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Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG

Unidade João Monlevade


Graduação em Engenharia de minas

VINICIUS LAGE FONSECA

INFLUÊNCIA DA IDADE DOS CAMINHÕES DE UMA MINERADORA COM SUAS


RESPECTIVAS HORAS DE MANUTENÇÃO

João Monlevade
2022
VINICIUS LAGE FONSECA
INFLUÊNCIA DA IDADE DOS CAMINHÕES DE UMA MINERADORA COM SUAS
RESPECTIVAS HORAS DE MANUTENÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial
para obtenção do grau de
Engenheiro de Minas na
Universidade do Estado de Minas
Gerais, Unidade João Monlevade.

Professor Orientador: Dr. Ângelo


Quintiliano Nunes da Silva

João Monlevade
2022
VINICIUS LAGE FONSECA
INFLUÊNCIA DA IDADE DOS CAMINHÕES DE UMA MINERADORA COM SUAS
RESPECTIVAS HORAS DE MANUTENÇÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso


foi julgado adequado e aprovado para
obtenção do título de Bacharel em
Engenharia de Minas na Universidade
do Estado de Minas Gerais, Unidade
João Monlevade.

___________________________________________________________________

Doutor, Ângelo Quintiliano Nunes da Silva


Orientador

___________________________________________________________________
Engenheira de minas, Emanuelle Olinda Lira da Silva

___________________________________________________________________
Mestre, Flávio Luiz Costa
RESUMO

Este trabalho objetivou realizar o levantamento do comportamento dos indicadores de


manutenção da frota de caminhões de uma mineradora brasileira em função da idade
de seus veículos, focando em como realizar uma avaliação na qual se associe a idade
dos caminhões com os respectivos indicadores de performances. Para isso, foi
realizado à coleta de dados sobre as manutenções, determinou-se os indicadores de
performance necessários para a analisar os dados obtidos e a partir deles, o
comportamento da manutenção em função da idade dos veículos. Os resultados da
pesquisa revelaram que os veículos com o registro de horímetro global mais elevado
tendem a ter os resultados dos indicadores de performance piores do que os
caminhões com menos horas registradas. É justificada tal pesquisa devido aos
elevados custos de uma operação mineira, e porque este trabalho, futuramente,
poderá ser utilizado como fonte para aprimoramentos no controle das manutenções e
produção.

Palavras-chave: Manutenção, Kpis, Caminhões.


ABSTRACT

This work aimed to survey the behavior of the maintenance indicators of the truck fleet
of a Brazilian mining company as a function of the age of its vehicles, focusing on how
to carry out an evaluation in which the age of the trucks is associated with the
respective performance indicators. For this, the collection of data on maintenance was
carried out, the performance indicators necessary to analyze the data obtained and
from them, the maintenance behavior according to the age of the vehicles were
determined. The survey results revealed that vehicles with the highest overall hour
meter record tend to have worse performance indicator results than trucks with fewer
recorded hours. Such research is justified due to the high costs of a mining operation,
and because this work, in the future, can be used as a source for improvements in the
control of maintenance and production.
LISTAS DE FIGURAS

Figura 1: ilustração do modelo de caminhão referente aos CBs 350, 345,340


...................................................................................................................... 18
Figura 2: foto representativa dos caminhões CBs 205, 190, 170. ................ 18
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Códigos e modelos dos caminhões que compuseram o estudo ... 17


Tabela 2: Informações das datas de coleta e horimetro nas respectivas datas
...................................................................................................................... 19
Tabela 3: Caracteristicas dos veiculos que compuseram o estudo .............. 23
Tabela 4 Base de dados CB205 ..................................................................... 0
Tabela 5: Base de dados CB190 .................................................................... 1
Tabela 6: Base de dados CB170 .................................................................... 2
Tabela 7: Base de dados CB 100 ................................................................... 3
Tabela 8: Base de dados CB 350 ................................................................... 4
Tabela 9: Base de dados CB 345 ................................................................... 5
Tabela 10: Base de dados CB340 .................................................................. 6
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: MTBR de cada caminhão estudado .......................................................... 25


Gráfico 2: MTTR individual de veículo estudado ....................................................... 26
Gráfico 3: MHPHM individuais dos veículos do estudo ............................................. 27
Gráfico 4: Disponibilidade física dos caminhões do estudo ...................................... 28
Gráfico 5: Horas de manutenção e duração das suas respectivas o.s ...................... 29
Gráfico 6: MTBR Global ............................................................................................ 30
Gráfico 7: MTTR Global ............................................................................................ 31
Gráfico 8: MHPHM Global ......................................................................................... 32
Gráfico 9: DF Global .................................................................................................. 33
Sumário

1 ITRODUÇÃO................................................................................................................... 10
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 11
2.1 MINERAÇÃO ........................................................................................................... 11
2.2 MANUTENÇÃO ....................................................................................................... 12
2.3 INDICADORES DE MANUTENÇÃO ..................................................................... 13
2.4 INDICADORES DE PERFORMANCE ................................................................... 15
3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 16
4 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 16
4.1 MATERIAL ............................................................................................................... 16
4.2 MÉTODOS ................................................................................................................ 20
4.2.1 INDICADOR MTBF .......................................................................................... 20
4.2.2 INDICADOR MTTR .......................................................................................... 20
4.2.3 MHPHM - MÉDIA DE HORAS DE OPERAÇÃO PARA CADA HORA DE
MANUTENÇÃO .............................................................................................................. 21
4.2.4 DF – DISPONIBILIDADE FÍSICA ................................................................... 21
4.2.5 IDADE MÉDIA DOS DOIS GRUPOS ............................................................. 21
4.2.6 COMPARAÇÃO ................................................................................................ 22
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................. 22
5.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DE CADA CAMINHÃO ...................................... 22
5.1.1 CB100 ................................................................................................................. 22
5.1.2 CB170 ................................................................................................................. 22
5.1.3 CB190 ................................................................................................................. 22
5.1.4 CB205 ................................................................................................................. 23
5.1.5 CB340 ................................................................................................................. 23
5.1.6 CB345 ................................................................................................................. 23
5.1.7 CB350 ................................................................................................................. 23
5.1.8 IDADE MÉDIA DOS GRUPOS QUE COMPÕE O ESTUDO ........................ 23
5.2 INDICADORES E RESULTADO ............................................................................ 24
5.2.1 MTBF (Tempo Médio Entre Reparos) ............................................................... 24
5.2.2 MTTR OU TEMPO MÉDIO DE REPARO ...................................................... 25
5.2.3 MHPHM OU MÉDIA DE HORAS DE OPERAÇÃO PARA CADA HORA DE
MANUTENÇÃO .............................................................................................................. 26
5.2.4 DF OU DISPONIBILIDADE FÍSICA ............................................................... 27
5.3 ANALISE GLOBAL DOS INDICADORES ............................................................ 29
5.3.1 MTBR GLOBAL................................................................................................ 29
5.3.2 MTTR GLOBAL ................................................................................................ 30
5.3.3 MHPHM GLOBAL ................................................................................................. 31
5.3.3 DF GLOBAL ...................................................................................................... 32
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 34
7 Anexo A : BASE DE DADOS CB205 ............................................................................... 0
8 ANEXO B – BASE DE DADOS CB 190 .......................................................................... 1
9 ANEXO C – BASE DE DADOS CB170 ........................................................................... 2
10 ANEXO D – BASE DE DADOS CB100 ........................................................................... 3
11 ANEXO E – BASE DE DADOS CB350 ........................................................................... 4
12 ANEXO F – BASE DE DADOS CB345 ........................................................................... 5
13 ANEXO G – BASE DADOS CB 340 ................................................................................ 6
1 ITRODUÇÃO

