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Conceitos e Fundamentos Do Currículo Cristão
Conceitos e Fundamentos Do Currículo Cristão
Vejamos algumas definições com o cuidado de encontrar através delas o correto entendimento
para direcionar o nosso estudo neste amplo campo de conhecimento em educação – o
currículo.
Currículo: do latim curricùlum,i 'corrida, lugar onde se corre'; ato de correr; corrida, curso;
programação total ou parcial de um curso ou de matéria a ser examinada. (Houaiss,
2009)
A palavra latina curriculum, da qual a palavra inglesa é derivada sem modificações de
grafia, significa corrida; carruagem, pista de corrida, (ou trajeto a ser percorrido). O
cognato currere, significa correr. Um currículo é, portanto, carruagem, trajeto a ser percorrido ou
veículo no qual a cultura expressa sua fé e seus padrões religiosos1. Dessa forma, a raiz da ideia
envolvida no currículo é curso, direção ou plano para uma geração que se torna a
expectativa para a próxima. É como uma geração construindo uma estrada para a
próxima geração, abrindo caminho por meio da floresta, para que a próxima geração
possa correr mais facilmente e mais rapidamente. Na medida em que cada geração faz
isso, torna-se possível ir mais e mais longe, aumentando as expectativas do que alguém
pode fazer por meio do poder de Cristo. (JEHLE, 2016. Pág. 23)
1 Rushdoony, R. J. The Philosophy of the Christian Curriculum, Ross House Books, 1981; page 4.
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Correr: Mover-se rapidamente por uma carreira, passos ou etapas. Mover-se sobre ou
caminhar rapidamente por etapas. Prosseguir ao longo da superfície; estender. Êx 9:15-
16. “as dez pragas - a ideia que Deus estabelece etapas com um fim de aprendizado” (WEBSTER,
1828)
Currículo Cristão - É um plano geral desenvolvido por uma instituição educativa que
define o conteúdo programático, a sua sequência e ordenação visando alcançar os
objetivos gerais propostos a partir da visão institucional abraçada. Deve apresentar uma
fundamentação bíblica para todas as áreas do conhecimento, priorizar a excelência
acadêmica, a formação de caráter cristão e efetiva aprendizagem. Deve evidenciar que a
origem de todo conhecimento está em Deus, ora expresso na sua Criação, ora na sua
Palavra e que deverá ser útil para o desenvolvimento pessoal e serviço ao próximo, no
eficaz cumprimento da vocação individual. (Definição coletiva a partir das definições
pessoais dos alunos do curso EaD Básico III – Aecep set/2008)
Todo o traçado proposto deve direcionar para Ele, com Ele também deve ser percorrido o
caminho, para que no resultado final venhamos nos parecer ainda mais com Ele.
Como atesta a definição acima, os componentes estabelecem o sentido para o ‘todo’, sendo,
portanto, indispensável a presença de cada uma destas partes. Cada um destes três
componentes é orientado para a efetiva promoção do objetivo final proposto. Este objetivo é
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Noah Plan é um amplo currículo e um programa de auto estudo em Educação por Princípios (The Principle Approach)
desenvolvido pela F.A.C.E (Fundação para Educação Cristã Americana) É considerado um currículo de Educação Americana
Bíblica e Clássica.
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concebido a partir da filosofia educacional adotada, no nosso caso, a filosofia educacional
cristã que fundamenta a AEP.
Como podemos observar, o que move um currículo são os objetivos gerais propostos. É aqui
onde a intenção educativa da instituição ganha forma. O currículo é este documento
pedagógico onde a filosofia educacional é expressa e traduzida em ações, escolhas (de métodos
e conteúdos, por exemplo) e vivências.
Objetivos
Os objetivos de um currículo são elaborados de acordo com a filosofia educacional, a missão e
a visão da instituição e deve procurar refletir todos os seus valores no processo. Os objetivos
educacionais num currículo é a sua alma, pois todo currículo de alguma forma já pressupõe
objetivos, pois, como já dizia o ‘gato da duquesa’ em ‘Alice no país das maravilhas’, “se não
sabemos para onde ir, então qualquer caminho poderá ser usado”.
