Você está na página 1de 10

Rev. Bras. Fisiol.

Vegetal, 1(1):9-18, 1989

AJUSTE DE FUNÇÕES NÃO LINEARES DE CRESCIMENTO1

ADONAI G. CALBO2, WASHINGTON L.C. SILVA2 e ANTONIO C. TORRES2

RESUMO - Atualmente existem diversas equações que são INTRODUÇÃO


utilizadas no ajuste de curvas de crescimento. Estas
equações podem ser, basicamente, agrupadas em três
categorias: lineares, intrinsecamente lineares e in
trinsecamente não lineares. As equações lineares são Usualmente, dados experimentais são ob-
normalmente ajustadas por regressão linear simples tidos de forma descontínua e apresentam er
ou múltipla. Equações intrinsecamente lineares po-
dem ser linearizadas com o uso de transformações a- ros. Assim, o ajuste de funções contínuas
propriadas. As equações intrinsecamente não linea- no domínio real, muitas vezes, tem inte-
res são aquelas que normalmente não podem ou não de
vem ser linearizadas para ajuste. No estudo quanti- resse no estudo da dinâmica do crescimen-
tativo do crescimento é comum a aplicação de funções to de plantas e animais. Um série de mo-
como: complementar, Gompertz, logística, Richards a
outras funções intrinsecamente não lineares. Para es delos matemáticos apresentados na litera-
tas funções as formas de linearização logarítmicas
causam, eventualmente, estimativas absurdas dos pa- tura (Tabela 1) têm sido de grande utili-
râmetros. Nas funções mencionadas, as formas linea- dade na interpretação de dados de cresci-
rizadas geram obrigatoriamente uma estimativa de as
sintota superior à de qualquer um dos dados coleta- mento. O critério mais popular de ajuste
dos, mesmo que hajam erros de amostragem. Discute- das funções matemáticas é a estimativa dos
se, neste trabalho, a aplicação de métodos numéricos
para a solução de diversas equações não lineares. Um parâmetros através da técnica de minimiza
método “simplex” é descrito para o ajuste das equa-
ções com até quatro parâmetros. O algoritmo imple- ção da soma dos quadrados dos desvio. Con
mentado na linguagem BASIC pode ser modificado para tudo, pode-se mencionar outros critérios,
casos que envolvem maior número de parâmetros, per-
mite mudanças no critério de ajustes, adição de con como a minimização da soma dos módulos dos
dições no ajuste, ou mesmo o ajuste de parâmetros desvios (Draper & Smith, 1981) e a maximi-
desconhecidos em equações diferenciais.
Termos para Indexação: análise de crescimento. zação da probabilidade dos parâmetros
(Draper & Smith 1981; Causton & Venus 1984);
FITTING NON-LINEAR GROWTH FUNCTIONS Hoffmann & Vieira 1983).
ABSTRACT - Several equations can be used for quantitati- Funções lineares simples, múltiplas e po
ve study of plant or animal growth. These functions
can be classified into three categories: linear, in linomiais, são as mais conhecidas. Entre-
trinsically linear and intrinsically non-linear. The tando, a maioria dos fenômenos reais, se-
linear equations are usually adjusted through simple
or multiple linear regression techniques. The in- jam eles físicos, químicos ou biológicos,
trinsically linear ones can be linearized by using é melhor representada por outras expres-
appropriated transformations. Intrinsically non-
linear equations, on the other hand, cannot be linear sões. Estas, por sua vez, podem ser sepa-
ized by any transformation. For plant growth analysis
the use of non-linear functions such as complementar, radas em dois grupos: funções intrinseca-
Gompertz, logistic, Richards is common. For these mente lineares (Eq. 1), que podem ser li-
functions there are no logarithmic forms for linear
ization. However, they are not meant to stabilize nearizadas por transformação, e intrinse-
variance. In addition, those linearization techniques camente não lineares (Eq. 2), as quais não
usually yiels poor estimates of the parameters, and
always force the asymptotic maximum to be larger than são linearizávies por transformação (Dra-
any of the collected data. The use of numerical per & Smith 1981; Hoffmann & Vieira 1983).
methods for adjusting non-linear equations is dis-
cussed. A “simplex” method for adjusting non-linear w = bexp (kt+E) (Eq. 1)
equations with up four parameters is also presented.
The algorithm, implemented in BASIC, can be extended w = bexp (kt) + E (Eq. 2)
to more than four parameters, allows changes in the
adjustment criteria, addition of conditions and can Observa-se que as Eqs. 1 e 2 são dois
be used to adjust unknown parameters of differential
equations. tratamentos estatísticos distintos para u
Index Terms: growth analysis. ma função exponencial. Na Eq. 1 assume-se
1 que o erro experimental ou desvio (E),
Aceito para publicação em 04/05/88.
2
Eng. Agr., Ph.D., EMBRAPA/Centro Nacional de Pes- é multiplicativo. Assim, a linearização po
quisa de Hortaliças. C. P. 07-218, CEP 70.359, Bra- de ser feita pela aplicação de logarítmo,
sília, Df. reduzindo o problema a um simples caso de

9
10 CALBO et al.

regressão linear (Ln w =Ln b + kt + E). Na Eq. O objetivo principal deste trabalho é a
2, entretanto, o erro é aditivo e, conse- aplicação de métodos numéricos para o ajus
quentemente, logarítmo ou qualquer outra te de algumas funções não lineares de cres
transformação não podem ser aplicados pa- cimento. As limitações de algumas formas
ra linearizar a função. Na prática, a es- tradicionais de linearização e de ajustes
colha de um desses tratamentos requer ex- por critérios arbitrários são discutidas.
periência preliminar ou um estudo da dis-
tribuição dos desvios. O melhor tratamen- TEORIA
to estatístico será aquele que produzir
desvios de w distribuídos normalmente em 1. Desenvolvimento matemático
função de t (Draper & Smith 1981). Assumindo-se que o ajuste não linear da
Eq. 2 seja o mais apropriado, o critério

TABELA 1. Algumas funções para ajuste de curvas de crescimento (w) no tempo (t).