Muito se discute, principalmente nos últimos anos, sobre eficiência e


custo na mineração. Devido aos elevados custos referentes às operações mineiras,
as questões financeiras de todo setor vêm ganhando cada vez mais foco e,
consequentemente, maiores investimentos na redução de custos nos setores onde se
tem os maiores gastos.
Diante desse contexto, tem-se criado soluções para a mineração como um
todo, visando a redução de gastos (FERREIRA, 2021). Na mineração, um dos
principais gastos é a manutenção dos equipamentos, principalmente aqueles
utilizados na produção, pois são aqueles de maior valor agregado. Um dos principais
equipamentos usados no meio minerário é o caminhão, cuja função, em suma, é o
transporte, tanto de minério quanto de estéril.
Por estar associado à produção, tem-se um ponto muito importante para a
análise do comportamento das horas de manutenção de tais veículos, pois antes de
se pensar em formas de aprimoramento para redução dos custos, deve-se
obrigatoriamente conhecer seu processo. Segundo Borges (2013), os custos de
carregamento e transporte chegam a representar um valor em torno de 66% dos
custos totais de uma mineradora. Ainda, segundo Borges (2013), dos custos de
abertura de uma mineração cerca de 50% a 60% são provenientes da aquisição de
equipamentos de transporte e carregamento.
O empreendimento no qual o estudo foi realizado trata-se de uma operação
mineira, focada na produção de brita para construção civil, no caso específico deste
empreendimento, produz-se brita a partir de gnaisse, rocha metamórfica proveniente
do metamorfismo do granito, rocha ígnea.
A pergunta de investigação deste trabalho foi: como realizar uma avaliação, na
qual se associe a idade dos caminhões de uma determinada mineradora brasileira
com as horas de manutenção destes veículos? A hipótese é que veículos, mais
especificamente caminhões, no geral, tendem a dar mais manutenções à medida que
ficam mais velhos, ou seja, que a cada determinado período, os caminhões da
empresa venham a apresentar problemas mais frequentemente e que,
consequentemente, estejam menos disponíveis para produzir.
A realização deste trabalho se justifica por estudar de forma mais precisa o
comportamento das horas de manutenção dos veículos de transporte, e como tais
tempos de parada para realizar manutenções se comportam à medida que os
caminhões envelhecem. Podem ser criadas estratégias visando a economia de gastos
e, consequentemente, a melhoria da eficiência da empresa.
Para a pesquisa, foi realizado um estudo em uma mineradora brasileira, por
meio da coleta de dados, através de um sistema de gestão no qual são registradas as
informações relativas às manutenções. Foi determinada a variação das horas de
manutenção em função das horas trabalhadas. Para isso, foram coletados dados
sobre os tempos da manutenção de cada veículo específico, e com esses dados foram
feitas análises estatísticas e, a partir disso, calculados os indicadores de performance
individuais e coletivos.
Na revisão bibliográfica foi usado como principal autor, nos itens de indicadores
de performance, Lemos (2021) e Mendes (2020). Já para a contextualização, a
principal referência teórica foi Curi (2017).
Esta monografia encontra-se dividida em seis capítulos: a Introdução, o
Referencial Teórico, a Metodologia, o Material e os Métodos, a Análise dos Resultados
e sua discussão, e as Conclusões.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Para a realização do estudo relativo ao comportamento das manutenções, foi


necessário compreender os principais indicadores de performance dos caminhões,
assim como os indicadores de manutenção. Para isso, foram utilizados como
referência alguns autores, os quais serão apresentados nesta seção com seus
respectivos estudos.

2.1 MINERAÇÃO
De acordo com Curi (2017), a mineração para a humanidade foi e é tão
importante que a idade conhecida como idade do homem foi marcada pelo uso e
capacidade de manipular rochas, minerais e metais oriundos da mineração, como
mostra a Figura 1.
Figura 1: Evolução da humanidade e sua relação com os recursos minerais

Fonte: Curi (2017).

Segundo Curi (2017), a mineração é um ramo complexo, que se subdivide em


quatro principais atividades: prospecção, planejamento, desenvolvimento e lavra.
Dentre estas quatro atividades temos a lavra na qual estão incluídas todas as
operações relativas à extração dos minerais, que por sua vez possuem valor
econômico.
A lavra é também a atividade na qual se envolve o maior número de máquinas,
o que consequentemente leva ao maior número de manutenções. Logo, é onde se
tem o maior potencial para ganho de performance.
Com isso o setor de manutenção, responsável por manter todos os
equipamentos em operação, deve-se sempre estar em busca de aprimoramento das
técnicas não só de manutenção como também da gestão e controle dos processos.

2.2 MANUTENÇÃO

As ações exigidas do setor da manutenção programadas e não programadas


são urgentes, portanto, a equipe responsável deve estar sempre preparada para a
realização desse procedimento, seja com pessoal, seja com itens de manutenção e
substituição. e por realização de ações de correções devido aos incidentes.
De acordo com Ferreira (2020) existem os seguintes tipos de manutenção.
- Manutenção Corretiva

A manutenção corretiva é aquela na qual não existe planejamento prévio das


ações, nem de quando irão ocorrer ou o que será feito. Em suma é uma manutenção
que visa corrigir problemas ocorridos durante a operação como estouro de pneu,
quebra de motor, dentre outros problemas que não podem ser antecipados.

- Manutenção Preventiva

Segundo a NBR 5462 (ABNT, 1994), a manutenção preventiva diferentemente


da corretiva, visa evitar que ocorra uma falha. Essa manutenção se caracteriza
primordialmente pela parada previa do equipamento, ou seja, antes mesmo que
ocorra alguma quebra, a manutenção preventiva, ao contrário da corretiva, visa evitar
a falha do equipamento. Esse tipo de manutenção é utilizado em equipamentos que
não estejam em falha, ou seja, ainda estejam operando com um mínimo de condições.

-Manutenção preditiva
Ela tem como função a previsão de possíveis problemas que podem ocorrer.
Sua principal função é reduzir o numero de manutenções corretivas e preventivas.

De acordo com Mendes (2020), os kpi’s, indicadores de performance são de


extrema importância para avaliação da eficiência das manutenções, assim como
permitem desenvolver estratégias visando uma melhoria contínua.