Propósito: 1. intenção (de fazer algo); projeto, desígnio 2. aquilo que se busca
alcançar; objetivo, finalidade, intuito 3. aquilo a que alguém se propôs ou por
que se decidiu; decisão, determinação, resolução. (Houaiss, 2009)
Os objetivos devem oferecer boas respostas para algumas perguntas fundamentais. Por
exemplo:
- Que tipo de pessoas(alunos) queremos formar? Qual a visão de mundo que
servirá de pano de fundo para compreensão da vida?
- Qual o propósito do aprendizado?
- Aonde devemos mirar? O que espero alcançar neste curso?
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Estes objetivos devem partir de uma visão integral da pessoa considerando-se todas as áreas do
seu desenvolvimento, nos aspectos físico, intelectual, moral e espiritual. Deve ainda:
▪ Considerar que o aluno já é pleno e que possui todo o potencial dentro dele para
cumprir o seu propósito (exercício de sua vocação);
▪ Demonstrar, através das ações pedagógicas, que o desenvolvimento deve extrapolar a
mera informação conceitual, oportunizando rotinas que promovam as virtudes, a
aplicação e o significado para o conhecimento;
▪ Explicitar intenções e estratégias claras em relação ao desenvolvimento de cada
dimensão; (corpo, mente, razão, emoções, espírito). (ver ref. Lucas 2:52)
▪ Considerar a diversidade nos estilos de aprendizagem, contextos culturais e a idade dos
alunos;
▪ Ser orientado para a promoção da operosidade e atitude proativa diante dos problemas;
▪ Promover o desenvolvimento de competências.
Vejamos uma descrição mais detalhada de cada um destes componentes.
Disciplinas
É o corpo de conhecimentos com os quais iremos dispor para a consecução dos objetivos de
aprendizagem.
Aqui é onde selecionamos toda a gama de conhecimentos identificados como essenciais para
uma formação virtuosa. A premissa em foco é a do “mandato cultural”, conforme estabelecido
em Gn. 1:28. Partimos do pressuposto que existe um conhecimento objetivo e inteligível que
partiu da mente do Criador e que Ele também deseja que o compreendamos a fim de
exercermos a mordomia sobre a sua criação. Para uma efetiva resposta a este mandato e
cumprimento do propósito de glorificar a Deus e sujeitar todas as áreas ao Seu domínio, temos
que conhecer, administrar e guardar o mundo criado como bons mordomos de Deus. Isto
sempre deverá ser feito com uma atitude de reverência ao Criador, responsabilidade e respeito
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para com todos os seres criados. O conhecimento, nesta perspectiva deverá ser para honrar a
Deus e servir ao próximo e não para o orgulho pessoal.
As disciplinas serão os meios pelos quais Deus empregará para promover todo o potencial
latente de cada indivíduo para cumprir os Seus propósitos. Enquanto o aluno interage e
apreende este conhecimento sistematizado, historicamente construído e aplicado ao seu
contexto, no exercício de uma reflexão em princípios, ele cresce em discernimento e sabedoria
sendo transformado para ser segundo o modelo do caráter de Cristo.
▪ Que todo o conhecimento vem de Deus e, portanto, revela a Sua glória e vontade;
▪ Que cada disciplina revela o Criador e o Seu caráter, pois todo conhecimento nasce
Nele. A obra revela sempre o caráter do seu autor;
▪ Demonstrar compatibilidade com o modelo criacionista para as origens;
▪ Demonstrar como as disciplinas são unificadas biblicamente, historicamente e
governamentalmente.
▪ O conhecimento como um corpo interligado, que apesar da singularidade de cada
disciplina, sempre que possível, demonstrar a interdependência entre as áreas,
disciplinas e conteúdos;
▪ Que existe uma relação de familiaridade entre algumas delas mais do que outras;
formação dos eixos geradores; áreas afins;
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▪ Apresentar cada disciplina ou matéria a ser estudada a partir dos seus fundamentos ou
princípios fundantes, levando os estudantes à compreensão dos princípios que regem a
criação;
▪ Atribuir a noção de propósito e planejamento para cada uma delas;
▪ Promover um espírito de contemplação e aprendizado a partir da observação detalhada
do mundo natural;
▪ Utilizar os diversos conteúdos como oportunidades para desenvolvimento de
habilidades com o fim de gerar competências;
▪ Produzir conhecimento significativo e relevante para as demandas da vida real;
▪ Demonstrar através das ações pedagógicas que o conhecimento extrapola o aspecto
conceitual, propondo conteúdos procedimentais e atitudinais como parte igualmente
relevante na formação integral da pessoa.