Nome Equação Linearização Referências


Exponencial w=bekt Lnw=Lnb+kt 3,6,18
Gompertz w=aexp(-bexp-kt) LnLn(a/w)=Lnb-kt 2,6,12
Complementar LnLn(1/(1-w/A))=Lnb-kt
a Gompertz w=a(1-exp(-bexp-kt)) 12
Logística w=a/(1+bexp-kt) Ln((a-w)/w)-Lnb-kt 2,6,12
Hipérbole
retangular w=at/(k+t) l/w=k/at+1/a 11
Hoerl w=atbekt Lnw=Lna+bLnt+kt 10
Hoerl mo-
dificada * w=a(t+c)bekt Lnw=Lna+bLn(t+c)+kt -
Jens w=a+bt+exp(k+k1t) 4
Monomolecular w=a(1-bexp-kt) Ln((a-w)-Lnb-kt 6,17,27
Parábola mo-
dificada w=a0+a1tn+a2t2n m 1
Polinômio w=at+bt2+ct3...+k w=at1+bt2+ctc...+ k -
Polinômio
2 3
exponencial w=e(at+bt +ct ...+k) Lnw=at1+bt2+ct3...+k 6
Potência
de tempo w=btk Lnw=Lnb+kLnt 17
Potência de tem-
po modificada w=b(t+c)k Lnw=Lnb+kLn(t+c) -
Richards w=a1-m-Be-kt 1/(1-m) Ln 1-(w/a)1-m =Ln(aB)-kt 5,17
*
A introdução do parâmetro c na E q . d e Hoerl modificada, aqui sugerida com base em
Richards (169), visa não somente a obtenção de melhor ajuste mas, principalmente me
lhorar a forma de sua derivada em relação ao tempo para uso nas estimativas de taxa
de crescimento relativo e taxa assimilatória líquida.
**
Referências: 1. Adams & Hill (1983); 2. B e r g e r ( 1 9 8 1 ) ; 3 . Blackman (1919);
4 . Catherine (1982); 5. C a u s t o n ( 1 9 6 9 ) ; 6 . Causton & Ve n u s ( 1 9 8 1 ) ; 1 0 . D r a p e r &
Smith (1981); 11. F i s h e r ( 1 9 2 1 ) ; 1 2 . F r e i t a s e t a l . ( 1 9 8 4 ) ; 17. Richerds (1959);
18. Richards (1979).

Rev. Bras. Fisiol. Vegetal, Vol. 1, 1989.


AJUSTE DE FUNÇÕES NÃO LINEARES 11

(1969) te é particularmente interessante, pois é


O ajuste não linear de funções submeti- um desenvolvimento do método de Newton,
das a transformações para estabilizar a va com a vantagem de não exigir derivações
riância segue procedimento semelhante ao das funções (Hornbeck 1975; Stark 1979).
ajuste não linear com erro aditivo. Entre Isto permite também o desenvolvimento de
tanto, um incoveniente do uso de trans- um algorítmo, em que uma mesma sub-rotina
formações é que as estatísticas obtidas pode ser utilizada para ajustar parâme-
(por exemplo: intervalos de confiança da tros de diferentes equações.
função ou dos parâmetros), só se aplicam Para funções cujos sistema de equações
às funções transformadas. Uma outra forma normais não permitem a substituição em um
de tratar dados com variância instável (he único parâmetro, pode-se utilizar a técni
terocedastícia) envolve uso de quadrados ca dos reticulados decrescentes, que é uma
mínimos com ponderação (Causton & Venus modificação do método “simplex” menciona-
1983; Draper & Smith 1981; Hoffmann & Viei do por Chambers (1973). A Fig. 1 mostra u
ra 1983). Neste caso, o inverso da variân ma busca típica de parâmetros, ajustados
cia dos dados individuais ou de grupos de a partir de estimativas preliminares, com
dados é utilizado como fator de pondera- o uso da técnica dos reticulados decres-
ção (Pi). centes. Os valores das estimativas preli-
minares dos parâmetros estão anotados nos
∑n
Q= P i (w i - f(t i )) 2 (Eq. 7) respectivos eixos coordenados. As formas
1=1 de linearização apresentadas na Tabela 1.
O critério dos quadrados mínimos com pon podem ser utilizadas para a obtenção des-
deração é útil quando os pontos têm repe- tas estimativas preliminares.
tição ou permitem agrupamentos para esti-
mativa da variância. Outra aplicação de im
portância biológica deste critério ocorre
nos casos em que a variância é proporcio-
nal ao tempo ou ao quadrado do tempo, pois
neste casos o inverso do tempo ou do tem
po ao quadrado é utilizado como fator de
ponderação (Hoffmann & Vieira 1983). A es
timativa dos parâmetros é feita de manei-
ra similar à aplicação de quadrados míni-
mos sem ponderação.

APLICAÇÕES

No sentido de colocar em prática as con-


siderações teóricas expostas, discute-se.
nesta seção, aplicações de métodos numéri-
cos para ajustes de algumas funções conti FIG. 1. Gráficos típicos obtidos com a
das na Tabela 1. técnica dos reticulados decrescentes. Os va
O uso do critério dos quadrados mínimos lores nos eixos coordenados correspondem a
para as funções exponencial, Jens, Micha- estimativas preliminares dos parâmetros.
elis-Menten, monomolecular e potência do Na linha inferior estão as derivadas par-
tempo com erro aditivo, gera funções com- ciais do critério de convergência Q em re
plicadas de um só parâmetro. Para a solu- lação aos parâmetros A,B,C. Quando todas
ção de tais problemas, Chambers (1973) su as derivadas são menores que 0,005, o grá
gere a utilização de métodos quasi-Newto- fico desaparece e surgem os valores dos pa
nianos. Neste sentido, a técnica da semen râmetros ajustados.

