sobre
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; concedidos a clientes, posteriormente à entrega dos o valor de um compromisso, fixado
e produtos, por defeitos de qualidade apresentados nos inicialmente em uma relação comercial entre
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da produtos entregues, ou por defeitos oriundos do fornecedor e cliente, visando, por exemplo, uma
pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III. transporte ou desembarque etc. regularidade e fidelidade na liquidação do
débito, bem como satisfação.
Decreto-Lei nº 1.598/1977 – Art. 12, redação da Lei nº 12.973/2014

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais
§1o A receita líquida será a receita bruta diminuída de: No Manual de Contabilidade Societária, Martins, O desconto financeiro, geralmente ocorre após a
I - devoluções e vendas canceladas; Gelbke e Santos (2010, p. 490), lecionam: conclusão de negociação. Quando a negociação é
II - descontos concedidos incondicionalmente; efetuada, torna-se necessário o documento
III - tributos sobre ela incidentes; e Desta forma, os abatimentos não se referem a comprobatório de compra e venda, mediante emissão de
descontos financeiros por pagamentos antecipados, nota fiscal de serviços ou vendas com a incidência de
IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente, de
que são atualmente tratados como despesas Imposto sobre Serviços – ISS, Imposto sobre Circulação
que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei
financeiras, e não incluem também descontos de preço de Mercadorias e Serviços – ICMS, Imposto sobre
no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações
dados no momento da venda, que são deduzidos Produtos Industrializados – IPI, Programa de Integração
vinculadas à receita bruta.
diretamente nas notas fiscais. Social – PIS, Contribuição para Financiamento da
Decreto-Lei nº 1.598/1977 – Art. 12, § 1º, redação da Lei nº 12.973/2014 Seguradade Social – COFINS, IRPJ e CSLL, entre outros.

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais
Desconto Comercial
Desconto Comercial
Verifica-se que o desconto financeiro é São dedutíveis na apuração do resultado
uma prática fácil para a realização de A operação e prática do desconto incondicional
empresarial, bem como para fins de apuração
não torna-se exigência ou necessidade em
transações comerciais, porém, onerosa do IRPJ e da CSLL, permitindo
cláusula de negócio para que o adquirente
pelos efeitos tributários pela sua pratique ato subsequente ao de compra para a empreendimento por parte dos empresários
concessão em fase posterior ao fruição do benefício, assim como estabelece no na contratação com clientes, mantendo a
recolhimento dos impostos. Decreto 3.000/1999, com a redação a seguir: característica de descontos concedidos
incondicionalmente pela empresa vendedora.

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Descontos Financeiros e Comerciais
Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais
Desconto Comercial
Desconto Comercial Desconto Comercial
Constata-se, ainda, acerca da exclusão da base de
cálculo do PIS/PASEP e da COFINS, o desconto
O desconto comercial, também conhecido como Art. 280. A receita líquida de vendas e serviços será a incondicional, consoante Lei nº 10.637/2002, e da Lei
incondicional, é uma redução do valor atinente ao receita bruta diminuída das vendas canceladas, dos nº 10.833/2003, conforme dispositivo elencado:
preço do produto, concedida no ato da comercialização descontos concedidos incondicionalmente e dos
impostos incidentes sobre vendas (Decreto-Lei nº 1.598, § 3º Não integram a base de cálculo a que se refere este
em uma operação de venda. Normalmente é um
desconto com o intuito de manutenção de cliente, de 1977, art. 12, § 1º). artigo as receitas:
fidelização, motivação por quantidade adquirida de a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais
produtos, enfim, um desconto promocional, sem uma concedidos;
condição estabelecida. RIR , Decreto-Lei nº 1.598/1977 – Art. 12, § 1º, redação da Lei nº 12.973/2014
Lei nº 10.637/2002, Art. 1º e Lei nº 10.833/2003

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Descontos Financeiros e Comerciais
Descontos Financeiros e Comerciais Descontos Financeiros e Comerciais
Desconto Comercial
Desconto Comercial Desconto Comercial versus Desconto Financeiro
O desconto incondicional ou comercial Exemplificando, confronto de custo versus
não depende de evento posterior e sendo Art. 299. São operacionais as despesas não benefício entre o Desconto Financeiro e o
redução no preço dos produtos, evidencia computadas nos custos, necessárias à atividade da Desconto Comercial, elucida-se por pagamento
pela emissão de documento fiscal com o empresa e à manutenção da respectiva fonte no prazo de vencimento ou antecipado, se for o
produtora (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47).
seus destaque em relação ao preço total da caso, conforme constar da boleta bancária ou
comercialização, portanto, destaca-se pela duplicata mercantil, de 5,0%, ilustrando sobre o
Caso em que a empresa concede tal desconto. valor da comercialização de produto (compra e
concessão no ato da operação.
Decreto-Lei nº 1.598/1977 – Art. 12, § 1º, redação da Lei nº 12.973/2014
venda) de R$ 40.000,00.

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário
Dedução (Perdas)no recebimento de créditos
Descontos Financeiros e Comerciais Modalidades de planejamento tributário As perdas no recebimento de créditos decorrentes
Desconto Comercial versus Desconto Financeiro das atividades da pessoa jurídica poderão ser
Valor do desconto financeiro: R$ 2.000,00. deduzidas como despesas, para determinação do
lucro real, observado o disposto neste artigo.
TRIBUTO PERCENTUAL
Dedução no recebimento de § 1º Poderão ser registrados como perda os créditos:
ICMS 18,0
créditos I - em relação aos quais tenha havido a declaração
IPI 10,0 de insolvência do devedor, em sentença emanada
. do Poder Judiciário;
PIS 0,65

I.N. 1.700/2017, Art. 71


COFINS 3,0

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Dedução (Perdas)no recebimento de créditos
Descontos Financeiros e Comerciais
Dedução (Perdas)no recebimento de créditos
Desconto Comercial versus Desconto Financeiro As perdas no recebimento de créditos decorrentes
As perdas no recebimento de créditos das atividades da pessoa jurídica poderão ser
deduzidas como despesas, para determinação do
Da leitura atenta, verifica-se quanto ao desconto decorrentes das atividades da pessoa lucro real, observado o disposto neste artigo.
comercial que, são redutores da base de cálculo dos jurídica poderão ser deduzidas como II - sem garantia, de valor:
tributos e contribuições sociais, traduzidos pelo ISS,
despesas, para determinação do lucro a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação,
ICMS, PIS/PASEP e a COFINS, consequentemente,
diminuindo o resultado do exercício empresarial, com real, conforme a Lei nº 9.430/1996, artigo vencidos há mais de 6 (seis) meses,
independentemente de iniciados os procedimentos
menor ônus tributário referente ao IRPJ e a CSLL. 9º, incorporado ao artigo 340 do RIR. judiciais para o seu recebimento;

I.N. 1.700/2017, Art. 71


Lei nº 9.430, Art. 9º - Decreto nº 3.000/1999 e I.N. 1.700/2017, Art. 71

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário
Descontos Financeiros e Comerciais Dedução (Perdas)no recebimento de créditos
Dedução (Perdas)no recebimento de créditos
Desconto Comercial versus Desconto Financeiro II - sem garantia, de valor:
Para que possa ocorrer a dedutibilidade como b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00
Assim, recomenda-se as empresas que o praticam, a despesas na forma da provisão para crédito de (trinta mil reais), por operação, vencidos há mais de 1
avaliarem os procedimentos comerciais e liquidação duvidosa, na apuração da base de (um) ano, independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém
administrativos, revendo os procedimentos, adotando, cálculo do IRPJ e da CSLL, dos registros como mantida a cobrança administrativa;
em princípio, sua substituição do desconto financeiro,
perdas, deverão preencher requisitos em face
pelo desconto comercial, sendo mais interessante para c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há
a empresa que concede, visto a economia tributária, em
do valor e o tempo de inadimplência, oriundos mais de 1 (um) ano, desde que iniciados e mantidos os
princípio de R$ 633,00 em um quantum de R$ 2.000,00. das vendas a prazo, a seguir delineados: procedimentos judiciais para o seu recebimento;
I.N. 1.700/2017, Art. 71 I.N. 1.700/2017, Art. 71

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Dedução (Perdas)no recebimento de créditos Arrendamento mercantil de bens Arrendamento mercantil de bens

Na Lei 12.973/2014 estabeleceu a regra tributária para Leasing Financeiro: Com relação ao Leasing
III - com garantia, vencidos há mais de
as despesas financeiras nas operações de arrendamento Financeiros, cujo bem ao final do contrato fica
2 (dois) anos, desde que iniciados e
mantidos os procedimentos judiciais mercantil, referentes a bens móveis e imóveis pertencendo ao arrendatário, a operação será
para o seu recebimento ou o arresto relacionados com a produção ou comercialização de considerada como financiamento de bens, via
das garantias; bens e serviços.
leasing.
I.N. 1.700/2017, Art. 71 e 72 Leis nºs: 12.973/2014, arts. 46, 47 e 48; 6.099/1974 e 7.132/1983 Leis nºs: 12.973/2014, arts. 46, 47 e 48; 6.099/1974 e 7.132/1983

