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Anais Do I Encontro
Anais Do I Encontro
REALIZAÇÃO
Ficha Catalográfica
ISSN 2448-1025
CDD 370.1523
Diagramação e composição
Amanda de Mattos Pereira Mano
Eliane Giachetto Saravali
Capa
Amanda de Mattos Pereira Mano
Comissão Organizadora
Coordenação do evento: Eliane Giachetto Saravali- FFC- Unesp- Marília/SP
Vice-coordenação: Taislene Guimarães- FFC- Unesp- Marília/SP
Comissão Editorial
Eliane Giachetto Saravali- Unesp
Taislene Guimarães- Unesp
Amanda de Mattos Pereira Mano- Unesp
Comissão Organizadora
Eliane Giachetto Saravali, DPE, PPGE, GEADEC/UNESP
Taislene Guimarães- Doutoranda/PPGE, GEADEC/UNESP
Amanda de Mattos Pereira Mano- Doutoranda/PPGE, GEADEC/UNESP
Bruna Grandino da Silva- GEADEC/ UNESP
Camila Fernanda da Silva- Mestranda/PPGE, GEADEC/UNESP
Denise Rocha Pereira- Doutoranda/PPGE, GEADEC/UNESP; UniLins
Elaine Cristina Cabral Tassinari- GEADEC/ UNESP
Sabrina Sacoman Campos Alves- Doutoranda/PPGE, GEADEC/UNESP
Tamires Alves Monteiro – Docente SENAC – SP
Thais Oliveira da Silva – Mestranda/ PPGE, GEADEC/UNESP
Comissão Científica
Prof. Dr. Adrián Oscar Dongo Montoya – FFC/UNESP
Profa. Dra. Alessandra de Morais – FFC/UNESP
Profa. Dra. Carmen Lúcia Dias - PPGE/UNIOESTE
Profa. Dra. Eliane Giachetto Saravali - DPE, PPGE, GEADEC/UNESP
Profa. Dra. Francismara Neves de Oliveira – UEL/GEADEC
Profa. Dra. Lia Leme Zaia – LPG/FE/UNICAMP
Profa. Dra. Orly Zucatto Mantovani de Assis - LPG/FE/UNICAMP
Profa. Dra. Patricia Bataglia – FFC/UNESP
Prof. Dr. Paulo Sérgio Teixeira do Prado – FFC/UNESP
Prof. Dr. Raul Aragão Martins – IBILCE/UNESP
Profa. Dra. Simone Aparecida Capellini - LIDA/FFC/UNESP
Tudo foi escolhido e definido com muito carinho, por muitas pessoas que
estão conosco: nossos orientandos, nossos alunos, membros do nosso grupo de
pesquisa – GEADEC, funcionários, colegas de trabalho, entre outros. Gostaríamos de
agradecer a cada um deles pelo cuidado, apoio, incentivo, risos e lágrimas... tudo
valeu muito a pena e é uma conquista de todos nós. Em especial, quero agradecer à
Taislene Guimarães que incentivou, acreditou e fez tudo isso acontecer; à Amanda
Mano que trouxe um toque todo especial às nossas escolhas, à direção da FFC e ao
Departamento de Psicologia da Educação na figura dos docentes José Carlos Miguel,
Marcelo Tavella Navega e Sebastião Marcos Ribeiro de Carvalho pela viabilização
financeira; à Ana Bráulia da FUNDEPE, sempre tão doce e paciente; à Sabrina
Sacoman e ao Elton Lopes por todo apoio, às minhas orientandas que correram atrás
de tantas coisas que nem consigo elencar aqui: Bruna Grandino, Camila Silva, Denise
Pereira, Thais Silva.
Finalmente, mas não menos importante, aos três homens de minha vida:
Marcelo, André e Daniel com meus pedidos de perdão pelas ausências, pelos “não
posso hoje, não posso nesse final de semana”; por vocês e para vocês dedico esse
trabalho!
Realização
Apoio
08/04/2016 Sexta-feira
18h00- Credenciamento
19h00- Apresentação Cultural/ UNATI- Universidade da Terceira Idade
19h30- Abertura oficial
Profa. Dra. Mariângela Spotti Lopes Fujita - Pró-Reitora de Extensão – UNESP
Prof. Dr. José Carlos Miguel - Diretor da FFC/Campus de Marília
Prof. Dr. Sebastião Marcos Ribeiro de Carvalho - Chefe do Departamento de
Psicologia da Educação
22h00- Confraternização
09/04/2016 Sábado
10h00- Coffe-Break
14h00- Oficinas
11
UMA ANÁLISE SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DE
ATIVIDADES PARA ALUNOS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM -
Priscila Ferreira Mazzini ..................................................................................................... 328
12
DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO - Rogério Dos Santos Ferreira, Patrícia
Unger Raphael Bataglia ...................................................................................................... 478
13
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E PROCESSOS DE INTERVENÇÃO NUMA
PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA
Resumo
A partir desta palestra, propomos refletir sobre as contribuições da psicologia
genética para compreender as dificuldades escolares, inserindo-as em um contexto
mais amplo em que se possa estabelecer relações com outras formas de
aproximação e contribuições de outras áreas da ciência, além de abordar as
possibilidades de intervenção que propiciam a superação do estado em que a
criança ou adolescente se encontram.
2 Para uma compreensão mais profunda de nosso ponto de vista recomendamos a leitura do artigo “Aprendizagem e
Desenvolvimento- superando dificuldades” (ZAIA, 2007, pp. 17 – 36)
3 Raciocínios transdutivos são raciocínios primitivos, pré-lógicos, “... que passam do particular ao particular
sem necessidade de premissas gerais. Baseia-se nas experiências daqueles que raciocinam sobre uma visão
global das coisas, apoiando-se nas semelhanças entre elas.” (Palermo Brenelli, 1996, p.131)
5 Aspectos figurativos do conhecimento são aqueles que se baseiam nas constatações perceptivas, isto é, na
simples leitura da experiência. (Vide DOLLE e BELLANO, 1989-1996, p.74)
REFERÊNCIAS
DOLLE, J.M. & BELLANO, D. Ces enfants qui n’apprenent pas - Diagnostic et
remediations cognitifs. Paris: Edictions Centurion, 1989.
MACEDO, L. de. O lugar dos erros nas leis ou nas regras. In: _______. (org.). Cinco
Estudos de Educação Moral. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996.
Resumo
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
“Mais fácil e daí estuda mais, dá pra fazer mais coisas porque
tem tempo. ” (ASA11)
Conforme a fala dos sujeitos, a sala de apoio é um ambiente que propicia não
somente a aprendizagem como também a interação professor-aluno auxiliando
desta forma, seu desenvolvimento. Conforme Carvalho (2007, p. 2025), a “[...]
interação do indivíduo com seu ambiente, implica o entendimento também dinâmico
dos chamados fatores de risco e de proteção.”
Considerando as condições objetivas de trabalho do professor na sala de
aula, a sala de apoio se revela um espaço de maior liberdade para planejar,
apresenta maiores condições de diversificação de materiais e recursos a serem
empregados, possibilidade de uso de jogos, o que facilita a relação professor-aluno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Desse modo, estamos diante de uma matéria escolar que ajuda o educando a
compreender o mundo, uma vez que fornece explicações, da perspectiva científica,
para os fenômenos de natureza física, química e biológica. Ter esse tipo de
conhecimento pode levar a atitudes positivas frente à Ciência, as quais tangem o
respeito à vida, ao meio ambiente e aos avanços científicos e tecnológicos.
No entanto, para que a aprendizagem de Ciências seja efetiva e condizente
com a formação de cidadãos que conhecem e empregam este tipo de
conhecimento, um ponto essencial é considerar a maneira como tal disciplina será
abordada em sala de aula.
Existe uma vertente de pesquisadores (MAURI, 1997; WEISS, 1997;
BECKER, 2004) que compartilham o fato de que no processo de ensino os
professores, ainda que muito provável sem pretensão, colocam em prática suas
concepções sobre o que é ensinar e o que é aprender “esta, que é nossa própria
teoria, atua como referência-chave para a tomada de decisões sobre o quê, quando
e como ensinar e avaliar” (MAURI, 2007, p.79).
Para esta mesma autora existem, basicamente, três tipos de ideias sobre a
aprendizagem escolar. Assim, tem-se que a aprendizagem é a aquisição de
respostas adequadas e isto se dá graças à memorização, ou ainda por reforços
positivos (prêmios) ou por reforços negativos (castigos).
Ainda, existe a concepção de que aprendizagem é adquirir conhecimentos
relevantes, no caso da disciplina de Ciências, o fato de descrever o ciclo da
fotossíntese ou saber o nome de constelações seriam exemplos destes tipos de
conhecimentos, os quais, por excelência, se recebem na escola. Nesse caso, o
trabalho do professor se concentra em ser aquele que informa, explica, direciona
Ainda que possa parecer clichê e uma fala muito reproduzida dentro das
escolas de nosso país, é importante, portanto, que o aluno seja reconhecido e se
reconheça como ativo no processo de ensino e de aprendizagem – a ele cabe a
tarefa de dar significado aos conteúdos escolares.
Em ciências, essa natureza ativa, que questiona, experimenta, busca, pensa
e repensa é o que dá sentido à disciplina, do contrário, tudo se torna um sacrifício,
tanto para o professor que se desdobra para “passar informações”, quanto para o
aluno que não vê sentido algum entre a ciência da escola e o que acontece em sua
vida.
Diante disso, Bizzo (2002) coloca que os professores da disciplina de
Ciências precisam ter ou reformular suas práticas no sentido de caminhar para uma
concepção de aprendizagem como construção. Para tanto, as sugestões são: tratar
a prática escolar como um objeto de pesquisa, anotando as ideias dos alunos, suas
dificuldades e progressos. Além disso, é importante conhecer as pesquisas do
ensino de Ciências, isto é, saber o que se têm feito neste campo de conhecimento e
aproximar o trabalho escolar dessa realidade.
Outro ponto é interpretar as atividades como fonte de conhecimento, isto é,
colocar atividades desafiadoras, nas quais as resposta não estejam prontas e
acabadas- é condizente com a natureza ativa de construção do conhecimento que
OBJETIVOS
Diante do exposto, pretendemos com o presente artigo verificar a perspectiva
de professores de ciências quanto a conteúdos mais difíceis para os alunos
aprenderem, bem como os motivos para tal dificuldade de aprendizagem.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para verificar as ideias de professores quanto aos conteúdos da disciplina de
Ciências que são mais difíceis para os alunos aprenderem, uma entrevista
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados em sequência são referentes aos seguintes questionamentos
presentes na entrevista semiestruturada: “Existe algum (ou alguns) conteúdo (s) que
os alunos apresentam mais dificuldade? Se sim, qual (is)? e “Em sua opinião, por
que os alunos apresentam tal (is) dificuldades?”.
Uma análise quantitativa revelou que quatro professores (11%) afirmaram que
os alunos não têm dificuldades na disciplina de Ciências, dez docentes (28%)
acreditam que os alunos têm dificuldades em aprender os conteúdos que envolvem
Astronomia, nove professores (25%) afirmaram que os alunos têm dificuldades em
MAR [...] muito abstrato aqueles números muito exagerado, são umas
coisas tão exageradas, que eles perguntam se isso é real, são coisas assim
que eu mesma acho tudo tão absurdo, sabe. [...] mas é muita informação
para, às vezes, um aluno de quinta, sexta série que está em um mundo tão
naquela coisa de concreto, acho que não se respeita muito fases de vida de
um aluno, as fases de desenvolvimento mesmo.
CAL: [...] quando é Astronomia, a gente tem uns vídeos e tudo mais, mas eu
percebo que para eles fica um pouco distante, quando você vai falar dos
planetas, das órbitas, das distâncias, eu costumo fazer o cálculo da
distância entre a Terra e o Sol, aí entra Matemática no meio, eu provo para
eles qual é a distância e tal, mas eu sinto que para eles fica ainda distante
[...]
Outras respostas se remeteram ao fato dos alunos terem dificuldades por não
se interessarem em tais conteúdos, isto é, na concepção de alguns docentes, os
temas astronômicos não chamam a atenção dos alunos. Os excertos, a seguir,
ilustram esta ideia:
ELI: [...] eles têm dificuldade em guardar o nome dos planetas, de saber a
posição, as galáxias, eles não sabem definir direito, por mais que você
passe vídeo, passe histórias eles têm um pouco de dificuldade [...] Eu acho
MAC: [...] olha, esse ano eu dei aula em cinco salas da série que trabalha
esse conteúdo e só uma aluna de todas as salas que disse pra mim “eu
gosto disso, eu procuro essas coisas na internet”, só. Os outros não
tinham nenhuma curiosidade? Não, assim eles já tinham visto no ensino
fundamental, de primeira a quarta, eles já viram, mas não despertou o
interesse.
FAB: [...] a falta do Português tem me deixado assim perplexo, entra turma
e sai turma, em qualquer região da cidade, não é nem só leitura e escrita
porque isso acaba sendo consequência é a falta de interpretação [...]
CAR: [...] a progressão acaba com tudo a gente passa o aluno sem ele
saber.
ADR: [...] o que eu sinto é assim, é falta de empenho deles. Então se eles
tivessem um pouquinho mais de empenho eles aprenderiam muito mais fácil
[...]
Em resumo foi possível constatar que o conteúdo Astronomia foi eleito pelos
docentes como sendo de difícil aprendizagem para os alunos. Entretanto, as razões
elencadas foram bastante distintas, sendo a principal delas, o fato do conteúdo ser
muito abstratos para os discentes compreenderem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A não aprendizagem ou as dificuldades de aprendizagem em conteúdos da
disciplina de Ciências se justificam, muitas vezes, por abarcarem temáticas abstratas
e distantes da realidade dos alunos, tais como, a biologia celular, a genética e,
conforme vimos, a Astronomia.
Por se tratarem de temáticas tão específicas, o trabalho docente com estas
questões precisa ser diferenciado. Pouco se privilegia a aprendizagem ao focar o
trabalho escolar apenas em aulas expositivas, nas quais, as transmissões de
informações são centrais, em contrapartida ao processo de construção de
conhecimentos.
Interessante dar voz aos professores e verificar que eles reconhecem as
singularidades dos conteúdos de sua disciplina. É por meio desse diagnóstico inicial,
do conteúdo de maior dificuldade e dos motivos para tal, que o professor pode
intervir de forma mais eficaz. É preciso fazê-lo.
REFERÊNCIAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Trad. L. de A. Rego e A. Pinheiro. Lisboa:
Edições 70, 2006.
Resumo
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa de campo sobre a compreensão
de estudantes concluintes de um curso de licenciatura em Pedagogia sobre
dificuldades de aprendizagem. Foram sujeitos 10 estudantes, sendo que a coleta
dos dados ocorreu por meio de uma entrevista semiestruturada, composta por uma
situação hipotética; os dados coletados foram categorizados e interpretados
conforme a análise de conteúdo. Os principais resultados demonstraram que, de
forma geral, os sujeitos consideram a maneira do professor ensinar e a relação com
os alunos como fatores importantes nos casos de dificuldade de aprendizagem,
entretanto, as intervenções propostas pelos sujeitos requerem melhores reflexões,
no sentido de superar a dicotomia entre a teoria e a prática.
INTRODUÇÃO
Ao longo da história os estudos referentes à temática das dificuldades de
aprendizagem foram se ampliando gradativamente. Os primeiros estudos na área
partiram do campo da medicina e neurologia, buscaram explicar a dificuldade de
aprendizagem centrando as suas causas nas lesões cerebrais mínimas.
Posteriormente, outros campos de estudos foram incluídos, como a perceptiva social
e psicológica, até os estudos mais recentes, os quais incluem os fatores
pedagógicos neste contexto. O fato é que as justificativas variaram de acordo com o
período histórico e a corrente de estudos (FONSECA, 1995; CIASCA, 2003; SISTO,
2001; BOSSA, 2002; SCOZ, 1994; SARAVALI, 2005).
Diante de tantas explicações e correntes teóricas, o termo dificuldades de
aprendizagem é usado constantemente, no senso comum e também por alguns
profissionais, para indicar todos os problemas que comprometem o desempenho
Luiza é uma professora recém-formada. Em seu primeiro ano como docente foi trabalhar
numa escola pública da periferia na cidade em que mora, é professora do 3º ano do ensino
fundamental e a sua sala possui 25 alunos.
