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Os Sete Princípios Fundamentais

Enquanto no primeiro capítulo do livro de Gênesis encontramos as componentes curriculares (as grandes
áreas do conhecimento) para o domínio do mundo natural, no segundo capítulo podemos também divisar
com o modo pelo qual devemos pensar a vida. Aqui encontramos os fundamentos para a vida que serão as
sementes para as nossas atitudes e de uma prática de vida que expresse a vontade de Deus.

“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória
de Deus.” I Co 10:31

Como já pudemos perceber um currículo cristão não é centrado no conteúdo, conforme propõe a
abordagem tradicional, não deve ser centrado no aluno, conforme as abordagens liberais e também não é
centrado no professor ou no contexto, conforme propõe as abordagens sociais. Ele deve ser centrado em
Deus e na Sua palavra, pois somente Ele é fiel, perfeito e não muda. (Lebar, 2010)
Quando focamos no aluno, na sua experiência e vontade, os efeitos devastadores causados pela queda,
corrompe o processo e compromete os resultados. Quando focamos no contexto, como a Palavra já diz
“(...) e que todo o mundo jaz no maligno.”(1 João 5:19) certamente não teremos o êxito esperado.
Sabemos que o meio influencia a aprendizagem, e através da constante interação do interno e do externo
constrói-se a aprendizagem significativa, mas nunca deveremos pensar que o meio é que determina quem
somos. (Lebar, 2010)
O conhecimento por si só também não produz sabedoria e o seu acúmulo somente resultará em arrogância
quando não orientado por uma moral dirigida aos outros e por um propósito elevado de vida.

Assim, um currículo cristão deverá olhar de maneira equilibrada para todas estas propostas de ênfases
curriculares através de uma visão cristã de homem e de mundo.

O aluno – criado a imagem e semelhança de Deus, pleno e capaz de ser bondoso e criativo, porém marcado
pela queda e, quando entregue a si mesmo, é dominado por suas vontades e desejos pecaminosos que são
egoístas e destrutivos. Ele deve ser inspirado a relacionar-se intimamente com o Criador e ser
transformado a imagem do Seu filho à medida que é transformado pela palavra viva.

O professor – alguém chamado, que sente a responsabilidade para com o ensino do temor do Senhor aos
seu ‘pequeno rebanho’. Faz isto com alegria à medida que também ele próprio busca em Deus a renovação
de vida que somente encontrará através do relacionamento com Deus;

O conteúdo – necessário para o domínio do mundo natural, de forma responsável e criativa, porém nunca
pode ser exaltado além do criador. Este conteúdo reflete a glória e inteligência do Criador e deve sempre
ser creditado a Ele e buscado Nele a revelação completa;

O contexto – O mundo natural foi-nos entregue acabado, porém a cultura, como segundo meio ambiente é
uma construção humana, que após a queda também sofre com a nódoa do pecado e corrompe-se e
degrada-se continuamente. Ele deve ser considerado como importante no processo e restaurado a medida
que somos internamente transformados de glória em glória. A redenção deve alcançar o mundo natural e o
mundo da cultura.

Assim, Deus e sua palavra devem ser sempre o começo e o referencial para um currículo cristão, seja no
aspecto de conteúdo, como no aspecto de atitudes orientadas por princípios.
(ver diagrama 1)

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O que é um princípio?

Princípio: a fonte, a origem, primeira causa, uma raiz, uma fonte verdadeira. Rudimento, semente.
Semente: aquilo do qual alguma coisa brota; um princípio, uma origem; contém o todo em uma forma
embrionária. (dic. Webster 1828)
Absoluto: que se apresenta como acabado pleno; independente, soberano; que não admite condições ou
limites; que não admite contestação, único, puro. (Dic. Houaiss, 2009)

Estas palavras estão intimamente relacionadas. Princípio semanticamente é definido como "origem, causa
primeira, aquilo do que algo procede". No contexto de ensino e educação, refere-se a um padrão de
pensamento, um referencial básico ou ainda uma “ideia semente” que poderá ser expandida.