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Dedução (Perdas)no recebimento de créditos Arrendamento mercantil de bens Arrendamento mercantil de bens

Desta forma, na operação do Leasing de Imobilizado, O arrendamento mercantil de bens, também


Os valores registrados na conta de provisão haverá duas situações:
conhecido como leasing está regulamentado
para créditos de liquidação duvidosa,
pela Lei nº 6.099/1974, que dispõe sobre o
eventualmente negligenciados pela empresa, Leasing Operacional; e
precisam de controle rígido, vislumbrando tratamento tributário das operações de
tomar as medidas de avaliação para o pleito de arrendamento mercantil, com alterações
dedução no resultado e na base de cálculo dos Leasing Financeiro, sendo: introduzidas pela Lei nº 7.132/1983.
impostos.
Leis nºs: 12.973/2014, arts. 46, 47 e 48; 6.099/1974 e 7.132/1983 Leis nºs: 6.099/1974 e 7.132/1983

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Arrendamento mercantil de bens Arrendamento mercantil de bens

Leasing Operacional: No leasing operacional, Na Lei nº 12.973/14, nos arts. 46 a 49,


destacam confirmação pela dedutibilidade
terá o tratamento contábil e fiscal de um das contraprestações, na base de cálculo do
Arrendamento aluguel, onde o imobilizado será devolvido ao IRPJ e da CSLL, por ocasião do pagamento.
mercantil de bens arrendatário, no final do contrato.
.
Leis nºs: 12.973/2014, arts. 46, 47 e 48; 6.099/1974 e 7.132/1983 Leis nº 12.973/2014, Arts. 46 a 49

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Arrendamento mercantil de bens Arrendamento mercantil de bens Arrendamento mercantil de bens

Na Lei nº 12.973/14, no art. 48, salienta que Definindo que as operações realizadas sob está
O valor da contraprestação do arrendamento
são indedutíveis na determinação do forma somente poderão ocorrer com as
empresas arrendadoras as sociedades de
mercantil financeiro é totalmente dedutível
lucro real as despesas financeiras na apuração do lucro real, mesmo quando
incorridas pela arrendatária em arrendamento mercantil ou instituição
financeira autorizada a funcionar sob a égide previsto em contrato valor residual
contratos de arrendamento mercantil, do Banco Central do Brasil. garantido – VRG na proporção de 1,0 %,
contabilizados. considerado como ínfimo.
Leis nº 12.973/2014, Arts. 48 Leis nºs: 6.099/1974 e 7.132/1983

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Arrendamento mercantil de bens Modalidades de planejamento tributário
Arrendamento mercantil de bens Nos contratos firmados nas operações de Arrendamento mercantil de bens
arrendamento mercantil de bens, deverão
Da mesma forma, ainda consoante a Lei nº constar as seguintes disposições:
O arrendamento mercantil financeiro deve
12.973/14, não serão aceitas como despesas,
a) prazo do contrato; prescrever os prazos mínimos, tais quais,
valores de A.M., registrados em despesas
dois anos de duração quando se tratar de
com depreciações e de juros. b) valor de cada contraprestação por períodos bens com vida útil igual ou inferior a cinco
determinados, não superiores a um semestre; anos e de três anos quando de outros bens.

Leis nº 12.973/2014, Arts. 48 Leis nº 6.099/1974 , arts. 5º e 7º

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Arrendamento mercantil de bens Modalidades de planejamento tributário
Arrendamento mercantil de bens
Arrendamento mercantil de bens Nos contratos firmados nas operações de
arrendamento mercantil de bens, deverão constar as
seguintes disposições: O arrendamento mercantil na modalidade financeiro
Convém lembrar que a partir de 2008, a Lei de imóveis, traduz para a empresa arrendadora
nº 11.638/07, alterou o inciso IV do art. 179 ....... grandes vantagens fiscais, pois integra o valor total do
da Lei nº 6.404/76, definindo o registro dos c) opção de compra ou renovação de contrato, como bem a representatividade do terreno e a edificação.
contratos de Arrendamento Mercantil faculdade do arrendatário;
Financeiro no Ativo Imobilizado, por Assim, pode-se depreciar todo o imóvel em até 03
d) preço para opção de compra ou critério para sua (três) nos, conquanto que a depreciação da construção
ocasião da compra do bem. fixação, quando for estipulada esta cláusula.
e edificação é de 25 (vinte e cinco) anos.
Leis nº 11.638/2007, Lei nº6.404/1976, Art. 179, IV Leis nºs: 6.099/1974 e 7.132/1983

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Arrendamento mercantil de bens Arrendamento mercantil de bens Modalidades de planejamento tributário
Dentro da modalidade de arrendamento mercantil Arrendamento mercantil de bens
A disciplina para dedutibilidade da contraprestação financeiro, encontra-se a possibilidade da contratação no
Exemplo: A empresa tem sua sede no imóvel integrado da
do arrendamento mercantil como custo ou despesas arrendamento conhecido como lease back, nos termos do
seguinte forma:
operacional está prevista no RIR, artigo 356: artigo 13 da Resolução nº BC 2.309/1996, que assim dispõe:
Arrendamento mercantil Imobilização no Ativo
Art. 13. As operações de arrendamento mercantil Vr. Terreno Vr. Construção Vr. Terreno Vr. Construção
Art. 356. Serão consideradas, como custo ou despesa
contratadas com o próprio vendedor do bem ou com 400.000,00 600.000,00 400.000,00 600.000,00
operacional da pessoa jurídica arrendatária, as pessoas a ele coligadas ou interdependentes somente podem Total = 1.000.000,00 Total = 1.000.000,00
contraprestações pagas ou creditadas por força de ser contratadas na modalidade de arrendamento mercantil 1.000.000,00 / 36 x 12 = R$ 333.333,34 1.000.000,00 x 4,0% a.a = R$ 40.000,00
contrato de arrendamento mercantil (Lei nº 6.099, de financeiro, aplicando-se a elas as mesmas condições fixadas Parcela dedutível mensal = R$ 27.777,78 Parcela dedutível mensal = R$ 3.333,.34
12 de setembro de 1974, art. 11). neste Regulamento.

RIR – Decreto nº 3.000/1999, art. 356 Resolução BC nº 2.309/1996, Art. 13 Vr. Anual = R$ 333.333,34 Vr. Anual = R$ 40.000,00
Diferença de dedutibilidade de R$ 293.333,34

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Arrendamento mercantil de bens Arrendamento mercantil de bens Modalidades de planejamento tributário
Art. 356 - § 1º A aquisição, pelo arrendatário, de bens Arrendamento mercantil de bens
arrendados em desacordo com as disposições da Lei
nº 6.099, de 1974, com as alterações da Lei nº 7.132, de Destaca-se que sendo a modalidade de financiamento
26 de outubro de 1983, será considerada operação de mais flexível do mercado, fazer um arrendamento Não é cabível amortização com os gastos
compra e venda a prestação (Lei nº 6.099, de 1974, art.
11, § 1º). mercantil se dá por vantajoso quando de equipamentos com benfeitorias em bens relacionados
§ 2º O preço de compra e venda, no caso do parágrafo
caros e de rápida depreciação, trazendo ao arrendatário
com o arrendamento mercantil, visto a
anterior, será o total das contraprestações pagas existência de cláusula contratual de opção
durante a vigência do arrendamento, acrescido da um custo menor do que a compra com prazos de
parcela paga a título de preço de aquisição (Lei nº de aquisição do bem.
6.099, de 1974, art. 11, § 2º). contrato favoráveis por serem longos.

RIR – Decreto nº 3.000/1999, art. 356, §s. 1º e 2º

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Arrendamento mercantil de bens Arrendamento mercantil de bens
A disciplina para dedutibilidade da contraprestação
do arrendamento mercantil como custo ou despesas
Modalidades de planejamento tributário
operacional está prevista no RIR, artigo 356: - Ainda, deve-se observar que a tecnologia do
Continuação...
bem estará sempre atualizada e sua renovação
Art. 356. § 5º As contraprestações de arrendamento
e instalação não levará prejuízo ao capital de
mercantil somente serão dedutíveis quando o bem
arrendado estiver relacionado intrinsecamente com a
giro, mantendo inalterados os índices
Benfeitorias em Bens de
produção e comercialização dos bens e serviços (Lei
nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso II). financeiros da empresa. Terceiros
RIR – Decreto nº 3.000/1999, art. 356, § 5º

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Benfeitorias em Bens de Terceiros Modalidades de planejamento tributário
Benfeitorias em Bens de Terceiros A legislação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica Benfeitorias em Bens de Terceiros
destaca que somente será permitida a amortização de
De acordo com o Art. 96 do Código Civil, as bens e direitos intrinsecamente relacionados com a
benfeitorias podem ser: Logo, precisa verificar e avaliar nos números investidos
produção ou comercialização dos bens e serviços, pois
em Benfeitorias em Bens de Terceiros para,
poderá ser computada, como custo ou encargo, em
Necessárias, quando tem por finalidade conservar o corretamente usufruir das dedutibilidades na forma da
cada período de apuração, a importância
bem; legislação da espécie.
correspondente à recuperação do capital aplicado, ou
Úteis, quando aumentam ou facilitam o uso do bem; dos recursos aplicados em despesas que contribuam
Voluptuárias, mero deleite ou recreio. para a formação do resultado de mais de um período
de apuração.
Código Civil – Lei nº 10.406/2002, Art. 96 Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000/1999, Art. 325 Lei nº 6.404/1976, Art. 179, VI