No início do ano, a fim de conhecer melhor seus alunos para elaborar o plano de ensino, a
professora Luiza fez uma avaliação diagnóstica inicial e individual de Língua Portuguesa e
Matemática.
Para verificar a escrita dos alunos, a professora utilizou um ditado simples de palavras e
uma frase na qual foi incluída uma das palavras ditadas. Durante essa atividade, a atitude de
Luiza foi estimular os alunos a escreverem da maneira como pensam. Ela ditou cada palavra e,
em seguida, solicitou a leitura da mesma. Os alunos foram indicando com o dedo e ela fez as
marcas em forma de arco logo abaixo da palavra.
Dentre as avaliações de escrita, uma chamou a atenção da professora Luiza. A de sua
aluna Maria de 8 anos, que inicialmente não queria fazer a atividade proposta. Esta foi a escrita de
Maria:
A segunda situação foi: “Agora, imagine que você tem 10 bombons. Você está com fome e
come 7 bombons. Com quantos bombons você ficará? Esta foi a resposta de Maria:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelos resultados constatamos a dicotomia existente entre a teoria e a prática,
considerada como uma barreira a ser superada nos cursos de Pedagogia. O
paradigma que considera os docentes da Universidade os “pensantes”, os que
produzem o conhecimento; enquanto aos docentes da educação básica cabe o
prático, executando e aplicando este conhecimento, ainda é presente em nossa
sociedade. Este também é um problema político, entretanto, não cabe neste
trabalho, colocarmos esta questão para refletir sobre o trabalho “prático” que muitas
vezes é desmerecido pela sociedade: O prático não pode assumir a direção da sua
prática, e ser o prático-pensante?
Em nossa pesquisa, apesar dos sujeitos analisarem mais criticamente o papel
do professor, propomos outros questionamentos: Esse futuro professor, ao
apresentar desconhecimento sobre as formas diferenciadas de intervenção, poderá
encaminhar seu aluno a outros profissionais por haver essa limitação? Depois de
assumir a prática, permaneceria esta consideração do professor como fator
responsável pela dificuldade que o aluno pode apresentar?
Acreditamos que a abordagem interacionista–construtivista de Jean Piaget é
um caminho e referencial teórico consistente que permite ao professor pensar
nestas questões referentes à aprendizagem e ao desenvolvimento integral do aluno.
Portanto, não há outra maneira para o professor construir sua identidade e refletir
sobre a sua prática, que não seja estudando. O professor pode seguir por este
referencial indicado, como poderá seguir por outros enfoques teóricos. O que não
REFERÊNCIAS
ASSIS, O. Z. M. Direito à educação e prática pedagógica. In: ASSIS, O. Z. M.;
ASSIS, M. C. (Org.). PROEPRE: fundamentos teóricos da educação infantil. 4. ed.
Campinas: Faculdade de Educação, 2003. p. 18- 34.
Resumo
Neste artigo abordaremos da intervenção pedagógica e psicopedagógica, que
compreende a atuação direta ou indireta de um adulto (professor ou psicopedagogo)
com o objetivo de propiciar à criança e ao adolescente a superação da dificuldade,
ou do estado em que se encontra. Os processos de intervenção são muito diversos,
utilizando instrumentos variados de acordo com a base teórica escolhida pelo
profissional e as necessidades especificas da pessoa atendida. Dentre as inúmeras
possibilidades consideramos os jogos, sejam de exercício, simbólicos, de construção
ou jogos de regras, importantes instrumentos de intervenção.
INTRODUÇÃO
Em função do número crescente de crianças cujas dificuldades se aliam a um
atraso na construção do real, isto é, nas relações espaço-temporais e causais,
pretendemos explorar jogos de regras que propiciam a construção das relações
espaciais - base importante para a construção da geometria e para a compreensão
da geografia física pela criança e pelo adolescente. Escolhemos uma série de jogos
com algumas características semelhantes, seguindo a ordem crescente no que diz
respeito à complexidade das relações espaciais exigidas para jogar bem, de forma a
provocarem uma descentração cada vez maior.
Assim, inicialmente analisaremos o jogo da velha, bastante difundido em
nossos meios, cujo objetivo é formar uma linha reta com 3 peças, em qualquer
direção do plano horizontal. A seguir, escolhemos o Ta-te-ti que, em função da
possibilidade de movimentar as peças depois de colocadas, propicia várias
DESENVOLVIMENTO
JOGO DA VELHA
Material: um tabuleiro com uma tabela de 3 x 3 casas, 6 fichas em duas cores, uma
cor para cada jogador.
Objetivo: Formar uma linha reta com suas três peças e impedir o outro jogador.
TA-TE-TI
Profundidade
Diagonal
Frontal
8 Trata-se das relações entre partes de um mesmo objeto, ou de uma configuração espacial, como
vizinhança, separação, ordem, envolvimento e continuidade, que constituem as primeiras relações
espaciais construídas pela criança.
Material: três tabuleiros transparentes com 9 furos cada, suspensos por quatro
colunas. Trinta bolas distribuídas entre duas cores e mais nove de uma terceira cor
para o caso de se aumentar para três o número de jogadores.
em profundidade diagonal
frontal
Objetivo: Fazer mais linhas com três elementos da sua cor, em qualquer posição:
horizontal (em um mesmo patamar do tabuleiro: na posição frontal, em profundidade
ou na diagonal), vertical ou inclinada (passando ambas pelos três patamares).
vertical
inclinada
TA-TE-TOP
Objetivo: Formar uma reta horizontal, vertical ou diagonal, com as três bolinhas no
mesmo nível ou em níveis diferentes. O jogador que conseguir, ganha a partida.
RAIO X
Nas primeiras partidas, os jogadores podem combinar fazer linhas com três
bolinhas, aumentando aos poucos as quantidades, à medida que conseguem
planejar suas linhas com mais facilidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acompanhando o desenvolvimento destes jogos na clínica psicopedagógica,
temos percebido que cada um deles pode exercer provocações importantes para o
pensamento e a ação dos jogadores em qualquer idade, dependendo mais da
construção do real, especialmente das relações no espaço, do que da faixa etária a
REFERÊNCIAS
GOÑI, A.M.R. e GONZÁLEZ, A. El niño y el juego. Vol.1. Las operaciones
infralógicas espaciales y el juego reglado. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión,
1987.
Resumo
A aquisição das estruturas de inclusão de classe, conservação e seriação são
fundamentais para a construção de um pensamento operatório, esperado às
crianças a partir dos 7 anos de idade em média. No entanto, o que se tem percebido
na prática é um progressivo atraso nessas aquisições tão importantes. Diante desta
preocupação foi realizado um trabalho de formação continuada junto a 23
professores atuantes no último ano da educação infantil. Além de uma discussão
teórica acerca das construções e formas de avaliação, foram ainda realizadas oito
propostas de construção de materiais e reflexão sobre seus usos juntos aos alunos.
A partir deste trabalho pudemos observar o quanto ainda era restrito o conhecimento
e as possibilidades didáticas que os docentes tinham sobre tais questões.
OBJETIVOS
Os objetivos do presente texto foram:
- Trazer uma discussão sobre os processos de apropriação das estruturas lógicas
elementares de inclusão de classes, conservação e seriação;
- Apresentar uma proposta de oficinas, para a construção de tais estruturas,
realizadas junto a professores do último ano da educação infantil;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultado do módulo do curso que envolvia as questões relacionadas à
construção das estruturas de inclusão de classe, conservação e seriação,
apresentaremos o conjunto de propostas realizadas nas oficinas de construção de
materiais.
Aos docentes foi passado, com antecedência, uma lista de materiais (na
maioria deles reutilizáveis) necessários para a construção dos jogos e atividades
durante os momentos de oficina. É importante ressaltar ainda que, além de
construírem os materiais, aos docentes foi possibilitada uma oportunidade de
discussão sobre as melhores formas de utilizá-los no ambiente de sala de aula.
Foram realizadas oito propostas10:
Proposta 1 – Jogo Blink (inclusão de classes)
Material: 75 cartas envolvendo quatro critérios de classificação: 4 tipos de figuras, 3
cores diferentes, quantidades do 1 ao 5.
9 Parte da pesquisa de doutorado da autora que se encontra em andamento. Financiada pelo CNPq
10 Parte das propostas foram adaptadas de Mantovani de Assis e Assis (2013).
12 Professor
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mediante o trabalho junto ao grupo de professores pudemos perceber o
quanto era deficiente o conhecimento que os mesmos apresentavam tanto das
construções teóricas quanto de possibilidades práticas para o trabalho com as
estruturas do pensamento operatório.
A estrutura mais familiar aos docentes era a inclusão de classes, inclusive
muitos mencionam a presença de atividades desta natureza em livros didáticos; a
questão preocupante é que os exemplos traziam sempre o critério definido para a
divisão das classes, impedindo a criação da própria criança, portanto,
impossibilitando a construção da estrutura propriamente dita.
Durante a realização das atividades, outro ponto que chamou atenção dos
professores participantes foi o diálogo sobre a necessidade de provocar o
desequilíbrio cognitivo fazendo “boas perguntas”, fato fundamentado pelo método
clínico crítico piagetiano, também tema de um dos módulos do curso de formação.
Por fim, é importante ressaltar que nossa intenção não era a de propor uma
receita de trabalho, mas de levá-los a refletirem sobre a necessidade de um trabalho
com tal temática de forma a priorizar construções próprias e singulares das crianças.
REFERÊNCIAS
MANTOVANI DE ASSIS, O. Z. Uma nova metodologia de educação pré-escolar.
(Coordenador Paulo Nathanael Pereira de Souza). 7.ed. São Paulo: Pioneira
Thomson, 2002.
Resumo
A interpretação que nós, educadores, temos a respeito das dificuldades de
aprendizagem e da indisciplina conduzem a diferentes implicações na prática
pedagógica, afinal, destas interpretações surgem elementos que podem interferir
nos tipos de interações e relações estabelecidas em sala de aula, nos objetivos
propostos para as atividades e na avaliação que fazemos dos alunos. Assim, este
artigo tem como objetivo levantar uma discussão e refletir, a partir de pesquisa
bibliográfica, sobre o que são dificuldades de aprendizagem e indisciplina na
perspectiva piagetiana e quais cuidados os educadores têm que tomar para não
confundir estes dois fatores no ambiente escolar.
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
A INDISCIPLINA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Resumo
Este texto tem por objetivo apresentar experiências vividas no cotidiano de uma
escola do campo no município de Valinhos, interior de São Paulo/Brasil, no período
de 2013 a 2015, em torno da prática da Gestão Escolar e da implementação do
Programa Mais Educação como estratégias para superação das dificuldades de
aprendizagem e risco social de crianças e adolescentes.
INTRODUÇÃO
Um dos grandes problemas que afetam o dia a dia das escolas atualmente
está no fato de que parte dos alunos parecem não alcançar a aprendizagem dos
conteúdos ou habilidades prescritas no currículo. Isto pode ocorrer por diferentes
motivos, os quais podem ter fundamentações inerentes ao sujeito, à metodologia de
ensino, fatores externos, questões sociais, dentre outros.
Uma medida nacional de acompanhamento, em larga escala, da
aprendizagem dos alunos em nível de municípios e unidades federais é a Avaliação
Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC), também conhecida como “Prova
Brasil”, a qual avalia questões inerentes à aquisição da língua portuguesa e
OBJETIVOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Melhorias Externas
Foto 1 – Área Externa (Antes) Foto 2 – Área Externa (Depois)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
MOLL, Jaqueline et al. Caminhos da Educação Integral no Brasil: direito a outros tempos
e espaços educativos. Porto Alegre: Penso, 2012.
VIEIRA, Sofia Lerche (org.); DAVIS, Claudia. Gestão da Escola: Desafios a Enfrentar. Rio
de Janeiro: Editora DP&A, 2002.
Resumo
Esta pesquisa bibliográfica interdisciplinar expõe as implicações, interferências e
influencias do bullying escolar no processo de aprendizagem caracterizando os
principais comprometimentos causados pela dificuldade de aprendizagem da criança
vítima do bullying em específico e direcionado para os (as) alunos (as) que desviam
e, em consequência, desobedecem a norma social, isto é, a heteronormatividade,
que designa os papéis de gênero dos indivíduos no dispositivo dicotômico
sexo/gênero.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Conforme Lima e Mioto (2007), fundamentando-se em pesquisa bibliográfica,
analisou-se o contexto social atual do bullying e suas principais implicações no
processo de aprendizagem, de modo que, esta prática, adquire um caráter negativo
para o desempenho e experiência escolar das crianças, principalmente daquelas
que ainda estão criando um vínculo com a escola. Portanto, buscou-se associar o
bullying sofrido, em específico, pelos alunos e alunas que desafiam as normas dos
papéis de gênero com o comprometimento de sua aprendizagem devido à estas
agressões.
Considerou a conjuntura atual dos conceitos de gênero e bullying com a
normatividade vigente no ambiente escolar, assim como em toda a sociedade, a
heteronormatividade, a bibliografia utilizada ofereceu instrumentos teóricos por meio
de pesquisas já realizadas, inclusive empíricas, para analisar sua relação com a
dificuldade de aprendizagem decorrente de agressões e perseguições na escola
pelas suas características e expressões, no contexto, de papéis de gênero.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A naturalização da heteronormatividade
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O fenômeno bullying, oriundo de quaisquer fatores, inclusive da violação da
norma social que designa os papéis de gênero entre os indivíduos através do
dispositivo dicotômico e heteronormativo sexo/gênero, é capaz de acarretar sérios
comprometimentos ao processo de ensino-aprendizagem, porém, não somente este
processo, ao qual, também, afeta-se a formação e desenvolvimento da identidade
da criança. Portanto, visto que, na escola, desenvolve-se e mantem-se um ambiente
nocivo para com as diferenças, não há dubiedade de que o bullying interfere na
aprendizagem dos alunos e alunas desviantes dessa norma, tão intrínseca no meio
social, que penetra no ambiente escolar, e que, compulsoriamente, caracterizam-nas
como vítimas desta prática.
Os prejuízos emocionais, sociais e psicológicos na criança são suficientes
para desajustar suas dimensões cognitivas e impedi-la de apropriar-se de um
envolvimento saudável com a aprendizagem e, consequentemente, com a escola.
Dessa forma, a política pedagógica deve voltar-se à criança de forma atraente e não
discriminatória, deve abrir mão de normas estagnas e ideológicas ao ater-se ao
desenvolvimento científico, sempre em construção, e que visa melhorar as
condições escolares para o processo de ensino-aprendizagem concretizar-se, uma
educação sob a perspectiva dos direitos humanos para educar para a igualdade
como uma solução da violência e do bullying em seu meio.
Portanto, o bullying é o reflexo da realidade social atual na realidade escolar
para com as questões de gênero e sexualidades ao qual reproduz-se os mesmos
discursos de ódio e preconceituosos, logo, esta prática ainda é vista como uma
REFERÊNCIAS
BRABO, T. S. A. M. Cidadania da mulher professora. São Paulo: Ícone, 2005.
BUTLER. J. Gender trouble: feminis and the subversion of identity. 2nd. ed. New
York: Routledge, 2007.
FANTE, C. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para
a paz. 2. ed. Campinas: Veru, 2005.