2.3 INDICADORES DE MANUTENÇÃO


De acordo com Mendes (2020), tem-se os seguintes indicadores:
O MTBF ou tempo médio entre falhas é uma relação entre o tempo no qual um
equipamento está em funcionamento e a quantidade de falhas no mesmo período, tal
como é possível observar na Equação 1.

∑ (tempo útil de bom funcionamento)


MTBF = (1)
𝑛(𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜)

Onde:
O tempo útil de bom funcionamento será todo o tempo em que o equipamento não
estiver parado por falha.
MTBF= Tempo médio entre falhas;

Quanto maior o MTBF, maior será o intervalo entre falhas, o que significa que
o equipamento estará mais tempo produzindo.
MTTR representa o tempo médio em que um equipamento fica em
manutenção. Quanto menor esse indicador, melhor será para operação. O MTTR é
uma relação entre a soam dos tempos de manutenção e número de reparos no mesmo
período, conforme a Equação 2.

∑ (tempo de reparação)
MTTR = (2)
n (número total reparações)

Um bom indicador também é a relação entre as horas de operação e as horas


de manutenção, como pode ser visto na Equação 3, importante ressaltar que o
MHPHM deve sempre se referir a um determinado período, ou seja, no mesmo
intervalo de tempo de que se somou as horas de operação deve-se somar as horas
manutenção.

∑ horas de operação
MHPHM = ∑ (3)
horas de manutenção

MHPM= Média de horas de operação para hora de manutenção.

De acordo com Ferreira (2021), Indicadores operacionais são por definição uma
ferramenta básica utilizada nas empresas no processo de tomada de decisão,
podendo ser usada anteriormente ao processo ou após este. Esses indicadores são
valores dispersos ao longo do tempo em que é possível avaliar características ou
resultados de um determinado produto ou serviço. Os indicadores operacionais, se
bem utilizados e interpretados, podem auxiliar nas decisões para alavancar os lucros
de uma mina e diminuir os custos.
2.4 INDICADORES DE PERFORMANCE

Ainda de acordo com Ferreira (2021), o principal indicador operacional é:

Disponibilidade física: representa o tempo em que o equipamento está fora de


manutenção, ou seja, o período em que o equipamento está disponível para realizar
o trabalho. Tal indicador é importante para contribuir com a análise das manutenções,
por exemplo, se um equipamento passa tempo demais sob manutenção

HP−HM
DF = (4)
HP
Onde:
DF = Disponibilidade Fisica
HP = horas calculadas por ano, na base dos turnos previstos, já considerando a
disponibilidade mecânica;
HM = horas de reparo na oficina ou no campo, incluindo a falta de peças no estoque
de equipamentos auxiliares.

Um outro indicador também muito conhecido é a utilização fisica, de forma resumida


ela indica qual porcentagem do tempo disponível para o trabalho o equipamento foi
realmente utilizado para trabalhar.
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑈𝐹 =
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑣𝑒𝑖𝑠
UF = utilização física.

Rendimento operacional, indica qual foi o rendimento de um equipamento em um


determinado período. É obtido através da equação (5)
R= DF*UF
R = rendimento operacional
3 METODOLOGIA

Para esta pesquisa, optou-se por realizar um estudo de natureza aplicada,


através de uma revisão bibliográfica, seguida por uma pesquisa de campo, de caráter
quantitativo e objetivos exploratórios.
Para Gil (2018), a pesquisa bibliográfica é criada tendo como fundamento um
material já existente, como livros e artigos científicos, permitindo à pesquisa ruma
gama de fenômenos muito mais ampla do que a que ele poderia gerar diretamente.
Grande parte dos estudos exploratórios, como o caso da presente pesquisa, é
classificada como pesquisa bibliográfica.
Para a fundamentação teórica desta pesquisa, foram utilizados trabalhos
acadêmicos já publicados, capazes de fornecer dados atuais e relevantes
relacionados ao tema de gestão de frotas e manutenção, e autores com reconhecida
contribuição no que se refere à temática desta pesquisa.
A fonte da coleta de dados utilizada foi a pesquisa de campo, buscando dados
sobre manutenção, intervalo entre elas e idade dos caminhões estudados. Para essa
coleta, foram utilizadas partes diárias, que são uma espécie de relatório onde contém
as informações de trabalhos de manutenção realizados. Após a coleta de dados e
reflexão sobre os conteúdos estudados, as informações obtidas foram classificadas
de forma sistemática, através da estatística descritiva, para maior clareza e
organização da redação final da monografia.

4 MATERIAL E MÉTODOS

Neste tópico, serão expostos materiais que foram usados para realização do
presente trabalho. Além dos materiais, serão apresentados os métodos que foram
usados para tratar os dados e para definir os resultados.
4.1 MATERIAL
A empresa na qual foi realizado o estudo possui um sistema de gerenciamento,
onde são registradas diversas informações acerca do empreendimento. Dentre esses
dados, temos os relativos à manutenção, tema do trabalho. Nesse sistema, são
registradas as seguintes informações relevantes: Horímetro dos caminhões, o que
indica o tempo de trabalho, duração da O.S. (ordem de serviço), tipos de manutenção,
tempo gasto na realização de cada manutenção, data de início e data de
encerramento, e número de manutenções realizadas.
Todas essas informações são inseridas no sistema através de Partes Diárias,
que são em suma, relatórios das atividades realizadas em um determinado
equipamento. A partir dessas informações, o software gera relatórios que podem ser
baixados em diversos formatos, e a partir desses relatórios é que as análises da
presente monografia foram realizadas.
Os caminhões que foram alvo deste estudo, estão descritos na

Tabela 1: Códigos e modelos dos caminhões que compuseram o estudo

CB350 CAMINHÃO BASCULANTE M. BENZ AXOR 3131 6X4


CB345 CAMINHÃO BASCULANTE M. BENZ AXOR 3131 6X4
CB340 CAMINHÃO BASCULANTE M. BENZ AXOR 3131 6X4
CB205 CAMINHÃO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4
CB190 CAMINHÃO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4
CB170 CAMINHÃO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4
CB100 CAMINHÃO BASCULANTE M. BENZ LK2638
Fonte: Empresa na qual se realizou o estudo
Figura 1: Ilustração do modelo de caminhão referente aos CBs 350, 345,340

Fonte: https://caminhao.mercadolivre.com.br/MLB-3137063816-mercedes-benz-axor-3131-
_JM

Figura 2: Foto representativa dos caminhões CBs 205, 190, 170.