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Benfeitorias em Bens de Terceiros Benfeitorias em Bens de Terceiros Modalidades de planejamento tributário
São tratados como Ativo Imobilizado “os direitos que As benfeitorias em bens de terceiros consta de
tenham por objeto bens corpóreos destinados à disciplina no Código Civil, artigo 1255, Utilização gratuita de bens
manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com esta finalidade, inclusive os
observando que aquele que planta ou edifica dos sócios pela Sociedade.
em terreno alheio perde, em proveito do
decorrentes de operações que transfiram à companhia
os benefícios, riscos e controle desses bens”. proprietário, as plantas e construções.
Lei da Sociedades Anônimas – Lei das S.As – Lei nº 6.404/1976, Art. 179, IV Código Civil – Lei nº 10.406/2002, Art. 1255

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Utilização gratuita de bens dos sócios pela Sociedade
Benfeitorias em Bens de Terceiros Benfeitorias em Bens de Terceiros
Na operação de comodato ocorre um
Poderão ser amortizados os custos das construções ou A redação do artigo 179, da Lei nº 6.404/1976, alterado
pela Lei nº 11.638/2007, introduziu o inciso VI que empréstimo gratuito de coisas não fungíveis,
benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou em versa sobre classificação no intangível, quando os
bens de terceiros, quando não houver direito ao direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos para ser usada temporariamente e depois
recebimento de seu valor, conforme teor do artigo 325, com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
“d” do Decreto 3.000/99. adquirido. restituída.

Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000/1999, Art. 325, d Lei nº 6.404/1976, Art. 179, VI Código Civil – Lei nº 10.406/2002, Arts. 579 e 585

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Modalidades de planejamento tributário


Utilização gratuita de bens dos sócios pela Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Sociedade Utilização gratuita de bens dos sócios pela Sociedade Utilização gratuita de bens dos sócios pela Sociedade
Seu aperfeiçoamento se perfaz com a tradição da Partes no Contrato:
No contrato de comodato verifica-se a existência São necessárias as despesas pagas ou incorridas para
coisa ao comandatário. Por não fungíveis (ou a realização das transações ou operações exigidas
de 2 (duas) partes, a saber:
infungível) entende-se as coisas móveis que não pela atividade da empresa.
Comodante: é quem empresta a coisa não
podem ser substituídos por outras da mesma fungível; e
As despesas operacionais admitidas são as usuais ou
espécie, qualidade e quantidade, podendo ser móvel Comodatário: é quem toma emprestado a coisa
normais no tipo de transações, operações ou
não fungível, a usa, e tem a obrigação de restituí-
ou imóvel. atividades da empresa.
la.
Código Civil – Lei nº 10.406/2002, Arts. 579 e 585 RIR – Decreto nº 3.000/1999, art. 299 e PN CST 19/84
Código Civil – Lei nº 10.406/2002, Arts. 579 e 585

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Utilização gratuita de bens dos sócios pela Utilização gratuita de bens dos sócios pela Sociedade Utilização gratuita de bens dos sócios pela Sociedade
Sociedade 6. Ante o exposto conclui-se que são dedutíveis, na Exemplo: A sede da empresa A é em nome de um dos
O sócio de uma empresa poderá ceder determinação do lucro real, as despesas
gratuitamente, por meio de um contrato de correspondentes aos encargos de depreciação de sócios que pagou o IPTU de (R$ 5.000,00) e a
empréstimo gratuito, bem patrimonial, e a bens do ativo imobilizado cedidos em comodato a manutenção do imóvel (R$ 5.000,00) no valor total de
empresa poderá reembolsar ao sócio todos os revendedores de produtos da cedente, desde que o
R$ 10.000,00. O valor reembolsado pela empresa ao
dispendios com impostos e conservação sem empréstimo seja usual e necessário no tipo de
a incidência de IR e INSS, pois esse operações, transações ou atividades de comodante, e sócio pela despesa não entra na declaração do sócio
reembolso não representa rendimentos que os referidos bens estejam relacionados com a como rendimento, muito menos sofre qualquer
indiretos. espécie de atividade por ele exercida.
Código Civil – Lei nº 10.406/2002, Arts. 579 e 585 PN CST 19/84 - PN - Parecer Normativo COORD. SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO
tributação por parte da sociedade.

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário

Utilização gratuita de bens dos sócios pela Utilização gratuita de bens dos sócios pela Sociedade Utilização gratuita de bens dos sócios pela Sociedade
Sociedade
Destaca-se que a Legislação do IRPJ / CSLL Caso fosse pago o imposto e manutenção com
Ao final do contrato o comodatário tem a
especifica que, são operacionais as despesas não rendimentos declarados pelo (Pró-labore) sócio, o valor
obrigação de devolver um corpo certo, ou dos tributos seria assim demonstrado:
computadas nos custos, necessárias à atividade da
seja, a mesma coisa. Isso é o que lhe faz empresa e à manutenção da respectiva fonte IPTU R$ 5.000,00 + Manutenção R$ 5.000,00
diferenciar do mútuo, que é empréstimo de produtora. Total dos rendimentos R$ 10.000,00
coisa fungível, consumível (dinheiro, por
( - ) IRRF R$ 1.880,64
exemplo), onde a restituição é de coisa do
( - ) INSS R$ 2.000,00
mesmo gênero.
Total da economia R$ 3.880,64
Código Civil – Lei nº 10.406/2002, Arts. 579 e 585 RIR – Decreto nº 3.000/1999, art. 299 e PN CST 19/84

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Bens de consumo eventual Benefício Específico no PIS/COFINS

Como regra geral, toda a matéria-prima em A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga
estoque, no final do período, deveria ser que subcontratar serviço de transporte de carga
inventariada e mantida em conta do Ativo. prestado por:

Bens de consumo Porém, com relação aos materiais de consumo


esporádico cujo valor não tenha sido superior
I – pessoa física, transportador autônomo, poderá
descontar, da Cofins devida em cada período de
eventual a 5% do custo total dos produtos vendidos no
exercício social anterior.
apuração, crédito presumido calculado sobre o valor
dos pagamentos efetuados por esses serviços;

RIR – Decreto nº 3.000/1999, art. 290, § Único e Decreto-Lei nº 1.598/1977, Art. 13, §2º Lei nº 11.051/2004, Art. 23, nova redação art. 3º, §§ 19 e 20 da Lei nº 10.833/2003

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Bens de consumo eventual Bens de consumo eventual Benefício Específico no PIS/COFINS

A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga


Pouco conhecido é o dispositivo legal que que subcontratar serviço de transporte de carga
As eventuais sobras não necessitam ser
permite quando de aquisição de bens de prestado por:
inventariadas, podendo ser levadas
consumo eventual, cujo valor não exceda a 5%
integralmente para custos. Desta forma, II - pessoa jurídica transportadora, optante pelo
do custo total dos produtos vendidos no
economiza-se IRPJ e CSLL devidos sobre o SIMPLES, poderá descontar, da Cofins devida em cada
exercício social anterior, que poderá ser
lucro real. período de apuração, crédito calculado sobre o valor
registrada diretamente como custo. dos pagamentos efetuados por esses serviços.

RIR – Decreto nº 3.000/1999, art. 290, § Único e Decreto-Lei nº 1.598/1977, Art. 13, §2º RIR – Decreto nº 3.000/1999, art. 290, § Único e Decreto-Lei nº 1.598/1977, Art. 13, §2º Lei nº 11.051/2004, Art. 23, nova redação art. 3º, §§ 19 e 20 da Lei nº 10.833/2003

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Bens de consumo eventual Benefício Específico no PIS/COFINS
Modalidades de planejamento tributário A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga
que subcontratar serviço de transporte de carga
Benefício para as empresas tributadas Benefício Específico no prestado por:

pelo Lucro Real, com alcance no IRPJ e na PIS/COFINS Relativamente aos créditos referidos, seu montante será
determinado mediante aplicação, sobre o valor dos
CSLL. mencionados pagamentos, de alíquota correspondente
a 75% (setenta e cinco por cento)

RIR – Decreto nº 3.000/1999, art. 290, § Único e Decreto-Lei nº 1.598/1977, Art. 13, §2º Lei nº 11.051/2004, Art. 23, nova redação art. 3º, §§ 19 e 20 da Lei nº 10.833/2003

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário
Benefício Específico no PIS/COFINS
Holdings
Então, fica patente que a empresa de serviço de
Holdings
transporte rodoviário de carga que subcontratar
serviço de transporte de carga prestado por pessoa Pode ser objeto da companhia qualquer
física transportador autônomo, ou pessoa jurídica A expressão holding é de origem inglesa,
transportadora optante pelo Simples Nacional, empresa de fim lucrativo, não contrário à lei,
poderá descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e que entre outros significa controlar,
à ordem pública e aos bons costumes.
da Cofins devida em cada período de apuração,
crédito calculado sobre o valor dos pagamentos segurar, manter, guardar, enfim,
efetuados por esses serviços.
administrar de forma planejada.
Lei nº 10.833, de 2004, art. 3º, §§ 19 e 20, e art. 15, inciso II Lei nº 6.404/1976, Art. 2º, §§ 1º e 2º

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário
Benefício Específico no PIS/COFINS Holdings Holdings
O montante de crédito de que trata sobre o PIS / Oscar Hardy, leciona que a holding é uma Qualquer que seja o objeto, a companhia é
COFINS, deve ser determinado mediante a sociedade juridicamente independente que tem por mercantil e se rege pelas leis e usos do
multiplicação do valor dos mencionados pagamentos
por 1,2375% (75% de 1,65%), para o crédito da finalidade adquirir e manter ações de outras comércio.
Contribuição para o PIS/Pasep, e 5,7% (75% de 7,6%),
para o crédito da Cofins. sociedades, juridicamente independentes, com o O estatuto social definirá o objeto de modo
objetivo de controlá-las, sem com isso praticar preciso e completo.

