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Perguntas – Processual Patologia N1

Aula 01
1. Qual o principal fator etiológico relacionado tanto ao enfisema quanto à bronquite crônica?
O principal e mais importante fator de risco, que é comum tanto ao enfisema quanto à
bronquite crônica é o tabagismo. No caso do enfisema, há ainda fatores relacionados à
deficiência genética da enzima α1-antitripsina e, no caso da bronquite crônica, fatores
relacionados à poluição atmosférica e a inalantes industriais tóxicos.

2. Qual a diferença entre atelectasia e enfisema pulmonar?


Atelectasia pode ser definida como o colapso do tecido pulmonar expandido, podendo ocorrer
por reabsorção, compressão ou contração e geralmente é uma condição secundária a uma
doença principal. O enfisema pulmonar, por sua vez, é uma doença pulmonar obstrutiva
crônica das vias aéreas caracterizado pelo aumento irreversível dos espaços aéreos distais aos
bronquíolos terminais com a destruição dos septos alveolares. Nele, também ocorre a perda da
elasticidade do tecido.

Aula 02
1. Conceitue pneumonia lobar e broncopneumonia.
Pneumonia lobar é um subtipo da pneumonia bacteriana ou típica em que há um padrão de
consolidação de um lobo pulmonar, seja de forma completa ou parcial. Já a
broncopneumonia, também chamada de pneumonia lobular, é outro subtipo da pneumonia
bacteriana em que há uma consolidação focal atingindo mais de um lobo. A pneumonia lobar
acomete mais adultos jovens, enquanto a pneumonia lobular acomete mais pessoas em
idades extremas, como crianças e idosos, em que o sistema imunológico é mais
comprometido.

2. Conceitue empiema pleural, derrame pleural e abscesso pulmonar.


Um empiema pleural é uma formação de uma coleção de exsudato purulento na cavidade já
existente, no caso, a cavidade pleural. Um derrame pleural também é uma coleção formada na
cavidade pleural, porém seu conteúdo é formado de exsudato seroso (não purulento). Por fim,
o abscesso pulmonar se trata de uma coleção de esxsudato purulento numa cavidade
neoformada da região pulmonar.

3. Questão desafio: Quais os agentes infecciosos mais comumente envolvidos nas


pneumonias da comunidade, nosocomiais e intersticiais.
Os agentes infecciosos mais comuns são:

a) Pneumonias adquiridas na comunidade: S. pneumoniae, Haemophilus influenzae,


Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas, Mycoplasma pneumoniae

b) Pneumonias nosocomiais, ou seja, aquelas que ocorrem após 48 horas de internação


hospitalar: Staphylococcus aureus resistentes à meticilina, bacilos G-, Pseudomonas ssp,
enterobactérias, Gram-negativos não ESBL (resistência a ß-lactamases de espectro estendido),
Gram-negativos produtores de ESBL (E. coli, klebsiella pneumoniae e enterobacter) e
Acinetobacter

c) Pneumonias intesticiais: vírus sincicial respiratório, parainfluenza, metapneumovirus


humano (crianças), influenza A e B (adultos), adenovírus, rinovírus, da rubéola e varicela. Há
também infecções intersticiais relevantes por Mycoplasma e Clamídia.

Aula 03
1. JMS, 38 anos, sexo masculino, procurou a unidade de saúde com quadro de tosse produtiva
havia 4 semanas, acompanhada de febre e perda de peso. Previamente hígido, não
apresentava comorbidades. Após exame clínico e exames complementares foi diagnosticada
tuberculose pulmonar. Ele mora com a mulher, de 34 anos, e um filho de 1 ano e 8 meses. A
sua mulher apresenta tosse, e o seu filho está totalmente assintomático e tem vacina BCG.
Descreva qual o agente etiológico da tuberculose e as vias de transmissão possíveis de serem
responsáveis pela disseminação deste caso.
Agente etiológico - Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch-BK), é uma bactéria com um
envoltório celular único álcool ácido resistente, protegido por uma capa serosa (acido
micolico).
Transmissão - aérea, é transmitido através da inalação de gotículas expelidas pela fala, espirro
ou tosse das pessoas com tuberculose ativa.

2. A silicose, pneumoconiose bastante prevalente no Brasil devido às múltiplas situações de


risco laboral a que estão submetidos os trabalhadores, tem consequências humanas, sociais e
econômicas.

Considerando as informações acima, apresente:


- etiologia;
- características estruturais da partícula que levam à doença.

Etiologia - a aspiração da partícula de dióxido de silício (sílica) em ambientes de alguns


segmentos industriais como a mineração e cerâmica, sem o uso do devido EPI
Características estruturais - a partícula é cristalina, muito fibrogênica e amorfa. Na
microscopia óptica a sílica é refringente.

Aula 04
1. Quais são os fatores de risco para embolia pulmonar?
São fatores de risco para embolia pulmonar: cirurgias (articulares maiores, pélvicas ou
abdominais relacionadas a câncer, maiores do trato gastrointestinal, multi-trauma, da corda
espinal com parestesia); doenças agudas e crônicas como insuficiência cardíaca crônica,
infarto do miocárdio, doença inflamatória de Bowel, doença reumática ativa, síndrome
nefrótica, insuficiência respiratória agora e doença pulmonar crônica; neoplasias malignas e
fatores associados (gravidez ou pós parto, uso de contraceptivos orais ou terapia de reposição
hormonal); trombofilia e outros (estase venosa, histórico de trombose venosa profunda ou
embolia pulmonar, imobilização prolongada/ viagens).

2. Defina e explique cor pulmonale.


A cor pulmonale é uma doença cardíaca na câmara direita em decorrência de uma doença
pulmonar, exemplo embolia pulmonar dos grandes vasos. Representa uma complicação da
hipertensão pulmonar e alterações estruturais, como hipertrofia ou dilatação.

Aula 05
Com base no artigo disponibilizado, responda as seguintes questões:

1. O que é síndrome paraneoplásica e síndrome de Cushing?


Uma síndrome paraneoplásica é aquela oriunda da neoplasia, mas não relacionada aos sinais
típicos e diretos da invasão, compressão e metástase do tumor.

Nestes casos, a neoplasia também é capaz de gerar secreções inesperadas de substâncias


biologicamente ativas, que, quando acumuladas, podem causar síndromes específicas. Essas
secreções podem ter natureza endócrina, neurológica, mucocutânea, hematológica ou ainda
renal.

Como exemplo, podemos citar o carcinoma pulmonar de pequenas células (oat-cells). Na


situação, o carcinoma estimula a secreção de ACTH ectópico nas células neuroendócrinas,
gerando um hipercortisolismo sistêmico. Com isso, o paciente desenvolve a chamada
Síndrome de Cushing, caracterizada por uma série de sinais decorrentes desse desbalanço do
Cortisol, dentre eles: fácies de Lua Cheia, o acúmulo de gordura na região abdominal,
hirsutismo, adinamia, hipertensão arterial e diabetes e alterações dos hormônios sexuais.
2. Quais as neoplasias malignas pulmonares com potencial desenvolvimento de Síndrome de
Cushing?
As principais neoplasias malignas com potencial de desenvolver Síndrome de Cushing por
efeito paraneoplásico são: (i) Carcinoma de pulmão de pequenas células (SCLC); (ii)
Adenocarcinoma de padrão lepídico (antigo carcinoma bronquíolo-alveolar) e (iii) Carcinoma
de pulmão de grandes células (LCLC)

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