A semente contém "o todo da planta de forma embrionária", que irá se manifestar posteriormente. A
planta inteira, uma árvore, tem todo o seu potencial dentro de uma única semente. Esta tem caráter
expansivo, pois a semente se expandirá se tiver às condições de vida adequadas, tornando-se assim, muito
mais visível, belo e grandioso.

A semente é um símbolo natural do processo de educação por princípios. Um


princípio ou ideia relacionada a um padrão de pensamento, fazem o mesmo
no pensamento do que a semente faz no solo. A nossa alma é como um
jardim ou um ‘ventre’, ela reproduz os pensamentos e eles se expandem. Uma
vez que um padrão de pensamento é semeado na nossa mente e o temos
regado com a vida de Cristo através da Palavra e ministério do Espírito, ele
enraíza e cresce para proporcionar direção, discernimento e a verdadeira
sabedoria para que se possa aplicar o senhorio de Cristo em todas as áreas da
vida. Um padrão de pensamento é um hábito, um canal ou um processo de
conectar ideias de acordo com generalizações que expressam a raiz da nossa
alma. Essa é a razão porque é tão importante ter princípios e padrões de Fig. 1 – Árvore do discernimento,
Cartaxo, 2007.
pensamentos que expressem diretamente a natureza de Cristo.

Princípio é diferente de lei e de doutrina. É um padrão de pensamento que possui uma relação de causa e
efeito e atua como as margens de um rio orientando as nossas ideias. Os princípios atuam nas raízes das
ideias, na sua fonte. Primeiro vem às ideias(interno e invisível), estas produzem atitudes(disposição do
coração), para somente depois gerarem as ações (externas e visíveis). Eles nos ajudam a discernir e usar o
conhecimento corretamente. Isto é o que significa sabedoria e faz parte do processo de renovação de
mente como descrito em Romanos 12:1-2 e 11:36. A Bíblia sustenta o raciocinar com base em princípios,
do interno para o externo, como fundamental para a promoção do desenvolvimento eficaz e crescimento
em sabedoria. (ver Pv 23:7 /At 17:2 ). Vejamos um exemplo:
Lei/norma: devo cumprimentar e dirigir-se aos mais velhos de forma respeitosa.
Princípio: Quem vem primeiro sempre terá mais honra.
Um princípio também difere de um valor. O valor depende de contexto, seja cultural, temporal ou
geográfico ou ainda econômico e religioso. Quanto o princípio, independe de tudo isto, pois perpassa
fronteiras geográficas, culturais e de épocas. Ele sempre será válido e poderá ser contextualizado em
qualquer situação e esfera de vida. Um princípio é absoluto e sempre aplicável em qualquer situação e
época. Valores elevados devem ser orientados por princípios.

Um princípio bíblico fundamental(ou básico) é uma semente de verdade eterna da Palavra de Deus, que
expressa Sua natureza e nos ajuda a discernir e aplicar o conhecimento corretamente.
É preciso, contudo, termos o cuidado de não converter os princípios bíblicos básicos em nossa única fonte
de verdade, restringindo a atuação e revelação de Deus. Devemos ensinar a partir da natureza de Deus e
não acerca dela. "porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo." I Pe. 1:16

Não se deve forçar um princípio bíblico dentro de uma situação ou até mesmo nos mais variados temas dos
conteúdos de cada área do conhecimento, mas sim enfatizar aqueles que possamos distinguir e entender,

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expressando naturalmente a realidade de Cristo, "o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova
aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.” II Co 3:6

Quantos são os princípios fundamentais?