Lei nº 10.833, de 2004, art. 3º, §§ 19 e 20, e art. 15, inciso II


atividade comercial ou industrial ou de serviços. Lei nº 6.404/1976, Art. 2º, §§ 1º e 2º

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário

Modalidades de planejamento tributário


Holdings Holdings
Na forma e disposto no Art. 2º - § 3º, da Lei nº Para melhor compreensão a lei 6.404/76 no
6.404/1976, a companhia pode ter por objeto
participar de outras sociedades; ainda que Art. 243, §§ 1º ao 5º , especifica sobre a
não prevista no estatuto, a participação é
Holdings facultada como meio de realizar o objeto
figura das empresas coligadas, controladas e
social, ou para beneficiar-se de incentivos controladoras em relação ao controle
fiscais. societário, bem como influência significativa.

Lei nº 6.404/1976, Art. 2º, § 3 Lei nº 6.404/1976, Art. 243, §§ 1º ao 5º

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário

Holdings Holdings Modalidades de planejamento tributário


Economia tributária com o planejamento sucessório
A holding tem como fontes de receitas: ISENÇÃO
Não incide quando efetuada via
Alugueis de bens moveis e imóveis;
integralização de capital com bens ou Alienação de Bens e
Juros s/ empréstimos para outras empresas do
grupo, chamado contrato de mutuo; direitos o ITBI, Imposto de competência Direitos
Repasse de financiamentos; municipal (Art. 156, II, CF/88).
Comissões. Constituição Federal – Art. 156, II

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário
Holdings Holdings Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos
A holding tem como fontes de receitas: A tributação sobre a transmissão de bens e direitos foi
Prestação de serviços as demais empresas do grupo, alterada a partir da constituição federal de 1988. Está sujeita ao pagamento do imposto de
tais como: Renda a pessoa física que auferir ganhos
de capital na alienação de bens ou
 Serviços administrativos; Sua incidência foi ampliada, passando abranger além direitos de qualquer natureza (Lei nº
 Serviços financeiros 7.713, de 1988, arts. 2º e 3º, § 2º, e Lei nº
dos bens moveis e direito a eles relativos, também 8.981, de 1995, art. 21).
 Serviços técnicos de contabilidade
dos bens moveis, títulos e créditos.
 Serviços técnicos de informática
 Administração de pessoal Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000/1999, Art. 117

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Holdings Holdings Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos
A holding tem como fontes de receitas: Os ganhos serão apurados no mês em que
Do exposto, verifica-se que o ITBI não incide sobre a forem auferidos e tributados em
Prestação de serviços as demais empresas do grupo,
tais como: transmissão dos bens ou direitos quando separado, não integrando a base de cálculo

 Serviços de Marketing incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica, ou do imposto na declaração de rendimentos, e o


 Serviços de Publicidade quando decorrente de fusão, incorporação, cisão ou valor do imposto pago não poderá ser
 Serviços de auditoria interna extinção de pessoas jurídicas. deduzido do devido na declaração.
 Controles gerenciais
 Receitas demais conforme a atividade Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000/1999, Art. 117, § 2º

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos

Na transferência de direito de propriedade por Não Incidência e Isenção


Ano de Percentual de Ano de Percentual de
Alienação do Único Imóvel Aquisição ou Redução Aquisição ou Redução
sucessão, nos casos de herança, legado ou por Incorporação Incorporação
doação em adiantamento da legítima, os bens e II - do único imóvel que o titular possua, 1969 100% 1979 50%
1970 95% 1980 45%
direitos poderão ser avaliados a valor de cujo valor de alienação seja de até 1971 90% 1981 40%
mercado ou pelo valor constante da quatrocentos e quarenta mil reais, desde 1972 85% 1982 35%
1973 80% 1983 30%
declaração de bens do de cujus ou do que não tenha sido realizada qualquer 1974 75% 1984 25%
doador. outra alienação nos últimos cinco anos. 1975 70% 1985 20%
1976 65% 1986 15%
Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000/1999, Art. 119 RIR – Decreto nº 3.000/1999, Art. 39, III, Lei nº 9.250/1995, Art. 23 1977 60% 1987 10%
1978 55% 1988 5%

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos
Não Incidência e Isenção
Modalidades de planejamento
Se a transferência for efetuada a valor de Fica isento do imposto de renda o ganho auferido por tributário
mercado, a diferença a maior entre esse e o pessoa física residente no País na venda de imóveis
residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180
valor pelo qual constavam da declaração de
bens do de cujus ou do doador sujeitar-se-á à
(cento e oitenta) dias contado da celebração do Conselho de
contrato, aplique o produto da venda na aquisição de
incidência de imposto.
imóveis residenciais localizados no País.
Administração
Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000/1999, Art. 119, § 1º Lei nº 11.196/2005, Art. 39 e Instrução Normativa nº 599/2005

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos Modalidades de planejamento tributário
Não Incidência e Isenção Não Incidência e Isenção Conselho de Administração
Alienação de Bens de Pequeno Valor Na alienação de imóvel adquirido até 31 de
dezembro de 1988, poderá ser aplicado um Um Conselho de administração é um
II - o ganho de capital auferido na alienação de bens e
percentual fixo de redução sobre o ganho de corpo de membros eleitos ou designados,
direitos de pequeno valor, cujo preço unitário de que conjuntamente supervisiona as
capital apurado, segundo o ano de aquisição
alienação, no mês em que esta se realizar, seja igual atividades de uma empresa ou
ou incorporação do bem, de acordo com a
ou inferior a trinta e cinco mil reais (Lei nº 9.250, de organização.
seguinte tabela.
1995, art. 22);
RIR – Decreto nº 3.000/1999, Art. 139, Leis nºs: 7.713/1988, Art. 3º, § 2º; 8.383/1991, Art. 2º,
RIR – Decreto nº 3.000/1999, Art. 39, II, Lei nº 9.250/1995, Art. 22
§ 7º; 9.249/1995, Art. 17 Lei nº 6.404/1976 – Arts. 138 e 140

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Conselho de Administração
Conselho de Administração Conselho de Administração

Possui um regimento interno que especifica a


quantidade de membros do conselho, como Destaca-se que, antes de ser um direito, uma Cada vez mais o Planejamento Tributário tem
eles devem ser escolhidos, atuando em nome sido uma prática usual das organizações. Não
faculdade, o planejamento e a gestão fiscal são
da sociedade, pois eleito pelos acionistas é a
praticar Planejamento Tributário, caracteriza
autoridade máxima na gestão da corporação. obrigatórios para todo bom administrador.
omissão e irá provocar o descrédito daqueles
administradores.
Lei nº 6.404/1976 – Arts. 138 e 140

Modalidades de planejamento tributário


Conselho de Administração Modalidades de planejamento tributário
Considerando que os aspectos tributários Conselho de Administração
Modalidades de planejamento tributário
influenciam relevantemente o resultado das
Do ponto de vista societário, na Lei das S.A´s
organizações, temos que a Lei nº 6.404/1976 (Lei das
S/A) prevê a obrigatoriedade do planejamento
determina sobre as melhores práticas de governança Negociação Coletiva do trabalho
corporativa e orientação que: 1) à administração da
tributário, por parte dos administradores de companhia competirá, conforme dispuser o estatuto, Acordos e Convenções
qualquer companhia, pela interpretação do artigo ao conselho de administração e à diretoria ou somente
153. à diretoria;
Coletivas do Trabalho
Lei nº 6.404/1976 – Art. 153

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário
Conselho de Administração
Conselho de Administração Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho
Interpretação do artigo 153: ... 2) compete ao conselho de administração fixar a
"O administrador da companhia deve orientação geral dos negócios da companhia Mecanismos das convenções e acordos
empregar, no exercício de suas funções, o
(planejamento estratégico e tributário); e 3) as normas coletivos, que são direitos dos
relativas a requisitos, impedimentos, investidura, trabalhadores urbanos e rurais, além de
cuidado e a diligência que todo homem ativo
remuneração, deveres e responsabilidades dos outros que visem à melhoria de sua
e probo costuma empregar na administração administradores aplicam-se a conselheiros e diretores. condição social.
dos seus próprios negócios."
Constituição Federal – Art. 7º - XXVI

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho
Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho
Art. 3º - § 5º A participação de que trata este artigo
Cumpre à negociação coletiva, uma 1 - comissão escolhida pelas partes, integrada, será tributada pelo imposto sobre a renda
também, por um representante indicado pelo exclusivamente na fonte, em separado dos demais
função social de garantia de rendimentos recebidos, no ano do recebimento ou
sindicato da respectiva categoria; crédito, com base na tabela progressiva anual
participação dos trabalhadores no constante do Anexo e não integrará a base de
2 - convenção ou acordo coletivo. cálculo do imposto devido pelo beneficiário na
processo de decisão empresarial. Declaração de Ajuste Anual.

