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História do teste

Falar sobre os pontos resumidamente:

Slide 3- A origem do Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (Rey Auditory-Verbal


Learning Test – RAVLT), é uma adaptação do teste de memória para palavras desenvolvido
pelo psicólogo Édouard Claparède (1873-1940). O psicólogo suíço André Rey (1905-1965),
então aluno de Claparède, foi responsável pelas modificações, as quais foram tão significativas,
que o teste passou a ter o seu nome.

Slide 3- André Rey trouxe à psicologia grandes contribuições em campos como a educação,
orientação profissional e neuropsicologia. Seus estudos abrangiam participantes com faixa etária
variadas, e tinham por foco a avaliação de diferentes domínios da cognição. Ele desenvolveu
diversos testes igualmente famosos, como um teste de cópia e evocação tardia de uma figura de
difícil decodificação verbal (o teste Figura Complexa de Rey).
Memória

Slide 4 - Nosso senso de identidade depende fundamentalmente de nossa capacidade de


aprender, armazenar e recuperar informações. O mesmo podemos dizer de nossa
orientação de tempo e espaço; e nossa capacidade de resolver questões de forma
sistematizada. Quando nos deparamos com as mais diversas situações em nosso dia a
dia, conciliamos novas informações àquelas já vivenciadas e que nos dão pistas sobre a
possibilidade de um comportamento bem-sucedido. Fato é que a memória e seus
diferentes aspectos se constituem em um dos principais balizadores de nossa
complexidade cognitiva e nossa capacidade de adaptação.
A memória é um sistema composto por múltiplos processos, e a avaliação da memória
envolve diferentes padrões.
Estudos clínicos mostram quão caótica se torna a vida quando os sistemas neurais que
subsidiam processos da memória são danificados. Na doença de Alzheimer; por
exemplo, um processo neurodegenerativo compromete regiões do sistema nervoso
central associadas ao funcionamento da memória. A progressão das falhas em aprender,
armazenar e recuperar novas informações inverte o curso da existência da pessoa,
causando limitações funcionais progressivas que minam a autonomia do paciente em
realizar suas atividades diárias.
Slide 5: Sobre os diferentes domínios da memória nos leva a considerar três eixos
principais: o tempo, o conteúdo e o tipo de processo envolvido. Com relação ao
tempo, considerando este exato momento como um marco, temos conteúdos já
aprendidos e conteúdos que estão em processo de aprendizagem. A organização
temporal da memória envolve processos que vão do registro sensorial à consolidação
para evocação posterior.
Em se tratando de termos do conteúdo, a memória pode também ficar fracionada nos
seguintes agrupamento:
Declarativos (sendo organizados em proposições verbais) e não declarativos (evocados
automaticamente na forma de procedimentos, hábitos, condicionamentos verbais ou não
verbais).
A memória declarativa pode ser dividida em episódica e semântica. (slide 6)
Slide 6: Em termos de aprendizagem ou recuperação de conteúdos já aprendidos, pode
ocorrer de forma explicita/consciente ou não explicita/inconsciente. A memória
explicita é associada ao sistema declarativo de memória; sendo consciente e depende de
esforço voluntário para recuperação da informação armazenada. A testagem da memória
explicita é realizada através de tarefas de comando direto, ou seja, são solicitadas
informações armazenadas ao sujeito que deve busca-las voluntariamente. A testagem da
memória não explicita é feita por meio de medidas indiretas como tarefas de priming
positivo ou negativo (é um efeito que acontece quando a exposição de um indivíduo a um
determinado estímulo influencia na sua resposta a um estímulo subsequente, sem que haja
qualquer consciência da conexão entre eles).

O teste RAVLT
Slide 7: É um teste de aprendizagem verbal das 15 palavras de Rey que permite
estabelecer uma curva de aprendizagem ao longo das 5 tentativas, possibilita avaliar o
esquecimento ao comparar o número de palavras aprendidas numa evocação imediata e
numa evocação posterior.
Slide 8: Objetivo Avaliar os processos de memória declarativa episódica, utilizando a
repetição de uma lista de palavras .Pode contribuir para o diagnóstico de quadros
clínicos que cursem com o comprometimento da memória declarativa episódica
Slide 9: materiais e o local
Slide 10: púiblico, tempo