Como a bíblia não enumera uma lista de todos os seus princípios, essas verdades em forma de sementes
devem ser investigadas. Creio que não estão enumerados, pois de certo modo, Deus deseja que tenhamos
fome e sede de justiça para que sejamos satisfeitos. Pv 25:2
A Bíblia sempre aponta o número sete como um número perfeito. Pode-se até dizer ser chamado o número
de Deus. Existem muitos questionamentos em torno da quantidade de princípios bíblicos fundamentais. Se
observarmos com cuidado a Palavra e os seus padrões de pensamento na ordem em que Deus expressa na
Criação, identificaremos sete os princípios básicos presentes desde o início. Sabemos que existem muitos
outros, porém sempre estes são expandidos a partir de combinações entre estes sete fundamentais. É
semelhante ao que acontece com as notas musicais, que são apenas sete sons básicos, porém que podem
ser expandidos em diversas escalas e também harmonizados e combinados entre si gerando múltiplos sons.

Os sete princípios embora não sejam os únicos princípios da Bíblia, são muito abrangentes e fornecem um
contexto consistente para exercitar o Reino de Deus, por isso são chamados de princípios básicos ou
fundamentais do Reino. Todos os outros podem ser expandidos a partir deles guiando a maneira de pensar
na atmosfera do Reino de Deus.
Estes mesmos Sete Princípios nos oferecem a base moral para vida e governo e podem também ser
identificados em qualquer área do conhecimento e situações da vida. Podemos considerá-los como
universais. Cada uma das disciplinas (as grandes áreas) possuem princípios fundantes, que devem ser
procurados e também considerados no exercício do raciocinar por princípios proposto pela Educação por
princípios.
Na bíblia, nosso principal repositório de princípios de vida e governo, podemos encontrá-los logo no início
quando Deus estabelecia e ministrava á primeira família ainda no Éden. Vejamos:

Os Sete Princípios em Gênesis

Vamos observar agora com um pouco mais de detalhes como cada um destes sete princípios básicos de
vida já estavam presentes desde o momento inicial do homem na Terra¹. Vejamos o texto bíblico de Gn
2:15-24.

“E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.

Primeiro, Deus responsabiliza o homem pelo cultivo e proteção(manutenção) do jardim – isto já envolve o
princípio do Caráter(lavrar/cultivar) e o princípio da Mordomia(guardar).
O trabalho diligente imprime no homem as marcas do caráter de Cristo. Através do trabalho diligente Deus
nos treina e prepara para toda boa obra. O caráter é um “calo” no coração, ele deixa de ser apenas uma
convicção e passa a fazer parte do ser interior. Temos que amar trabalhar e desfrutar das suas
recompensas. É através do trabalho que o nosso caráter é forjado.

Mas Deus disse também a Adão: - Eu quero que você guarde o jardim! Em outras palavras Deus disse: Eu
quero que você administre o que produz, seja bom mordomo de tudo. Com o trabalho produzimos e com a
mordomia protegemos e administramos a nossa produção.

Uma boa observação irá nos levar a concluirmos que estes princípios possuem conexões que chamamos de
pares casados. E este é o primeiro par casado de princípios - Caráter e Mordomia. Enquanto o caráter é
interno, a mordomia é uma manifestação externa deste.

Caráter Mordomia

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Disse mais O Senhor a Adão: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não comerás”. Este é o princípio do Autogoverno. Eu tenho ampla
liberdade, mas existe uma restrição e aí eu vou precisar me conter de dentro para fora. Internamente
decido obedecer e vou viver na liberdade que tenho e descansar em relação à restrição.

“Porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Com isto, Deus continua ensinando a Adão
que há consequências e pode contar com elas se desobedecer. Este é o princípio da Semeadura e Colheita.
É nada mais do que a lei da causa e do efeito. O que você faz hoje, sem dúvidas afetará o amanhã. E assim
temos outro par de princípios associados. Um é interno e outro é uma expressão externa e consequência
deste.
Autogoverno Semeadura e colheita

“E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como
diante dele. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o
homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.”