Constituição Federal – Art. 7º - XXVI Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 10.101/2.000 Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 10.101/2.000 – Art. 3º, § 3º

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho

Em proveito da normalidade das relações Cabe salientar que para efeito de apuração do Art. 4o Caso a negociação visando à
coletivas e de harmonia no ambiente de lucro real, a pessoa jurídica poderá deduzir participação nos lucros ou resultados da
trabalho, dela se valendo inclusive a lei, que como despesa operacional as participações empresa resulte em impasse, as partes
transfere para a negociação a solução de atribuídas aos empregados nos lucros ou poderão utilizar-se dos seguintes
inúmeras questões de interesse social. resultados, nos termos da Lei, dentro do mecanismos de solução do litígio:
(NASCIMENTO, 2002, p. 565). próprio exercício de sua constituição.

Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e (NASCIMENTO, 2002, p. 565). Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 10.101/2.000 – Art. 3º, § 1º Lei nº 10.101/2.000 – Art. 4º, I.

Modalidades de planejamento tributário


Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho Modalidades de planejamento tributário
Modalidades de planejamento tributário
Exemplo. – participação dos trabalhadores nos Acordos e Convenções Coletivas do
Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho
Trabalho
lucros ou resultados (PLR)
É vedado o pagamento de qualquer
De acordo com a Lei nº 10.101/2000, a participação nos I - mediação;
antecipação ou distribuição de valores a título
lucros ou resultados será objeto de negociação entre a de participação nos lucros ou resultados da
empresa e seus empregados, mediante um dos empresa em periodicidade inferior a um
II - arbitragem de ofertas finais.
procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes semestre civil, ou mais de duas vezes no
de comum acordo:
mesmo ano civil.

Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 10.101/2.000 Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 10.101/2.000 – Art. 3º, § 2º Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 10.101/2.000 – Art. 4º, I e II

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho
Acordos e Convenções Coletivas do Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho
Assim, considerando que o empregado tenha
Trabalho recebido em 2016, R$ 8.000,00 de participação nos
A Lei nº 12.832/2013, alterou a Lei nº lucros da empresa e, por determinação judicial,
10.101/2000, e trouxe algumas modificações houve a incidência de 20% de desconto de pensão
Art. 4º - § 1o Considera-se arbitragem de
quanto à regulamentação da participação dos alimentícia (R$ 1.600,00) sobre a PLR, este
ofertas finais aquela em que o árbitro deve empregado estará isento do IRF, (R$ 8.000,00 - R$
trabalhadores nos lucros ou resultados (PLR)
restringir-se a optar pela proposta 1.600,00 = R$ 6.400,00), uma vez que a base de
da empresa, bem como estabeleceu uma tabela
apresentada, em caráter definitivo, por uma exclusiva do imposto de renda sobre a PLR. cálculo (descontando a pensão) ficou abaixo do
das partes. limite mínimo da tabela.

Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 10.101/2.000 – Art. 4º, § 1º Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 12.832/2013 Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 12.832/2013

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho
Vantagem para a atividade empresarial
Art. 4º - § 2o O mediador ou o árbitro será A partir de 1º de janeiro de 2013 (como já havia
escolhido de comum acordo entre as sido estabelecido, para efeito da apuração do Para a empresa, constitui em procedimento que a
partes. imposto sobre a renda, a participação dos livrará da incidência de INSS, FGTS e
§ 3o Firmado o compromisso arbitral, não trabalhadores nos lucros ou resultados da incorporação ao salário do trabalhador,
será admitida a desistência unilateral de empresa será integralmente tributada com atendendo à legislação e a motivação e
base na tabela progressiva constante abaixo produtividade no contexto de sua atividade
qualquer das partes.
(válida para 2016): operacional.
Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 10.101/2.000 – Art. 4º,
§s 2º e 3º Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 12.832/2013 Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 12.832/2013

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho
Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho
TABELA EXCLUSIVA – P L R
Modalidades de planejamento

Valor do PLR Anual (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)


tributário
Art. 4º - § 4o O laudo arbitral terá força De 0,00 a 6.677,55 - -
normativa, independentemente de De 6.677,56 a 9.922,28 7,5 500,82
homologação judicial. De 9.922,29 a 13.167,00 15 1.244,99 Contratação de Estagiário
De 13.167,01 a 16.380,38 22,5 2.232,51
Acima de 16.380,38 27,5 3.051,53

Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 10.101/2.000 – Art. 4º, § 4º Constituição Federal – Art. 7º - XXVI e Lei nº 12.832/2013

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Mo da lida de s de pla ne ja m e nto tributá rio

Modalidades de planejamento tributário


Contratação de Estagiário Modalidades de planejamento tributário
Modalidades de planejamento tributário
Estagiários - Observações das seguintes obrigações: Contratação de Estagiário
Contratação de Estagiário
Estagiários - Observações das seguintes
III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, obrigações:
O contrato de estágio, previsto na Lei nº
com formação ou experiência profissional na área
11.788/2008, efetiva previsão que quando Ressalta-se que a duração do estágio na
remunerado, aproxima da relação de de conhecimento desenvolvida no curso do
empresa não poderá ser excedente ao período
emprego, tendo em vista destacar os estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) de 02 (dois) anos, exceto quanto se tratar de
requisitos desse tipo de vínculo. estagiários simultaneamente; portador de necessidade especial.

Lei nº 11.788/2008 Lei nº 11.788/2008 – Art. 9º Lei nº 11.788/2008 – Art. 9º

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Contratação de Estagiário
Contratação de Estagiário
Modalidades de planejamento tributário O número máximo de estagiários em relação ao
Estagiários - Observações das seguintes obrigações: quadro de pessoal das entidades concedentes de
Contratação de Estagiário
estágio deverá atender às seguintes proporções,
IV – contratar em favor do estagiário seguro contra conforme quadro elucidativo abaixo especificado:
O estágio, desenvolvendo ato educativo acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível
com valores de mercado, conforme fique
escolar supervisionado, no ambiente de estabelecido no termo de compromisso; Quantidade de empregados - Possível contratação
trabalho, não cria vínculo empregatício de De 01 a 05 empregados - Contratação de 1 estagiário
V – por ocasião do desligamento do estagiário, De 06 a 10 empregados - Contratação de 2 estagiários
qualquer natureza, logo não incide encargos entregar termo de realização do estágio com De 11 a 25 empregados - Contratação de 5 estagiários
sociais. indicação resumida das atividades desenvolvidas,
dos períodos e da avaliação de desempenho; Acima de 25 empregados - Contratação de até 20 %
estagiários
Lei nº 11.788/2008 – Art.3º Lei nº 11.788/2008 – Art. 9º Lei nº 11.788/2008 – Art.

Modalidades de planejamento tributário


Mo da lida de s de pla ne ja m e nto tributá rio

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Contratação de Estagiário Contratação de Estagiário Contratação de Estagiário
Estagiários - Observações das seguintes obrigações:
Estagiários - Observações das seguintes
I – celebrar termo de compromisso com a instituição obrigações: Salário CLT Encargos Total do Custo
Sociais
de ensino e o educando, zelando por seu R$ 900,00 R$ 405,00 R$ 1.305,00
VI – manter à disposição da fiscalização
cumprimento; documentos que comprovem a relação de estágio; Salário Estagiário Encargos Total do Custo
Sociais
II – ofertar instalações que tenham condições de VII – enviar à instituição de ensino, com R$ 700,00 -$- R$ 900,00

proporcionar ao educando atividades de periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório Diferença


de atividades, com vista obrigatória ao estagiário. R$ 405,00
aprendizagem social, profissional e cultural;
Lei nº 11.788/2008 – Art. 9º Lei nº 11.788/2008 – Art. 9º

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Contratação de Estagiário Estancias Administrativas Federal Estancias Administrativas Federal
Base de 43,13 % = INSS de (20,0 % empresa; +
5,8 empresa para terceiros; empresa +SAT
O Processo Administrativo Fiscal, no âmbito federal, é
mínimo de 1,0 %; empresa + FGTS de 8,0 %;
empresa + 13º salário de 8,33 %).: regido pelo Decreto nº 70.235/72 (algumas de suas
disposições foram alteradas (incluídas) pelas Leis nº
Logo, com previsibilidade de 05 (cinco) 8.748, de 1993; nº 9.532, de 1997, nº 9.784 de 1999 e nº
empregados em período de 12 (doze) meses, 11.196, de 2005), o qual trata, dentre outras questões, da
verificaria uma economia de R$ 18.114,60 = (
determinação e exigência dos créditos tributários da
R$ 301,91 x 5 x 12).
União.