Fonte:https://www.mfrural.com.br/detalhe/206504/caminhao-volvo-fm12-420-6x4-ano-05
Para identificar quais caminhões possuíam maior tempo de operação, foi
pesquisado no software de gerenciamento citado anteriormente, por meio do código
individual de cada equipamento, o horímetro registrado no início da pesquisa ou o
mais próximo possível do dia 01/01/2022:
Tabela 2: Informações das datas de coleta e horimetro nas respectivas datas

Data da coleta dos dados


Veículo Grupo Início Fim Horimetro inicial
CB350 Grupo 1(caminhões mais novos) 03/01/2022 17/10/2022 3369
CB345 Grupo 1(caminhões mais novos) 03/01/2022 17/10/2022 3208
CB340 Grupo 1(caminhões mais novos) 03/01/2022 17/10/2022 3350
CB205 Grupo 2(caminhões mais velhos) 05/01/2022 17/10/2022 19403
CB190 Grupo 2(caminhões mais velhos) 04/01/022 17/10/2022 19463,20
CB170 Grupo 2(caminhões mais velhos) 04/01/2022 17/10/2022 18875
CB100 Grupo 2(caminhões mais velhos) 04/01/2022 17/10/2022 15398,4
Fonte: Empresa na qual se realizou o estudo.
4.2 MÉTODOS

Aapesar da existência dos tipos de manutenção apresentados por Ferreira


(2020), na mineradora onde foi realizado o estudo, são realizadas somente as
manutenções dos tipos preventivas e corretivas não planejadas. Tal processo ocorre
devido à falta de pessoal.

Entretanto, apesar da existência dos tipos de manutenção apresentados por


Ferreira (2020), na mineradora onde foi realizado o estudo, são realizadas somente a
manutenção do tipo corretiva. Tal processo ocorre devido à falta de pessoal e baixo
poder financeiro.

4.2.1 INDICADOR MTBF

MTBF é um indicador que demostra em suma, a cada quantas horas de


operação, em média, ocorre uma falha no equipamento. Para isso, divide-se a soma
das horas de operação em um determinado período pelo número de quebras nesse
mesmo período.
Para o cálculo do MTBF de cada um dos veículos que compõem o presente
estudo, puxou-se através do software de gerenciamento, utilizado pela empresa onde
se realizou o estudo, a quantidade de operações de manutenção realizadas e as horas
de operação de cada veículo. Então, aplicou-se os valores obtidos na Equação 1.
4.2.2 INDICADOR MTTR

MTTR é um indicador que que demonstra uma relação entre horas de


manutenção e o número de manutenções no mesmo período. Quanto menor for este
valor melhor. Indica não somente a qualidade dos profissionais de manutenção, mas
também o nível de complexidade do reparo realizado, quando se tem as devidas
informações para tal, pois conclusões mais complexas como essas exigem maior nível
de detalhamento.
Para o cálculo desse indicador, puxou-se através do software de
gerenciamento Delphi SGA, utilizado pela empresa onde se realizou o estudo, a
quantidade horas de manutenção de cada veículo, entre o período de 01/01/2022 a
17/10/2022, assim como o número de manutenções realizadas no mesmo período. A
seguir, as informações de cada veículo individualmente foram aplicadas na Equação
2, e por fim calculado O MTTR de cada equipamento de transporte que compõe o
estudo.

4.2.3 MHPHM - MÉDIA DE HORAS DE OPERAÇÃO PARA CADA HORA DE


MANUTENÇÃO

MHPHM é um indicador que demonstra de forma resumida a qualidade


mecânica dos equipamentos, pois ela indica a quantidade de horas de operação que
se tem para cada hora de manutenção ou conserto.
Para calcular o MHPHM, as informações foram obtidas através do software de
gerenciamento utilizado pela empresa onde se realizou o estudo, a quantidade horas
de manutenção, entre o período de 01/01/2022 a 17/10/2022, assim como o número
de horas de operação de cada veículo. Então, de forma individual, após a coleta dos
dados, aplicou-se a Equação 3, para então obter-se o indicador MHPHM de cada
veículo.
4.2.4 DF – DISPONIBILIDADE FÍSICA

A disponibilidade física é um indicador que cria uma relação entre a quantidade


de horas programadas para operação e a quantidade de horas em que o equipamento
não estava em manutenção, em um determinado período de tempo.
Levando em consideração as informações descritas neste tópico, o cálculo da
DF será realizado através da Equação 4. Para sua utilização, é necessário determinar
o tempo de horas programadas de trabalho, assim como o número de horas de
manutenção realizadas no mesmo período, que no caso deste estudo foi entre
(01/01/2022 e 17/10/2022). Além disso, para o cálculo da DF foi considerado, para os
veículos, CB340, CB345 e CB350, 14 horas de operação diária e 2.884 horas de
operação no período de estudo. Já para os veículos CB100, CB170, CB190 e CB205,
foram consideradas 7 horas diárias de operação e 1442 horas no período do estudo.
Tal diferença ocorre, pois os caminhões que operam 14 horas trabalham em dois
turnos. Já os outros, com turno de 7 horas, trabalham em apenas um.

4.2.5 IDADE MÉDIA DOS DOIS GRUPOS


Os caminhões que compuseram o estudo, foram divididos em dois grupos distintos, o
primeiro com os veículos que possui horimetro total ou global, inferior a 10.000 mil
horas, e o segundo grupo com os caminhões com horimetro com mais de 10.000 mil
horas.

4.2.6 COMPARAÇÃO

Após o cálculo individual dos indicadores de cada equipamento, subdividiu-se


em dois grupos, um composto com os caminhões com menos de 10 mil horas de
operação, e o segundo composto de caminhões com mais de 10 mil horas de
operação. Após isso, realizou-se a média dos indicadores de performance de cada
um dos grupos, e então fez-se uma comparação em termos percentuais entre os dois
grupos.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DE CADA CAMINHÃO

5.1.1 CB100
O caminhão CB100 possui 16.258,60 horas de operação, sendo que 860,20
horas foram realizadas no período do estudo (01/01/2022 a 17/10/2022). No mesmo
intervalo, foi registrado um total de 112,22 horas de manutenção, com um total de 22
intervenções.

5.1.2 CB170
O equipamento de transporte CB170, com os dados gerais também coletados
no intervalo de 01/01/2022 a 17/10/2022, operou por 604,6 Horas No fim do período
de análise, seu horímetro registrou o valor de 19.469,60, com um número de
intervenções de manutenção de 22, totalizando 65,99 horas.

5.1.3 CB190
O caminhão CB190 possui 20.239,00 horas de operação, sendo que 775,80
horas foram realizadas no período do estudo (01/01/2022 a 17/10/2022). No mesmo
intervalo foi registrado um total de 72,02 horas de manutenção, com um total de 19
intervenções.
5.1.4 CB205
O CB205 registrou 1077,06 horas de operação com o registro de 18
intervenções, com um total de 69,27 horas de manutenção, sendo registradas no início
19.403,2 horas, e ao fim da pesquisa 20.480,8 horas.