Rev. Bras. Fisiol. Vegetal, Vol. 1, 1989.


12 CALBO et al.

dos quadrados mínimos (Q) pode ser aplica pode ser generalizado para um número maior
do, fazendo-se: de parâmetros, caso seja necessário; por
Q = E 2 = ∑n [w i - bexp(kt i )] 2 (Eq. 3) isso não são aqui discutidas funções não
i=1 lineares com mais de quatro parâmetros.
Na Eq. 3, w i e t i são dados experimen- 2. Considerações estatísticas
tais, enquanto que b e k são os parâme- Fisher (1921) utilizou-se da lineariza-
tros que se deseja estimar. O índice i in ção do logarítmo para ajustar a curva ex-
dica o modo discreto em que os dados expe ponencial a dados de crescimento, assumin
rimentais são normalmente obtidos. Apli- do erro do tipo multiplicativo (Eq. 1). Es
cando-se a teoria dos máximos e mínimos, ta transformação é conveniente para a es-
deriva-se a Eq. 3 em relação a b(Eq. 4) e tabilização da variância de distribuições
em relação a k (Eq. 5). As derivadas par- nas quais o erro é proporcional à média
ciais da soma dos quadrados dos desvios, (Draper & Smith 1981). Estes mesmos auto-
igualadas a zero, são denominadas equações res apresentam ainda uma fórmula geral pa
normais.
ra definir o tipo de transformação quando
0 = ∑n
i=1
exp(kt i )(w i - bexp(kt i )) (Eq. 4) se conhece, ou quando se achou, empirica-
mente, que a função representativa da dis
0 = ∑n t exp(kt i )(w i - bexp(kt i )) (Eq. 5)
i-1 i tribuição dos erros segue qualquer função
particular. Contudo, indicam que este pro
Substituindo b de Eq. 4 em Eq. 5
n cedimento, usualmente , não é necessário e
0 = ∑n t iw i exp(kti) - [ > (w i exp(kti )/
i=1 i=1 nem sempre possível.
n n
> exp(kt i )]> t i exp(2kt i ) (Eq. 6) Em plantas e órgãos em crescimento, a va
i=1 i=1 riância comumente é proporcional à média
A Eq. 6 pode ser resolvida utilizando- (Causton & Venus 1981), fazendo com que,
se métodos numéricos tais como método de nesses casos, o uso de logarítmo seja uma
Newton, bissecção, secante, etc. (Causton transformação eficiente. Causton & Venus
& Venus 1984; Hornbeck 1975; Stark 1978). (1981), inclusive, sugerem que dados de
O valor obtido para k é então substituído análise de crescimento devam ser sempre
na Eq. 4 ou na Eq. 5, para a obtenção de transformados por aplicação de logarítmo,
b. Similarmente, as funções dos tipos: po antes de serem analisados. Convém também
tência do tempo, Michaelis-Menten, Jens e salientar que as formas de linearização pa
monomolecular (Mitcherlitch), da Tabela 1, ra as funções de Gompertz, complementar,
com termo de erro aditivo, podem ser ajus logística e Richards, apresentadas na Ta-
tadas usando também a técnica de substitu bela 1, envolvem algumas operações algé
ição de variáveis no sistema de equações bricas antes da aplicação de logarítmo. Es
normais. tas formas de linearização comumente cita
das (Causton & Venus 1981; Curi et al. 1985;
As funções logística, Gompertz, comple-
mentar, potência do tempo modificada, Hoerl Richards 1969) têm limitações. Primeiro,
e Richards (Tabela 1) também tratadas com estas equações linearizadas não são defi-
erro aditivo, são mais complexas, visto nidas quando qualquer dado experimental
que não permitem facilmente a utilização possui valor superior à assintota a. Se-
da técnica de substituição dos parâmetros. gundo, aquelas linearizações não são trans
Para estas ou outras funções não lineares formações que objetivam estabilizar a va-
o Apêndice A apresenta um programa de com riância. No Apêndice B são apresentadas
putador escrito na linguagem BASIC que per conformações gráficas típicas de algumas
mite o ajuste de qualquer função não li- funções de crescimento. Aspectos relati-
near com até quatro parâmetros, bastando vos às propriedades matemáticas destas di
para isto definir no início do programa a ferentes funções podem ser obtidos nos tra
função que se deseja ajustar. O algorítmo balhos de Causton & Venus (1981) e Richards

Rev. Bras. Fisiol. Vegetal, Vol. 1, 1989.


