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Equaçõa de Bernoulli
Equaçõa de Bernoulli
Alarico Mepatia
Delto Xavier
Jorge de Sousa
Sebastião Coutinho
Equação de Bernoulli
Equação de Lagrange
Universidade - Save
Maxixe
2023
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Alarico Mepatia
Delto Xavier
Jorge de Sousa
Sebastião Coutinho
Equação de Bernoulli
Equação de Lagrange
Universidade - Save
Maxixe
2023
3
Resumo
Este trabalho tem por finalidade apresentar conteúdos relacionados com Equação de
Bernoulli, Equações diferenciais de ordem superior e Equação de Lagrange, (obtida a
partir do emprego da Teoria de Flexão das Placas e das hipóteses da Teoria de Kirchoff).
A solução dessa equação, que descreve o comportamento físico de uma placa (elemento
estrutural de uma edificação), é obtida de acordo com a condição de contorno pré-
estabelecida, através de dois métodos: a Solução de Navier e a Solução de Lévy. Os
resultados obtidos são comparados com dados disponíveis na literatura.
Lista de Símbolos
𝑀𝑥 – Momento fletor em 𝑥
𝑀𝑦 – Momento fletor em 𝑦
𝑉𝑥 – Esforço cortante em 𝑥
𝑉𝑦 – Esforço cortante em 𝑦
𝑎, 𝑏 Dimensões da placa
𝜐 – Coeficiente de Poiso
5
Índice
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6
1.2.OBJECTIVOS DO TRABALHO............................................................................... 6
1.2.1.Objectivo Geral........................................................................................................ 6
4.REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 21
6
1. INTRODUÇÃO
A Matemática é uma ciência indispensável para o desenvolvimento social e tecnológico
do ser humano. Essa ferramenta está presente nas mais diversas situações do cotidiano, e
abrange o estudo, a compreensão e a sistematização de fenômenos modelados por
equações, algoritmos e formas geométricas. Além disso, tem uma importância estratégica,
pois desenvolve o pensamento lógico, sendo imprescindível para a geração de
profissionais qualificados nas áreas de ciências exatas e engenharias e aptos para competir
no mercado de trabalho do mundo contemporâneo. A partir dessa ciência, desenvolvemse
áreas como a da Engenharia Civil, que é o ramo que engloba a concepção, o projeto, a
construção e a manutenção de todos os tipos de infraestrutura (edificações, estradas,
pontes) necessários ao bem estar e ao desenvolvimento da sociedade (LUCA, 2018).
1.2.OBJECTIVOS DO TRABALHO
1.2.1. Objectivo Geral
o Instruir-se nos conteúdos relacionados com as Equações de Bernoulli,
Diferenciais de ordem superior e de Lagrange.
2. REVISÃO DE LITERATURA
Chama-se equação de Bernoulli a toda equação diferencial de primeira ordem que pode
ser posta na forma
𝑑𝑦
+ 𝑝(𝑥)𝑦 = 𝑞(𝑥)𝑦 𝑛
𝑑𝑥
Onde 𝑝(𝑥) e 𝑞(𝑥) são funções continuas definidas num intervalo aberto I e n um número
real não nulo, diferente de zero e de um, fixado.
𝒚ʹ + 𝒑(𝒙)𝒚 = 𝒒(𝒙)𝒚𝒏
Vamos supor que existe uma solução y da equação que não se anula em ponto algum:
𝑦(𝑥) ≠ 0 para todo 𝑥 ∈ I. Nesta situação, dividindo os dois lados da equação por 𝑦 𝑛 .
𝑦 ʹ 𝑦 −𝑛 + 𝑝(𝑥)𝑦1−𝑛 = 𝑞(𝑥)
𝑧ʹ
+ 𝑝(𝑥)𝑧 = 𝑞(𝑥)
1−𝑛
Esta nova equação é de um tipo já estudado. Trata-se de uma equação linear de primeira
ordem não-homogênea. A partir das soluções 𝑧(𝑥) entradas, chegamos as soluções 𝑦(𝑥)
da equação original através da substituição inversa
𝑦 = 𝑧1/(1−𝑛)
8
𝑑𝑦 𝑦
− 2 = 3𝑥𝑦 2 , 𝑥 > 0
𝑑𝑥 𝑥
2
Solução: Temos uma equação de Bernoulli, com 𝑝(𝑥) = − 𝑥 , 𝑞(𝑥) = 3𝑥 e 𝑛 = 2
𝑑𝑧 𝑧
− − 2 = 3𝑥
𝑑𝑥 𝑥
2 3𝑥 2 𝑐 4𝑐−3𝑥 4
A solução geral desta pune última equação é 𝑧 = 𝑥 2 (− + 𝑥2) = é constante
4 4𝑥 2
4𝑥 2
𝑦=
𝑘 − 3𝑥 4
Uma equação diferencial ordinária de segunda ordem é chamada de linear quando ela
pode ser escrita na forma
e é chamada de homogênea.