5.1.5 CB340
O caminhão basculante CB340, 24,5 horas de manutenção, divididas em 10
intervenções. No mesmo período, foram registradas 2599,00 horas de operação, e as
horas totais de operação que o equipamento possui são 5949,00 horas.
5.1.6 CB345
O CB345 possui 5.918 horas de operação total, das quais 2.710 foram
registradas no período da pesquisa. Neste intervalo, foram realizadas 12 intervenções,
que juntas somam 29 horas de manutenção.
5.1.7 CB350
Ele registrou 85,15 horas de manutenção, em 22 intervenções. No período
também foram registradas 2625 horas de operação, sendo o total registrado de 5994
horas para o veículo.
5.1.8 IDADE MÉDIA DOS GRUPOS QUE COMPÕE O ESTUDO
Grupo 1, composto pelos veículos com horimetro global menor que 10.000 h, nesse
grupo estão os CBs 340, 345 e 350, nele a media das idades é de 2 anos de operação.
No grupo dois, estão o restante dos veículos e nele a idade média da frota é de 17,5
anos

Tabela 3: Características dos veiculos que compuseram o estudo

Horimetro no
Horas totais de Quantidade
Horimetro total período Ano de Idade
manutenção no de
(vida do eqto) analisado fabricação (anos)
período intervenções
(~10 meses)
CB100 16258,6 860,2 112,22 22 2001 21
CB170 19469,6 604,6 65,99 22 2006 16
CB190 20239 775,8 72,02 19 2006 16
CB205 19403,2 1077,06 69,27 18 2005 17
CB340 5949 2599 24,5 10 2020 2
CB345 5918 2710 29 12 2020 2
CB350 5994 2625 85,15 22 2020 2
Fonte: Empresa na qual se realizou o estudo
5.2 INDICADORES E RESULTADO

Aqui segue uma análise dos resultados obtidos através das planilhas que
compõem os anexos da presente monografia.

5.2.1 MTBF (Tempo Médio Entre Reparos)

MTBF, indicador fundamental para o planejamento de operações, pois, a partir


dele é possível estimar a cada quantas horas de operação um equipamento terá uma
parada para realizar alguma manutenção. É valido ressaltar que esse indicador não
difere entre os tipos manutenção, como corretiva, preventiva, preditiva dentre outras.
Além disso, para melhor facilitar a análise dos dados, a ordem de exposição dos dados
foi do veículo com o menor número total de horas de operação para o que possui mais
horas, no sentido da esquerda para direita no Gráfico 1.
A partir das considerações realizadas, os dados obtidos, relativos ao indicador
MTBR serão expostos.
Gráfico 1: MTBR de cada caminhão estudado

MTBF
350,00
288,78
300,00
246,36
250,00
200,00
150,00 125,00
100,00 59,87
39,10 40,83157895
50,00 5,60
0,00
CB345 CB340 CB350 CB100 CB170 CB190 CB205

Fonte: Dados fornecidos pela empresa mineradora (2022).

Como pode ser visto no


Gráfico 1: MTBR de cada caminhão , a partir da linha de média traçada no software
Excel da empresa Microsoft, é possível notar que a indicação de que os veículos com
maior número total de horas de operação possuem menores intervalos entre as
manutenções. Também é possível verificar que a uma certa variabilidade dos dados,
tais variações ocorrem devido a parâmetros que não podem ser medidos, atualmente
pela empresa, como as qualidades técnicas dos motoristas, qualidade das pistas de
rolagem, carga efetivamente utilizada, dentre outros.
Outro fator que pode ter causado essa variabilidade foi o curto espaço de tempo
da análise, pouco mais de 10 meses, pois o sistema de gerenciamento utilizado pela
empresa foi implantado pouco antes do início da construção da presente monografia.

5.2.2 MTTR OU TEMPO MÉDIO DE REPARO

O MTTR é um indicador que demostra em essência a qualidade da equipe de


manutenção, porém não pode ser usado de forma individual para tal, uma vez que
manutenções que exigem maiores tempos impactarão negativamente no indicador. O
indicador individual de cada equipamento será apresentado no Gráfico 2.

Gráfico 2: MTTR individual de veículo estudado

MTTR
6,00
5,10
5,00
4,05
3,14 4,00
3,28 3,43 3,28
2,64 3,00

2,00

1,00

0,00
Fonte: Empresa alvo do estudo (2022).
É possível notar que o MTTR de dois equipamentos se destacam
negativamente, CB 350 e CB100, com uma média de 4,05 h e 5,10 h de manutenção,
respectivamente, levando em consideração que a equipe de manutenção que realiza
as manutenção nos equipamentos é a mesma, ou seja, que a qualidade dos
profissionais não se alterou. Isso indica que esses veículos CB350 e CB100 tiveram
no período, manutenções mais complexas que a média.
Quando analisada a linha de tendência traçada no software Excel, é possível
perceber uma leve tendência de alta, quase estável, o que indica um leve aumento do
indicador à medida que as horas de operação global aumentam.

5.2.3 MHPHM OU MÉDIA DE HORAS DE OPERAÇÃO PARA CADA HORA DE


MANUTENÇÃO

MHPHM indica de forma simples a qualidade mecânica do equipamento, ou


seja, um veículo que apresenta menor MHPHM significa que tem menos horas de
operação para cada hora de manutenção. De acordo com o esperado, os
equipamentos com maiores horas globais de operação possuem menor MHPHM,
conforme demonstrado no Gráfico 3.
Gráfico 3: MHPHM individuais dos veículos do estudo

MHPHM Individual

100,00 93,45
88,10

80,00

60,00

40,00 30,83

20,00 15,56
7,67 9,16 10,76

0,00
CB345 CB340 CB350 CB100 CB170 CB190 CB205

Fonte: Dados fornecidos pela empresa mineradora (2022).

Como pode ser analisado no Gráfico 3, existe uma tendência clara de redução
do MHPHM com o aumento das horas de operação. Como apresentado no indicador
MTTR, os veículos CB350 e CB100 tiveram manutenções atípicas no período, o que
contribuiu significativamente com a redução do indicador dos dois veículos. Apesar da
alteração causada pelas manutenções atípicas dos dois veículos, a tendência a
redução é clara. Entretanto, ao fim é possível notar também que o indicador tende a
se estabilizar quando o veículo se aproxima das 20 mil horas de operação.

5.2.4 DF OU DISPONIBILIDADE FÍSICA

A disponibilidade física, indicador de extrema importância para o planejamento


da produção, indica em termos percentuais a quantidade de horas que um
equipamento estará disponível para operar em relação à quantidade de horas
planejadas para que o mesmo equipamento opere.
Como pode ser visto no Gráfico 4, é possível notar uma clara redução na
disponibilidade física dos caminhões com menos horas totais de operação, quando
comparados com os que possuem maior número de horas totais de operação.
Gráfico 4: Disponibilidade física dos caminhões do estudo

DF individual
120,00%

96,64% 97,42% 95,07%


100,00%
85,85%
80,00%
68,28%

60,00% 53,29%

40,00% 31,21%

20,00%

0,00%
CB345 CB340 CB350 CB100 CB170 CB190 CB205

Fonte: Dados fornecidos pela empresa mineradora (2022).