Slide 11: Aplicação: É lida uma lista de 15 substantivos (lista A) em voz alta para a
pessoa examinanda com um intervalo de 1 segundo entre as palavras, por 5 vezes
consecutivas – Tentativas A1 a A5. Cada uma das leituras é sempre seguida por um
teste de evocação espontânea. Nessas tentativas o sujeito deverá falar o máximo de
palavras que se lembrar. Não importa se ele repete palavra, mas cada palavra repetida
corretamente é pontuada apenas uma única vez.
Na primeira tentativa (A1) é feita a seguinte instrução:
“Vou ler uma lista de palavras. Preste atenção, pois quando eu terminar, você deverá
repetir tantas palavras que conseguir lembrar. Não tem importância a ordem em que
você irá repeti-las. Procure apenas se lembrar do máximo de palavras que puder”
Slide 12: Embora a anotação na ordem das palavras, na folha de aplicação, não seja um
requisito, o registro poderá ser útil para avaliação qualitativa das estratégias usadas pela
pessoa para guardar as informações. Uma outra informação relevante para análise
qualitativa é a anotação das palavras ditas e que não foram lidas. Os falsos positivos são
informações relevantes para identificar parafasia semânticas e literais. Além disso em
quadros demenciais é comum que o examinando fale palavras que não foram lidas pelo
examinador, essas palavras poderão ser anotadas no quadro de intrusões na folha de
aplicação.
Importante: Não deve ser dada nenhuma dica ou pista em relação ao número correto de
resposta ditas. Quando a pessoa falar que não consegue se lembrar de mais nada, ou se
passar 10 segundos sem dizer uma nova palavra, o examinar informará que irá ler
novamente a mesma lista.
Slide 13: A instrução para segunda tentativa (A2) é a seguinte:
“Novamente eu vou ler as mesmas palavras. De novo, quando eu terminar quero que
você repita para mim todas as palavras que conseguir lembrar, inclusive as que já
foram ditas da vez anterior. Não tem importância a ordem em que você irá repeti-las.
Procure apenas se lembrar do máximo de palavras que puder”
Slide 14: Da tentativa A3 a A5 se instrui da mesma forma
“Novamente eu vou ler as mesmas palavras. De novo, quando eu terminar quero que
você repita para mim todas as palavras que conseguir lembrar, inclusive as que já
foram ditas da vez anterior. Não tem importância a ordem em que você irá repeti-las.
Procure apenas se lembrar do máximo de palavras que puder”
Depois da quinta tentativa, uma lista de interferência, também comporta por 15
substantivos (lista B)é lida para a pessoa, sendo seguida de sua evocação. A instrução é
dada da seguinte forma:
“Agora vou ler uma nova lista de palavras. Preste bastante atenção, pois, quando eu
terminar, você deverá repetir tantas palavras quantas conseguir. Não tem importância
a ordem em que você irá repeti-las. Procure apenas se lembrar do máximo de palavras
que puder”
Slide 15: Logo após a tentativa B1, pede-se que se recorde das palavras da lista A, sem
que ela seja, nesse momento, reapresentada.
Após um intervalo de aproximadamente 20 minutos, que deve ser preenchido com
outras atividades que não demandem raciocínio verbal, é pedido para o examinando se
lembrar das palavras ditas na lista A sem que seja lido para ele. Impotante: não é
avisado que ele guarde as palavras e será testado novamente em relação à lembrança.
“Novamente eu quero que você me fale todas as palavras que conseguir se lembrar da
primeira lista que li para você. Não tem importância a ordem em que você irá repeti-
las. Procure apenas se lembrar do máximo de palavras que puder”
Slide 16: Após a tentativa da lista A7 é aplicado o teste de memória de reconhecimento
no qual uma lista contento as 15 palavras da lista A, as 15 palavras da lista B e 20 outros
distratores semelhante foneticamente, é lida para o examinando. A cada palavra ele
deverá indicar se Sim, estava na primeira lista ou se Não, não estava nessa lita. O
examinador irá colocar S para sim e N para não na folha de aplicação ao lada de cada
palavra na lista para reconhecimento.
Slide 17: O que cada lista avalia?
A1: Memória de Curto Prazo verbal – capacidade de manter temporariamente um
conteúdo verbal apresentado ao sujeito.
A2 – A5: É a curva de aprendizagem auditivo-verbal – capacidade de aumentar a
quantidade de material aprendido após a exposição sucessiva ao mesmo conteúdo. Essa
medida só é útil para composição dos índices de aprendizagem
B1 – Memória de curto prazo verbal – Capacidade de manter temporariamente um
conteúdo verbal.
A6 – Memória de Curto Prazo Episódica Verbal – que nessa lista está avaliando a
memória imediata. Capacidade de se lembrar de um evento (aprendizagem de
palavras) ocorrido há pouco tempo e que foi sucedido à exposição de um novo evento
A7 – Memória de longo prazo verbal – memória tardia, capacidade de se lembrar de um
evento (aprendizagem de palavras) que ocorreu anteriormente e que foi sucedido à
exposição de um novo conteúdo. Memória tardia.
Slide 18: Correção e interpretação dos resultados
Para as tentativas de A1 a A7 e para tentativa B1, o total de pontos é o número de
palavras ditas corretamente. Não são contadas as repetições. Além desses dados são
computados alguns índices da tarefa, que representam componentes ou processos mais
específicos da memória. O uso desses índices é opcional, embora alguns como escore
total sejam comuns ao uso do teste. Cabe ao profissional definir quais índices serão
utilizados em sua avaliação clínica mediante as hipóteses a serem testadas pelo teste. Os
valores obtidos deverão ser incluídos na coluna Pontuação do Quadro de resultados que
consta na folha de aplicação.
Slide 19 Memória de reconhecimento
A pontuação do teste de memória de reconhecimento á calculada somando todos os
acertos (palavras da lista A e palavras não pertencentes à lista A) identificadas
corretamente – 35 (total distratores). Procedimento semelhante a este tem sido utilizado
em testes de memória de reconhecimento.
Slide20: Após a pontuação colocada na coluna, o próprio livro de instruições apresenta
tabelas em função da variável idade. Nelas há informações sobre as pontuações,
percentil, média e desvio padrão caso o examinar prefira avaliar os dados pela tabela
colorida.
Slide 21: Como vimos, os dados normativos do RAVLT é exposto em percentis, e com
base na interpretação dos percentis, conseguimos ver como foi a Classificação do
paciente, e a interpretação clínica
Resumo: O teste analisa processos de codificação, armazenamento (curto e longo
prazo), recuperação (evocação livre e reconhecimento), além de permitir investigar
capacidade de resistência à interferência, extremamente útil no processo de avaliação e
diagnóstico.

Obrigada!

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