Sejam p(x), q(x) e r(x) funções contínuas em [a, b]. Dados x0 ∈ [a, b] e δ, γ ∈ R, o
problema de Cauchy
y(x0) = γ
yˈ (x0) = δ
Teorema
Se y1, y2, . . . , yn são soluções de y" + p(x)yˈ + q(x)y = 0 então a combinação linear
y = C1y1 + C2 y2 + · · · + Cn yn
também é solução.
𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥)
W(f, g)(x) = | | = f (x)gˈ (x) − g(x)fˈ (x)
𝑓ˈ(𝑥) 𝑔ˈ(𝑥)
Proposição
y = C1y1(x) + C2y2(x).
1 1
Y’1 = 2 x--1/2, y’’1 = - 4 x -3/2
Substituindo:
1
3 1
1 − 1 − 𝑥2 3𝑥 1/2
2
2x (− 4 𝑥 ) + 3x (2 𝑥 ) - x
2 2 1/2
=- + – x1/2 = 0
2 2
Para provar que y2 = x−1 é solução, notemos que y’2 = −x−2 e y’’2 = 2x−3 . Portanto,
Y = c1x1/2 + c2x-1,
Y = c1x1/2 + c2x-1,
Seja y1 uma solução particular não nula da equação y’’ + p(x)y’ + q(x)y = 0 com p(x) e
q(x) funções contínuas no intervalo [a, b], a segunda solução da equação diferencial é
dada por
1
Y2(x) = (∫ 𝑒 −∫ 𝑝(𝑥)𝑑𝑥 𝑑𝑥) y1(x).
𝑦12 (𝑥)
11
1 2 +1)
= (∫ 𝑥2
𝑒 ln (𝑥 𝑑𝑥) x
𝑥 2 +1 1
=(∫ 𝑑𝑥) x +(𝑥 − 𝑥) x = x2 – 1.
𝑥2
Teorema
Consideremos uma equação diferencial linear da segunda ordem que têm os coeficientes
p e q constantes :
Y’’ + py’ + qy = 0
k2 + pk + q = 0
Neste caso, a solução geral correspondente é y = eαx (C1 cos βx+ C2 sin βx).
Exemplo
equação característica: k2 − 5k + 4 = 0;
Solução geral:
y = C1 ex + C2e4x
y’ (0) = C1 + 4C2 = 1.
Solução: y = ex.
Exemplo
Resolução:
equação característica: k2 + 2k + 5 = 0;
13
Solução geral:
Y’ (x) = e−x (−C1 cos 2x − C2 sin 2x − 2C1 sin 2x + 2C2 cos 2x)
Exemplo
Resolva:
1
Y’’ + y’ = 𝑒 𝑥 +1
Resolução
equação característica: k2 + k = 0;
y0 = C1 + C2 e−x
Exemplo
Resolva
1
y’’ + y’ = 𝑒 𝑥 +1
Resolução
𝑒𝑥 1
Solução particular: c’2(x) = - 𝑒 𝑥 +1 e c’1(x) = 𝑒 𝑥 +1. Assim,
𝑒 𝑥 𝑑𝑥 𝑒 −𝑥
C2(x) = - ∫ 𝑒 𝑥 +1 = ln(𝑒 𝑥 + 1) , 𝑐1 (𝑥) = ∫ 𝑒 −𝑥 +1 𝑑𝑥 = − ln(𝑒 −𝑥 + 1) .
Portanto
A Teoria Clássica, proposta por Gustav R. Kirchhoff (1824 - 1887) no ano de 1850,
corresponde à primeira teoria completa sobre flexões de placas. Em seu trabalho baseado
nas hipóteses de Bernoulli para vigas, ele derivou as mesmas equações diferenciais para
flexões de placas que Navier, no entanto, usando uma aproximação diferente no tocante
a energia. Sua contribuição para a Teoria das Placas foi a introdução para forças
suplementares de contorno. Estas forças de cisalhamento equivalente substituíam os
15
momentos de torque, ou seja, quando a carga faz torcer os bordos das placas em relação
à outra. Consequentemente, todas as condições de contorno poderiam agora ser
declaradas em função dos deslocamentos e suas derivadas em relação a 𝑥 ou 𝑦
(SZILARD, 2004). Matematicamente, essas hipóteses significam que pode-se determinar
tensões e deformações em placas em um plano cartesiano bidimensional, isto é, em
coordenadas 𝑥 e 𝑦 já que uma placa é submetida a forças e momentos fletores no plano
cartesiano tridimensional (coordenadas 𝑥, 𝑦 e 𝑧 no plano) onde as tensões normais ao eixo
𝑧 são consideradas nulas.