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Estancias Administrativas Federal
Estancias Administrativas Federal
Modalidades de planejamento tributário
Dos dispositivos legais citados, encontram-se
delineados os trâmites de todas as fases processuais

Estancias administrativas, desde a oferta da impugnação à


Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento,
Administrativa Federal aos recursos cabíveis ao Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais – CARF.

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Estancias Administrativas Federal Estancias Administrativas Federal Estancias Administrativas Federal
Além dos princípios do contraditório e da ampla
A supremacia do interesse público, de acordo com a Titular: Sandro Luiz de Aguilar
lei, obriga a Administração a realizar controle da defesa, o art. 2º da Lei 9.784, de 29/01/1999 estabelece,
Logradouro: Avenida Afonso Pena, 1316 - 4º andar
legalidade de seus atos e se alinha como reforço da também, que a Administração Pública obedecerá,
garantia dos contribuintes. Assim, o processo Bairro: Centro
administrativo tributário é instrumento posto à dentre outros, aos princípios da legalidade, Cidade: Belo Horizonte
disposição do contribuinte para obter resposta às suas finalidade, motivação, razoabilidade, Estado: MG
pretensões, possibilitando a eliminação de conflito com CEP: 30130-003
o fisco. proporcionalidade, moralidade, impessoalidade,
Belo Horizonte - MG
segurança jurídica, interesse público, eficiência, Telefone: (31) 3218-6480
Fax: (31) 3218-6419
publicidade, informalismo, oficialidade, gratuidade.

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24/08/2017

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Estancias Administrativas Federal Estancias Administrativas Federal Estancias Administrativas Federal
À 1ª (primeira) Seção cabe processar e julgar recursos
de ofício e voluntário de decisão de 1ª (primeira) O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais -
Titular: Flávio Machado Galvão Pereira
instância que versem sobre aplicação da legislação CARF foi criado pela Medida Provisória nº 449, de 2008,
Avenida Rio Branco, Nº 2.390 - 17º ao 19º
relativa a: convertida na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, e
Logradouro: andar
instalado pelo Ministro de Estado da Fazenda em
Bairro: Centro IV - CSLL, IRRF, Contribuição para o PIS/Pasep ou 15/2/2009, mediante Portaria MF nº 41, de 2009. A
Juiz de Fora - MG Contribuição para (Cofins), (IPI), Contribuição Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009, aprovou o
Cidade:
Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), quando Regimento Interno do CARF, que já se encontra em plena
Estado: MG vigência.
reflexos do IRPJ, formalizados com base nos mesmos
CEP: 36016-310 elementos de prova;
Telefone: (32) 3229-4400/4401 Portaria MF nº 343/2015, Art. 2º, com alteração pela Portaria MF nº 152/2016 Lei nº 11.941/2009, Portaria MF nº 41/2009
FAX: (32) 3229-4400

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Estancias Administrativas Federal Estancias Administrativas Federal Estancias Administrativas Federal
À 2ª (segunda) Seção cabe processar e julgar recursos
Art. 1º Compete aos órgãos julgadores do Conselho de ofício e voluntário de decisão de 1ª (primeira) Missão : Assegurar à sociedade imparcialidade e
Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) o instância que versem sobre aplicação da legislação celeridade na solução dos litígios tributários.
relativa a:
julgamento de recursos de ofício e voluntários de I - (IRPF); II - IRRF; III - (ITR);
Visão : Ser reconhecido pela excelência no
decisão de 1ª (primeira) instância, bem como os IV - Contribuições Previdenciárias, inclusive as instituídas
a título de substituição e as devidas a terceiros; e
julgamento dos litígios tributários.
recursos de natureza especial, que versem sobre V - penalidades pelo descumprimento de obrigações
tributos administrados pela Secretaria da Receita acessórias pelas pessoas físicas e jurídicas, relativamente Valores : Ética, transparência, prudência,
aos tributos de que trata este artigo. impessoalidade e cortesia.
Federal do Brasil (RFB).
Portaria MF nº 343/2015, com alteração pela Portaria MF nº 152/2016 Portaria MF nº 343/2015, Art. 3º, com alteração pela Portaria MF nº 152/2016 Lei nº 11.941/2009, Portaria MF nº 41/2009

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Estrutura Atual Presidência
Estancias Administrativas Federal CARF
Secretaria
Estancias Administrativas Federal Terceira Seção do CARF:
Executiva
ASTEJ
À 1ª (primeira) Seção cabe processar e julgar recursos I - Contribuição para o PIS/PASEP e Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social
de ofício e voluntário de decisão de 1ª (primeira) 1º Seção de 2º Seção de 3º Seção de
(COFINS), inclusive as incidentes na importação de Julgamento Julgamento Julgamento

instância que versem sobre aplicação da legislação bens e serviços;


relativa a: II - Contribuição para o Fundo de Investimento
1ª CÂMARA 2ª CÂMARA 3ª CÂMARA 4ª CÂMARA
Social (FINSOCIAL);
III - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
I - (IRPJ); II - (CSLL); III - (IRRF), quando se tratar de Secretaria de
Câmara
Secretaria de
Câmara
Secretaria de
Câmara
Secretaria de
Câmara
IX - Imposto sobre a Importação (II);
antecipação do IRPJ; X - Imposto sobre a Exportação (IE);
1ª Turma
Ordinária
1ª Turma
Ordinária
1ª Turma
Ordinária
1ª Turma
Ordinária

2ª Turma 2ª Turma 2ª Turma 2ª Turma


Portaria MF nº 343/2015, Art. 2º, com alteração pela Portaria MF nº 152/2016 Portaria MF nº 343/2015, Art. 3º, com alteração pela Portaria MF nº 152/2016 Ordinária Ordinária Ordinária Ordinária

3ª Turma 2ª Turma 1ª Turma 3ª Turma


Ordinária Especial Especial Especial

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário
Processo Administrativo Fiscal
Modalidades de planejamento tributário Processo Administrativo Fiscal Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em
face dos lançamentos tributários, são as seguintes:
Processo Administrativo
Súmula Vinculante 21 - Precedente Representativo 2.Manifestação de Inconformidade, dirigida às DRJ e
Fiscal ... ao exercício do direito de petição (CF, art. interposta pelo sujeito passivo, no prazo de 30 dias,
contra despacho decisório das Delegacias da Receita
e 5º, XXXIV), além de caracterizar ofensa ao Federal – DRF ou das Inspetorias da Receita Federal – IRF
princípio do contraditório (CF, art. 5º, LV). que denegou pedido de compensação, restituição ou
ressarcimento de crédito tributário, ou que não reconheceu
Processo Tributário direito à imunidade, à suspensão, à isenção e à redução de
tributos e contribuições;

Súmula Vinculante nº 21 - STF Decreto nº 70.235/1972

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal
Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em
Por outro lado, no tocante à fase litigiosa do Processo face dos lançamentos tributários, são as seguintes:
Súmula Vinculante 21
Administrativo Fiscal, as formas autorizadas pela 3. Recurso Voluntário dirigido ao Conselho Recursal –
É inconstitucional a exigência de depósito legislação federal para que o contribuinte CARF e interposto pelo sujeito passivo, no prazo de 30
dias, contra decisão das DRJ que tenha declarado
ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens diretamente se oponha aos lançamentos tributários, procedente, parcial ou totalmente, o lançamento
na forma inteligente destacada por Mauritânia Elvira formalizado por via de auto de infração ou notificação de
para admissibilidade de recurso lançamento.
de Sousa Mendonça, são as seguintes:
administrativo.
Súmula Vinculante nº 21 - STF Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 70.235/1972

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal
Recurso Voluntário dirigido ao Conselho Recursal –
Súmula Vinculante 21 Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em CARF...
Precedente Representativo - Fragmento face dos lançamentos tributários, são as seguintes: (neste caso é proposto contra o não acatamento, parcial ou
"Ementa: (...) A exigência de depósito ou total, da impugnação), ou que tenha indeferido a solicitação
nos casos de pedido de compensação, restituição ou
arrolamento prévio de bens e direitos como 1. “Impugnação, dirigida às Delegacias da Receita
Federal de Julgamento – DRJ e interposta pelo ressarcimento de crédito tributário, ou de reconhecimento
condição de admissibilidade de recurso de direito à imunidade, à suspensão, à isenção e à redução
sujeito passivo, no prazo de 30 dias, contra auto de
administrativo constitui obstáculo sério (e de tributos e contribuições (nesta hipótese é proposto
infração ou notificação de lançamento;
intransponível, para consideráveis parcelas contra o não acolhimento, total ou parcial, da manifestação
da população ... de inconformidade).

