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CRISTO, O CORDEIRO QUE FOI MORTO

ÊXODO - 12:1-14

INTRODUÇÃO:
A revista Época de abril de 2002, em reportagem de Antonio Gonçalves sobre os
"evangelhos apócrifos", ressalta que a Páscoa deveria ser a data mais importante para o
cristianismo, mais até do que o Natal, pois o Cristo crucificado e ressuscitado é o centro da fé que
move mais de 2 bilhões de pessoas no mundo. 
Mais que evento é esse? A Páscoa foi inaugurada na saída histórica de Israel da longa e
amarga escravidão do Egito. Um cordeiro foi  imolado e seu sangue foi passado no batente das
portas de todos os israelitas. O sangue do cordeiro, que foi colocado na porta da casa deles, foi a
segurança de seu livramento. As famílias israelitas eram poupadas da morte devido ao sangue do
cordeiro. Depois de sair do Egito, essa noite veio a ser chamada de Páscoa. É um memorial, uma
celebração da libertação de Israel.
A Páscoa foi o dia da independência de Israel. A noite do terror dos egípcios, foi a noite da
libertação do povo de Deus. A mesma mão que feriu uns, resgatou os outros. A Páscoa não apenas
trouxe unidade para Israel, salvação para os seus filhos, mas também libertação do cativeiro. Israel
se tornou livre para servir a Deus.
A história e o significado do cordeiro são importantes para entender as origens da Páscoa. O
cordeiro simboliza o sacrifício de Cristo, que derramou o próprio sangue para salvar o povo de
Deus. A Páscoa celebra a salvação em Cristo e a liberdade que isso traz. Portanto, o sangue do
cordeiro foi um símbolo de libertação para o povo de Israel e por Cristo, representa a libertação do
poder e da condenação dos nossos pecados. Sempre que celebramos a Páscoa, lembramos e
agradecemos a Deus pelo sacrifício de Cristo, que nos traz a salvação e a liberdade.
Portanto, celebrar a Páscoa, lembrar da Páscoa ou acreditar nela, significa crer no Cristo
crucificado, no cordeiro que foi morto.

 O cordeiro que foi morto é o Cordeiro Suficiente – v. 3-4


A pergunta de Isaque a Abraão: Onde está o Cordeiro? introduziu um dos principais temas
do Velho Testamento, enquanto o povo aguardava o Messias. A pergunta foi respondida finalmente
por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
Filipe disse para o eunuco que vinha lendo Isaías 53, que o Cordeiro era Jesus (At 8:35).
Paulo disse para a igreja de Corinto que Cristo é o nosso Cordeiro Pascal (1 Co 5:7). Pedro disse
que fomos remidos pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de
Cristo (1 Pe 1:18-20). João o vê no céu e Jesus lhe é apresentado como o Cordeiro que foi morto,
mas está vivo pelos séculos dos séculos (Ap. 5:6).
Jesus é o Cordeiro suficiente para uma pessoa (Gn. 22:13-14). Jesus é o Cordeiro suficiente
para uma família (Êx. 12:3). Jesus é o Cordeiro suficiente para uma nação (Is 53:8). Jesus é o
Cordeiro suficiente para o mundo inteiro (Jo. 1:29).

 O Cordeiro que foi morto é o Cordeiro Perfeito – v. 5


Jesus é o Cordeiro perfeito. Ele é o Filho Amado do Pai, em quem o Pai tem o todo o seu
prazer. Ele foi obediente até à morte e morte de cruz. Ele não escoiceou seus algozes, mas como
ovelha muda foi para a cruz e intercedeu pelos transgressores.
• Ele não conheceu pecado (2 Co 5:21).
• Ele não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca (1 Pe 2:22)
• Ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado (1 Jo 3:5)
• Até seu traidor, disse que ele era inocente.

 O Cordeiro que foi morto é o Cordeiro do sangue aplicado – v. 7,12,13,21,23,24


Não basta saber que o Cordeiro foi morto. Não é também o sangue do Cordeiro que livra do
juízo, mas o sangue do Cordeiro aplicado. Deus disse: “Quando eu vir o sangue, passarei por sobre
vós” (v. 13).
A apropriação da expiação precisa ser pessoal: “Cristo me amou e a si mesmo se entregou
por mim” (Gl 2:20).
 O sangue é sinal de distinção – O que distinguiu os egípcios dos israelitas naquela noite do
juízo foi o sangue. Na verdade só existem duas categorias de pessoas: os que pertencem à
igreja dos comprados pelo sangue da redenção e aqueles que ainda estão debaixo do poder
de seus pecados. O que vai importar no grande dia não é a sua igreja, não é seu pastor, não é
onde você trabalhou, não serão suas obras, seus méritos, seus dons, mas se você está ou não
debaixo do sangue.
 O sangue é sinal de salvação – Onde o anjo da morte via o sangue não entrava, pois o
sangue lhe dizia: “Aqui já foi realizado o juízo, aqui a obra já está feita”. Só o sangue do
Cordeiro retinha a espada do juízo. Os filhos de Jacó não eram melhores, nem mais hábeis,
nem mais santos, nem mais justos. O que os distinguia era o sangue. Quem está debaixo do
sangue do Cordeiro de Deus (Cristo) está justificado. Agora já não há mais nenhuma
condenação – “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da
morte.”(Rm. 8:1-2).
 O sangue é sinal de segurança – O centro do Cristianismo é a cruz e o significado da cruz
é a substituição. Cristo morreu por nós. Ele carregou os nossos pecados em seu próprio
corpo. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele. No sangue de Cristo temos segurança
de perdão, de purificação.

CONCLUSÃO
Não é a vida do Cordeiro que salva. Não é o exemplo do Cordeiro que redime. Não é a
presença do Cordeiro na família que livra da morte. O cordeiro tinha que ser morto. É a morte de
Cristo que nos traz salvação. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados – “Com
efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de
sangue, não há remissão”.(Hb. 9:22).
Algumas pessoas dizem que admiram a vida, o exemplo e os ensinos de Jesus. Outros põem
sua confiança nos milagres de Jesus. Mas ninguém é salvo pelos ensinos de Jesus, mas sim, pelo seu
sangue. É a morte de Cristo que nos trouxe salvação.
 Mt. 20:28 – “...Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
 Mt. 26:28 – “...Este é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de
muitos, para remissão de pecados”.
 Ap. 5:9 – “...Foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de
toda tribo, língua, povo e nação”.
Jesus foi o nosso substituto. Ele morreu em nosso lugar. Sua morte foi vicária, substitutiva.
Ele morreu a nossa morte. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. O inocente morreu
pelo culpado. O Cordeiro foi morto! É Páscoa! Vamos celebrar!

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