Indica-se uma placa submetida a uma carga normal ao plano médio, representada
genericamente por 𝑝(𝑥, 𝑦) = 𝑝. O plano 𝑥 − 𝑦 contém a superfície média da placa. Para
obter as relações entre as deformações e os deslocamentos, considera-se a deformação da
placa em uma seção paralela ao eixo 𝑥.
ℎ
2
𝑀𝑥 = ∫ 𝜎𝑥 𝑍𝑑𝑧
−ℎ (1)
2
16
ℎ
2
𝑀𝑦 = ∫−ℎ 𝜎𝑦 𝑍𝑑𝑧 (2)
2
𝐸ℎ3
Onde 𝐷 = 12(1−𝑣2) (5) representada a rigidez á flexão da placa.
ℎ ℎ
2 2
𝑀𝑥𝑦 = ∫ 𝜏𝑥𝑦 𝑍𝑑𝑧 = ∫ 𝜏𝑦𝑧 𝑍𝑑𝑧 = 𝑀𝑦𝑥
−ℎ −ℎ (6)
2 2
𝑑2
𝑀𝑥𝑦 = 𝑀𝑦𝑥 = −(1 − 𝑣)𝐷 𝑑 (7)
𝑥 𝑑𝑦
𝑑𝑀𝑥 𝑑𝑀𝑦𝑥
𝑉𝑥 = + (13)
𝑑𝑥 𝑑𝑦
18
𝑑𝑀𝑦 𝑑𝑀𝑧𝑦
𝑉𝑦 = + (14)
𝑑𝑦 𝑑𝑥
𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑀𝑧𝑦
−𝜌 = + (15)
𝑑𝑥 𝑑𝑦
𝑑2 𝑀𝑥 𝑑2 𝑀𝑥𝑦 𝑑2 𝑀𝑦
2 +2 + = −𝜌 (16)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑦 2
Inserindo as equações (3), (4) e (7) dos momentos fletores, obtém-se a Equação
Diferencial da Placa (de Lagrange):
𝑑4 𝜔 𝑑4 𝜔 𝑑4 𝜔 𝜌(𝑥,𝑦)
4 +2 2 2 + 4 = (17)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝐷
3. CONSIDERACOES FINAIS
O conhecimento do comportamento estrutural de placas é essencial para um
dimensionamento que garanta a integridade estrutural dos elementos e,
consequentemente, da estrutura como um todo.
A implementação foi feita em linguagem Octave, versão 5.1.0. Verificou-se que para a
Solução de Navier é necessário, de um modo geral, trabalhar com vários termos da série
e, mesmo assim, a convergência da solução não é obtida para alguns casos. O fato das
séries que representam os valores dos coeficientes de flexão e dos momentos fletores não
convergirem de modo rápido para um resultado satisfatório implicou na necessidade de
um processo alternativo em relação à resolução de Navier: a Solução de Lévy, que resulta
em convergências mais rápidas e satisfatórias.
4. REFERÊNCIAS
o ABUNAHMAN, S. A. Equações Diferenciais. Rio de Janeiro: EDC, 1989. Citado
3 vezes nas páginas 23, 25 e 26.
o ANTON, H. Cálculo, volume 1. Porto Alegre: ABDR, 2014. Citado 3 vezes nas
páginas 13, 20 e 21.
o ARAÚJO, J. M. de. Curso de Concreto Armado V.2. Rua Tiradentes, 105 - Cidade
Nova - Rio Grande: FURG, 2003. Citado 12 vezes nas páginas 11, 24, 38, 39, 40,
41, 43, 45, 49, 51, 53 e 57.
o BIEZUNER, R. J. Introdução às equações diferenciais parciais. In: . Minas Gerais:
[s.n.], 2007. Citado 3 vezes nas páginas 31, 33 e 35.
o COSTA, R. de S. Uma Estudo de Equações Diferenciais Aplicado à Deflexão de
Vigas. Dissertação (Mestrado) — Universidade Estadual de Campinas, Campinas
- SP. Disponível em:
<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/306111/1/
o Costa_RicharddeSouza_M.pdf>. Citado na página 10. FILHO, J. de M. Estudo
das Lajes. 2004. Disponível em: <http://www.feis.unesp.br/
o GONÇALVES, M. B.; FLEMMING, D. M. Cálculo B: Funções de várias
variáveis, integrais múltiplas, integrais Curvilíneas e de superfície. São Paulo:
[s.n.], 1999. Citado na página 20.