AJUSTE DE FUNÇÕES NÃO LINEARES 13

Os reticulados (Fig. 1) são construídos atualizadas três vezes por uma média pon-
adicionando-se os incrementos ADA(L), ADB derada entre o módulo da estimativa inici
(J), ADC(M) e ADD(S) às estimativas atua- al e o módulo do parâmetro atualizado (li
is dos parâmetros AOT, BOT, COT, DOT, li nhas 1810 e 1830).
nhas 980 a 1090. Numa interação após ava- Além disso, toda vez que a adição de in
liação de Q em todas as nove intercepções crementos a direções particulares reduz Q,
do reticulado de 3 x 3, o ponto de menor Q a atenuação deste parâmetro (IA, IB, IC e
é selecionado (linhas 1110 a 1250), bem co ID) é multiplicada por 1,075 (linhas 1370
mo os incrementos dos parâmetros que gera a 1470), o que aumenta o comprimento do re
ram esta estimativa melhorada. Antes da ticulado nesta direção. Outro artifício u
construção de um novo reticulado, de pos- tilizado para melhorar a convergência é a
se da direção ótima na última interação, mudança cíclica no formato dos reticula-
testa-se primeiro se a adição dos últimos dos, induzida pela rotação dos valores nu
incrementos escolhidos às estimativas atu méricos contidos em U, U1, U2 e U3 (linhas
alizadas dos parâmetros reduz Q. Em caso 920-970). A técnica dos reticulados de-
positivo, os parâmetros são novamente atu crescentes, apesar de convergir lentamen-
alizados (linhas 1270 e 1300). Caso a adi te, é simples, pode ser generalizada para
ção dos acréscimos da interação anterior um número maior de dimensões e convergiu
não reduza Q, a segunda opção é adicionar em todas as funções testadas.
apenas os incrementos relativos em duas di O ajuste de qualquer função não linear,
reções particulares de cada vez (linhas com até quatro parâmetros, pode ser feito
1310 a 1360). Obtendo-se sucesso, os parâ definindo-se a função desejada na linha 40
metros são novamente atualizados. Se a ten utilizando-se a notação X para a variável
tativa anterior não foi bem sucedida, adi dependente e A, B, C e D como denomina-
cionam-se os incrementos escolhidos de ca ções válidas dos parâmetros. A formulação
da parâmetro particular (linhas 1370 - 1470) apresentada é geral e aplica-se em dife-
à sua última estimativa; se assim a adi- rentes áreas de estudo. Durante o uso des
ção gerar um menor valor numérico de Q, os ta técnica pode-se imaginar que a cada in
parâmetros são novamente atualizados. No teração constrói-se, ao redor da última es
caso oposto contrói-se um novo reticulado timativa melhorada dos parâmetros, um po-
um pouco menor (FA=0,92) ao redor da úl- liedro, num hiperespaço de quatro dimen-
tima estimativa dos parâmetros. sões, contendo um ponto próximo ao centro.
Esse processo é repetido até que as de- O fator de atenuação ou relaxamento ( Pa-
rivadas parciais em relação a cada um dos tankar 1981) dos incrementos dados aos pa
parâmetros sejam numericamente desprezí- râmetros que têm grande influência na so-
veis. Utilizou-se das derivadas parciais ma dos quadrados dos desvios, pode ser al
numéricas de Q como critério de convergên terado, variando-se os valores de IA, IB,
cia. Esta escolha garante a generalidade IC e ID de 1 para outro valor desejado, na
do algorítmo para uso com diferentes fun- linha 900. Para algumas funções poder-se-
ções. Assumiu-se convergência quando a de ia usar atenuações diferentes para cada um
rivada parcial em relação a cada parâme- dos parâmetros. Note-se que mesmo sem uti
tro foi menor que 0,005 (DE1, DE2, DE3 e lizar atenuações diferenciadas, conseguiu
DE4, nas linhas 1390, 1410, 1430 e 1450). se convergência em todas as funções testa
O usuário pode mudar este limite de con- das até o momento.
vergência caso considere necessário.
Para aumentar a probabilidade de conver O critério da soma dos quadrados míni-
gência, as estimativas iniciais dos parâ- mos para o ajuste, está definido na linha
metros A2, B2, C2, D2, utilizadas para de 1500. Pode-se, também, utilizar outros cri
terminar a magnitude dos incrementos, são térios de ajuste, como aqueles previamen-

Rev. Bras. Fisiol. Vegetal, Vol. 1, 1989.


14 CALBO et al.

te discutidos, introduzindo-se as modifi- com os dados experimentais, por um crité-