Súmula Vinculante nº 21 - STF Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 70.235/1972

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal
Processo Administrativo Fiscal
Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em face Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em face
Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em
dos lançamentos tributários, são as seguintes: dos lançamentos tributários, são as seguintes:
face dos lançamentos tributários, são as seguintes:
6. Recurso Especial, dirigido à CSRF e interposto, no 9. Pedido de Retificação, dirigido às DRJ, ao CARF ou à
4. Recurso de Ofício, dirigido ao CARF e interposto
prazo de 15 dias,, ou ..... contra decisão que der à lei CSRF e proposto, conforme o caso, pela autoridade
pelas DRJ contra decisões suas (prolatadas em face da
tributária interpretação divergente da que lhe tenha incumbida da execução do acórdão, pela autoridade
apreciação de impugnação de lançamento de ofício), total
dado outra Câmara do CARF ou a própria CSRF julgadora de primeira instância, pelo Procurador da
ou parcialmente favoráveis ao sujeito passivo, que
(recurso manejável tanto pelo Procurador da Fazenda Nacional, por Conselheiro ou pelo sujeito passivo,
exonerarem este do pagamento de tributo e multa em valor
Fazenda Nacional quanto pelo sujeito passivo); com o fim de sanear as inexatidões materiais devidas a
total (lançamento principal e decorrente) superior a R$
lapso manifesto e os erros de escrita ou de cálculo
500.000,00; existentes na decisão;
Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 70.235/1972

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal
Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em face Os atos administrativos gozam da prerrogativa da
Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em
dos lançamentos tributários, são as seguintes: presunção de legitimidade, o que para alguns
face dos lançamentos tributários, são as seguintes:
7. Embargo de Declaração, dirigido ao CARF ou à CSRF, e autores, reverte referido o ônus da prova ao
apresentado, no prazo de 5 dias, por Conselheiro da Câmara, acusado. Ainda que se admita tal presunção, pelo
5. Recurso Voluntário dirigido à Câmara Superior de pelo Procurador da Fazenda Nacional, pelo sujeito passivo, pela menos, a autoridade administrativa deve agir de
autoridade julgadora de primeira instância ou pela autoridade forma imparcial, sem estar envolvida por interesses
Recursos Fiscais – CSRF e interposto pelo sujeito
encarregada da execução do acórdão, quando existir no particulares para exceder-se nas exações tributárias,
passivo, no prazo de 30 dias, contra decisão do CARF acórdão prolatado obscuridade, dúvida ou contradição
porque isto em nada lhe beneficia, pelo contrário,
entre decisão e fundamentos, ou ainda quando for omitido
que tenha dado provimento a recurso de ofício promovido deporá contra a sua conduta, e além do mais, sabe o
ponto sobre o qual devia pronunciar-se a Turma (CSRF)
ou a Câmara (CARF); agente administrativo de que seu ato será revisto.
pelas DRJ;
Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 70.235/1972

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal
Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em face Instaurado o contencioso administrativo tributário
Fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal, em
dos lançamentos tributários, são as seguintes:
face dos lançamentos tributários, são as seguintes: mediante impugnação do sujeito passivo, é assegurada
a complementação instrutória mediante a realização de
6. Recurso Especial, dirigido à CSRF e interposto, no 8. Agravo, dirigido aos CARF (Presidente da Câmara
provas periciais, testemunhais e outras diligências que
prazo de 15 dias, contra decisão não unânime de recorrida) e interposto, no prazo de 5 dias, pelo
se façam necessárias, conforme o caso concreto, desde
Câmara do CARF quando for contrária à lei ou à Procurador da Fazenda Nacional ou pelo sujeito passivo,
que tempestivamente solicitadas e devidamente
evidência da prova (recurso privativo do Procurador da contra despacho que negar seguimento a recurso especial;
especificadas e justificadas pelo contribuinte.
Fazenda nacional), ou .....
Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 70.235/1972

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal
Impugnação
O recurso administrativo, ainda que intempestivo, Art. 56. § 1o Apresentada a impugnação em unidade
Isso sem falar na possibilidade de a autoridade
tem o condão de suspender a exigibilidade do diversa, esta a remeterá à unidade indicada
julgadora de primeira instância determinar, de ofício, no caput.
crédito tributário até que o órgão de segunda
em nome do princípio inquisitório, a realização de
§ 6o Na impossibilidade de se obter cópia do aviso
instância julgue ser o mesmo extemporâneo, o que
diligências consideradas úteis, conforme bem de recebimento, será considerada como data da
ocasionaria o perecimento do direito do apresentação da impugnação a constante do carimbo
assinalou a Profª. Fabiana Del Padre.
aposto pelos Correios no envelope que contiver a
contribuinte/recorrente à mencionada suspensão.
remessa, quando da postagem da correspondência. .

Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 7.574/2011, Art. 56, § § 1º e 6º

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal

O Processo Administrativo Fiscal, no âmbito federal, Nas palavras de Guilherme Freire de Barros Teixeira
Salienta-se que o Processo Administrativo de
é regido pelo Decreto nº 70.235/72 (algumas de suas (2009, p.158):
Revisão do Lançamento é guiado pelo Princípio da
disposições foram alteradas (incluídas) pelas Leis nº “O princípio da fungibilidade pode ser definido
como a possibilidade de substituição de uma medida Verdade Material, pelo qual o objetivo central do
8.748, de 1993; nº 9.532, de 1997, nº 9.784 de 1999 e
processual por outra, admitindo-se aquela feito não é senão o de apurar, com base em todos os
nº 11.196, de 2005), o qual trata, dentre outras erroneamente utilizada como se tivesse sido
empregada uma outra mais adequada à situação concreta elementos disponíveis, a verdade dos fatos, em
questões, da determinação e exigência dos créditos
existente nos autos, sendo irrelevante eventual equívoco no prejuízo da mera verdade dos autos.
tributários da União. manejo de medida inapropriada pela parte.”
.
Decreto nº 70.235/1972 e Decreto nº 7.574/2011 Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 7.574/2011 e Decreto nº 7.574/2011

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Processo Administrativo Fiscal Processo Administrativo Fiscal

Dos citados dispositivos, encontram-se delineados os Impugnação


Art. 56. A impugnação, formalizada por escrito,
Modalidades de planejamento tributário
trâmites de todas as fases processuais instruída com os documentos em que se
administrativas, desde a oferta da impugnação à fundamentar e apresentada em unidade da Secretaria
da Receita Federal do Brasil com jurisdição sobre o
Delegacia da Receita Federal do Brasil de
Julgamento, aos recursos cabíveis ao Conselho
domicílio tributário do sujeito passivo, bem como,
remetida por via postal, no prazo de trinta dias, Execução Fiscal
contados da data da ciência da intimação da
Administrativo de Recursos Fiscais - CARF e pela
Lei nº 9.784/1999, promulgada após a CF/88.
exigência, instaura a fase litigiosa do procedimento
(Decreto no 70.235, de 1972, arts. 14 e 15).
Conceitos e
Decreto nº 70.235/1972 Decreto nº 7.574/2011, Art. 56
Procedimentos

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos
O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte
ordem:
A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e

União, dos Estados, do Distrito Federal, dos encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou V - navios e aeronaves;
garantir a execução, observadas as seguintes normas: VI - veículos;
Municípios e respectivas autarquias é regida pela
VII - móveis ou semoventes; e
Lei nº 6.830/1980, subsidiariamente, pelo Código de I - a citação será feita pelo correio, com aviso de
VIII - direitos e ações.
Processo Civil. recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por
outra forma;
Lei nº 6.830/1980, Art. 1º Lei nº 6.830/1980, art. 8º Lei nº 6.830/1980, art. 11

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos
Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela ...Observadas as seguintes normas: Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre
estabelecimento comercial, industrial ou agrícola,
definida como tributária ou não tributária na Lei nº II - a citação pelo correio considera-se feita na data bem como em plantações ou edifícios em construção.
da entrega da carta no endereço do executado, ou, se
4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações A penhora efetuada em dinheiro será convertida no
a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias
depósito.
posteriores, que estatui normas gerais de direito após a entrega da carta à agência postal;
O Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para
financeiro para elaboração e controle dos orçamentos III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de depósito judicial, particular ou da Fazenda Pública
15 (quinze) dias da entrega da carta à agência postal, exeqüente, sempre que esta o requerer, em qualquer
e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e
a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital; fase do processo.
do Distrito Federal.
Lei nº 6.830/1980, art. 2º Lei nº 6.830/1980, art. 8º Lei nº 6.830/1980, art. 11, §§ 1º, 2º e 3º

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos
A execução fiscal poderá ser promovida contra: A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte O executado oferecerá embargos, no prazo de 30
I - o devedor; II - o fiador; ordem: (trinta) dias, contados:
III - o espólio; IV - a massa; I - dinheiro; I - do depósito;
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, II - título da dívida pública, bem como II - da juntada da prova da fiança bancária ou do
tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas título de crédito, que tenham cotação em seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº
jurídicas de direito privado; e bolsa; 13.043, de 2014)
VI - os sucessores a qualquer título. III - pedras e metais preciosos; III - da intimação da penhora.
IV - imóveis; Não são admissíveis embargos do executado antes de
garantida a execução.