Vemos aqui um plano que começa em Deus e termina no homem. Adão chegou ao mesmo raciocínio que
Deus. Ele deseja que raciocinemos com Ele e cheguemos à mesma conclusão Dele. Esta é a ideia central do
princípio da Soberania. Precisamos conhecer e descansar nos planos de Deus. Ele é soberano. Este princípio
lida com a questão de autoridade e submissão. Deus exercita a sua força maior para sustentar a sua
autoridade. Esta é também a maior exigência para o homem – a submissão. Se não há oração e disposição
para se conhecer à vontade de Deus, como pode existir submissão à Sua autoridade? Adão chegou à
mesma conclusão que Deus, se submeteu a Ele e diz o texto que ele “pôs-se a dormir”. Este princípio é à
base para todos os demais e não se encontra associado a outro.

Deus

Soberania

Homem

“Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a
Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu
nome”.
Deus pediu para Adão dar nome aos animais e “dar nome” significa notar a diferença. Este é o princípio da
Individualidade. Deus é criativo, diverso e exclusivo em toda a Sua criação. Ninguém é como você. Você
tem um plano individual e um destino individual.

“E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa,
porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua
mulher, e serão ambos uma só carne.”

Aqui está muito claro o princípio da União. Podemos ser diferentes, mas ainda assim estarmos unidos
internamente e voluntariamente. As diferenças não são para nos separar, mas sim para nos completar e
harmonizar os nossos relacionamentos. Precisamos manter o foco daquilo que nos une, porque senão, as
diferenças(individualidades) dadas por Deus para nosso próprio benefício, poderão nos separar.
Podemos ver aqui mais um par de princípios relacionados, onde o primeiro é interno e o segundo é uma
expressão externa dele.

Individualidade União

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Assim, desde o início, Deus deu este padrão de pensamento a Adão e o ensinou a amar o trabalho
(Princípio do Caráter), ser produtivo e guardar a sua produção (Mordomia). Ensinou a obedecê-lo e que
haveria consequências para tudo que ele fizesse (Autogoverno e Semeadura e colheita). Ensinou a
raciocinar e avaliar juntos e a fazer planos junto com Ele para o que deveria acontecer (Soberania). Ensinou
também a discernirmos e valorizarmos as diferenças e a variedade da criação de Deus, porque Ele criou
cada um de nós distintos (Individualidade) e ensinou ainda como nos darmos bem uns com os outros,
exercitando as coisas boas que nos unem (União) para que possamos superar todas as nossas diferenças e
limitações.
Estes Princípios estão por toda a Bíblia e podem ser encontrados também em todos os conteúdos
acadêmicos. Precisamos vive-los em nossas vidas e salas de aula e assim tocarmos a nossa nação através da
visão de “Educação Cristã por Princípios.”

Analogia
Quando Deus estava estabelecendo a nação de Israel, Ele estabeleceu um lugar para representar a sua presença entre eles - o
tabernáculo. Entre os seus utensílios, determinou que fosse construído um candelabro com sete lâmpadas. Ex 25:31-40 Este
objeto serviria para iluminar todo o serviço do tabernáculo, que era o centro da vida de Israel. Suas lâmpadas deveriam permanecer
constantemente acesas e nunca lhes faltar o azeite. Mais tarde, este objeto também veio a ser um dos símbolos da nação de Israel,
pois representava o espírito daquela nação.² Vale a pena lembrar que a linguagem bíblica do Antigo Testamento é por demais
simbólica e representativa.
Os princípios também são sete como as lâmpadas do candelabro e
servem para iluminar a vida de uma nação. Eles trazem a
luz(discernimento) para todas as escolhas do homem. Trazem luz
para o conhecimento humano, fazendo-nos enxergar a glória de
Deus na Sua criação e capacitando-nos a fazer um bom uso deste
conhecimento para servir aos outros.
Se juntarmos todos os pares de princípios acima e uni-los com o
princípio base da soberania, veremos que eles formam também um
candelabro. Esta é uma maneira muito didática de entendê-los e
memorizá-los para ensiná-los e identifica-los, até que possam dirigir
as nossas decisões.
Deus deseja restaurar o espírito de serviço e adoração na nossa
nação e os princípios são estas luzes que nunca devem se apagar
para que ilumine todo o serviço do Reino.
“A educação forma o espírito de uma nação, portanto seu
fundamento deve ser a Palavra de Deus.” ³

Fig. 2 – Representação dos princípios. Cartaxo, 2007.