cações necessárias naquela linha. Adicio- rio de ajuste como a minimização da soma
nalmente pode-se fazer ajustes especiais, dos quadrados dos desvios. Neste caso, a
sub-rotina de “critério de ajuste pode
adicionando-se condições específicas na ser modificada como segue:
sub-rotina que aplica o critério de ajus- 1490 SUM1 = 0:FOR I=1 TO N
te. Como exemplo, considere o ajuste da fun 1495 GOSUB XXXX: OBTENÇÃO DOS VALORES SI-
ção. MULADOS [Z(I)] PARA CADA X (I).
FNL(X) = A/(X - B) + C*(X-D) 1500 SUM1 = SUM1 + (Y(I) - Z(I) ^ 2
Esta função possui quatro parâmetros, A, 1510 NEXT I : RETURN
O algorítmo descrito converge lentamen-
B, C e D, onde - A/(X - B) é o componente os te e pode gastar cerca de um minuto para
mótico do potencial da água e C *(X-D) é funções de dois parâmetros e até mais de
o turgor ou pressão de parede. Se num te- uma hora em funções de quatro parâmetros,
cido parenquimatoso com células de paredes num IBM PC ou similar de 4.7Mhz. sem pro
finas, a pressão de parede não assume valo cessador numérico. Sugere-se por isso que
res negativos, pode-se satisfazer esta con o programa (RD4D.BAS) seja compilado, sem
pre que uma nova função ou modificação se
dição fazendo C = 0 sempre que o teor rela ja introduzida. Reduz-se, assim, o tempo
tivo de água, X, for menor do que D. A sub de convergência em cerca de 10 vezes; ca-
rotina de “critério de ajuste” poderia ser so disponha de processador numérico, a ve
ligeiramente modificada conforme é mostra locidade aumenta mais ainda. Cópias deste
do a seguir: algorítmo podem ser obtidas através do pri
meiro autor, mediante a remessa de um dis
1490 SUM1= 0: FOR I=1 TO N: CVELHO=C IF X( quete de 5 1 / 4 polegadas, de dupla face e
I) <D THEN C=0 dupla densidade, juntamente com as despe-
1500 Z(I)=FNL(X(I)) : SUM1=SUM1+ (Y(I) = Z(I))2 sas de remessa pelo correio.
1510 C=CVELHO:NEXT I:C=CVELHO:RETURN REFERÊNCIAS
Note-se que CVELHO é uma variável para
armazenar C, sempre que êle não for 0, por ADAMS, C.J. & HILLS, F.F. A power parabola for an
definição. asymetrical response. Agron. J., 69:124-5, 1977.
Como exemplos adicionais de uso de con- BERGER, R.D. Comparison of the Gompertz and logist
ic equations to describe plant diseases. Phyto-
dições durante o ajuste, pode-se mencio-
pathology, 71(7):716-19, 1981.
nar que as temperaturas nas quais ocorrem BLACKMAN, G.E. The compound interest law and plant
mudanças de estado nas membranas ou alte- growth. Ann. Bot., 33:353-60, 1919.
rações na estrutura quaternária de enzi- CATHERINA, S.B. Bayesian approach for a nonlinear
mas, em plantas sensíveis ao esfriamento, growth model. Biometrics, 38:953-61, 1982.
podem ser determinadas utilizando-se da e- CAUSTON, D.R. A computer program for fitting the
quação de Arrhenius e um tratamento envol Richards function. Biometrics, 25:401-08, 1969.
CAUSTON, D.R. & VENUS, J.C. The biometry of plant
vendo condições que também podem ser defi
growth. London, Edward Arnold, 1981, 307p.
nidas na sub-rotina de “critério de ajus- CHAMBERS, J.M. Fitting nonlinear models: numerical
te”. techniques. Biometrica, 60(1):2-13, 1973.
A técnica dos reticulados decrescentes, CURI, P.R.; NUNES, J.R.V. & CURI, M.A. Modelos ma-
pode ser empregada não só para o ajuste de temáticos para estimar o peso de coelhos. Pesq.
funções matemáticas, mas também como fer- Agropec. Bras., 20(7):853-63, 1985.
ramenta auxiliar no uso de equações dife- DANIEL, C. & GORMAN, J. W. Fitting equations to data
computer analysis of multifactor data. New York,
renciais com parâmetros de magnitude des-
John Wiley, 1980, 458p.
conhecida. Neste caso a solução das equa- DRAPER, N. & SMITH, H. Applied regression analysis.
ções diferenciais é feita numa sub-rotina Jonh Wilwy, NewYork, 1981. 709p.
que utiliza técnicas especializadas , como FISHER, R. Some remarks on the methods formulated
Crank-Nickolson (Patankar 1981 ). Os dados in a recent article on the quantitative analysis
obtidos na simulação são então comparados of plant growth. Ann. Appl. Biol., 7:367-72, 1921.

Rev. Bras. Fisiol. Vegetal, Vol. 1, 1989.