Lei nº 6.830/1980, art. 4º Lei nº 6.830/1980, art. 11, I, II, III e IV Lei nº 6.830/1980, art. 16, I, II e III, § 1º

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Modalidades de planejamento tributário


Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos
O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto
não for localizado o devedor ou encontrados bens O SNIPC será alimentado com as informações já
sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses Com o Hal, o Banco Central ganha uma ferramenta
casos, não correrá o prazo de prescrição. existentes nos bancos de dados da Receita Federal do
tecnológica a altura de um sistema financeiro
Brasil, dos Cartórios de Registro de Imóveis,
Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que altamente informatizado e moderno. O
seja localizado o devedor ou encontrados bens Departamentos de Trânsito, Secretaria do Patrimônio
supercomputador é uma ferramenta decisiva no
penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos da União, Capitanias dos Portos, Juntas Comerciais,
autos. combate a fraudes, caixa dois e lavagem de dinheiro
Agência Nacional de Aviação Civil, Comissão de
no Brasil.
Valores Mobiliários, Bolsas de Valores, ......
Lei nº 6.830/1980, art. 40, § § 1º e 2º

Modalidades de planejamento tributário


Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos

A manifestação prévia da Fazenda Pública será ..., Superintendências de Seguros Privados, Banco O Hal trabalha, sem cessar, no 5º subsolo do Banco
dispensada no caso de cobranças judiciais cujo Central do Brasil, Câmaras de Custódia e Liquidação, Central; um supercomputador instalado especialmente
valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, bem para reunir, atualizar e fiscalizar todas as contas
Ministro de Estado da Fazenda. (Incluído pela Lei como qualquer outro órgão ou entidade, públicos ou bancárias das Instituições financeiras instaladas no
nº 11.960, de 2009). privados, que possuam a finalidade de cadastro, País. Seu nome oficial é Cadastro de Clientes do
registro e controle de operações de bens e direitos. Sistema Financeiro Nacional – CCS na sigla abreviada,
Lei nº 6.830/1980, art. 40, § 5º já apelidado de HAL.

Modalidades de planejamento tributário


Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário
Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos
Destaca-se a instituição do Sistema Nacional de A Receita Federal conta com o T-Rex, um
Informações Patrimoniais dos Contribuintes – É importante que todos tenham conhecimento que as supercomputador que leva o nome do devastador
SNIPC, que será administrado pelo Ministério da contas bancárias estão sendo monitoradas pelo Tiranossauro Rex, e o software Harpia, ave de rapina
Fazenda e reunirá, em um único banco de dados, Governo. Apelidado de “Hal”, o cérebro eletrônico mais poderosa do país, que teria até a capacidade de
todas as informações patrimoniais, incluindo os mais poderoso de Brasília fiscalizará as contas bancárias aprender com o “comportamento” dos contribuintes
rendimentos e endereços das pessoas físicas e de todos os brasileiros, indistintamente. para detectar irregularidades.
jurídicas com obrigações com o Fisco.
Lei Complementar nº 105/2001

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Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Execução Fiscal Conceitos e Procedimentos Arrolamento de Bens Arrolamento de Bens
O termo de arrolamento de que trata este artigo será
O programa vai integrar as secretarias estaduais da Se o crédito tributário for formalizado contra pessoa registrado independentemente de pagamento de custas
física, no arrolamento devem ser identificados, ou emolumentos:
Fazenda, instituições financeiras, administradoras de
inclusive, os bens e direitos em nome do cônjuge, não
I - no competente registro imobiliário, relativamente aos
cartões de crédito e os cartórios. Com fundamento na gravados com a cláusula de incomunicabilidade.
bens imóveis;
Lei Complementar nº 105/2001. II - nos órgãos ou entidades, onde, por força de lei, os
Na falta de outros elementos indicativos, considera-se
patrimônio conhecido, o valor constante da última bens móveis ou direitos sejam registrados ou
declaração de rendimentos apresentada. controlados;

Lei Complementar nº 105/2001 Lei nº 9.532/1997, Art. 64, §§ 1º e 2º Lei nº 9.532/1997, Art. 64, § 5º, I, e II

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Arrolamento de Bens Arrolamento de Bens
A partir da data da notificação do ato de arrolamento, III - no Cartório de Títulos e Documentos e Registros
Especiais do domicílio tributário do sujeito passivo,
mediante entrega de cópia do respectivo termo, o relativamente aos demais bens e direitos.
proprietário dos bens e direitos arrolados, ao transferi- As certidões de regularidade fiscal expedidas deverão
Arrolamento de Bens los, aliená-los ou onerá-los, deve comunicar o fato à
conter informações quanto à existência de arrolamento.
O disposto neste artigo só se aplica a soma de créditos
unidade do órgão fazendário que jurisdiciona o de valor superior a R$ 2.000.000,00 (Dois milhões de
reais). (Vide Decreto nº 7.573, de 2011)
domicílio tributário do sujeito passivo.

Lei nº 9.532/1997, Art. 64, §3º Lei nº 9.532/1997, Art. 64, § 5º, III, §§ 6º e 7º

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Arrolamento de Bens Arrolamento de Bens Arrolamento de Bens
A autoridade fiscal competente poderá, a
A alienação, oneração ou transferência, a qualquer
requerimento do sujeito passivo, substituir bem ou
Art. 64. A autoridade fiscal competente procederá ao título, dos bens e direitos arrolados, sem o direito arrolado por outro que seja de valor igual
arrolamento de bens e direitos do sujeito passivo cumprimento da formalidade prevista no parágrafo ou superior, desde que respeitada a ordem de
sempre que o valor dos créditos tributários de sua prioridade de bens a serem arrolados definida
anterior, autoriza o requerimento de medida cautelar
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e seja
responsabilidade for superior a trinta por cento do seu fiscal contra o sujeito passivo. realizada a avaliação do bem arrolado e do bem a
patrimônio conhecido. ser substituído.

Lei nº 9.532/1997, Art. 64 Lei nº 9.532/1997, Art. 64, § 4º Lei nº 9.532/1997, Art. 64, § 12

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Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Cautelar Fiscal
Cautelar Fiscal
Modalidades de planejamento tributário
A medida cautelar fiscal poderá ser requerida contra
o sujeito passivo de crédito tributário ou não A decretação da medida cautelar fiscal
tributário, quando o devedor:
produzirá, de imediato, a indisponibilidade
III - caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar
Cautelar Fiscal bens;
IV - contrai ou tenta contrair dívidas que
dos bens do requerido, até o limite da

comprometam a liquidez do seu patrimônio; satisfação da obrigação.


V - notificado pela Fazenda Pública para que proceda .
ao recolhimento do crédito fiscal:
Lei nº 8.397/1992, Art. 1º, III, IV e V Lei nº 8.397/1992, Art. 4º, § 1º

Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário Cautelar Fiscal
Cautelar Fiscal Cautelar Fiscal
Na hipótese de pessoa jurídica, a indisponibilidade
O procedimento cautelar fiscal poderá ser instaurado A medida cautelar fiscal poderá ser requerida contra
o sujeito passivo de crédito tributário ou não recairá somente sobre os bens do ativo permanente,
após a constituição do crédito, inclusive no curso da tributário, quando o devedor:
podendo, ainda, ser estendida aos bens do acionista
execução judicial da Dívida Ativa da União, dos a) deixa de pagá-lo no prazo legal, salvo se suspensa
sua exigibilidade; controlador e aos dos que em razão do contrato
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e
b) põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros; social ou estatuto tenham poderes para fazer a
respectivas autarquias. (Redação dada pela Lei nº VI - possui débitos, inscritos ou não em Dívida Ativa,
empresa cumprir suas obrigações fiscais.
9.532, de 1997) que somados ultrapassem trinta por cento do seu
patrimônio conhecido;
Lei nº 8.397/1992, Art. 1º, com alteração pela Lei nº 9.532/1997 Lei nº 8.397/1992, Art. 1º, V, a, b e VI Lei nº 8.397/1992, Art. 4º, § 1º

Modalidades de planejamento tributário Modalidades de planejamento tributário


Modalidades de planejamento tributário Cautelar Fiscal Cautelar Fiscal
Cautelar Fiscal A medida cautelar fiscal poderá ser requerida contra
A medida cautelar fiscal poderá ser requerida contra o sujeito passivo de crédito tributário ou não
o sujeito passivo de crédito tributário ou não tributário, quando o devedor: A medida cautelar fiscal decretada poderá ser
tributário, quando o devedor: VII - aliena bens ou direitos sem proceder à devida substituída, a qualquer tempo, pela prestação de
I - sem domicílio certo, intenta ausentar-se ou alienar comunicação ao órgão da Fazenda Pública competente,
bens que possui ou deixa de pagar a obrigação no quando exigível em virtude de lei; garantia correspondente ao valor da prestação da
prazo fixado; VIII - tem sua inscrição no cadastro de contribuintes Fazenda Pública, na forma do art. 9° da Lei n° 6.830,
II - tendo domicílio certo, ausenta-se ou tenta se declarada inapta, pelo órgão fazendário;
ausentar, visando a elidir o adimplemento da IX - pratica outros atos que dificultem ou impeçam a de 22 de setembro de 1980.
obrigação; satisfação do crédito.
Lei nº 8.397/1992, Art. 2º, I, II Lei nº 8.397/1992, Art. 1º, V, a, b e VI Lei nº 8.397/1992, Art. 10

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24/08/2017

Modalidades de planejamento tributário

Agradecemos a participação neste Evento.

NASC – Núcleo de Ações Sociais e Contábeis

José Henrique Barbosa de Oliva

PERGUNTAS...

Lei nº 8.397/1992, Art. 10

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