Resumo
O presente trabalho pretende discutir alguns pressupostos fundamentais acerca da
importância da interação entre pares na escola a partir de práticas morais escolares,
ressaltando as assembleias de classe como um mecanismo de educação moral que
auxilia efetivamente neste processo. Neste sentido, o artigo busca refletir sobre a
relevância do trabalho colaborativo na escola, sugerindo ações e práticas que, se
elaboradas de modo significativo e sistematizado, contribuem com a formação moral
da criança e podem diminuir as dificuldades de aprendizagem e fomentar o
desenvolvimento intelectual e social dos alunos.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo a discussão da prática de assembleias,
organizadas em sala de aula enquanto uma maneira de proporcionar a participação
efetiva dos alunos e a troca recíproca de experiências e conhecimentos, tendo em
vista uma contribuição para que ocorra, entre os alunos, o processo de equilibração
(PIAGET, 1977) e, para que seja estabelecida a zona de desenvolvimento proximal
(VYGOTSKY, 1974), tendo em vista que os alunos que compreenderam melhor os
conceitos ou já dominam os conteúdos possam ajudar àqueles com dificuldades, em
uma linguagem mais acessível e compreensível, em uma inter-relação entre pares,
ou seja, diminuindo os problemas de aprendizagem e/ou convivência e eventuais
preconceitos que podem existir em uma relação vertical. Além disso, discutiremos o
papel fundamental do professor, enquanto mediador deste processo, o qual auxilia
para que as situações de desequilíbrio encontradas não ultrapassem o nível de
conhecimento e de maturidade real dos alunos evitando, assim, que estes sintam-se
perdidos ou desinteressados.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Resumo
A prática do estágio em cursos de pedagogia é fundamental para que os futuros
professores possam reconhecer os sentidos das teorias e reflexões sobre os
desafios reais do processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, este artigo
relata sobre as experiências vivenciadas por alunos do curso de Pedagogia no
projeto Laboratório Pedagógico, oferecido pelo Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium, durante o horário de aula noturna. Sua finalidade é atender
alunos do ensino fundamental que possuam dificuldades de aprendizagem
principalmente na área de leitura e escrita. Os resultados revelam a importância do
estágio supervisionado para a construção de um planejamento e intervenções a
partir de situações reais e a valorização da comunidade ao projeto.
INTRODUÇÃO
De acordo com o Decreto nº 6.755/2009, que institui a Política Nacional de
Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica em seu inciso V -
destaca-se a necessidade de articulação entre a teoria e a prática no processo de
formação docente, fundamentada no domínio de conhecimentos científicos e
17 Emilia Ferreiro, em sua teoria da Psicogênese da Língua escrita, orienta-se que a sondagem
seja realizada como forma de conhecer as hipóteses da escrita da criança, com um lista de
palavras pertencentes ao mesmo campo semântico, mas que tenha um número de sílabas
diferenciadas.
18 LEITE, S.A.da S. IAR – Instrumento de Avaliação do Repertório Básico para Alfabetização.
São Paulo: Edicon, 1984.
19 Este instrumento foi elaborado por uma professora que atuou no projeto, porém, sua utilização é
livre, conforme os objetivos de cada professor responsável pela disciplina, contudo o exercício de
reflexão faz parte do projeto, independente do instrumento que se utiliza.
Resumo
O presente artigo objetiva discutir a oficina de música como espaço de construção
do aprendizado musical por meio do ato criativo. Na compreensão de oficina em
música pautamo-nos em autores que defendem um ensino de música tendo como
base o fazer musical criativo e reflexivo - tal como concebido por Swanwick (2003),
Schafer (1991), Gainza (1983) e Koellreutter (1997) – à luz da concepção
piagetiana. O jogo, nesta perspectiva, oferece um ambiente propício à instalação do
conflito cognitivo, da construção de estratégias e autorregulações, imprescindíveis
ao progresso da estrutura de pensamento. Nesse entendimento, as oficinas
constituem-se um importante espaço para vivenciar a música por meio de jogos que
possibilitem um fazer musical criativo.
INTRODUÇÃO
Nesse sentido, o trabalho com oficinas deve criar um espaço que propicie o
ato criativo do sujeito, mas que ao mesmo tempo tenha uma estrutura organizada
com objetivo e metodologia delimitada, apesar do trabalho da oficina ser bastante
livre e, portanto, não poder ser padronizado, por definição.
A ênfase situa-se na produção do sujeito e o profissional que coordena atua
como um provocador sensível e flexível. Ao propor um trabalho pautado no fazer
musical criativo, é imprescindível que este também seja um criador em potencial.
No trabalho que valoriza o ato criativo, o jogo tem importante lugar, pois é
um tipo de interação significativa à construção do conhecimento e permite a inter-
relação de processos e mecanismos necessários à construção do conhecimento e
20 “[Los niños] se interesan más por las tecnicas implicadas e nel manejo de los instrumentos.
Comienzan a organizar el tiempo de compás regular y a utilizar recursos técnicos sugeridos por la
estructura física y el diseño de los instrumentos disponibles [...]” (SWAWNWICK, 1991, p. 86) –
texto original.
MATERIAIS E MÉTODOS
Essa fase teve como principal objetivo promover vivências de criação musical
por meio de diferentes arranjos interpares. O grupo de pares constituiu-se como um
lugar privilegiado de trocas cognitivas e afetivas, proporcionando ao sujeito mudança
ou fortalecimento de ideias, valores e sentimentos pela interação social.
Foram estabelecidos, nessa fase, cinco momentos que nortearam as demais
oficinas: 1) rememoração da oficina anterior; 2) proposição temática e organização
do trabalho (exploração sonora, estabelecimento de papéis representativos e
estruturação da composição); 3) planejamento das criações; 4) execução das
composições; e 5) significados atribuídos ao vivido naquele encontro.
O momento denominado “Rememoração da oficina anterior” era sempre
relatado por um participante voluntário ao grupo, evidenciando sua visão com
relação à oficina anterior. Tal momento nos permitiu perceber o processo do aluno a
partir do que ele revela, destaca ou omite na sua rememoração.
No segundo momento das oficinas, realizava-se a “Proposição temática e a
organização do trabalho”. Para a proposição temática das composições, tomamos
como base os “temas extra-musicais21”, como propostos por Gainza (1983).
O terceiro momento da oficina foi o “Planejamento das criações”.
Compreendendo a importância do planejamento para a composição e improvisação
musical, como enfatizado por Koellreutter (apud Brito, 2001), dedicamos um espaço
significativo nas oficinas para a realização dessa etapa. Nesse momento os sujeitos
selecionavam o material que iriam trabalhar (fontes sonoras) e delimitavam os
papéis de cada participante para a execução.
Após a etapa do planejamento das composições, era realizada a “Execução”,
momento em que os grupos apresentavam as criações coletivas, e, em seguida,
21
Gainza (1983) utiliza os termos: tema, consigna ou “regra do jogo”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ré22: Na minha opinião, foi uma coisa mais ou menos assim: ela
deu uma opinião, ela fez o negócio dela (gesticulando como se
estivesse tocando um instrumento), aí veio a outra e deu a ideia dela,
aí todo mundo deu ideia. Aí a gente tentou juntar as ideias e fazer
uma coisa só para aplicar na música. Foi bem difícil porque era pra
ser uma coisa calma “Uma noite no castelo”...
Mi: Quando fala “Uma noite no castelo” lembra um som de harpa, um
piano bem calminho... Aí chegou aqui e a gente fez tipo (demonstra
ao pandeiro). Bem diferente.
Ré: Acho que castelo está relacionado a conto de fadas. Essas
coisas.
Mi: E a gente pensou em rave no castelo.
Sol: Nosso castelo é moderno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
MACEDO, Lino de. Ensaios construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.
MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Chrite. Os jogos e o
lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.
REIS, Leandro Augusto dos. Música como jogo: significados atribuídos por alunos
do ensino fundamental ao vivido nas oficinas de música. 2012. 164f. Dissertação
(Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2012.
Resumo
As dificuldades de aprendizagem têm sido motivo de muita discussão e estudo em
diversas áreas do conhecimento nos últimos anos. Nas escolas, notam-se questões
complexas a serem pensadas, como problemas de terminologia, rótulos,
encaminhamentos, entre outros. E, quando de fato há que se lidar com as
dificuldades de aprendizagem de nossas crianças, como são pensados e tratados os
sujeitos que estão diretamente envolvidos na questão? Neste sentido buscamos
refletir, a partir de pesquisas bibliográficas, sobre o acolhimento ou o não
acolhimento das crianças com dificuldade de aprendizagem, e, discutir a importância
desta relação para a condução das intervenções.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Notamos, a partir das teorias que foram brevemente apresentadas e das
reflexões levantadas, que é importante para o professor considerar, para além da
perspectiva pedagógica, a experiência emocional vivenciada. Nesta perspectiva,
frente às dificuldades de aprendizagem o acolhimento por parte do professor se
torna uma possibilidade de transformação do não aprender em construção de
conhecimento.
Convém ressaltar que, na experiência emocional vivenciada, tanto para
Piaget como para Bion, o foco não deve estar em uma das partes, mas na
relação/interação entre os sujeitos.
Fica evidente também que as experiências de aprendizagem e de não
aprendizagem são geradas por desequilíbrios e frustrações, e, ainda, que a partir do
não aprender podem surgir novos vértices, gerando crescimento tanto para o
professor como para o aluno.
Este artigo teve o intuito de iniciar um diálogo entre as teorias de Piaget e
Bion, considerando suas aproximações e distanciamentos, para levar à reflexão e
REFERÊNCIAS
BACCARIN, M. I. Aprender a pensar, pensando o aprender: as origens afetivas
do pensar. Campinas/SP: UNICAMP, 2000.
Resumo
O clima escolar pode ser compreendido como o conjunto de percepções dos
diferentes membros da comunidade escolar com relação a vários fatores que
compõem a instituição educativa. O presente trabalho consiste em um estudo
bibliográfico, que teve como objetivo realizar uma revisão de pesquisas nacionais
que abordem a relação do clima escolar com o desempenho dos estudantes. A
pesquisa foi realizada em bases de dados. Os resultados apontaram para uma
relação importante entre clima e desempenho escolar, em que um clima escolar
positivo pode influenciar em um bom desempenho. Verificou-se também que os
estudos sobre essa temática no Brasil são recentes e, ainda, escassos.
INTRODUÇÃO
Importante intento almejado na educação não só por professores como
também por pais, alunos, profissionais da ciência e tecnologia é a sua qualidade. O
desempenho escolar satisfatório e as alternativas para superação das dificuldades
de aprendizagem são buscas que qualquer grupo social anseia, pois, a qualidade
em educação escolar pressupõe melhorias na própria sociedade em que se insere.
Sendo assim, o desafio que se coloca é como atingir eficiência no processo
de ensino e aprendizagem. Pesquisadores, organizações e instituições apresentam
hipóteses levantando aqueles fatores que seriam intervenientes, como: infraestrutura
e recursos materiais, regras claras e justas, relações interpessoais respeitosas entre
aluno/aluno e aluno/professor, participação da família, o aluno sentir-se seguro no
ambiente educacional.... Enfim, são enumeradas dezenas de possibilidades as quais
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesse momento, apresentaremos alguns achados e discutiremos sobre seus
resultados.
A questão do rendimento escolar vem implicando negativamente na visão da
sociedade sobre a escola. Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica - IDEB - mostram a ocorrência de baixo desempenho dos alunos do quinto e
do nono ano do Ensino Fundamental nas escolas públicas brasileiras. O referido
baixo desempenho, bem inferior à meta a ser alcançada em toda Educação Básica
no ano do bicentenário da Independência, ano de 2022, de nota 6, tem se repetido
nos últimos anos, o que tem preocupado pais, professores, gestores, assim como
também a sociedade em geral (BRASIL, 2011). Tal meta entenda-se como nível de
qualidade educacional em comparação com a média dos países desenvolvidos
(média dos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico - OCDE) na data do início do IDEB, que se referencia ao ano de 2005.
O IDEB é obtido por meio das notas do Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica (SAEB) e pela taxa média de aprovação. As médias de
desempenho são as da Prova Brasil (IDEBs das escolas e municípios) e do SAEB
(IDEBs dos estados e nacional). Os índices de aprovação são obtidos a partir do
Censo Escolar, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
O alcance dessa meta nacional perpassa por trajetórias intermediárias
individuais, pelas unidades de federação, municípios e escolas e através do
compartilhamento necessário para que se atinja a cada dois anos. O processo para
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebemos que ainda há pouca literatura acerca da relação clima e
desempenho escolar no Brasil, no entanto percebemos a atualidade das pesquisas,
o que revela uma preocupação recente sobre o tema, apesar de ainda se necessitar
uma maior investigação sobre o assunto, envolvendo diferentes regiões brasileiras e
captando a pluralidade que o nosso país representa.
Por fim, pensamos no clima escolar não apenas como aspectos a melhorar o
desempenho escolar, o clima é pressuposto de vivência humana. É um fator que
abrange diversos aspectos da escola, dentre ele as relações que ali se estabelecem,
é o se situar em um grupo e na sua cultura, relembrando Claro (2013) para se
aproximar do clima escolar deve-se compreender, primeiramente, o clima humano. E
a escola precisa ser esse ambiente acolhedor, educador, de convivência respeitosa
e ética, pois é nela que se faz a primeira sociedade da qual os futuros adultos irão
experimentar.
REFERÊNCIAS
BRAULT, M.C. L’influence du climat scolaire sur les résultats des élèves: effet-
établissement ou perception individuelle? 2004.104f. Maitre ès Sciences. Université
de Montréal, 2004.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MACNEIL, A. J.; PRATER, D. L.; BUSCH, S. The effects of school culture and
climate on student achievement. Int. J. Leadership in Education, v. 12, n. 1, p. 73–
84, january–march 2009.
______. Where we teach: The CUBE Survey of Urban School Climate. Alexandria,
VA: National School Boards Association, 2007. Disponível em
<http://schoolclimatesurvey.com/publications.html>.
Resumo
Os transtornos ou distúrbios de aprendizagem são diagnósticos diferenciais da
dislexia do desenvolvimento e da dificuldade de aprendizagem. O objetivo deste
estudo foi descrever um programa de intervenção motora em crianças com
transtornos de aprendizagem. Participaram do estudo 6 crianças com idade entre 7
e 11 anos com diagnóstico de T.A. e que apresentavam déficit nas habilidades
psicomotoras. A intervenção foi constituída por 16 sessões com duração de 40
minutos, realizada uma vez por semana. As sessões foram compostas por
atividades lúdicas para o desenvolvimento das habilidades psicomotoras. Houve
aumento significativo na idade motora geral, o que afirma que um programa de
atividades lúdicas é capaz de aprimorar o desempenho motor de crianças com T.A.
INTRODUÇÃO
Os Transtornos ou distúrbios de aprendizagem (T.A.) são diagnósticos
diferenciais da dislexia do desenvolvimento e da dificuldade de aprendizagem
(SILVA; CAPELLINI, 2010). Segundo a National Joint Committe on Learning
Disabilities (NJCLD) os transtornos de aprendizagem são um grupo heterogêneo de
desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e uso da
audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Os T.A. podem
ocorrer devido a uma disfunção do sistema nervoso central, sendo uma desordem
intrínseca ao individuo e que pode acontecer durante toda a vida (NATIONAL JOINT
COMMITTEE ON LEARNING DISABILITIES, 1991). Para Correia (2007) os T.A. são
um fator de vulnerabilidade do desenvolvimento e é intensificada quando existem
MATERIAIS E MÉTODOS
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de
Filosofia e Ciências (FFC) da UNESP – Campus Marília (1.089.949) e os
responsáveis pelos participantes foram informados dos objetivos da pesquisa e
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Participaram da pesquisa 6 crianças com idade entre 7 e 11 anos com
diagnóstico de transtornos de aprendizagem e que apresentavam déficit nas
habilidades psicomotoras. Como critério de não continuidade foi adotado presença
inferior a 75% durante o programa de intervenção. Nenhum participante foi excluído
da pesquisa.
A pesquisa foi realizada no Centro de Estudos da Educação e da Saúde
(CEES), unidade auxiliar da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP – Campus
Os participantes foram avaliados antes e após o programa de intervenção
com a Escala de Desenvolvimento Motor – EDM, proposta por Rosa Neto (2002)
para determinação do perfil psicomotor. Após a primeira avaliação, os participantes
foram inseridos no programa de intervenção.
O programa de intervenção foi constituído por 16 sessões com duração de 40
minutos, realizadas uma vez por semana. As sessões foram compostas por
atividades lúdicas para o desenvolvimento de motricidade fina, motricidade global,
equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e organização temporal. As
atividades foram realizadas em grupo e para isso os participantes foram divididos
em grupo 1 (3 participantes) e grupo 2 (3 participantes). O tempo de duração de
cada atividade e as habilidades trabalhadas por sessão foram determinados de
acordo com a necessidade dos participantes, sendo disponibilizado um tempo maior
para as habilidades com maiores déficits.
A cada três intervenções, foi proposto utilizar o vídeo game como atrativo
para as crianças do programa, e assim, na terceira sessão foi utilizado o vídeo game
para desenvolver as habilidades psicomotoras, segue o Quadro 3.
23 Ex: saltar com o pé direito no tapete azul, saltar com o pé esquerdo no tapete amarelo,
saltar com os dois pés no tapete vermelho.