AJUSTE DE FUNÇÕES NÃO LINEARES 15
APÊNDICE A. Programa para ajuste de funções não lineares com até quatro parâmetros.
10 ‘DEFINAAFUNÇÃOQUEQUISERCOMATÉ4PARÂMETROSNALINHA30.A,B,EeD 840 IFCOT<>0THENLOCATE1,43:PRINT“EstimativadeC”:LOCATE12,43:PRINTCOT
20 SÃOOSNOMESVÁLIDOSPARAOSPARÂMETROS.DSÓÉUTILIZADOEMFUNÇÕESDE 850 LINE(482,152)-(482,148):LINE(167,152)-(167,148)
25 ‘4PARÂMETROS,CPODESERUTILIZADOEMFUNÇÕESDE3e4PARÂMETROS. 860 IFBOT<>0THENLOCATE22,16:PRINT“EstimativadeB”:LOCATE21,20:PRINTBOT
30 DEFFNL(X)=A*(1-EXP(B*EXP(-C*X))) 870 IFDOT<>0THENLOCATE22,57:PRINT“EstimativadeD”:LOCATE21,60:PRINTDOT
40 CLS:PRINT:PRINT:PRINT 880 ‘APLICAÇÕESSUCESSIVASDERETICULADOSEACRÉSCIMOSDECRESCENTES
50 INPUT“NÚMERODEPARÂMETROSDAFUNÇÃOQUEVOCÊDEFINIUNALINHA30’’;PAR 890 IA=IA*.05:IB=IB*.05:IC=IC*.05:ID=ID*.05:NC=0:NT=0:AAA=0:FA=.92
60 DIMX(100),Y(100)),TRY(3,3,3,3):AA=0:N=0:COR=0:P=0:U=1:U1.5:U2=1:U3=1,5 900 IA=IA*FA:IB=IB*FA:IC=IC*FA:ID=ID*FA:A1=AOT:B1=BOT:C1=COT:D1=DOT
70 DIMADB(3),ADA(3),ADC(3),ADD(3):CLS 910 IFMA=1THENMA=0:GOTO1270
80 ‘====>> INTRODUÇÃODOSDADOS 920 SWAPU,UI:SWAPU1,U2:SWAPU2,U3
90 PRINT“PARADIGITARDADOSPRESSIONEreturn.CASOQUEIRAUTILIZARARQUIVO 930 ‘CRIAÇÃODOSINCREMENTOSPARAAVALIARQNORETICULADO
100 INPUT“CONTENDOCOLUNASDEDADOSSEPARADASPORVÍRGULAENTREn”;B$ 940 FORJ=1TO3
110 INPUT“NOMEDOARQUIVO=>“;A$ 950 ADA(J)=A2-((1-IA)+(J-1)*IA*U)*A2;ADB(J)=B2-((1-IB)+(J-1)*IB*U1)*B2
120 ‘====>>LEITURA/DE/ARQUIVOS 960 ADC(J)=C2-((1-IC)+(J-1)*IC*U2)*C2:ADD(J)=D2-((1-ID)+(J-1)*ID*U3)*D2
130 INPUT“ENTRENÚMERODECOLUNASDOARQUIVO=>“;NC 970 NEXTJ
140 IFB$=“n”,ORB$=“N”THEN150ELSE250 980 ‘ADIÇÃODOSINCREMENTOSEAVALIAÇÃODEQ(TRY(L,J,M,S))
150 INPUT“NÚMERODACOLUNACOMOSDADOSDEX=>“;C1 990 S=1:M=1
160 INPUT“NÚMERODACOLUNACOMOSDADOSDEY=>“;C2 1000FORL=1TO3:FORJ=1TO3
170 IFC1>C2THENMARCA=1:SWAPC1,C2 1010IFPAR<3THENGOTO1050
180 OPEN“i”,≠1,A$:J=1 1020FORM=1TO3
190 WHILENOTEOF(1):FORI=1TOC1-1:INPUT≠1,QQ:NEXTI:INPUT≠1,Y(j) 1030IFPAR<4THENGOTO1050
200 FORI=C1+1TOC2-1:INPUT≠1,QQ:NEXTI:INPUT≠1,X(j) 1040FORS=1TO3
210 FORI=C2+1TONC:INPUT≠1,QQ:NEXTI:J=J+1:WEND 1050A=ADA(L)+AOT:B=ADB(J)+BOT:C=ADC(M)+COT:D=ADD(S)+DOT
220 IFMARCA=1THENMARCA=0ELSEFORI=1TOJ-1:SWAPY(I),X(I):NEXTI 1060GOSUB1480:TRY(L,J,M,S)=SUM1
230 PRINT“Y “,”X”:FORI=1TOJ-1:PRINTY(I),X(I):NEXTI 1070IFPAR>3THENNEXTS
240 N=J-1:INPUT“ENTREreturnPARAPROSEGUIR”;TECLA$:GOTO660 1080IFPAR>2THENNEXTM
250 ‘====>> INTRODUÇÃODEDADOSEMARQUIVO 1090NEXTJ:NEXTL
260 PRINT:PRINT“TOMENOTADOQUESIGNIFICAMOSDADOSCOLOCADOSEMCADACOLUNA 1100‘SEPARAÇÃODOMÍNIMO(TRY<10Λ38)OUMÁXIMO(TRY>-10Λ38)EARMAZENAMENTO
270 PRINT“PARAUSOPOSTERIOR,VOCÊVAIPRECISARINDICAROSNÚMEROSDAS 1110‘DOSINCREMENTOSNASDIVERSASDIREÇÕES
280 PRINT“COLUNASNASQUAISSEENCONTRAMOSDADOSNOARQUIVOCRIADO.”:PRINT 1120SL=10Λ38:MA=1
290 PRINT“DIGITEAPENASFIMCOMLETRAMAIÚSCULAPARATERMINARAINTRODUÇÃO 1130FORL=1TO3:FORJ=1TO3
300 PRINT“DEDADOSNOARQUIVO.”:PRINT 1140IFPAR<3THENGOTO1180
310 OPEN“O”, ≠1,A$ 1150FORM=1TO3
320 LINEINPUT“=>“;LINHA$:’ LOOPDELEITURA 1160IFPAR<4THENGOTO1180
330 WHILEMID$(LINHA$,1,1)=““:LINHA$=MID$(LINHAS,2):WEND 1170FORS=1TO3
340 IFLEFT$(LINHA$,3)=“FIM”THEN650 1180IFTRY(L,J,M,S)<SLTHENAOT=ADA(L)+A1:S3=L
350 IFLINHA$<>“”THEN370 1190IFTRY(L,J,M,S)<SLTHENBOT=ADB(J)+B1:ME=J
360 PRINT“ERRO.Linhaembranco???”:PRINT““:GOTO320 1200IFPAR<3THENGOTO1220ELSEIFTRY(L,J,M,S)<SLTHENCOT=ADC(M)+C1:J3=M
370 WHILERIGHT$(LINHA$,1)=““:LINHA$=LEFT$(LINHA$,LEN(LINHA$)-1):WEND 1210IFPAR<4THENGOTO1220ELSEIFTRY(L,J,M,S)<SLTHENDOT=ADD(S)+D1:L3=5
380 N=0:‘ CONTARONUMERODEDADOSDIGITADOS 1220IFTRY(L,J,M,S)<SLTHENSL=TRY(L,J,M,S)
390 I=INSTR(LINHA$,”“) 1230IFPAR>3THENNEXTS
400 WHILEI>0:N=N+1:I=I+1 1240IFPAR>2THENNEXTM
