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Assistência de Enfermagem

em Saúde Mental
CT(RM2-T) Cristiane Rodrigues
1ºTen (RM2 – T) Renata Bezerra
1ºTen (RM2 – T) Stéphanie
Maneiras de promover um ambiente
terapêutico e estabelecer uma relação
terapêutica com o paciente:

• Escuta - É muito importante que você escute o que o


paciente tem a dizer, mostrando-se receptivo, olhando-o
numa atitude aberta, de modo que ele perceba a sua
importância.

• Paráfrase - Consiste em repetir ao paciente o conteúdo


do que disse, com o objetivo de fazê-lo tomar
consciência do que falou.

• Clarificação - Pode-se pedir ao paciente que torne a


mensagem mais clara, para que se compreenda o que
foi dito ou para complementar uma idéia exposta.
• Frases por repetição - Quando um paciente
fica bloqueado, pode-se repetir uma palavra ou
uma frase no decorrer da conversa para
convidá-lo a falar mais.

• Silêncio - É uma pausa mais ou menos longa


na conversação que deve ser respeitada para
que o paciente possa refletir.

• Propostas abertas - Trata-se de permitir que o


paciente conduza e escolha o assunto.
• Diante do paciente ansioso: Ouvir as
queixas e receios é essencial, em todos
os casos. Mostrar-se tranqüilo, utilizando
frases curtas, com um tom de voz firme,
na conversação também pode ajudar.
Auxiliá-lo e estimulá-lo na execução de
exercícios respiratórios, além de observar
a coloração de mucosas e leito ungueal.
orientar sempre o indivíduo em relação ao
tempo, espaço e pessoas caso esteja
desorientado, porém é inútil tentar
mostrar-lhe que o medo que sente é irreal.
• Diante do paciente deprimido: Manter
vigilância constante, porém discreta o maior risco
em lidar com esse tipo de paciente é o de
suicídio.

Estar atento quando em uso de objetos


pontiagudos e cortantes e cordas – isto é, tudo o
que possa por em risco a sua integridade Física.

No caso de uma tentativa de suicídio, o auxiliar


deve prestar os primeiros socorros (hemorragia,
asfixia etc), evitar deixar o paciente sozinho e,
uma vez que ele seja removido, atuar junto aos
outros pacientes para evitar o pânico.
A enfermagem estar atenta a
questões como:

• Alimentação - A comida deve ter bom aspecto


e temperatura adequada. No caso de se recusar
a comer, deve-se fracionar a dieta.

Hidratação - Deve-se ter uma atenção especial


a este item, observando na pele e mucosas
qualquer sinal de desidratação e oferecendo
líquido em abundância.
Excreta - Observar se está defecando e se há
algum sinal de alteração. Como muitas vezes
fica acamado, pode apresentar constipação.

Perda ponderal - O paciente com depressão


grave dev ser pesado diariamente.

Sinais de infecções ou lesões - Deve-se


examinar o paciente em busca de sinais que
possam ocasionar uma solução de
continuidade.
• Vestuário - É importante valorizar o
aquecimento do corpo, pois sua circulação
pode estar mais lenta. Estar bem vestido,
arrumado e penteado também pode
melhorar sua aparência e auto-estima.

• Medidas posturais de conforto -


Consiste em evitar transtornos musculares
por posições inadequadas.
• Padrões de sono e repouso - Observar o
tempo que o paciente dorme e se pela
manhã se sente pior.

• Atividade física - Estimulá-lo a realizar


atividades físicas (pequenos períodos ao
longo do dia), procurando saber como se
sentiu ao realizá-las e quais são as de sua
preferência.
• Diante de um paciente agitado: estabelecer
limites para ele, porém somente após ter criado
com ele uma relação de confiança e, mesmo
assim, com o cuidado de não fazê-lo de forma
autoritária para não provocar reações
desagradáveis que possam gerar a necessidade
de contê-lo.

Oferecer líquidos e alimentos que possa ingerir


enquanto mantém a atividade. A aferição de
seus sinais vitais, perda ponderal e grau de
hidratação são imprescindíveis. Interagir com
ele é chamá-lo para as atividades e conversar
sobre assuntos gerais.
• Diante do paciente que se acha
perseguido: ter cuidado com mensagens
verbais e não-verbais para evitar que
“confirmem suas suspeitas”. Deve-se
evitar situações que lhe provoquem
ansiedade. Verificar sua boca após a
administração de medicamentos, ou
administrá-los na forma líquida. Manter
uma conduta firme e franca com o
paciente, o ouvindo seus receios, pode
ser uma boa maneira de ganhar sua
confiança.
Diante do paciente com
comportamento anti-social:

• Deve-se estar alerta aos sinais de intoxicações


ou abstinência.

• Estimular para participar das atividades.

• O auxiliar de enfermagem deve estar atento em


relação ao potencial de violência não deve
demonstrar receio, porém não deve se expor
desnecessariamente.
• É conveniente solicitar a ajuda de mais
pessoas do serviço e até mesmo conter o
paciente em caso de necessidade. seja
qual for a medida adotada, ela deve vir
acompanhada de respeito pelo indivíduo,
evitando-se desafio.

• Explicar ao paciente que a medida


adotada se deu porque ele passou do
limite ou para protegê-lo.
As contenções podem ser:
• Medicamentosa (química) ou mecânica (física).

• As primeiras são sempre prescritas pelo


psiquiatra.

• As contenções mecânicas são indicadas em


estados de agitação não controláveis com
medicação ou em episódios agudos, como
conduta violenta que implique em risco de
lesões físicas para si e para os outros.
• Perante a necessidade de contenção
mecânica, é importante que esta seja feita
por profissionais preparados, para evitar
agravos ao paciente. Para tal, é
necessária a utilização de técnicas
apropriadas e uma boa dose de
compressão e carinho.
Conclusão:

Percebe-se que os limites entre os


transtornos psiquiátricos e clínicos são de
difícil delimitação.

Na verdade, a grande maioria dos


quadros atendidos nas emergências são
manifestações agudas de problemas
crônicos.
Diante desta realidade, o sucesso do
atendimento depende da abordagem
sistemática realizada por uma equipe
multidisciplinar e interdisciplinar sensível,
atuando simultaneamente e consciente da
sua função no processo de preservação
imediata da vida.

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