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O liberalismo e a afirmação do capitalismo
• O LIBERALISMO E A AFIRMAÇÃO DO
CAPITALISMO
O liberalismo e a afirmação do capitalismo
Jean-Auguste Dominique Ingres
Louis Francois Bertin
1832;  Louvre, Paris
O liberalismo, enquanto doutrina económica,
defendia que a diminuição da influência do
Estado nas actividades produtivas permitiria o
desenvolvimento da iniciativa individual, o
aumento da riqueza e o benefício da
sociedade. O papel do Estado deveria,
portanto, reduzir-se ao mínimo, esbatendo-se
todas as formas de proteccionismo.
O esforço natural de cada indivíduo para
melhorar a sua própria condição constitui,
quando lhe é permitido exercê-lo em liberdade
e segurança, um princípio tão poderoso que,
sozinho e sem ajuda, é (...) capaz de levar a
sociedade à riqueza e prosperidade (...). Todo o
Homem, desde que não viole as leis da justiça,
tem direito a lutar pelos seus interesses como
melhor entender e a entrar em concorrência,
com a sua indústria e o seu capital, com os de
qualquer outro Homem. O soberano foi
totalmente liberto do dever (...) de
superintender o trabalho das pessoas privadas
e de o dirigir para as actividades que julga mais
necessárias à sociedade.

Adam Smith: A Riqueza das Nações; 1776 (adaptado)


O desenvolvimento do liberalismo
permitiu que se vivessem décadas
de acentuado crescimento
económico. Nos países
industrializados, a alta burguesia
acumulou fortunas enormes. A
pequena burguesia urbana adquiriu
algum conforto. Viveram-se, de
facto, tempos de prosperidade
como nunca antes . Para alguns e
em alguns locais.
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Mas o liberalismo econômico gerou também grandes desequilíbrios e graves problemas


econômicos e sociais. As leis do mercado (oferta / procura) determinam os preços das
mercadorias e matérias-primas, o valor dos salários e o ritmo da economia.
O livre-cambismo foi seguido pela maior parte das nações europeias. A criação de grandes
mercados nacionais estimularia o consumo e a produção, aumentando a riqueza dos Estados.
Ao mesmo tempo que se criavam grandes mercados internos, alguns países adotavam medidas
proteccionistas, agravando taxas alfandegárias, numa política neomercantilista (França,
Alemanha; E.U.A.)

Friedrich List (1789 – 1846) foi um político e economista alemão, defensor das políticas
proteccionistas como modo das nações em vias de desenvolvimento resistirem à
concorrência das potências industriais como a Inglaterra, principal defensora do livre-
cambismo.

Doc. 3; p. 49
Formaram-se sociedades por acções, novas formas de financiamento que deram origem a
sociedades anónimas de responsabilidade limitada.
A banca de depósitos tenta atrair as poupanças dos pequenos aforradores, a troco de um
pequeno juro. O capital assim recolhido é depois emprestado a juros elevados aos investidores
ou utilizado em lucrativas operações financeiras, por vezes de alto risco.
O capitalismo financeiro gera um grande movimento
de capitais. Os bancos de investimento adquirem
participações em companhias industriais com o
objetivo de obterem grandes lucros. As empresas
têm os seus capitais dispersos em bolsa sujeitos a
movimentos especulativos.

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