410 WHILEMID$(LINHA$,I,1)=““:I=I+1:WEND 1250NEXTJ:NEXTL
420 I=INSTR(I,LINHA$,““):WEND 1260IFMA=1THEN1600
430 N=N+1:’ NÚMERODEDADOSDIGITADOS 1270‘TESTEPARAVERIFICARSEADIREÇÃODAITERAÇÃOANTERIOR
440 IFNC=NTHEN460 1280‘AINDAREDUZQ.EMCASOPOSITIVOAUTALIZAROSPARÂMETROS
450 PRINT“ERRO.Númerodedadosdiferentede”;NC:PRINT:GOTO320 1290A=A1+ADA(S3):B=B1+ADB(M3):C=C1+ADC(J3):D=D1+ADD(L3):GOSUB1480
460 N=1:’ VERIFICARSETODOSOSDADOSSÃONÚMEROS 1300GOSUB1520:IFLI=1THENLI=0:GOTO1290
470 WHILEN(=LEN(LINHA$) 1310‘TESTEPARAVERIFICARSEAADIÇÃODEAPENASDOISDOSINCREMENTOS
480 X$=MID$(LINHA$,N,1) 1320‘AOSPARÂMETROSNAITERAÇÃOANTERIORREDUZQ.
490 IFX$<>““THEN530 1330A=A1+2*(U-1)*ADA(S3):B=B1+2*(U1-1)*ADB(M3):C=C1+2*(U2-1)*ADC(J3)
500 PONTO=0: IFNOTBRANCOTHEN520 1335D=D1+2*(U3-1)*ADD(L3):GOSUB1480:GOSUB1520
510 LINHA$=LEFT$(LINHA$,N-1)+MID$(LINHA$,N+1):GOTO600 1340IFLI=1THENLI=0:GOTO1330
520 BRANCO=-1:GOTO590 1350A=A1+2*(1.5-U)*ADA(S3):B=B1+2*(1.5-U1)*ADB(M3)
530 BRANCO=0 1355C=C1+2*(1.5-U2)*ADC(J3):D=D1+2*(1.5-U3)*ADD(L3):GOSUB1480:GOSUB1520
540 IFX$<>“.”THEN570 1360IFLI=1THENLI=0:GOTO1350
550 PONTO=-1 1370‘TESTEPARAVERIFICARSEAADIÇÃODEAPENASINCREMENTOEMCADA
560 GOTO590 1380‘DIREÇÃOINDIVIDUALREDUZQ.
570 IFINSTR(“.-1234567890”,X$)>0THEN590 1390A=A1+ADA(S3):B=B1:C=C1:D=D1:GOSUB1480:GOSUB1520
580 PRINT“ERRO.Caracterestranhonalinha.”:PRINT:GOTO320 1400IFLI=1THENLI=0:ADA(S3)=1.075*ADA(S3):IA=IA*1.075:GOTO1390
590 N=N+1 1410A=A1:B=B1+ADB(M3):C=C1:D=D1:GOSUB1480:GOSUB1520
600 WEND 1420IFLI=1THENLI=0:ADB(M3)=1.M75*ADB(M3):IB=IB*1.075:GOTO1410
610 ‘ GRAVAÇÃODOSDADOS 1430A=A1:B=B1:C=C1+ADC(J3):D=D1:GOSUB1480:GOSUB1520
620 FORI=1TONC-1:N=INSTR(LINHA$,”“) 1440IFLI=1THENLI=0:ADC(J3)=1.075*ADC(J3):IC=IC*1.075:GOTO1430
630 MID$(LINHA$,N,1)=“,”:NEXTI 1450A=A1:B=B1:C=C1:D=D1+ADD(L3):GOSUB1480;GOSUB1520
640 PRINT≠1,LINHA$:GOTO320 1460IFLI=1THENLI=0:ADD(L3)=1.075*ADD(L3):ID=ID*1.075:GOTO1450
650 CLOSE:GOTO150 1470MA=0:GOTO900
660 CLS:PRINT“TÉCNICADOSRETICULADOSDECOMPRIMENTODECRESCENTES.” 1480‘CRITÉRIODEAJUSTE+LOCALDEADIÇÃORESTRIÇÕES(senecessário)
670 INPUT“ENTREESTIMATIVAPRELIMINARDEA:”,AOT:AO=AOT*2 1490SUM1=0:FORI=1TON
680 IFA0=0THENA0=1:P=P+1 1500Z(I)=FNL(X(I)):SUM1=SUM1+(Y(I)-Z(I))Λ2
690 INPUT“ENTREESTIMATIVAPRELIMINARDEB:”,BOT:BO=BOT*2 1510NEXTI:RETURN
700 IFB0=0THENB0=1:P=P+1 1520‘COMPARAÇÃOSLESUM1PARAATUALIZAROUNÃOOSVALORESPARÂMETROS
710 INPUT“ENTREESTIMATIVAPRELIMINARDEC:”,COT:CO=COT*2 1530IFSUM1<SLTHENAOT=A:BOT=B:COT=C:DOT=D:SL=SUM1:LI=1:MA=1
720 IFC0=0THENC0=1:P=P+1 1540IFLI=0THEN1580
730 INPUT“ENTREESTIMATIVAPRELIMINARDED:”,DOT:D0=DOT*2 1550LINE(65+204*B/B0,150-118.4*A1/A0)-(65+204*BOT/B0,150-118.4*AOT/AO)
740 IFD0=0THEND0=1:P=P+1 1560LINE(380+204*D1/D-,150-118.4*C1/C0)-(380+204*DOT/D0,150-118.4*COT/CO)
750 A2=AOT:B2=BOT:C2=COT:D2=DOT:IA=1:IB=1:IC=1:ID=1 1570A1=AOT:B1=BOT:C1=COT:D1=DOT
760 “DESENHODOSEIXOSCORRESPONDENTESAOSPARÂMETROS 1580RETURN
770 KEYOFF:CLS:SCREEN2 1590‘GRÁFICOPARAVISUALIZAROPREGRESSODOAJUSTEDURANTEASITERAÇÕES
780 LINE(65,2)-320,2):LINE(65,2)-(65,150):LINE(65,150)-(320,150) 1600FORI=1TO3:B(I)=BOT+ADB(I):A(I)=AOT+ADA(I)
790 LINE(320,2)-320,150) 1610C(I)=COT+ADC(I):D(I)=DOT+ADD(I):NEXTI
800 LINE(380,2)-(635,2):LINE(380,2):LINE(380,150)-(635,150) 1620FORI=1TO3FORJ=1TO3
810 LINE(635,2)-(635,150) 1630LINE(65+204*B(I)/B0,150-118.4*A(I)/A0)-(65+204*B(I)/B0,150-118.4*A(J)/A0)
820 LINE(379,90,8)-(382,90,8):LINE(64,90,8)-(67,90,8) 1640LINE(380+204*D(I)/D0,150-118.4*C(I)/C0)-380+204*D(I)/D0,150.4*C(J)/C0)
830 IFAOT<>0THENLOCATE1,4:PRINT“EstimativadeA”:LOCATE12,2:PRINTAOT 1650LINE(65+204*B(J)/B0,150-118.4*A(J)/A0)-(65+204*B(I)/B0,150-118.4*A(J)/A0)