24 música lenta – dançar suavemente, como uma pena; música rápida – dançar mais rapidamente e
mais “forte”.
25 Ex: pé direto dentro do circulo menor e pé esquerdo dentro do circulo maior; dois pés dentro do
26 cada criança deverá escrever nomes de animais ou objetos em um papel, entregar para o
pesquisador que colocará em um saco, cada criança por vez irá sortear e fará a mimica para as
outras crianças adivinharem.
Mais uma vez o vídeo game foi utilizado para desenvolver as habilidades,
conforme Quadro 9.
27 Um dos participantes fica com as duas mãos estendidas com a palma virada para cima, o
outro fica com as palmas das mãos viradas para baixo, a uma distância de uns 10 cm acima
das mãos do adversário. Quem está com as mãos embaixo precisa tocar as mãos do outro
jogador por cima. O pesquisador determina em qual mão deve tocar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da descrição do programa de intervenção realizado neste estudo é
possível utilizá-lo de modelo para outras intervenções e até mesmo replicá-lo para
verificar quais resultados são possíveis encontrar.
REFERÊNCIAS
AMARO, K. N. Intervenção motora para escolares com dificuldades na
aprendizagem. 2010. 114f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento
Humano) - Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Universidade do Estado de
Santa Catarina, Florianópolis, 2010.
POETA, L. S.; ROSA NETO, F. Intervenção motora em uma criança com transtorno
do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). Efdeportes.com, Buenos Aires, Out.
2005. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd89/tdah.htm Acesso em: 30 nov.
Resumo
INTRODUÇÃO
As atividades lúdicas são significantemente importantes quando tratadas do
ponto de vista psicopedagógico, na medida em que a ação de brincar, “[...] adquire
um caráter especial a partir do olhar, da escuta, e do encaminhamento que lhe é
dado pelo profissional que atua nesses espaços” (GRASSI, 2008, p. 53). Nesse
sentido, as aplicações das oficinas psicopedagógicas desenvolvem o introspectivo
do ser humano por meio do gosto, do cheiro, da arte, da música, da dança, do
OBJETIVOS
O objetivo geral deste trabalho é analisar, de maneira multidisciplinar, a
relação entre o lúdico e o fazer psicopedagógico, a fim de construir uma base teórica
de aprendizagem mais significativa. De forma mais específica, busca-se: realçar a
importância da psicopedagogia na formação dialética dos estudantes; explicitar a
importância da ludicidade para o desenvolvimento integral do educando; integrar
conceitos da Ciência da Informação, da Pedagogia e da Filosofia da Educação para
a formação de um arcabouço teórico acerca do tema proposto por este trabalho.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, que foi
desenvolvida, primeiramente, por meio de um levantamento bibliográfico em fontes
de informação primárias (aquelas precedidas da fonte do próprio autor: artigos de
revistas, teses, dissertações, entre outros), fontes secundárias (obras derivadas das
fontes primárias: manuais, dicionários, enciclopédias, entre outros) e fontes
terciárias (fontes que remetem e guiam os indivíduos para as fontes primárias e
secundárias: bases de dados, catálogos, índices e outros), relativas ao
desenvolvimento psicopedagógico através do lúdico em espaços escolares. No que
se refere à pesquisa exploratória, a mesma “[...] têm como principal finalidade
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias” (GIL, 2012, p. 27) a respeito
de um tema pouco explorado em uma área.
Assim, nesta pesquisa, foram fichados materiais para um aprofundamento do
conhecimento e da relação dos assuntos abordados. A sistematização e as etapas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E O LÚDICO
A importância da psicopedagogia dentro de um aspecto epistemológico,
multidisciplinar e multicultural enfoca conjecturas científicas, em como realizar um
processo de ensino – aprendizagem que leve tanto características biológicas, bem
como psicológicas, filosóficas e históricas, adentrando em concomitância com
polivalentes áreas do conhecimento, como o cognitivismo, o behaviorismo, a
psicanálise, a filosofia, e as neurociências.
Dentro de suas diretrizes instrumentais lúdicas, teóricas e práticas a combater
nichos a uma estagnação da capacidade de criar e se desenvolver do ser – humano,
não importando a sua faixa etária procura estimular atividades mentais e
psicomotoras, em evidenciar um espaço mental, como personagem central as
desenvolturas de progressivos empreendimentos intelectuais pautados na ética e no
respeito pelo próximo.
Dentro as concepções espaciais, a psicopedagogia compreende uma
oportunidade de fuga do “eu” diante o tédio existencial de classes sociais
“marginalizadas pela sociedade da informação” como doentes terminais, anciãos,
deficientes físicos, órfãos, ensejando pleitos de sociabilidades dentro de antagônicos
O LÚDICO NA ESCOLA
Brincar não é apenas um passatempo! É uma atividade a ser feita pelas
escolas nas mais variadas espacialidades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A psicopedagogia institucional procura levar não somente a cientificidade para
a compreensão e assimilação dos discentes, mas também promover a integração de
caminhos informativos, por meio do lúdico, para o conluio de uma educação que não
fique unicamente ao ensejo de métricas teóricas entre o indivíduo saudável e o
doente, ou os que aprendem e os que não aprendem. Dessa forma, levando em
consideração que cada aluno tem seu tempo de aprendizagem, cabe não
exclusivamente ao professor ou ao espaço escolar, como ao psicopedagogo,
alavancar perjúrios de uma concepção de ensino erudito e lançar compêndios de
atividades que promovam arcabouços dialéticos entre teorias.
Na luta contra expressivos nichos únicos de cognição, o psicopedagogo deve
levar o estudante a usufruir de prognósticos de informação, concatenando utensílios
para gerar clivos de razão, respaldados de ética, com vistas a um aprendizado
lúdico e com resquícios a mutualidade de respeito entre as pessoas. Logo, um
personalismo centrado no esgarçar dos aspectos psicopedagógicos, bem como na
arguição de fatores científicos, realiza metamorfoses e princípios de união entre
linguagem, subjetividade e conjugação do corpo, como forma de enaltecer
conhecimentos e lançar diretrizes para uma reflexão lúdica.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
Resumo
O trabalho descreve as atividades e experiências com os Sólidos de Platão e o jogo
a Torre de Hanói, vivenciadas em duas escolas do Ensino Fundamental do Interior
do Estado de São Paulo. Foi analisada a viabilidade da aplicação dos jogos citados
desde a confecção, a montagem e o desenvolvimento. Os resultados obtidos
demonstraram uma atitude positiva dos alunos durante as atividades em sala de
aula e no entendimento do por que aprender matemática. O uso dos jogos no ensino
de matemática proporcionou uma aprendizagem lúdica e diferenciada, podendo
assim, sanar dificuldades de aprendizagem, contribuindo na formação e
conhecimento do cidadão aprendiz.
INTRODUÇÃO
“A geometria constitui parte importante do currículo de Matemática no ensino
fundamental, desenvolvendo um tipo especial de pensamento que lhe permite
compreender, descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que vive”.
(BRASIL, 1998, p.51).
Trabalhar a matemática desde o ensino fundamental busca relacionar a
geometria com contextos comum com o foco de desenvolver a aprendizagem do
aluno, do raciocínio lógico e dedutivo, do pensamento, da análise e reflexão, do
conhecimento e das habilidades cognitivas inseridas na sociedade. E de acordo com
Brasil (1998, p.32) “essas habilidades são para contar, localizar, medir, desenhar,
OBJETIVOS
Na busca de sanar dificuldades de aprendizagem de forma lúdica e
diferenciadas das tradicionais, valorizando os saberes prévios dos alunos. O
presente trabalho visa relatar a experiência no desenvolvimento e aplicação dos
jogos matemáticos, Sólidos de Platão e Torre de Hanói, com estudantes do ensino
fundamental e médio. Integrando o processo ensino aprendizagem, a importância da
geometria e a resolução de problemas reais.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de um relato de experiência sobre aplicação de jogos matemáticos
e a geometria básica em especial os Sólidos Platônicos, sendo desenvolvido durante
as aulas de Matemática, baseado na experiência e observações com alunos da
Educação Básica em duas Escolas do Interior do Estado de São Paulo.
A aplicação dos Sólidos Platônicos foi desenvolvida nas turmas do Ensino
Fundamental – Anos finais – 6º ano/ 7º ano, de uma Escola Estadual do Interior do
Estado de São Paulo.
Já a Torre de Hanói foi desenvolvida nas turmas Ensino Fundamental –
Anos Iniciais – 3º ano/ 4º ano de uma Escola Municipal do Interior do Estado de São
Paulo e Ensino Fundamental – Anos finais – 6º ano/ 7º ano e Ensino Médio - 1º ano
de uma Escola Estadual do Interior do Estado de São Paulo. As atividades foram
dividas em dois momentos:
1o Momento – desenvolvimento de Sólidos Platônicos - tem por objetivos:
desenvolver a coordenação motora, a capacidade de visualização espacial, o
pensamento dedutivo, a criatividade, a construção e montagem de sólidos
RESULTADOS E DISCUSSÃO
1o Momento - “Sólidos Platônicos”
Primeiramente, foi realizadas pesquisas sobre sólidos geométricos em livros,
internet, revistas, dentre outros. Utilizou-se também o DVD da TV Escola
(matemática 19 e 21). Para realização da atividade fora usado diversos materiais
como: tesoura; cola; régua; cartolina; papel cartão; papel sulfite; palitos de bambu;
tripas de mi; borrachas de dinheiro; grampeador; papel camurça; canudos de
refrigerante; lápis de cor; canetas em geral; planificação de sólidos geométricos em
especial platônicos; dentre outros.
A partir de planificações foi construídos modelos de sólidos geométricos, em
especial sólidos platônicos (Figura 2), também foram construídos sólidos sem
planificações conforme (Figura 3). Em seguida, os alunos classificaram os sólidos
geométricos em regulares e não regulares. Na sequência foi solicitado que
contassem o número de faces, vértices e arestas, montando uma tabela para
verificação da relação de Euler nos poliedros regulares e nos não regulares,
principalmente nos Poliedros Platônicos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que os conceitos básicos de geometria e diversos jogos em
especial os Sólidos Platônicos e a Torre de Hanói torna-se uma estratégia de ensino
que contribui para a apresentação dos conceitos aos alunos de uma maneira lúdica
e dinâmica. Sua construção tornou-se muito importante e atraente aos alunos, sendo
REFERÊNCIAS
ANDRINI, A.; VASCONCELLOS, M. J. Livro Didático Novo Praticando a
Matemática - 6ª série/ 7º ano. São Paulo: Edição do Brasil, 2006.
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a contribuição dos contos de fadas no
processo de ensino-aprendizagem de alunos nas séries iniciais do ensino
fundamental. Apresenta uma abordagem qualitativa, que permite reflexão, análise e
interação acerca das teorias e hipóteses levantadas a partir de uma revisão
bibliográfica, bem como de uma sondagem da atuação do professor em sala de
aula. O questionamento que motivou a escolha desse tema foi: como a contação de
história em sala de aula pode beneficiar o processo de ensino-aprendizagem?
Magistério
P1 38 Superior 3º Ano 8 Anos Pública
Completo
Magistério
P2 24 Superior 3º Ano 3 Anos Privado
Incompleto
10
8 Contos de fadas
6
Fábulas
4 2 2 2 Textos conhecidos
1
2
Outros
0
10
Valores morais
8
10
8
Favorecem
6
4
2 Não favorecem
2
0
0
10
Porque ajuda assimilar o
conteúdo
8
Porque enriquece o
vocabulário
6 Porque estimula o
imaginário
4 Porque estimula a
frequencia na biblioteca
2 11111 Porque estimula a ler
CATEGORIA FREQUÊNCIA
Gênero
Feminino 5
Masculino 5
Faixa Etária
De 7 a 8 anos 10
Escola
Pública Municipal 5
Privada 5
Gostam de Ler
Escola Privada 5
Escola Privada 2
A tabela dois indica que os dez alunos que participaram da pesquisa, tanto da
escola de ensino privado como do ensino público, apreciam ouvir e ler histórias
infantis, como os Contos de Fadas.
Aluno 3: “Eu desenhei o João descendo da árvore com a harpa, ela é linda,
não é?, e ele está muito feliz, e ele vai encontrar a sua mãe, que não subiu
no pé de feijão com ele, deixou ele ir sozinho, porque estava cuidando da
casa deles”.
Aluno 4: “Fiz a casa que João mora, a mãe dele também. A mãe dele fica
varrendo o dia inteiro a casa, e ele queria subir no pé de feijão, mas lá em
cima, tinha uma casa bem “pequenininha”, onde morava o gigante bem feio,
que dá medo”.
BETTELHEIM, B.: Psicanálise dos Contos de Fadas. RJ: Paz e Terra, 2002.
BIZ, M.: Histórias que Despertam Emoções. Nova Escola, São Paulo, Ed. 203, p.
108-111, junho, 2007.
CUNHA, M.A.A.: Literatura infantil: teoria e prática. São Paulo: Ática, 2002.
FERREIRO, E.; T. A.: Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FRANZ, M.L.V.: A interpretação dos contos de fadas. São Paulo: Paulus, 1990.
FREIRE, P.: A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São
Paulo: Cortez, 1997.
PALO, M.J.; OLIVEIRA, M.R.D.: Literatura infantil – voz de criança. São Paulo:
Ática, 1986.
PINTO, A.V.: Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo. 1985.
PIRES, D.H.O.: “Livro... eterno livro...” In: Releitura. Belo Horizonte, 2000, vol. 14.
URBAN, P. Psicologia dos contos de fadas. Planeta, São Paulo, 345, p. 16-18,
jun. 2001.
VYGOTSKY, L.S.: A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Resumo
INTRODUÇÃO
O diagnóstico psicopedagógico é uma investigação que visa à análise do
sujeito em sua globalidade. Isso significa avaliar a sua forma de aprender e os
obstáculos que impedem a vivência de conflitos naturais à aprendizagem (WEISS,
2007). Assim o “diagnóstico pode ser visto lato sensu como uma ‘pesquisa-ação’”
(WEISS, 2007, p.30).
O desejo de saber faz um par dialético com o desejo de não saber. O jogo
do saber-não-saber, conhecer-desconhecer e suas diferentes articulações,
circulações e mobilidades, próprias de todo ser humano ou seus
particulares nós e travas presentes no sintoma, é o que nós tratamos de
decifrar no diagnóstico (FERNÁNDEZ, 1991, p. 39).
OBJETIVOS
Apresentar aspectos neuropsicológicos inerentes ao processo de aquisição da
leitura;
Conceitualizar a dislexia enquanto transtorno de aprendizagem;
Analisar a utilização e eficácia do PROLEC enquanto instrumento de avaliação da
aprendizagem da leitura;
Avaliar o uso do PROLEC quanto a sensibilidade em demonstrar a utilização das
rotas de leitura pela criança, bem como os prejuízos nas áreas funcionais da leitura.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A DISLEXIA
Criança: A (menina)
Nascimento: março/2003
Idade: 9 anos e 02 meses
Colégio Particular 4º ano do ensino fundamental
A queixa: dificuldades na aprendizagem na leitura e na escrita.
Provas/Critério Pontuação
avaliativo para 3º Conceito
ano
DD D N
Nome e som das 0-17 18-19 19-20 17/DD
letras
Igual-diferente 0-16 17-18 19-20 12/DD
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A avaliação da dislexia requer do psicopedagogo muito mais do que o
domínio de conteúdos escolares ou técnicas de manejo emocional, exige
apropriação de bases pedagógicas, psicopedagógicas, psicológicas e
neuropsicológicas para compreender e diferenciar dificuldades de transtornos.
Para tanto, o investimento em estudos nas diversas áreas deve se fazer
presente. Como profissional da área de Educação, que lida com crianças em
situação de fracasso escolar, acredito que considerar a psicopedagogia como uma
área restrita da área educacional é negligenciar as demandas advindas do espaço
escolar, bem como contribuir para a manutenção da sensação de incompetência
vivida por muitas crianças durante a trajetória acadêmica.