IV – Considerações finais:
Como pais e educadores cristãos, esta é uma figura muito clara do nosso chamado. Precisamos tomar a luz
de Deus à mão e iluminar todo conhecimento acadêmico com a Sua luz. As cores não existem sem a
presença da luz. Somente com a luz dos princípios é que um currículo escolar poderá ganhar vida e cor.
Mas, lembre-se do detalhe: as luzes do candelabro só permaneciam acesas se tivessem o azeite. Este
deveria ser constantemente colocado pelo sacerdote. O azeite é simbólico da presença do Espírito. Veja
esta profecia em Zacarias 4:1-14.

“A educação cristã é a maior defesa de uma nação, pois quem controla a educação de uma nação controla
seu futuro.” Elizabeth Youmans³

Esta maneira de educar trará uma mudança sem precedentes na raiz da nossa nação, que é o caráter do
nosso povo. Deus urge em fazer isto e você é parte desta obra.

¹A apresentação dos sete princípios com base no texto de Gn 2:15-24 é de autoria do Dr. Paul Jehle em palestra
proferida no X Workshop da AECEP. Foi transcrita e adaptada de linguagem oral para o texto.
² a associação dos princípios em pares casados e sua analogia ao candelabro não fazem parte da palestra original.
³ em Princípios para recosntrução de nações baseado no livro de Neemias – publicado pela Principia, 2002.

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ANEXOS

Descrição dos Sete Princípios*

Caráter – O desejo de Deus de formar a imagem e a natureza de Jesus dentro do cristão, através
de pressão e conflito.

Mordomia – Deus, como proprietário de todas as coisas, tem dado ao homem a responsabilidade
de possuir propriedades internas e externas.

Governo (autogoverno) – O Plano de Deus é que todas as coisas sejam governadas de dentro para fora.

Semeadura e Colheita: Deus ensina que o homem colhe aquilo que semeia, que há causa e efeito
em tudo que se passa ao nosso redor e conosco.

Soberania – Deus, como Supremo Soberano de todas as coisas é a fonte e a força da soberania do homem.

Individualidade – Todas as coisas que Deus criou tem uma identidade distinta.

Aliança – Todas as coisas são designadas para funcionarem em harmonia internamente mesmo
que permaneçam distintas.

*Como aprensentada por Rosalie J. Slater em Teaching and Leanrning – FACE – The Principle Approach.

Os Sete Princípios do Reino* para renovação da mente - Resumo

extremo  Interno Princípio Externo  extremo


Planejamento,
Soberania
Egoísmo Poder Forma ação e julgamento
(Razão)
centralizados.
Individualismo -
Unidade Individualidade Diversidade Coletivismo
Isolacionismo

Anarquia Autogoverno Governo Liberdade Tirania


Caráter Estilo de vida, Escravidão ao
Vaidade Fé
(Trabalho) obras trabalho
Mordomia
Preguiça Prioridades Categorias Cobiça
(Administração)
Obediência
Dúvida Semeadura Colheita Orgulho
(Crescimento)
Unidade interna
Discórdia (princípios e Aliança (Pacto) União Uniformidade
propósitos)

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Princípios Bíblicos Básicos
Expressão interna e externa / ponto de equilíbrio

Princípio Interno Externo Extremo Equilíbrio Extremo


Soberania "O Espírito de Deus
"Eu não planejo, tão "Vou planejar meu dia,
sempre trabalha dentro
poder forma somente sou guiado pelo mas serei sensível à
Mt 8:5-10 / II de meu plano. Não
Espírito" direção do Espírito"
Tm 3:5 gosto de mudanças"