Rev. Bras. Fisiol. Vegetal, Vol. 1, 1989.


CALBO et al

1660LINE(380+204*D(J)/D0,150-118.4*C(J)/C0)-(380+204*D(I)/D0,150-118.4*C(J)/C0) 1840IFNT>40THEN1930ELSEFIIT$=“OK”THEN1860
1670NEXTJ:NEXTI 1850RETURN
1680NC=NC+1:Q=SL 1860CLS:PRINT:PRINT:“ASDERIVADASPARCIAISDEQCONVERGIRAM..
1690IFNC=5THENNC=0:NT=NT+1:GOSUB1720 1870PRINT:PRINT“ESTESSÃOOSPARÂMETROSESTIMADOS:”:PRINT
1700IFIT$=“NOTOK”THENGOTO1970 1880IFAOT<>0THENPRINT“A=“;AOT
1710GOTO900 1890IFBOT<>0THENPRINT“B=“;BOT
1720‘ TESTEDECONVERGÊNCIA 1900IFCOT<>0THENPRINT“C=“;COT
1730DE1=ABS((TRY(3,1,1,1))-TRY(1,1,1,1)/(ADA(3)-ADA(1))):LOCATE23,2:PRINTUSING“≠≠≠.≠≠≠≠“;DE1:IF 1910IFDOT<>0THENPRINT“D=“;DOT
DE1<.005THEN1740ELSE1810 1920GOTO1970
1740IFPAR<3THEN1760 1930CLS:PRINT
1750DE3=ABS((TRY(1,1,3,1)-TRY(1,1,1,1))/(ADC(3)-ADC(1))):LOCATE23,17:PRINTUSING“≠≠≠.≠≠≠≠“;DE3:IF 1940PRINT“Nãohouveconvergência.Osvaloresabaixopodemserutilizados
DE3<.005THEN1760ELSE1810 1950PRINT“comoestimaivasmelhoradasparainiciarumanovaiteração..”
1760IFB=0THEN1780 1960PRINT:PRINT“A<>“;AOT,”B<>“;BOT,”C<>“;COT,”D<>“;DOT
1770DE2=ABS((TRY(1,3,1,1)-TRY(1,1,1,1))/(ADB(3)-ADB(1))):LOCATE23,32:PRINTUSING“≠≠≠.≠≠≠≠“;DE2:IF 1970‘ CÁLCULODER2
DE2<.005THEN1780ELSE1810 1980SMEDW=0:FORJ=1TON:SMEDW=SMEDW+Y(J):NEXTJ
1780IFPAR<4THEN1800 1990SMEDW=SMEDW/N:SDE=0
1790DE4=ABS((TRY(1,1,1,3)-TRY(1,1,1,1))/(ADD(3)-ADD(1))):LOCATE23,47:PRINTUSING“≠≠≠.≠≠≠≠“;DE4:IF 2000FORJ=1TON:SDE=SDE+(Z(J)-SMEDW)∧2:NEXTJ:RR2=SDE/SDR
DE4<.005THEN1800ELSE1810 2010FORJ=1TON:SDR=SDER+(Y(J)-SMEDW)∧2:NEXTJ:RR2=SDE/SDR
1800IT$=“OK“ 2020PRINT“COEFICIENTEDEDETERMINAÇÃODOMODELO=>“;RR2
1810IFNT=6ORNT=12ORNT=18THEN1820ELSE1840 2030PRINT“”:PRINT“SQTOTAL==>“;SDR,”SQRESÍDUO==>“;(SDR-SDE)
1820A2=(ABS(A2)+8*ABS(AOT)/9:B2=(ABS(B2)+8*ABS(BOT))/9 2040PRINT“SQDESVIOS=“;Q
1830C2=(ABS(C2)+8*ABS(COT))/9:D2=(ABS(D2)+8*ABS(DOT))/9 2050INPUT“ENTRERETURNPARATERMINAR”,R

Rev. Bras. Fisiol. Vegetal, Vol. 1, 1989.


16 CALBO et al.

FREITAS, A.R.; ALBINO, L.F.T. FILHO, T.M. & ROSSO, PATANKAR, S. V. Numerical heat transfer and fluid
Modelos de curvas de crescimento em frangos de cor flow. Series in computational methods in mechanics
te. Pesq. Agropec. Bras., 19:1057-64, 1984. and thermal sciences. MacGraw-Hill-Hemisphere, New
GUIMARÃES, P.G & CASTRO, L.H.R. Análise de funções York, 1981, 197p.
de crescimento. Brasília, EMBRAPA-CPAC, 1986-21p. RICHARDS, F.J. A flexible growth function for empi
HOFFMAN, R. & VIEIRA, S. Análise de regressão; uma rical use. J. Exp. Bot., 10:290-300, 1959.
introdução à econometria. São Paulo, Hucitec, 1983 RICHARDS, F.J. The quantitative analysis of growth.
379p. In: STEWARD, F.C.(ed). Plant physiology; a treat
HORNBECK, R.W. Numerical methods. Englewood Cliffs, ise. New York, Academoc Press, 1969. p.3-76
Prentice-Hall, 1975. 310p. STARK, P.A. Introdução aos métodos numéricos. Trad
J.B.P. Carvalho, Rio de Janeiro, Interciência, 1979
338p.

Rev. Bras. Fisiol. Vegetal, Vol. 1, 1989.


AJUSTE DE FUNÇÕES NÃO LINEARES 17

APÊNDICE B. Conformações gráficas típicas de algumas funções de crescimento.

Rev. Bras. Fisiol. Vegetal, Vol. 1, 1989.

Você também pode gostar