Os testes padronizados, não devem ser um fim e muito menos ter a função
de rotular o sujeito que não aprende, mas devem sim, ser um instrumento que faça
parte do processo avaliativo, desde quando este se mostre necessário. Contudo o
PROLEC, instrumento utilizado neste estudo, mostrou-se eficiente no que diz
respeito à utilização das rotas de leitura pela criança, bem como a percepção de
suas lacunas de aprendizagem no percurso acadêmico. Para além do diagnóstico, o
PROLEC poderá inclusive nortear o processo de reabilitação cognitiva tendo em
vista que aponta indícios dos prejuízos em áreas funcionais próprias da leitura.
REFERÊNCIAS
CUETOS, Fernando. PROLEC- Provas de Avaliação dos Processos de Leitura. 1 ed.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.
PEDROSO, F. S. & ROTTA, N.T. Transtornos da linguagem In: ROTTA, N. T. et. al.,
Transtornos de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2006.
WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica – Uma visão diagnóstica dos
problemas de aprendizagem escolar. 12 ed. Ver e ampl. Rio de janeiro: Lamparina,
2007.
Resumo
A entrada da criança na escola requer uma série de habilidades e competências por
parte desta, como a consciência fonológica, sendo um pré-requisito para as
aprendizagens que se processarão. Desta forma, se a escola pretende minimizar as
dificuldades de aprendizagem e levar os alunos a um desenvolvimento real, deve
levar o sujeito a superar suas próprias dificuldades e limitações. Trata-se de um
estudo de caso realizado com uma criança de 7 anos que apresenta queixa de
dificuldade de aprendizagem. Em situação de pré e pós-testagem foi avaliada as
habilidades cognitivo-linguísticas. As situações de intervenção duraram 24 sessões.
Os resultados apontam uma melhora significativa nas habilidades de consciência
fonológica.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Rendimento
segundos
Bingo dos sons iniciais Compreender que as palavras Falar uma palavra para
são compostas por unidades que a criança identifique,
sonoras; Desenvolver a em sua cartela, se há
consciência fonológica por alguma figura que possua
meio da exploração dos sons o mesmo som inicial.
das sílabas iniciais
(aliteração).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos concluir a partir dos resultados deste estudo que a intervenção com
enfoque nos programas de treinamento fonológico, sendo associado à
correspondência grafema-fonema foram eficazes para esta criança que apresenta
dificuldades de aprendizagem, o que foi comprovado pela melhora das habilidades
fonológicas e de leitura em situação de pós-teste em comparação ao pré-teste.
Os dados deste estudo demonstram a importância da realização de uma
avaliação e intervenção que enfoquem as habilidades fonológicas e a relação letra-
som, visto que isso poderá auxiliar a criança a desenvolver habilidades cognitivo-
linguísticas necessárias para a aprendizagem do sistema de escrita alfabético.
As habilidades de consciência fonológica devem ser enfatizadas, não
somente no contexto de terapia, mas sim no ambiente de sala de aula, pois a
percepção da relação grafema/fonema facilita o processo de alfabetização e auxilia
no desenvolvimento da leitura e da escrita.
REFERÊNCIAS
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo relatar experimentos realizados com crianças
do Jardim II (5 anos) numa perspectiva metodológica investigativa que é capaz de
despertar em crianças no início da escolaridade um olhar reflexivo e aberto a novas
descobertas, superando os conflitos de aprendizagens. Com a formulação de
perguntas, hipóteses e participação ativa na resolução de problemas, elas passam a
estabelecer relações simples na comparação de dados, no confronto entre suas
ideias e de outras crianças. Com a ajuda do professor, diferentes fontes foram
utilizadas para buscar informações, visando problematizações, levantamentos de
hipóteses, experimentações e registros. Como produto final à ser exposto na feira de
ciências da comunidade local, um livro de experimentos foi elaborado.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BALLENILLA, Fernando. Enseñar investigando: cómo formar profesores desde
lapráctica? Sevilla: Díada Editora, 1995.
Resumo
O processo de ensino-aprendizagem para alunos com dificuldade envolve não
somente o aluno dentro deste sistema de interações. Envolvem também os
professores e o ambiente no qual é dado este processo de extrema importância, e
que fará diferença a forma pela qual ele é direcionado, e em alguns casos
adaptados. O ambiente escolar e também o modo de trabalho do professor, ou seja,
uma alternativa para aqueles que apresentam algum tipo de dificuldade, farão
diferença na aprendizagem. Mais do que a própria ação de ensinar ou aprender, é
necessário que os que estão envolvidos neste processo de proporcionar a
construção do conhecimento, entendam a importância do planejamento de
atividades que visem a aprendizagem de todos.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Uma vez observados esses fatores e depois analisados, torna-se mais fácil a
forma de planejar atividades e ainda intervenção pedagógica para cada tipo
específico de dificuldade. De acordo com Dockrell e Mcshane (2000, p.17), ainda
deve ser incluídas as análises “das demandas da tarefa, como ela é realizada pelas
crianças com desenvolvimento normal e as habilidades de desempenho comum da
criança com dificuldade de aprendizagem”.
O objetivo de analisar a tarefa da criança com dificuldades de aprendizagem
é, determinar até que ponto a criança pode realizá-la e identificar aonde encontra
dificuldade para finalizá-la.
O objetivo de se analisar a criança é entender como se da o desenvolvimento
normal e como se da o desenvolvimento das crianças com dificuldade, e
principalmente de que formas elas se diferem.
Objetivo de analisar o meio em que a criança vive ou adquire conhecimento é,
sobretudo a compreensão de sua importância. Primeiro porque ele pode ser um
agravante desta dificuldade, e segundo que se não for este o caso, segundo
Dockrell e Mcshane (2000, p.23), “muitas vezes é possível modificá-lo de tal maneira
que facilite a aquisição de habilidades que a criança não tem.”
Desta forma, devem ser levados em consideração ao analisar as dificuldades,
estes três aspectos, porém chamam a atenção para o ambiente, que pode ser um
fator agravante destas dificuldades. As crianças com dificuldades podem apresentar
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para Castro [et al] (2008), a educação é um ato político-social, desta forma,
não se concebe que o professor não planeje minimamente o processo educativo. O
planejamento e o processo pelo qual este passa deve ter um intuito de nortear a
tomada de decisões sobre o que seus alunos precisam aprender.
Sobre planejar atividades que visem à autonomia de seus alunos, e coloque
os alunos com dificuldades em situações de igualdade com os demais, o
planejamento ajudará na resolução de possíveis problemáticas na capacidade de
escolher o melhor caminho a ser trilhado em busca da construção do conhecimento.
Partindo da premissa de que o professor deve proporcionar conteúdos
significativos e que promovam a aprendizagem, ele deve elaborar o planejamento de
forma que o aluno perceba a importância desses conteúdos para a sua vida e para o
seu futuro.
Para o aluno que apresenta dificuldade de aprendizagem, o professor
juntamente com a equipe gestora, incluindo a coordenadora pedagógica, e ainda a
família, devera considerar alguns componentes fundamentais: conhecer as
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRITO, A. E. Formar professores: rediscutindo o trabalho e os saberes
docentes. In: MENDES SOBRINHO, J. A. de C; CARVALHO, M. A. (Orgs.).
Formação de professores e práticas docentes: olhares contemporâneos. Belo
Horizonte: Autêntica, 2006.
Resumo
A presente pesquisa objetiva analisar a maneira como docentes da Educação Infantil
trabalham a construção da noção de número com alunos de quatro e cinco anos,
pautada na epistemologia genética. Para o alcance desse objetivo, desenvolveu-se
entrevistas com professores e observações em sala de aula em uma escola pública
e em uma escola particular de uma cidade do interior paulista, a fim de compreender
como os docentes selecionam e aplicam atividades relacionadas ao número e ao
encorajamento de sua construção e se estas estão sendo desenvolvidas de forma
compatível ao desenvolvimento da criança. Após a análise dos dados, constatou-se
que o professor tem deixado o aspecto lógico-matemático do número à margem e
que seu aspecto social tem sido o centro da prática docente.
INTRODUÇÃO
O número, que é uma ideia de quantidade, representado por algarismos e
numerais, é uma relação criada mentalmente por cada indivíduo, resultado da ordem
e inclusão hierárquica, relações construídas por meio da abstração reflexiva.
Portanto, não se encontra no mundo físico e não pode ser ensinado.
OBJETIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O trabalho com o lúdico (1), a classificação (1) e seriação (1) também foram
mencionados, aspectos imprescindíveis de serem trabalhados para que se possa
oferecer aos alunos situações para observar e manipular diferentes objetos e a partir
deles desenvolver relações, construir as abstrações empíricas e reflexivas. No
entanto, faz-se necessário analisar os recursos e as ações dos professores a partir
da ideia básica de como a noção de número é construída pela criança.
A gente sempre tem essa prática todos os dias, antes das atividades
diárias. O que a gente faz: a gente conta as crianças e vê que
28 Os nomes citados nos trechos das entrevistas desta pesquisa são fictícios. Buscou-se preservar a
identidade dos sujeitos participantes do estudo.
Jean Piaget e Constance Kamii são os autores mais conhecidos no que diz
respeito ao estudo da gênese do número, pois são bastante discutidos nos cursos
de graduação. A partir da entrevista realizada, pode-se perceber que em poucos
momentos as ações desenvolvidas citadas pelos sujeitos se relacionavam às ideias
defendidas por esses autores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Estudo de caso em pesquisa e avaliação
educacional. Brasilia: Liber Livro Editora, 2005. 68p.
SCRIPTORI, C. C. Um, dois... feijão com arroz... três, quatro... feijão no prato...
A matemática na pré-escola. 1988. 175f. Dissertação (Mestrado em Educação) –
Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Educação, Campinas.
Resumo
O presente trabalho tem como finalidade abordar o funcionamento de projeto de
extensão universitária executado pela FFC/UNESP, campus de Marília. Muito se tem
discutido sobre o termo dificuldade de aprendizagem, principalmente quando nos
deparamos com os anos iniciais da vida escolar da criança, quando os alunos são
rotulados por não atingirem as expectativas esperadas dentro da sala de aula. O
projeto tem como princípio reconhecer as dificuldades dos discentes e oferecer
ferramentas para a melhoria de crianças com essa queixa, utilizando como
referencial teórico a Epistemologia e Psicologia Genéticas de Jean Piaget (1896-
1980). Dessa forma, o projeto busca oferecer às crianças atendidas possibilidades
de desenvolvimento de maneira diferenciada, atendendo às necessidades de cada
uma; com o intuito de oferecer-lhes “novas possibilidades”, buscando a construção
de um ambiente proveitoso e solicitador: por meio de jogos de regras, brincadeiras e
atividades específicas.
INTRODUÇÃO
Sendo assim, este projeto de extensão, pautado na teoria piagetiana, tem por
objetivo realizar intervenções por meio de jogos e atividades que possibilitam
interação entre o sujeito e meio, pensando sempre nos processos de
desenvolvimento de cada aluno e o respeitando.
OBJETIVOS
Promover a reflexão, por parte dos docentes, diretor (a), coordenador (a),
que encaminham as crianças para os atendimentos, e das pessoas que
compõem o projeto (bolsistas e orientadora) que as atendem, sobre as
possibilidades de ação existentes para as aulas de apoio/reforço escolar,
enfatizando-se a utilização dos jogos de regras;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A sua pontuação foi 2+2+50+5+20, ele somou uma vez e ao ser questionado se a
soma dava esse resultado pediu para que fosse falado novamente seus valores, em
seguida o mesmo refez a conta e ao final apresentou o resultado para toda a sala
feliz pela pontuação atingida.
A criança deve observar como estão postas as fichas apresentadas e montar uma
sequência que se assemelhe e contenha a mesma quantidade. Na figura anterior foi
apresentada para YAS (8;7) 12 fichas, a mesma pegou de um monte uma
quantidade de fichas e montou sua sequência, após foi questionado sobre qual
sequência teria mais fichas, “Está igual nos dois... Por que eu contei”; em seguida,
fizemos a seguinte intervenção: “Foi feita a mesma atividade com outra criança que
têm a mesma idade que você e que dizia que o dela tinha mais do que as minhas
fichas, você acha que ela está errada ou certa? ”, YAS(8;7) respondeu que a criança
estava errada e contou novamente as fichas apresentadas e as suas fichas e
finalizou com a fala “Está Igualzinho.. Eu contei o seu e o meu e está igual!” Ao ser
questionada como a mesma explicaria para a outra criança que a quantidade estava
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Resumo
Na atualidade, é notável que o número de crianças diagnosticadas com dificuldades
de aprendizagem tem crescido, especialmente no início do período escolar; muitas
vezes, o diagnóstico é feito mediante qualquer indício de “insucesso”, isto é, quando
o indivíduo não corresponde às expectativas do nível escolar em que se encontra.
Em objeção a esse entendimento, o presente trabalho tem o objetivo de apresentar
o projeto de extensão universitária “Intervenção Pedagógica e Psicopedagógica:
contribuições para o desenvolvimento infantil”, que tem como meta promover
intervenções e solicitações psicopedagógicas e pedagógicas adequadas, com base
na teoria piagetiana, para amparar e estimular os indivíduos encaminhados ao
projeto que, apesar de não apresentarem quaisquer problemas físicos relacionados
à dificuldade de aprendizagem – como Dislexia, Discalculia, entre outros – foram
diagnosticados dessa maneira. Assim, além de promover um olhar diferenciado
sobre as dificuldades de aprendizagem, o projeto propicia aos estudantes de
graduação que dele fazem parte conhecer esse outro olhar, além de dar-lhes
ferramentas para intervir adequadamente nessas situações.
INTRODUÇÃO
Com todas essas interferências, fica mais difícil definir o que é, realmente, a
dificuldade de aprendizagem, afinal, acabamos por expor toda a bagagem teórica
que, necessariamente, se oporá a outras muitas existentes. Então, tomando como
uma das bases para a construção do conhecimento o processo de interação entre
sujeito e meio, presentes na teoria piagetiana, pode-se estabelecer um “perfil”
passível de ser atendido pelo projeto.
OBJETIVOS
Dado o cenário anteriormente apresentado, os objetivos primordiais são:
Favorecer a construção das estruturas da inteligência solicitadas pela
escola e inerentes à aprendizagem pelos alunos a nós encaminhados;
MATERIAIS E MÉTODOS
Ao ser encaminhado ao projeto, existem algumas etapas iniciais pelas quais o
indivíduo precisa passar antes de, efetivamente, chegar às intervenções. Essas
primeiras etapas fazem parte do diagnóstico, começando, então, com a entrevista de
anamnese, onde o responsável pela criança é convidado a reunir-se com o
estudante participante do projeto a fim de fornecer informações sobre a
escolaridade, as condições de saúde e de vida da criança que será atendida.
Posteriormente, segue um período de, aproximadamente, nove encontros, onde
serão aplicados outros instrumentos e técnicas com a finalidade de verificar a não
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 4. (VBS, 8;5) – Ditado ADAPE, realizado em Agosto de 2013 durante o diagnóstico.
Figura 5. (VBS, 10;0) – Ditado ADAPE, realizado pela segunda vez após 1 ano e 8 meses de atendimento no
projeto, em Abril de 2015
CONSIDERAÇÕES FINAIS
MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Christe. Aprender
com Jogos e Situações-Problema. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SOUZA, Marilene Proença Rebello de. Retornando à patologia para justificar a não
aprendizagem escolar: a medicalização e o diagnóstico de transtornos de
aprendizagem em tempos de neoliberalismo.
Resumo
O presente estudo tem como objetivo demonstrar a partir de uma pesquisa
bibliográfica que a Educação Permanente ao idoso aumenta seu conhecimento, sua
qualidade de vida, diminui a depressão e favorece a melhora de sua autoestima.
Com o aumento da população idosa no Brasil e no mundo, novas demandas
surgem, assim se faz necessário ofertar melhores condições para que esta
população possa viver de forma autônoma e independente. A Educação
Permanente a partir das Universidade Abertas da Terceira Idade é uma destas
formas. Para fundamentar este estudo foram utilizados autores como: Oliveira,
Scortegagna, Oliveira (2009); Guerra e Caldas (2010); Santos (2009); Costa, Costa,
Gobbi (2012); Ordonez, Cachioni (2011); Silveira (2009); Almeida (2012). Como
resultados obteve-se que o direito de aprender é de todos os seres humanos,
independente da idade e que a Educação que não se limita a locais, conteúdos ou
faixas etárias.