Os CBs 345, 340 e 350 são os caminhões com o menor tempo de operação,
na casa das 6mil horas. Já os CBs 170, 190 e 205 possuem suas horas de operação
total na casa das 20mil horas. A variação do indicador entre esses caminhões ocorre
devido às diferentes durações das O.S. As O.S. são as ordens de serviço abertas no
momento em que um equipamento apresenta alguma falha. As O.S. só são fechadas
quando o equipamento finaliza as manutenções. Porém, nesse meio tempo, tem-se a
espera das peças que serão trocadas, o que consequentemente afeta o tempo em
que um equipamento fica parado aguardando manutenção, e consequentemente a
disponibilidade física, mesmo que suas horas de manutenção sejam próximas, não
necessariamente a duração das O.S serão parecidos, como pode ser visto no
Gráfico 5: Horas de manutenção e duração das suas respectivas o.s

Horas de manutenção e duração da O.S


1200
1001,526
1000

800 680,15
600 461,84
400
142,2 208,37
200 96,98 85,15 112,22
29 73,1 29,5 65,99 63,6 68,94
0
CB345 CB340 CB350 CB100 CB170 CB190 CB205

Duração O.S Horas de manutenção

Fonte: Base de dados da empresa na qual se realizou o estudo

5.3 ANALISE GLOBAL DOS INDICADORES


Para realizar uma análise global dos indicadores, dividiu-se os caminhões que
compuseram o estudo em dois grupos: grupo 1, caminhões com menos de 10 mil
horas de operação e grupo 2, caminhões com mais de 10 mil horas de operação. A
partir desses dois grupos, foi realizada a média de cada um dos indicadores de
performance.

5.3.1 MTBR GLOBAL

Foi usada a mesma base de dados do item 5.2.1. Assim como descrito nele, as
análises realizadas com o MTBR indicaram um maior intervalo de operação entre as
manutenções nos veículos com menor número de horas, fato exposto no
Gráfico 6.

Gráfico 6: MTBR Global

MTBF Global

605% maior

250,00
220,05

200,00

150,00

100,00

50,00 36,35

0,00
Caminnhões com menos de 10mil horas Caminhões com mais de 10mil horas

Fonte: Base de dados da empresa (2022).

5.3.2 MTTR GLOBAL

A base de dados usada para o cálculo do MTTR Global foi a mesma usada no
item 5.2.2. Assim como no item 5.2.2, o MTTR Global também apresentou leve
tendência de alta para os veículos com maior número de horas de operação, como
apresentado no Gráfico 6. Como pode ser visto, a variação foi singela em torno de
12%.
Gráfico 7: MTTR Global

MTTR Global

12%
3,80 3,74

3,70

3,60

3,50

3,40
3,32
3,30

3,20

3,10
Caminnhões com menos de 10mil horas Caminhões com mais de 10mil horas

Fonte: Base de dados da empresa (2022).

5.3.3 MHPHM GLOBAL

MHPHM global foi calculo com a mesma base de dados do MHPHM individual
de cada veículo. A diferença entre eles é que no global foi realizada a média dos
indicadores dos veículos, dividindo-os em dois grupos, um com os veículos com
menos de 10 mil horas e o outro grupo com mais horas de 10 mil horas de operação.
Como apresentado no Gráfico 7, o MHPHM é coerente com o MHPHM
individual, demonstrando uma clara e ampla diferença entre os resultados, sendo o
resultado dos caminhões com menos de 10 mil horas de operação muito superior,
pouco menos de 7 vezes maior que os veículos com mais de 10 mil horas de
operação.

Gráfico 8: MHPHM Global

MHPHM Global

660%

80,00 70,79
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00 10,81
10,00
0,00
Caminnhões com menos de 10mil horas Caminhões com mais de 10mil horas

Fonte: Base de dados da empresa (2022).

5.3.3 DF GLOBAL

Assim como nos outros indicadores globais, a base de dados foi a mesma
utilizada para o cálculo dos indicadores individuais. Assim como no resultado dos
outros indicadores globais, a DF global também apresentou o comportamento
esperado assim como quando comparada à DF individual, como pode ser constatado
no Gráfico 8. Ou seja, a DF dos veículos com menor número de horas de operação é
superior aqueles com mais horas de operação.
Gráfico 9: DF Global

DF Global

38%
120%
96%
100%

80%
60%
60%

40%

20%

0%
Caminnhões com menos de 10mil horas Caminhões com mais de 10mil horas

Fonte: Base de dados da empresa (2022).


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com os resultados da pesquisa, foi possível verificar a hipótese do trabalho:


que os veículos com mais horas de operação possuem indicadores de manutenção
piores.
De acordo com a análise dos indicadores de performance, o grupo 2, veículos
com maiores horas globais de operação, possuem as piores características referentes
à manutenção, quando comparados àqueles com menores horas globais de operação,
grupo 1. Além disso, os dados apresentaram tendência de piora dos indicadores à
medida que as horas globais de operação aumentavam. Com isso e como definido
anteriormente o grupo 1, possui menor idade média da frota quando comparado ao
grupo 2, logo pode-se verificar que existe uma tendência da piora dos indicadores dos
veículos mais velhos ou com maiores horas globais de operação, quando comparado
aos veículos com menores horas globais de operação.
Além disso foi possível notar que existe um ponto de melhoria relacionado a
aquisição de peças, pois como visto no Gráfico 5: Horas de manutenção e duração
das suas respectivas o.s, existe uma diferença muito grande entre o tempo em que os
veículos indisponíveis e o tempo em que efetivamente passam em manutenção.
Com relação as variações nos resultados dos indicadores individuais, podem
ser explicadas em suma por alguns fatores, como o curto espaço de tempo da
amostragem, pois com intervalos maiores, a tendência é que os resultados se
apresentem com menores variações e com tendência mais clara.
Outro fator que implica fortemente nos resultados e que não pode ser medido
com o nível de informação possuído pela empresa, é a qualidade dos motoristas dos
caminhões, pois motoristas que possuem menor zelo pelo equipamento, assim como
menores habilidades, tendem a desgastar mais o equipamento, causando maiores
manutenções.
A partir da presente monografia, podem ser desenvolvidos trabalhos que visem
determinar o período de operação que se justificaria a troca dos veículos, para evitar
quebras excessivas, assim como queda na produtividade da operação. Além disso,
pode-se desenvolver trabalhos que visem, a partir das informações obtidas aqui, criar
planos de manutenção focando na redução das horas de manutenção e,
consequentemente, aprimoramento das técnicas de controle de frota.
Com as informações existentes de tempos de alguns equipamentos, foi
possível fazer inferências sobre os indicadores de manutenção.
Para gerar indicadores que demonstrem oportunidades de melhoria, o que foi
avaliado não é suficiente. A empresa em questão necessitará de trabalhos visando
maiores informações.
Os sistemas de despacho estão popularizados e vem sendo utilizados em
mineradoras de pequeno porte. Estes sistemas trabalham com um melhor
gerenciamento da frota e a coleta dos dados gerados tem como consequência
melhores avaliações buscando melhorias.
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, NBR 5462:


Confiabilidade e manutenibilidade, Rio de Janeiro. 1994.