Individualidade "Farei o que é correto


"Farei o que é correto
"Farei o que é correto aos aos olhos de Deus,
unidade diversidade aos olhos do grupo,
I Co 12:12-31 / meus próprios olhos" ainda que isto implique
para ser aceito"
Mt 18:12 em faze-lo sozinho"
"Quanto mais controle
interno demonstro,
Governo "Eu não respondo a "Constantemente busco
autogoverno menos controle externo
ninguém, a não ser a Cristo controle sobre os
lar, igreja e necessito. Nas áreas em
e não necessito de demais, através da
Hb 8:10 / I Co governo civil que sou fraco,
indivíduo acompanhamento de manipulação e da
6:2 e 10:23 reconheço minha
ninguém" intimidade"
necessidade de
autoridade externa"

"Eu me esforço por "Se eu trabalhar duro e


Caráter "Qualquer coisa que ceder ao Espírito de for organizado,
fé obras acontece é da vontade de Deus, demonstrando disciplinado e sofrer
Tg 2:14-18,26 Deus" minha fé através de por Cristo, aí então
minhas obras" serei ungido"

"Eu serei produtivo com


"Eu não deveria ser
Mordomia todos os meus recursos
produtivo, já que muitos "Quanto mais possuo,
e assumirei minha
têm tão pouco. Quanto mais respeitado e
responsabilidade de dar
Mt 25:14-29 / consciência propriedade manos tenho para cuidar
a outros, de forma a
honrado sou por Deus,
Lc 12:16-21 / I melhor, e provocarei menos e portanto, também
ajudá-los a serem
Tm 4:1-2 culpa e condenação nos pelos homens"
independentemente
outros"
produtivos"

Semeadura e "Somente crescerei "Crescer em Cristo "A unção de Deus e as


Colheita conforme me exponha às toma tempo e deve boas ações sempre
condições ideais, esperando incluir arar o coração, estarão à disposição
semente fruto que Deus trabalhe por mim, uma boa semeadura quando eu necessitar.
I Co 3:6-9 / Mt sem necessidade de (Palavra de Deus) regar Assim, não preciso me
12:33-37/ 13:3-8 qualquer preparo de minha e podar, antes que o preocupar com nenhum
Gl 6:7-8 parte" bom fruto apareça" tipo de disciplina"

"Não posso unir-me com "Meus compromissos e


Pacto ou ninguém, pois isto "Buscarei unir-me num lealdade estão
aliança destruiria minha liberdade. pacto com aqueles com direcionados para a
E também não estou de quem estou de acordo igreja e o Estado como
unidade união
I Co 1:10 / Fl acordo com ninguém, já em princípios, limitando instituições, para
1:27 / Ef 4:3-6 / que sou parte de um o pacto ao propósito de produzir paz e não
Jo 17:21 pequeno remanescente que tal união" causar qualquer
ainda serve a Deus" comoção"

Adaptado: Parent Teacher Manual, Paul Jehle.

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Fluxo de interação dos conteúdos das Disciplinas com os Princípios

Os princípios permeiam todos fundamentos


das disciplinas acadêmicas e após
identificados, poderão ser transladados
para a vida do aluno estabelecendo muitas
Fig. 3 – Fluxo de interação. Cartaxo, 2007. outras relações, capacitando-o a fazer
escolhas acertadas nas suas decisões com
bem mais fluência.
Referências Bibliográficas:

- ACSI. Fundamentos Pedagógicos: o desenvolvimento do currículo. São Paulo. ACSI, 2005.


- CARTAXO, Rubens D. Apostila de Treinamento Imago Dei – Os sete princípios fundamentais. Parnamirim,
2007.
- GANGEL, Kenneth O.; HENDRICKS, Howard G. Manual de Ensino para o Educador Cristão. 2 ed. Rio de
Janeiro, 2000.
- GOEDECKE, Paul. Radical Christianity - Biblical Principles For Renewing the Mind. Plymouth MA: Heritage
Institute, 2004.
- JEHLE, Paul. As Sete Colunas da Sabedoria. Belo Horizonte: Aecep, 2008.
- LEBAR, Lois E. Educação que é Cristã. 2 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

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