OBJETIVO
O objetivo do presente estudo é demonstrar a partir de uma pesquisa
bibliográfica que a Educação Permanente aos idosos aumenta seu conhecimento,
sua qualidade de vida, diminuem a depressão e favorecem a convivência
intergeracional.
MATERIAIS E MÉTODOS
Essa pesquisa tem abordagem qualitativa, de caráter explicativo, sendo uma
pesquisa bibliográfica. Acerca da pesquisa bibliográfica, Horn et al. (2001, p. 10)
assinalam que:
É a que se desenvolve tentando explicar um problema, utilizando o
conhecimento disponível a partir de teorias publicadas em livros e
obras congêneres. [...] o investigador irá levantar o conhecimento
disponível na área, identificando as teorias produzidas, analisando e
avaliando sua contribuição para auxiliar a compreender ou explicar o
problema: objeto de investigação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para Costa, Costa, Gobi (2012) é de fundamental importância a Educação na
vida das pessoas, sendo reconhecida pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos, de 1948, que afirma que todas as pessoas têm direito à instrução e que
esta deve ser orientada ao pleno desenvolvimento da personalidade humana, assim
como o fortalecimento e o respeito pelos direitos humanos e as liberdades
fundamentais.
Costa, Costa, Gobbi (2012) acreditam que a universidade por meio do ensino,
pesquisa e extensão possuam um papel importante no processo de envelhecimento
da sociedade em consonância com a legislação da área, no caso a Política Nacional
do Idoso e o Estatuto do idoso (BRASIL, 1996).
Segundo os autores é importante sabermos sobre o
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os dados levantados neste estudo evidenciam a importância das
Universidades Abertas da Terceira Idade como uma possibilidade dos idosos terem
acesso à Educação, estarem em contato com novas aprendizagens, o qual lhes
proporciona sentirem-se ativos, valorizados e produtivos. As Universidades Abertas
à Terceira Idade permitem que os idosos possam compartilhar com pessoas da
mesma idade e de idades diferentes suas experiências e vivências, observar a
necessidade de estarem em contato com novas aprendizagens, no que se refere às
atualidades culturais, políticas, econômicas e sociais.
REFERÊNCIAS
RESUMO
No presente artigo abordo a teoria de desenvolvimento moral de Piaget e Kohlberg e
contemplo as principais características dos modelos de ensino tradicional e
construtivista, bem como, suas relações com os conflitos na escola. Trabalho alguns
conceitos do desenvolvimento moral como heteronomia, autonomia, respeito
unilateral, respeito mútuo, e as virtudes. Proponho uma reflexão sobre os impactos
que as formas de relação heterônomas impõem sobre as crianças. Finalizo minha
pesquisa bibliográfica concluindo que o caminho para a formação de sujeitos
autônomos passa pela cooperação entre os pares, vivenciando experiências
significativas, desenvolvendo num espaço de virtudes, um terreno do Bem, onde se
semeia e se colhe as virtudes.
INTRODUÇÃO
A discussão e pesquisa do tema deste Artigo, A construção de valores morais
no cotidiano escolar, surgem da constatação que cotidianamente não se evidenciam
atitudes pautadas nos valores que anteriormente eram vistos com grande
admiração. Esta situação levou La Taille e Menin (2009) a perguntarem se estamos
em uma crise de valores ou se esses estão em crise. É de grande relevância
compreender os procedimentos de educação moral utilizados pelos professores no
âmbito escolar, as relações humanas e seus desdobramentos. Percebo que
compreender como essas relações acontecem, como são concebidas pelo professor
e pela escola, é importante e nos ajudará na apropriação desse tema. Perguntas
como: onde estão os valores morais na instituição educativa? Como são trabalhados
OBJETIVOS
O objetivo desse trabalho é fazer uma breve discussão sobre a Teoria do
Desenvolvimento Moral de Piaget e Kohlberg. A partir dessa teoria, propor algumas
reflexões, relacionando possíveis características desses métodos a algumas
MATERIAIS E MÉTODOS
Pesquisa bibliográfica.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A constituição do sujeito moral entre outras coisas passa pela convivência
humana. A escola é um local promissor e privilegiado de relações, pois se trata de
um ambiente marcado pela convivência com os pares. Portanto, em se tratando de
escola é importante que dediquemos a ela um olhar cuidadoso, pois no Brasil a
educação moral vem tomando formatos e interpretações diferentes. No Brasil a
educação moral como disciplina escolar aconteceu na década de 1990, com o nome
de Educação Moral e Cívica “EMC”, que tinha como característica principal um
cunho disciplinador. Neste modelo, não havia nada do que se fala e se preconiza
atualmente, ou seja, não tinha nada a ver com construção de autonomia relações de
cooperação e respeito mútuo. O discurso moral neste modelo era de caráter político.
Na década de 1980, acontecem as lutas por escolas mais democráticas, que,
portanto, irão agregar várias mudanças, dentre elas o rompimento do modelo
conservador. Na década de 1990, foram elaborados os Parâmetros Curriculares
Nacionais, com o objetivo de auxiliar a escola na construção da autonomia e
cidadania. Neste documento, a educação moral, a ética, os valores são pensados e
elucidados de forma a contribuir para a formação plena do escolar (PONCE, 2007).
Em acordo com essa perspectiva La Taille nos fala da importância que deve
ser dada à formação acadêmica e moral do professor, este que precisa se
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que um ambiente sociomoral exista de fato, que seja propício a
construção da autonomia faz-se necessário cuidar da forma como a construção e
aquisição de conhecimento está posta, também é preciso cuidar do convívio com os
pares, propiciando que o aluno vivencie situações em que a democracia, o respeito,
a cooperação, a justiça, a igualdade estejam presentes, momentos em que as
situações-problema sejam discutidas e refletidas continuamente (TOGNETTA,
2007).
Isto posto, nos parece claro que a indisciplina e os conflitos, quando vistos
sob o prisma do desenvolvimento da moralidade, podem ser entendidos como
reflexo de um enfraquecimento do processo de desenvolvimento moral, onde há
uma ausência de limites, que por sua vez, é notado como o grande problema vivido
pelos professores na sala de aula. Sendo assim, a escola, em parceria com a
família, precisa trabalhar noções de limites com os alunos investindo, também, na
educação moral. O caminho para esse trabalho deve ser, sem dúvida, aquele que
vai além das relações unilaterais para construir relações de respeito mútuo e
solidariedade.
REFERÊNCIAS
Resumo
Este trabalho tem como tema o ensino de língua portuguesa por meio dos gêneros
textuais/discursivos. Está fundamentado no referencial teórico da Teoria da
Enunciação, de Bakhtin (2011), do Interacionismo Sociodiscursivo, de Bronckart
(1999), na Didática das Línguas, de Schneuwly e Dolz (2004), Barros (2012). Tem
como objetivo ensinar o gênero relato de experiência vivida, tendo como
ferramentas didáticas para intervenções pedagógicas a sua modelização e
sequência didática (SD). A pesquisa será aplicada em uma Escola de Ensino
Fundamental, com alunos do 4º ano, e prevê a realização de atividades com
recursos da língua para sanar as dificuldades de aprendizagem de expressão
escrita, prevista em uma das etapas da SD. O resultado final dará subsídios para a
elaboração de um E-book da SD desenvolvida.
INTRODUÇÃO
Por muitos anos a produção textual nas Instituições de Ensino Brasileiras foi
apresentada aos alunos como dissertação e redação, priorizando as estruturas
gramaticais, sem uma finalidade comunicativa. Com a elaboração e publicação dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), em 1997, houve um avanço nas
políticas educacionais brasileiras, preconizando o estudo do texto para fins de
comunicação. No que se refere ao PCN de Língua Portuguesa, introduziram-se
OBJETIVOS
- Apresentar uma planificação do ensino do gênero relato de experiência vivida
para o 4º ano do Ensino Fundamental,
- Identificar as dimensões ensináveis do gênero relato de experiência vivida por
meio da sua modelização didática;
- Elaborar uma SD para o ensino do gênero relato de experiência vivida a partir da
modelização didática feita;
- Desenvolver a SD elaborada na turma do 4º ano do Ensino Fundamental visando
ao domínio do gênero relato de experiência vivido;
MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa de caráter qualitativo, fundamentada no ISD de Bronckart e no
estudo das Línguas de Dolz e Schenewly, oferecerá caminhos pertinentes para a
produção de gênero textual, utilizando a transposição didática, passando pela
modelização didática do gênero relato de experiência vivida, para dar corpus à SD.
Para efetivação da modelização didática, cinco etapas apresentadas por
Schneuwly e Dolz (2004) serão percorridas:
1- Levantamento do conhecimento científico sobre o gênero textual relato de
experiência vivida, destacando os principais autores e produtores desse gênero.
2- Apresentação da situação, onde será descrita a tarefa de expressão escrita que
os alunos devem realizar, elaborando uma primeira produção inicial. Nesta
etapa, os alunos construirão, segundo Schenewly e Dolz (2004, p.84), uma
representação da situação de comunicação e da atividade de linguagem a ser
executada. Essa etapa será dividida em duas fases. Na primeira fase será
apresentada ao aluno indagações como: qual é o gênero abordado? A quem se
dirige a produção? Que forma assumirá a produção? Quem participará da
produção? A segunda fase está relacionada a dimensão dos conteúdos,
fornecendo informações para os alunos conhecerem o projeto comunicativo,
visando a aprendizagem da linguagem a que está relacionado.
Essa fase da SD tem como finalidade levar o aluno a compreender a situação
de comunicação do gênero abordado; ele deve, também, elaborar os conteúdos
apresentados em sua produção textual, planejar a estruturação do texto e
realizar o texto escolhendo meios de linguagem eficazes para sua escrita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão da literatura do ISD e da Didática das Línguas permite-nos afirmar
que esses referenciais teórico-metodológicos para o ensino dos gêneros textuais
constituem dispositivos fundamentais ao professor que ensina Língua Portuguesa.
É exatamente esse um dos objetivos da pesquisa, contribuir com o trabalho
do professor, apresentando proposta de trabalho didático de gêneros textuais de
maneira sistemática, auxiliando o aluno no desenvolvimento de uma linguagem
adequada à situação comunicativa.
A escrita não é mera transposição do oral para o papel, ela requer
planejamento, intencionalidade, requer que o indivíduo acione conhecimentos
linguísticos/discursivos para a situação comunicativa apresentada, e por fim, ela
deve ter função social. A SD é uma forma de planejar o ensino, evidenciando os
objetivos e finalidades em relação ao ano escolar dos aprendizes. A proposta do
Interacionismo Sociodiscursivo e a didática das Línguas, juntamente com o
planejamento e pesquisa ativa do professor, são ferramentas para ele
instrumentalizar o aluno, tornando-o agente no processo das atividades
linguísticas, pois aprenderá os mecanismos discursivos, e fará uso social da
escrita.
Resumo
O presente trabalho busca mostrar como são as crianças que possuem Transtornos
Déficit de Atenção e Hiperatividade e refletir sobre (TDAH). As crianças com TDAH
sofrem com a falta de atenção e concentração, como também com a excessiva
atividade motora durante a aprendizagem, causando o baixo rendimento escolar.
Também não conseguem realizar os vários projetos que planejam, sendo assim são
tidos como crianças avoadas, e que vivem no mundo da lua. Hoje, a hiperatividade é
muito discutida por acarretar sérios problemas de interação social, detectados em
idade escolar. Conviver com uma criança hiperativa é muito difícil, pois com toda a
sua agitação ela consegue transformar a rotina de todos.
Palavras-Chave: TDAH, Escola, Hiperatividade.
INTRODUÇÃO
Deparamo-nos em nosso dia a dia com crianças que por inúmeras vezes
são tratadas como bagunceiras, com focos de indisciplina extrema, porém ao
alisarmos alguns casos a fundo notamos que algumas dessas crianças possuem um
déficit de aprendizagem oriundo de um dos distúrbios mais vistos hoje em nosso
sistema escolar a Hiperatividade o “TDAH”.
A bibliografia encontrada referente a esse transtorno ainda é bem escassa, o
nosso estudo se sustentara, principalmente, sobre os estudos de Barkley (2002),
Goldstein (1996) e Schwartzman (2001).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O transtorno de déficit de atenção / hiperatividade (TDAH) é caracterizado
por vários problemas que estão relacionados com a falta de atenção, hiperatividade
e a impulsividade. Quando aparecem esses problemas ocorrem na vida dessas
pessoas muitas dificuldades, porque não se consegue viver um dia a dia de forma
normal, mas sim conturbado.
As crianças, adolescentes e adultos quando manifestam esses sintomas, ou
seja, quando o diagnóstico acontece, eles já tem a sentença que serão vistos pela
sociedade como pessoas problemáticas e de difícil convívio, essas pessoas tem
como rótulo que são avoadas porque parecem que não estão nesse mundo, são
desmotivados, não tem vontade de fazer nada e se isolam, e são muito malcriados,
pois ninguém os compreende.
REFERÊNCIAS
BARKLEY, R. A. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Guia
completo para pais, professores e profissionais da saúde. Porto Alegre: Artmed
2002.
Resumo
A escola, na atualidade, enfrenta grandes desafios no que diz respeito às
dificuldades de aprendizagem, é grande o número de alunos que possuem alguma
dificuldade relacionada à aprendizagem dos conceitos matemáticos. Alunos que não
aprendem matemática podem possuir discalculia, uma desordem estrutural na área
relacionada às habilidades matemáticas. O presente trabalho visa discutir o conceito
de discalculia, as características da discalculia, as principais formas de manifestação
entre as crianças, além de explicitar algumas estratégias de intervenção no processo
de ensino, baseadas no lúdico, que podem ser utilizadas por professores. Espera-se
que esse trabalho contribua em ampliar as discussões sobre a discalculia e sobre o
trabalho de intervenção a ser desenvolvido junto aos alunos que possuem esse
distúrbio.
INTRODUÇÃO
A escola, na atualidade, encontra muitos desafios relacionados aos
problemas de aprendizagem, o número de alunos que apresentam alguma
dificuldade é cada vez maior. As principais dificuldades estão relacionadas à
aquisição da leitura, da escrita e da matemática.
Alunos que possuem alguma dificuldade em operações matemáticas básicas
como operar cálculos podem possuir discalculia, sendo assim os profissionais da
educação devem conhecer sobre esse tema para trabalhar de maneira correta com
esse aluno.
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é discutir o conceito de discalculia, as
características da discalculia, as principais formas de manifestação entre as
crianças, além de explicitar algumas estratégias de intervenção no processo de
ensino, baseadas no lúdico, que podem ser utilizadas por professores para trabalhar
com alunos com discalculia.
MATERIAIS E MÉTODOS
Com abordagem qualitativa e delineamento descritivo analítico, a presente
pesquisa tem como procedimentos metodológicos: levantamento e estudo
bibliográfico, trabalho de campo, aplicação de questionário para um determinado
grupo de professores para identificar quais conhecimentos possuem sobre a
discalculia, suas manifestações e formas de intervenção.
Através dos resultados obtidos espera-se contribuir para ampliar as
discussões sobre a discalculia, uma dificuldade comum entre os alunos, mas muito
pouco compreendida pelos profissionais da área educacional.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para melhor compreensão sobre o tema, primeiramente é preciso
caracterizá-lo, para podermos compreender suas origens, causas, sintomas e
fatores envolvidos.
Estratégias de ensino
Para trabalhar com alunos discalculicos os professores devem utilizar
estratégias lúdicas para proporcionar o prazer em aprender matemática.
A utilização de jogos e brincadeiras são ótimas opções de intervenção para
ajudar os alunos a superarem suas dificuldades de aprendizagem e compreensão da
matemática, pois os jogos e as brincadeiras tem papel fundamental na construção
do conhecimento nessa área.
A respeito disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998)
destacam que:
Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas,
pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e
favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e
busca de soluções. Propicia à simulação de situações-problema que
Jogo dez não pode, nesse jogo é utilizado o material dourado que é
composto por cubinhos que representam a unidade, barrinhas com dez cubinhos,
cada uma representa a dezena e uma placa grande com cem cubinhos que
representam uma centena.
No jogo com ábaco, a autora mostra que existe uma variedade grande de
ábacos, de madeira, colorido, de arame, de pinos à venda em lojas de materiais
pedagógicos. Porém, o professor pode optar pela construção de um ábaco
Figura 3- Ábaco
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: Matemática/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC /
SEF, 1998.