BORGES, T. C. Análise dos custos operacionais de produção no


dimensionamento de frotas de carregamento e transporte em mineração.
(Dissertação de Mestrado do curso de Pós-Graduação do Departamento de
Engenharia de Minas da Escola de Minas), Universidade Federal de Ouro Preto,
Ouro Preto, 2013.

CURI, A. Lavra de minas. Oficina de Textos, São Paulo, 2017.

FERREIRA, R. A. Gestão da manutenção, elaboração de um controle de


manutenção em uma frota de caminhões. 2020 (Trabalho de conclusão de curso)
Centro Universitário do Sul de Minas-Unis/Mg Engenharia Mecânica. Varginha.
2020.

FERREIRA, D. L. Dimensionamento de frota utilizando indicadores


operacionais de uma mina a céu-aberto no Alto Paranaíba. 2021. Trabalho de
Conclusão (Engenharia de Minas) Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais – Araxá, 2021.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2018.

LEMOS, D. F. dimensionamento de frota utilizando indicadores operacionais de


uma mina a céu-aberto no Alto Paranaíba. 2021 Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Engenharia de Minas do Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais - CEFET/MG.

MENDES, E. G. KPI para a manutenção de frota de veículos para transporte


público rodoviário e a influência da diretiva 2014/47/UE na taxa de imobilização.
2020. Dissertação de Mestrado (em Engenharia de Produção). Instituto Politécnico de
Setúbal – Escola Superior de Tecnologia de Setúbal.
7 ANEXO A : BASE DE DADOS CB205

Tabela 4 Base de dados CB205

HORA DE MANUTENÇÃ
DURAÇÃ HORIMETR
O.S. INICIO FIM TIPO DE EQUIPAMENTO MANUTENÇÃ O
O O.S O
O ACUMULADA

672 05/01/2022 05/01/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 1,38 1,38 19403,2 1,38
563 18/02/2022 24/02/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 55,08 1,13 19467,7 2,51
1586 14/03/2022 23/03/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,16 6,08 19521,9 8,59
2059 23/03/2022 23/03/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,16 5,6 19521,9 14,19
2269 29/03/2022 29/03/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 8,50 0,17 19549,2 14,36
2588 31/03/2022 31/03/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 1,00 7,5 19554,6 21,86
2431 31/03/2022 09/04/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 75,35 1 19554,6 22,86
2426 26/04/2022 28/04/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 38,92 2,35 19620 25,21
3047 06/05/2022 06/05/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 3,15 21,92 19660,2 47,13
3323 12/05/2022 12/05/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 1,00 2,15 19689,6 49,28
3453 18/06/2022 18/06/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 5,00 1 19855,1 50,28
4429 21/06/2022 21/06/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,08 5 19855,1 55,28
4523 22/06/2022 22/06/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,50 0,08 19855,1 55,36
5332 07/07/2022 07/07/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 9,50 0,5 19942,2 55,86
4907 30/07/2022 30/07/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X5 0,58 8,5 20070,7 64,36
4841 26/08/2022 26/08/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X6 4,00 0,58 20218,1 64,94
6089 26/08/2022 26/08/2022 VEICULOS PESADOCB205 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X7 4,00 4 20218,1 68,94
8 ANEXO B – BASE DE DADOS CB 190
Tabela 5: Base de dados CB190

HORA DE HORAS
O.S. INICIO FIM TIPO DE EQUIPAMENTOEQUIPAMENTO HORIMETRO DURAÇÃO OS
MANUTENÇÃO ACUMULADAS

562 04/01/2022 04/01/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,67 9,14 19468,9 1,66
892 24/01/2022 24/01/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 8,47 17,61 19531,8 8,5
1109 26/01/2022 26/01/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 1 18,61 19544,3 1
1969 09/03/2022 10/03/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 2,95 21,56 19677,5 11,98
2131 17/03/2022 18/03/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 2 23,56 19702,4 10
2325 22/03/2022 22/03/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,08 23,64 19715,5 1,92
2534 23/03/2022 23/03/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,92 24,56 19721,5 2
2909 18/04/2022 18/04/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 4,77 29,33 19816,5 4,76
3083 22/04/2022 22/04/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 2,5 31,83 19825 2,5
3124 29/04/2022 02/05/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 5,13 36,96 19847,4 30
3458 11/05/2022 11/05/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,5 37,46 19854,6 0,5
3545 13/05/2022 16/05/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 8,75 46,21 19854,6 0,25
3657 16/05/2022 16/05/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,25 46,46 19854,6 0,25
3735 26/05/2022 26/05/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 7,17 53,63 19878,2 0,5
3931 14/06/2022 14/06/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 0,5 54,13 19878,2 7
4799 21/05/2022 04/07/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 7 61,13 19878,2 359
5121 05/07/2022 05/07/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 2,22 63,35 19884,1 2,21
5912 24/08/2022 24/08/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 6,57 69,92 20128,5 3,15
5996 24/08/2022 25/08/2022 VEICULOS PESADOCB190 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 2,15 72,07 20128,5 14,5
9 ANEXO C – BASE DE DADOS CB170

Tabela 6: Base de dados CB170

MUNUTENÇÃO DURAÇÃO
O.S. INICIO FIM TIPO DE EQUIPAMENTO TIPO HORA HORIMETRO
ACUMULADA O.S
711 04/01/2022 05/01/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 4,1 4,1 18865 12
836 20/01/2022 20/01/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 6,0 10,1 18893,8 6
945 26/01/2022 26/01/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 2,0 12,1 18898,8 2
1429 23/02/2022 24/02/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 0,0 12,1 18975 8
1479 01/02/2022 01/02/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 1,0 13,1 18901,6 1
1537 16/02/2022 18/02/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 2,0 15,07 18942,8 18,98
1642 16/02/2022 17/02/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 1,7 16,74 18942,8 2,66
1816 25/02/2022 04/03/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 22,5 39,24 18980 64
1853 01/03/2022 01/03/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 3,8 42,99 18980 3,75
1927 23/02/2022 23/02/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 1,0 43,99 18969,5 1
2003 11/03/2022 11/03/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 1,0 44,99 19008,3 1
2288 19/03/2022 19/03/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 0,1 45,07 19055,4 0,083
2296 21/03/2022 21/03/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 0,1 45,15 19061,6 0,083
2643 02/04/2022 02/04/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 2,0 47,15 19123,3 2
3123 28/04/2022 29/04/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 3,6 50,73 19254,9 12,58
3345 10/05/2022 12/05/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 1,5 52,18 19300 17,5
3663 18/05/2022 19/05/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 0,8 52,96 19333,8 9,78
3740 24/05/2022 30/05/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 5,3 58,29 19355,7 54,33
4011 03/06/2022 08/09/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 4,7 62,99 19379,8 781,78
4147 08/06/2022 08/06/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 0,5 63,49 19379,8 0,5
5733 18/08/2022 18/08/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 PREVENTIVA 1,5 64,99 19379,8 1,5
6550 03/06/2022 05/09/2022 VEICULOS PESADOCB170 - CAMINHAO BASCULANTE VOLVO FM12 420 6X4 CORRETIVA 1,0 65,99 19379,8 1
10 ANEXO D – BASE DE DADOS CB100