BERNARDI, Jussara. Discalculia: O que é? Como intervir?Jundiaí, Paco Editora,
2014.
CAMPOS, Ana Maria Antunes de. Discalculia: superando as dificuldades de
aprender Matemática. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.
GARCIA, José N. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura,
escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
KOSC, Ladislav. Developmental dyscalculia. Journal of Learning Disabilities, v. 7,
p. 164-177, 1974.
Resumo
Este artigo apresenta o relato de experiência didática desenvolvida com o auxílio de
um recurso tecnológico e pedagógico, no caso, o software Geogebra para o ensino
de Geometria, em especial, os conceitos de perímetro e área com alunos do sexto
ano de uma escola particular da cidade de Bauru. O objetivo do mesmo era o de
propiciar aos alunos a capacidade para contextualizar os conceitos já citados,
através da construção de uma planta baixa, exercendo o papel de engenheiros civis.
Este relato está fundamentado em aportes teóricos baseado nas noções do Contrato
Didático. As atividades realizadas nas aulas de geometria ocorreram em sala de
aula para a elaboração da planta baixa construída em folha de papel, e em seguida,
na sala de informática com a utilização do computador.
INTRODUÇÃO
A inspiração para elaborar este trabalho partiu de experiências em sala de
aula com alunos do sexto ano do Ensino Fundamental II de uma escola particular na
cidade de Bauru.
Nas aulas de geometria ao serem abordados os seguintes temas: perímetro e
área ficava explícito como os alunos demonstravam desinteresse em estudá-los.
Isso pôde ser observado durante três anos ao lecionar para alunos dessa faixa
etária. A escolha em se trabalhar com tais alunos ocorre pelos seguintes motivos: o
OBJETIVOS
Identificar as dificuldades encontradas para a assimilação dos conceitos de
perímetro e área.
Utilizar recursos pedagógicos para o desenvolvimento das atividades práticas.
Fazer a contextualização dos conceitos de perímetro e área em situações
cotidianas.
MATERIAIS E MÉTODOS
A tecnologia nas aulas de matemática: o software Geogebra
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F. J. de; FRANCO, M.G. Introdução. IN: MENDONÇA, R, H. Tecnologias
e currículo: a serviço de quem?. Salto para o Futuro. TV Escola, Ano XXI, Boletim
8. Novembro de 2011. p.4
Resumo
A leitura é fundamental não apenas para atender às necessidades do aluno na sua
formação acadêmica, mas na formação de cidadão, cuja tarefa também é da escola.
Esta pesquisa teve como objetivo geral investigar a prática docente para a
contribuição do aluno leitor. Os sujeitos envolvidos foram alunos e professoras de
duas classes do 2º ano do ensino fundamental. Os procedimentos metodológicos
foram entrevista com os professores, observação em sala e teste de leitura com
alunos. Os resultados apontaram que a leitura feita pelo docente pode influenciar no
processo de formação do aluno como leitor e que há necessidade de que o
professor invista também no próprio comportamento leitor.
OBJETIVOS
Os objetivos dessa pesquisa foram refletir como a leitura, feita pelo docente,
pode influenciar no processo de formação do leitor, verificar se as abordagens sobre
leitura feita pelo professor buscam vínculo com as práticas sociais do ato de ler;
identificar algumas situações pedagógicas as quais o aluno se apropria de
comportamentos de leitor; e verificar quais estratégias de leitura são utilizadas ou
não pelo professor em sala de aula.
MATERIAIS E MÉTODOS
Quanto aos procedimentos metodológicos para a pesquisa em lócus, foi
realizada observação dirigida pelas autoras da pesquisa nas escolas em que
participam como alunas pesquisadoras do Projeto Bolsa Alfabetização no 2º Ano do
Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual.
Referente à coleta de dados foi elaborado questionário relacionado ao tema e
entregue para as duas professoras regentes de cada sala. Participaram dessa
pesquisa apenas profissionais do sexo feminino, entre 30 e 50 anos, sendo que das 2 (duas)
professoras que responderam ao questionário, 1 (uma) possui a graduação de Normal
Superior e CEFAM, e atualmente cursa Pedagogia; 1 (uma) é graduada em Pedagogia e
tem formação profissional em nível do Magistério. O tempo de atuação profissional na
área entre as participantes da pesquisa varia de 5 (cinco) a 20 (vinte) anos. Foi
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para compreender melhor o comportamento do professor como leitor e
possibilitador de leitura e visualizar melhor os aspectos apontados na pesquisa
seguem os resultados.
a) Conceito de leitura
Considerando-se crucial a concepção que um educador traz sobre o que seja
ler, percebeu-se que as respostas caminharam já para uma finalidade do que seja
ler, mais do que um conceito. Apesar disso, os apontamentos sobre a leitura são
pertinentes. Com base nas respostas, observa-se que a professora A e a professora
B analisaram de maneiras diferentes o papel da leitura. Enquanto a professora B
verificou a importância da leitura num processo de inclusão social, a professora A
verificou as vantagens que temos com a leitura num aprimoramento pessoal.
Observou-se que conhecem, pelo menos conceitualmente, a importância da leitura e
os benefícios que ela proporciona aos seus praticantes.
b) Frequência de leitura
As estratégias de leitura
A segunda questão do teste aborda se os alunos utilizam estratégias
antecipadas ao se deparar com o livro, ao lê-lo. Ao serem abordados um a um,
observou-se que trinta e cinco alunos observam a capa do livro; quando
questionados, dezoito identificaram o autor; trinta e nove alunos identificaram o
título; e dezesseis folhearam o livro antecipadamente observando-o.
Observou-se, com esse item do teste, que os alunos utilizam de estratégias
de leitura. Mas, com os resultados obtidos, mostra-se que não se detêm todos os
itens para um mesmo aluno, o que seria o ideal para um leitor em formação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AGUIAR, V. T. de, A formação do leitor. In: CECCANTINI, J. L. C. T.; PEREIRA, R.
F.; ZANCHETTA JÚNIOR, J. (Org.). Pedagogia cidadã: cadernos de formação:
Língua Portuguesa. Vol. 2. São Paulo: UNESP, Pró-Reitoria de Graduação, 2004.
SMITH, Frank. Leitura Significativa. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda,
1999.
Resumo
Este estudo é um recorte do Trabalho de Conclusão de Curso de Pedagogia que
teve como objetivo identificar as possibilidades de ensino e uso em aplicações de
Provas operatórias piagetianas com um Software Gerenciador de Banco de Dados
para registro do Diagnóstico Psicopedagógico. Foi desenvolvido e utilizado pelo
orientador e orientando do estudo para o ensino de Provas operatórias piagetianas e
utilizado por graduandos de Pedagogia para a aplicação das Provas operatórias
piagetianas. Esta análise da aplicação se justifica porque se identificou nos relatos
dos graduandos os vários usos de diferentes recursos para aplicação das Provas
Operatórias. Acreditamos que após este estudo a ferramenta desenvolvida pode
contribuir em pesquisa e acima de tudo no ensino das Provas Operatórias.
INTRODUÇÃO
Aplicar o método clínico Piagetiano em ambiente clínico ou escolar na
atualidade requer de seu aplicador conhecimento prévio sobre as teorias e técnicas
de aplicações das provas operatórias. Visca (2008) identificou que é evidente a
dificuldade que se tem, no ensino e aprendizagem da aplicação e avaliação das
provas operatórias de Piaget. Identifica-se na literatura que os profissionais buscam
Como resultado, rever a teoria Piagetiana em sua fonte é favorável para maior
aprendizado e evitar não cair no senso comum das teorias isoladas,
descontextualizadas que circulam pelos diversos materiais de consulta
principalmente os da web (CHARTIER, 2007; PIAGET, 2005). O uso do software
pelo orientador e por graduandos de Pedagogia propiciou benefícios para a
aplicação, registro de dados, elaboração de relatórios e ensino das Provas
operatórias piagetianas.
OBJETIVOS
O estudo teve como objetivo analisar a possibilidade de uso de um software
baseado no método clínico crítico Piagetiano para auxiliar no armazenamento de
informações geradas a partir da aplicação de Provas operatórias piagetianas por
graduandos de Pedagogia.
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo é bibliográfico e de campo. Tem um caráter
eminentemente qualitativo uma vez que analisa os significados que os alunos de
pedagogia atribuem ao uso de materiais de aplicação das provas Piagetianas
(CAMPOS, 2001). O local em que foi realizado o estudo foi em uma Universidade
Estadual. Os sujeitos foram alunos do segundo ano de Pedagogia. O estudo foi
dividido em 5 fases sendo que na FASE I – Foi composta por levantamento
bibliográfico e documental a respeito do referencial teórico piagetiano, em específico
sobre as provas operatórias e materiais disponíveis para aplicação dessas provas;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultados na disciplina os graduandos aprenderam de forma prática a
aplicar as provas operatórias de Piaget. Após essas aulas gravaram em um vídeo a
aplicação que fizeram fora do ambiente universitário e desenvolveram um “feedback”
da aplicação apontando os benefícios e problemas que tiveram em utilizar o
Era azul no software e na mesa verde não sabia qual era a ficha para
manipular e me perdi na aplicação (Participantes do estudo Grupo 3
de graduandos de Pedagogia).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os comentários dos graduandos de pedagogia foram fundamentais para
aprimorar o aplicativo. Despertou nos pesquisadores a atenção para possíveis
problemas que podem ser identificados e aperfeiçoados por um período de tempo
em um grupo maior de pessoas. Estudar com o meio acadêmico, mesmo com um
grupo específico, a utilização de um aplicativo desde a instalação nos computadores
pessoais até a impressão final dos relatórios, certamente auxiliou o desenvolvimento
e aprimoramento do aplicativo podendo potencializá-lo futuramente para um
ambiente clínico e escolar. Sugestionar uma aplicação de um conteúdo e verificar
como um grupo específico de pessoas e suas reações perante este questionário fez
os pesquisadores identificar que nos roteiros devem ser utilizadas terminologias
mais diretas e que facilitem a compreensão do usuário (RONCA; TERZI, 2005). A
responsabilidade acadêmica perante os graduandos com um aplicativo tecnológico
propiciou um entendimento que a tecnologia em si não deve ser usada como uma
“máquina aleatória de ensinar”, visto que em muitos estudos o computador é
utilizado com a finalidade de imitar uma atividade que acontece em ambientes
específicos (OLIVEIRA, 1999).
REFERÊNCIAS
ASSIS, O. Z. M. Uma nova metodologia de educação pré-escolar. 2 ed. São
Paulo: Pioneira, 1982.
CHARTIER, R. Muitos dizem que o gosto dos jovens pela leitura é um desafio.
Ver.: Nova Escola, ano XXII, n. 204, ago. 2007.
Resumo
INTRODUÇÃO
A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes.
OBJETIVOS
Tendo em vista a formalização de uma reflexão acerca da dislexia como
necessidade especial para o aprendizado busca-se compreender o problema da
pesquisa por meio de:
- Levantamento de aportes teóricos acerca da dislexia e dificuldades de
aprendizagem;
- Elencar as principais dificuldades de aprendizagem em uma determinada
instituição educacional e as concepções dos alunos, responsáveis e professores
sobre o fracasso escolar;
- Analisar o contexto das respostas e investigar alguns aspectos epistemológicos de
sua construção.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AND. Associação Nacional de Dislexia. Disponível em http://www.andislexia.org.br/
Acesso em: 09 de fev. 2016.
MEIRIEU, Philippe. Aprender... Sim, mas como?. 7ª edição. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1998.
fmalbertino@hotmail.com
Resumo
Este artigo consiste na reflexão e compreensão de situações ligadas a experiências
emocionais, no processo de luto na criança e da dificuldade de aprendizagem da
criança enlutada. A pesquisa bibliográfica pretende explicar como a criança enfrenta
esse processo nos seus diferentes estágios de desenvolvimento e como isso afeta
seu processo de aprendizagem, em situações, que na ausência desse luto,
provavelmente não enfrentariam. Concluímos a necessidade de uma formação
específica do professor para auxiliar a criança a superar essa fase e suas
dificuldades de aprendizagem, no período de elaboração do luto, a importância do
lúdico para a compreensão e colaboração para este processo. Enfatizar também as
conseqüências que toda essa situação de perda causa na vida afetiva e emocional
da criança, necessitando de uma intervenção consciente nesse processo de ensino-
aprendizagem da mesma.
INTRODUÇÃO
O fracasso escolar está relacionado às dificuldades de aprendizagem
apresentadas por números elevados de alunos. Dificuldades essas que podem advir
de diversos fatores, sejam eles orgânicos (saúde física deficiente, falta de
integridade neurológica) ou emocionais. Segundo ROZEK; SERRA. 2015:
Isso implica em o professor ou a escola achar que não é seu papel e não
querer falar com os alunos e a famílias sobre a morte, por não possuir formação
adequada.
O tema definido para esta pesquisa é pouco divulgado e transmitido no
meio acadêmico. Entretanto é de suma importância, pois todos os professores a
qualquer momento podem se confrontar com alunos que passam por dificuldades de
aprendizagem relacionadas ao luto.
OBJETIVOS
O artigo teve como objetivo geral verificar como o luto pode interferir no
processo ensino-aprendizagem refletindo em seu desempenho escolar e a formação
adequada do professor para confrontar tal situação.
Analisar os fatores emocionais da criança enlutada relacionados às
dificuldades de aprendizagem;
Verificar como o estado de luto da criança pode interferir no processo
ensino-aprendizagem refletindo em seu desempenho escolar;
Refletir sobre a real necessidade da formação adequada do professor para
que tenha conhecimento adequado para melhor lidar com a situação do aluno
enlutado.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Alguns profissionais acreditam (ou por não querer discutir sobre a morte)
que as dificuldades de aprendizagem não estão ligadas propriamente ditas ao luto.
Porém as teorias são complexas e há diferentes perspectivas:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste estudo foi possível compreender o processo do luto e como
algumas crianças enlutadas que passam por esta situação desenvolvem algumas
experiências emocionais que geram dificuldades de aprendizagem.
Entendemos que cada criança encontra-se em uma fase diferenciada do
luto e por esse motivo, reage de forma diferente de outras crianças. Por esse motivo,
REFERÊNCIAS
VOMERO, M, F. Morte. Super Interessante, São Paulo, edição 173, fev. 2002. p.
37-44.
Resumo
A Pedagogia de Projetos visa a valorização da participação do educando e do
educador no processo de ensino e aprendizagem, resultando na formação de
sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes. Em uma escola que utiliza tal
metodologia de ensino buscamos compreender possíveis estratégias utilizadas
pelos professores e pelos alunos para articular os conteúdos de Ciências Naturais
com os projetos propostos pelos próprios estudantes. Por meio de observações e
tutoria de grupos de alunos foi possível concluir que a pedagogia de projetos
contribui significativamente para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos,
principalmente no que se refere à cidadania, respeito e desenvolvimento moral dos
indivíduos.
INTRODUÇÃO
A Pedagogia de Projetos consiste em um método de trabalho que se
relaciona aos problemas, que são impulsionadores da aprendizagem, bem como ao
processo de transformação destes em projetos, ou seja, a solução (TRINDADE;
COSME, 2010).
A idealização desse tipo de pedagogia teve início nos tempos da transição da
Escola Tradicional para a Escola Nova durante o século XX, no momento em que o
mundo passava por mudanças sociais, políticas e econômicas (SILVA; TAVARES,
2010). A Escola Nova, ou Pedagogia Nova, inspira-se nos princípios de
OBJETIVOS
Observar como o conteúdo de Ciências Naturais pode ser ensinado utilizando
a pedagogia de projetos como metodologia de ensino;
Empregar, na prática, o ensino de Ciências Naturais utilizando a metodologia
de projetos, com base no que foi aprendido por meio da observação previamente
realizada.
Identificar as vantagens e desvantagens dessa metodologia de ensino, por
meio da identificação das facilidades e dificuldades, tanto dos educadores, quanto
dos alunos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Desenvolvimento do estágio
A primeira e segunda etapa do estágio aconteceram no primeiro semestre de
2015. A primeira etapa consistiu no acompanhamento do professor responsável pela
disciplina de Ciências, sendo observados os plantões de quatro grupos de alunos
com os projetos Robótica, Woodstock, Cotas, Influência Norte-Americana e
Diabetes. Nessa etapa, observamos como os conteúdos de Ciências eram inseridos
nos temas dos projetos e a maneira como o professor abordava, devido à
metodologia de ensino adotada pela escola, a pedagogia de projetos.
Na segunda etapa, acompanhamos apenas o grupo de alunos com o projeto
Diabetes. Nesta etapa, trabalhamos os conteúdos de Ciências programados pela
professora tutora responsável pelo grupo. A escolha desse grupo aconteceu devido
à afinidade que tivemos com as estudantes. Durante o mês de junho, todas as
quartas-feiras de manhã, o conteúdo de Ciências era explicado nos plantões de
dúvidas pelos estagiários do curso de ciências biológicas. Nesses plantões
ministrávamos aulas sobre os temas relacionados ao conteúdo de Diabetes, por
exemplo, alimentação e sistema endócrino, onde os assuntos eram explicados e
também eram feitas perguntas às alunas para saber o que entenderam.
No segundo semestre de 2015, os plantões de Ciências de quatro grupos
com projetos distintos ficaram sob nossa responsabilidade. Nesse caso, avaliamos
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante o período de observação dos plantões, foi possível compreendermos
como as atividades aconteciam na escola, fazendo uso da metodologia de ensino
pedagogia de projetos. As dificuldades e facilidades dos alunos eram perceptíveis,
mas foi quando começamos a trabalhar nos projetos com os alunos que pudemos
entender melhor quais eram as vantagens e desvantagens da metodologia de
ensino utilizada na escola.
Quanto às atividades com os alunos, em princípio, eles ainda não se sentiam à
vontade com nossa presença durante os plantões, e, muitas vezes, ficavam tímidos,
o que consequentemente influenciava no rendimento do aprendizado. Por volta da
terceira semana de nossa presença na escola, alguns alunos foram se acostumando
e estabelecendo vínculos positivos conosco. Nos plantões fazíamos questões aos
alunos, de acordo com o tema dos projetos, para saber o que eles sabiam a
respeito, em seguida, as respostas eram complementadas caso fosse necessário ou
eram explicadas caso os alunos não soubessem responder. Durante os plantões, os
alunos se mostravam interessados e participativos, prestando atenção nas explicações na maioria
das vezes, sendo que alguns falavam mais que outros. No entanto, os plantões não estavam
ocorrendo de forma satisfatória para todas as partes, tendo em vista que, inicialmente, nossa
presença intimidava os alunos, o que, consequentemente, afetou o processo de ensino e
aprendizagem durante os plantões.
Na segunda etapa, as meninas do grupo pesquisavam o conteúdo, traziam na
data estipulada, e discutíamos o tema juntos, utilizando, muitas vezes, livros e mídia
digital para entender melhor o conteúdo. Em um dos plantões, notamos um pouco
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência com a Pedagogia de Projetos nos possibilitou observar que é
uma metodologia de ensino eficaz. Ela contribui significativamente para o processo
de ensino e aprendizagem dos alunos. Contudo, apresenta alguns pontos que
consideramos fracos. Um deles foi relacionado à dificuldade em escrita, leitura e
interpretação. O problema mais comum em relação à escrita foi a troca de letras
como “m” e “n”, “s” e “c”, além de conjugação verbal insatisfatória.
Por ser uma metodologia que foge da pedagogia tradicional, em alguns
momentos, no início do estágio, tivemos dificuldades para nos adaptar ao modelo da
escola. No entanto, no que diz respeito à educação para a vida dos alunos,
REFERÊNCIAS
ALENCAR, M. N.; MOURA, D. G. Origem da Metodologia de Projetos, seu
significado, trajetória e contribuições nos processos educativos. CEFET-MG. 2010.
Resumo
Com base nos trabalhos da Epistemologia Genética piagetiana e nos estudos sobre
o conhecimento social, investigamos como se constituem e evoluem as ideias de
crianças e adolescentes acerca do aprender e do não aprender. Os resultados aqui
apresentados são decorrentes de um estudo evolutivo realizado com 40 sujeitos,
entre seis e 16 anos, com queixas de dificuldades de aprendizagem. Para coleta de
dados, utilizamos dois instrumentos metodológicos baseados no método clínico-
crítico piagetiano: a proposta de um desenho de uma pessoa que aprende e outra
que não aprende, seguida da análise de uma história sobre não aprendizagem. As
concepções dos sujeitos participantes nos mostram o quanto sentem, estão
envolvidos e são afetados por questões do ambiente escolar.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diálogo estabelecido após a história: GLO (12;2) O que você acha que está
acontecendo com o Marcelo? Ele fica fazendo baderna dentro da sala de aula. Por
que ele não aprende? Porque não presta atenção nas coisas e não fica quieto.
Quem pode ajudar o Marcelo? A professora. O que a professora pode fazer para
ajudar? Ajudar ele fazer as atividade. E a escola, o que poderia fazer? Ter outra
professora também. Como assim? Ía ajudar ele em todas as matérias. Passar
algumas coisa mais fácil pra ele aprender [...]
No segundo nível, que se estende dos 10-11 anos aos 13-14 anos, há o início
da consideração de aspectos não visíveis das questões sociais e começa a aparecer
a percepção de processos que devem ser inferidos, pois estão inicialmente ocultos.
Os conflitos são melhores compreendidos, embora a coordenação de diferentes
pontos de vista seja algo ainda difícil de ocorrer. As respostas desse nível começam
a considerar o papel do professor de forma mais crítica. Dessa forma, o aluno pode
não aprender porque o professor não ensina bem. Não se justifica mais a
aprendizagem somente por fatores sempre e apenas inerentes aos próprios alunos.
Ressaltamos apenas 10% da amostra, tanto em relação ao desenho como na
história, respondeu de forma mais abrangente como o problema do não aprender
poderia ser solucionado e encarou o conflito da não aprendizagem como um
fenômeno social que traz ao indivíduo influências sociais, como o previsto para o
nível II de compreensão da realidade social. Alguns exemplos:
Diálogo estabelecido após o desenho: IGO (16;11) [...] E essa outra pessoa que
você desenhou, por que não aprende? Não sei [...] Pode ser o professor, o jeito que
a pessoa ensina. Tem pessoa que tipo você errou numa coisa, ela vai te ensinar e é
muito grossa. Fala que você é meio que burro. Aí, por exemplo, se fosse comigo, eu
não ía aprender com uma pessoa dessa, ía ficar meio assim de aprender [...]
Diálogo estabelecido após a história: ANA (12;10) O que está acontecendo com o
Marcelo? Ele não deve tá prestando atenção [...] Pra ele aprender tinha que parar e
pensar no que ele tá perdendo, pra professora ajudar também. Tem professor que é
relaxado e fica falando que esse aluno não tem mais jeito, só que ele tem [...]
No terceiro nível, cujo início ocorre por volta dos 13-14 anos, observa-se que
os processos ocultos, bem como as diferentes possibilidades de uma mesma
situação, passam a ser considerados. Os sujeitos estão de posse de mais
informações sobre o meio social, mas aqui conseguem relacioná-las e integrá-las
num sistema mais coerente. “Os sujeitos se tornam muito mais críticos em relação à
ordem social existente, emitem juízos sobre o que é certo e o que não é e propõem
soluções alternativas” (DELVAL, 2002, p.231).
Tabela 1. Distribuição dos sujeitos por faixa etária e por nível de compreensão da
realidade social
6 9 12 16
Nível I 10 10 9 7 36 90,0
Nível II - - 1 3 4 10,0
Nível III - - - - - -
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Resumo
Estudar a competência do juízo moral em universitários e os efeitos de uma
Intervenção Pedagógica no desenvolvimento da competência moral de um grupo de
estudantes de Filosofia e Teologia, e a influência de variáveis ligadas a religião e
valores nessa competência é o que se pretende com esta pesquisa. Trata-se de
uma pesquisa quase-experimental que implica a realização de pré-testes e pós-
testes (idênticos) no Grupo Experimental e no Grupo Controle, sendo que somente o
primeiro participou da Intervenção Pedagógica. Os resultados obtidos evidenciaram
que a intervenção favoreceu o desenvolvimento da competência moral do Grupo
Experimental, constituído por seminaristas. O mesmo não aconteceu com o grupo
controle. Os resultados permitem concluir a eficácia da Intervenção Pedagógica.
INTRODUÇÃO
Tendo em vista os estágios do desenvolvimento moral de crianças e
adolescentes encontrados por Jean Piaget e, de jovens e adultos encontrados por
Kohlberg e seus seguidores em inúmeras pesquisas, iniciamos esse
empreendimento científico por meio do qual se coletou dados sobre como ocorre a
29 Fenômeno referente a resultados muito baixo nas respostas sobre o dilema da eutanásia e que,
portanto, não refletem a competência individual, mas também uma grande influência de agentes sociais
como a religião, o exército e outras instituições, pelo tipo de relação que os sujeitos estabelecem com a
autoridade. Esse tipo de interferência pode impedir a visualização do objeto de estudo original.
OBJETIVOS
O problema que direcionou esta pesquisa é o seguinte. Qual a eficácia de
uma Intervenção Pedagógica inspirada no processo de Solicitação do Meio incluindo
discussões de dilemas morais, clarificação de valores, resolução de conflitos e
técnicas complementares no desenvolvimento da competência moral de jovens
universitários que são seminaristas?
A discussão dos dados coletados permitiu verificar as seguintes hipóteses:
1. A Intervenção Pedagógica influencia a construção da competência do
juízo moral.
2. O nível de competência do juízo moral tem relação com os cursos de
graduação dos sujeitos.
3. O nível de competência do juízo moral revelado pelos participantes da
pesquisa se diferencia de acordo com as crenças religiosas e valores dos
sujeitos.
O eixo teórico que fundamenta esta pesquisa está voltado para o estudo do
desenvolvimento moral de crianças e adolescentes analisados por Piaget (1932) e,
por jovens e adultos encontradas por Kohlberg (1984) e seus seguidores em
inúmeras pesquisas, Lind (2005a), Bataglia (2013).
MATERIAIS E MÉTODOS
No pré-teste foram coletadas informações referentes a 106 alunos do Curso
de Filosofia e 87 alunos do Curso de Teologia de uma Universidade Particular. Os
alunos do Curso de Filosofia com idade variando de 17 a 41 anos, atingindo uma
média de aproximadamente 22 anos. Os alunos do Curso de Teologia com idade
variando de 21 a 65 anos, atingindo uma média de aproximadamente 27 anos.
Para garantir uma intervenção de qualidade buscou-se entender a realidade
dos universitários que participaram da pesquisa antes de intervir. Por meio dos
resultados do pré-teste observou-se lacunas a partir das quais se elaborou uma
Intervenção Pedagógica.
Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram os seguintes:
1. Moral Competence Test – MCT_xt
O Moral Competence Test é um instrumento elaborado por George Lind,
professor aposentado de Psicologia Educacional na Universidade de Konstanz –
Alemanha. Este instrumento avalia simultaneamente, competência moral e atitudes
morais. É derivado da teoria do duplo-aspecto do juízo moral e baseia-se na
abordagem cognitivo-estrutural e experimental de medidas psicológicas. Na sua
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Constatou-se que houve diferença entre o pré e o pós teste no grupo que
participou da intervenção quando se considera o dilema do médico isolado e o
dilema do médico e do juiz conjuntamente referente ao instrumento MCT_xt que
permite o acesso aos resultados no desenvolvimento da competência moral dos
participantes. Esses dilemas tratam do valor da vida humana. Podemos concluir que
as discussões de dilemas e técnicas complementares engendraram um
desenvolvimento positivo, tal resultado se mostra em relação a um conteúdo
específico que é o relativo à vida humana.
Devido ao fato desse dilema ter por conteúdo a vida humana (eutanásia) era
esperado que isso acontecesse por parte desse grupo que, além de estudar
Filosofia e Teologia está participando de formação religiosa.
No grupo controle dos alunos do curso de Filosofia, que não participou da
Intervenção Pedagógica, não houve diferença alguma entre os resultados do pré e
do pós-teste. O fato de estar cursando a graduação em Filosofia não alterou o
desenvolvimento da competência moral.
Também no grupo controle dos alunos do curso de Teologia, que não
participou da Intervenção Pedagógica, não houve diferença significativa entre o pré
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O marco teórico permitiu compreender os conceitos fundamentais de Piaget,
Kohlberg, Lind e Bataglia em relação à moralidade entendida como algo ligado à
Educação, ou seja, como algo passível de ser construída por influência da
REFERÊNCIAS
LIND, G. Moral Judgment Competence and Religiosity.: In: J.M. Fernandez & C.
Moreno, Eds. Foro Eletrónico: ‘El desarrolo du una concienca ética laica’.
Senderos.n.1: Publicaciones Ocasionales de Investigación del Comité Regional
Norte de Cooperación con La UNESCO, August., 2005a.
PIAGET, J. O Juízo Moral na Criança. 4ª ed. Trad. de Elzon Lenardon. São Paulo,
Summus, 1932/1994.
Resumo
Esta pesquisa objetivou identificar as estratégias de resolução de operações
aritméticas por meio do jogo Jenga Matemático. O trabalho foi desenvolvido com
alunos do 7º. ano de uma escola indígena na região oeste do Paraná e contou com
sessões que envolveram: a aprendizagem do jogo; o desenvolvimento de várias
partidas com a observação e registros por parte dos pesquisadores e a intervenção
dos colegas quando da realização dos cálculos escritos. A partir da análise dos
dados foi possível inferir sobre quais e como as operações foram desenvolvidas
pelos sujeitos, além do destaque às implicações pedagógicas do jogo Jenga
Matemático.
OBJETIVOS
Esta pesquisa teve como objetivo identificar, por meio do uso do jogo Jenga
Matemático, as estratégias de resolução de operações aritméticas elementares em
alunos do sétimo ano de uma escola indígena localizada na região oeste do Paraná.
MATERIAIS E MÉTODOS
Fonte: os autores.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da análise dos dados coletados constatou-se, em um primeiro
momento, a grande curiosidade e expectativa por parte dos jogadores. Vale ressaltar
que são alunos de uma escola indígena e que desconheciam totalmente o material,
bem como as regras do jogo. Desde o princípio a turma demonstrou-se motivada e
com interesse pelo jogo com as operações matemáticas.
Na explicação das regras do jogo, inúmeras dúvidas surgiram, tais como os
tipos de operações matemáticas que poderiam ser realizadas no momento das
jogadas. Foram então instruídos para que utilizassem as quatro operações
aritméticas básicas - adição, subtração, multiplicação e divisão. Explicou-se também
que estas poderiam ser utilizadas isoladamente ou em conjunto.
A interação entre os participantes pôde ser constatada desde o começo da
explicação das regras uma vez que se observou o diálogo e a troca de informação
entre eles. Essa comunicação e interação mantiveram-se durante todo o jogo. É
importante ressaltar que várias palavras entre eles foram pronunciadas na língua
materna, o guarani. Desta maneira, conclui-se que o entendimento é facilitado
quando traduzido para seu idioma de origem.
Dois aspectos importantes puderam ser observados durante a coleta de dados:
além do desenvolvimento de operações matemáticas, a coordenação motora dos
alunos também foi preponderante. Manter o equilíbrio foi desafiador aos alunos ao
mesmo tempo em que o entusiasmo tomou conta de cada jogada.
Ainda com relação à interação entre os participantes, foi verificado que eles
auxiliaram uns aos outros para a resolução das operações. Assim, destaca-se que
por mais que seja um jogo de adversários, o comprometimento com a troca de
conhecimento e a ajuda para minimizar as dificuldades de resolução serviram para
Fonte: os autores.
Fonte: os autores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades lúdicas, sobretudo os jogos, constituem-se em recursos
pedagógicos eficazes e que podem ser utilizados no contexto pedagógico e
psicopedagógico. Os jogos de regras, conforme descrito na acepção piagetiana
(Piaget, 1978), contribuem para o desenvolvimento infantil tanto do ponto de vista
cognitivo quanto afetivo e social.
Estes aspectos puderam ser evidenciados no decorrer deste trabalho. Sob a
ótica do desenvolvimento cognitivo destacamos que o jogo Jenga Matemático
desencadeou diferentes estratégias de resolução das operações matemáticas.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, S. V. de. O espaço lúdico. In: CORDEIRO, M. L. (org.) Brincar para
aprender. Curitiba: Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro,
2015.