Tabela 7: Base de dados CB 100

HORAS DURAÇÃO
O.S. INICIO FIM TIPO DE EQUIPAMENTO HORA HORIMETRO
ACUMULADAS OS

581 05/01/2022 05/01/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 2,5 2,5 15403,5 0,5
629 05/01/2022 05/01/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 0,5 3 15403,5 0,5
1316 02/02/2022 02/02/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 0,25 3,25 15505,9 0,25
1482 01/02/2022 03/02/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 21,18 24,43 15512,6 23
2025 11/03/2022 06/04/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 23,5 47,93 15611 208,05
2026 11/03/2022 11/03/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 1,63 49,56 15603,5 2,63
2435 31/03/2022 31/03/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 1 50,56 15603,5 1
3138 02/05/2022 03/05/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 2,33 52,89 15611 11
3321 05/05/2022 05/05/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 1,33 54,22 15642 1,33
3660 13/05/2022 13/05/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 3,88 58,1 15686,6 4,88
3868 27/05/2022 27/05/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 1,1 59,2 15768,8 1,1
4070 06/06/2022 06/06/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 0,52 59,72 15827,1 1,5
4360 14/07/2022 14/07/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 0,42 60,14 16022,4 0,41
4382 20/06/2022 20/06/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 8 68,14 15899,7 8
4430 18/06/2022 18/06/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 3 71,14 15899,7 3
4904 04/07/2022 05/07/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 21,67 92,81 15972,7 17
5126 25/07/2022 25/07/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 0,5 93,31 16077,3 0,5
5318 01/08/2022 13/09/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 3,33 96,64 16111,7 348
5851 15/08/2022 15/08/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 3 99,64 16111,7 3
6091 27/06/2022 27/06/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 7,45 107,09 15938,4 7,5
6519 21/09/2022 21/09/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 2 109,09 16141,7 2
6762 01/08/2022 02/09/2022 VEICULOS PESADOCB100 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ LK2638 3,13 112,22 16111,7 35
11 ANEXO E – BASE DE DADOS CB350
Tabela 8: Base de dados CB 350

HORA DE HORAS DURAÇÃO


O.S. INICIO FIM TIPO DE EQUIPAMENTO HORIMETRO
MANUTENÇÃO ACUMULADAS O.S

770 15/01/2022 15/01/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 0,5 3459 0,5 0,5
1350 05/02/2022 05/02/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 5,7 3646 6,2 5,7
1386 03/02/2022 03/02/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 2,5 3628 8,7 2,5
2099 11/03/2022 17/03/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 22 3874 30,7 70
2241 10/03/2022 10/03/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 6 3868,2 36,7 6
2389 23/03/2022 23/03/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 2 3933 38,7 2
2997 18/04/2022 18/04/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 0,5 4127 39,2 0,5
3311 06/05/2022 06/05/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 2 4275 41,2 2
3908 28/05/2022 28/05/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 5 4496 46,2 5
4069 30/05/2022 30/05/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 7 4506 53,2 7
4072 03/06/2022 03/06/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 9 4547 62,2 9
4076 06/06/2022 06/06/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 10 4565 72,2 10
4247 27/05/2022 27/05/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 1,5 4491 73,7 2,5
4471 20/06/2022 20/06/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 1 4711 74,7 1
4489 22/06/2022 23/06/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 0 4734 74,7 8
4760 01/07/2022 01/07/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 0,5 4819 75,2 0,5
5585 10/08/2022 10/08/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 2 5243 77,2 2
5756 10/08/2022 10/08/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 2,5 5243 79,7 2,5
5862 22/08/2022 22/08/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 0 5380 79,7 0
6260 25/08/2022 25/08/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 3,95 5424 83,65 4
6274 06/09/2022 06/09/2022 VEICULOS PESADOCB350 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 1,5 5541 85,15 1,5
12 ANEXO F – BASE DE DADOS CB345

Tabela 9: Base de dados CB 345

HORAS DE
HORA DE DURAÇÃO
O.S. INICIO FIM TIPO DE EQUIPAMENTO HORIMETRO MANUTENÇÃO
MANUTENÇÃO OS
ACUMULADAS

1196 31/01/2022 01/02/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 0,10000 3408 3256,00000 24
1580 14/02/2022 14/02/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 7,00000 3494 6515,00000 7
1591 16/02/2022 17/02/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 0,50000 3516 9774,00000 24,5
2096 08/03/2022 08/03/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 4,33000 3638 13039,00000 5,33
2620 26/03/2022 26/03/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 2,83000 3779 16304,00000 3,83
3861 26/05/2022 26/05/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 1,00000 4373 19574,00000 3
4244 26/05/2022 26/05/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 3,00000 4373 22844,00000 3
3907 26/05/2022 28/05/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 5,00000 4396 26115,00000 3
4473 20/06/2022 20/06/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 0,67000 4630 29386,00000 0,66
5515 02/08/2022 04/08/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 2,67000 5136 32664,00000 20,66
6684 13/09/2022 13/09/2022 VEICULOS PESADOCB345 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 2,00000 5575 35943,00000 2
13 ANEXO G – BASE DADOS CB 340

Tabela 10: Base de dados CB340

HORAS DURAÇÃO
O.S INICIO FIM TIPO DE EQUIPAMENTOEQUIPAMENTO HORA HORIMETRO
ACUMULADAS OS

739 11/01/2022 11/01/2022 VEICULOS PESADOCB340 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 1,50 3405 1,5 1,5
1194 28/01/2022 28/01/2022 VEICULOS PESADOCB340 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 1,50 3534 3 5,3
1262 28/01/2022 28/01/2022 VEICULOS PESADOCB340 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 4,50 3534 7,5 2,5
4246 27/05/2022 27/05/2022 VEICULOS PESADOCB340 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 1,50 4570 9 1,5
3906 28/05/2022 28/05/2022 VEICULOS PESADOCB340 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 5,00 4582 14 5
4459 21/06/2022 23/06/2022 VEICULOS PESADOCB340 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 5,00 4787 19,00 48
5003 16/07/2022 16/07/2022 VEICULOS PESADOCB340 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 1,00 5029 20 1,5
5555 08/08/2022 08/08/2022 VEICULOS PESADOCB340 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 8,00 5254 28 5,3
6258 25/08/2022 25/08/2022 VEICULOS PESADOCB340 - CAMINHAO BASCULANTE M.BENZ AXOR 3131 6X4 1,50 5455 29,5 2,5

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