Escopo e Sequência
Neste componente deve-se considerar a profundidade(graduação) que daremos a cada
disciplina e como serão ordenados os assuntos. Abrange também o enfoque principal e/ou
objetivos a serem alcançados.
Sequência: 1.ato ou efeito de dar continuidade ao que foi iniciado; 2. seguimento, ordem;
3. quantidade de coisas ou eventos consecutivos no espaço ou no tempo; série, sucessão.
Este componente é de vital importância na educação cristã, pois quando partimos de uma
visão bíblica para as origens, consideramos que tudo veio a existir a partir de um propósito e
não por mero acaso. Daí se pressupõe planejamento e inteligência envolvidos no processo. Se
existe planejamento, as partes que compõem o todo não são jogadas a esmo, existe uma
sequência, uma lógica de conectividade e interdependência inteligente entre elas. Um currículo
cristão deverá intencionalmente evidenciar isto em sua organização e sequência. Em outras
palavras, significa que podemos procurar por uma lógica e sequência que ela existe, pois todas
as coisas criadas respondem a um propósito eterno estabelecido pelo Criador.
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▪ Intencionalidade: Os propósitos e objetivos educacionais devem ser explicitados em
pequeno (objetivos para a aula ou para a etapa), médio (habilidades a serem
desenvolvidas na etapa/ano/segmento) e longo prazo (competências e caráter que
queremos formar).
▪ Organização: Ele deverá exprimir a expansão das ideias a partir de princípios fundantes
e conceitos básicos de cada área; sempre tendo em vista os objetivos a serem
alcançados, a qualidade e não a quantidade do que está sendo ensinado. Para isso é
necessário levar em conta a utilização da “recursividade”.
Recursividade: 1. Possibilidade de aplicar uma regra repetidamente na
construção de enunciados; 3. Em educação a recursividade representa o
movimento de voltar a um mesmo conceito ou assunto, retomando-o e
expandindo-o até a sua plena compreensão. (Michaelis On Line –
www.michaelis.uol.com.br, acesso em 07/11/14)
Outro fator a ser considerado neste componente são as etapas do desenvolvimento humano e
as suas respectivas necessidades, pois esta compreensão é essencial para se definir a
abrangência e a profundidade com que cada disciplina será abordada em cada segmento e série
escolar.
São perguntas como estas que devemos responder apropriadamente ao elaborar um currículo
através deste componente.
Métodos e Ferramentas
A maneira como realizamos o processo também carrega em si uma filosofia, uma visão de
mundo. A ‘forma’ também transmite uma mensagem.
A escolha de métodos bíblicos utilizados por Deus na consecução do seu plano de redenção
para a humanidade deve ter prioridade, pois certamente são mais eficientes.
A utilização do Método dos 4 Passos, o Estudo de Palavras, a Linha do Tempo, são exemplos
algumas metodologias e ferramentas que deverão ser contempladas no currículo3.
3
Nos curso 2 e 3 da formação básica em AEP - “Fundamentos Filosóficos” e “Fundamentos Metodológicos” – estes aspectos
que orientam a metodologia desta abordagem, bem como as ferramentas a serem utilizadas, são melhor detalhados.
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- Como podemos implementar as ações educativas previstas?
- Quais as formas mais eficientes para a promoção do aprendizado,
considerando os diversos tipos de aprendizes?
- Quais métodos mais efetivos para desnudar a natureza caída e promover a
transformação da mente, conforme descrita nas Escrituras?
- Quais ferramentas evocam mais o interno, ou o envolvimento e total do
aprendiz?
- Quais delas serão utilizadas em cada etapa do currículo tendo em vista sua
melhor aplicação?
- Quais métodos promovem a inspiração e encorajamento e não apenas o
estímulo?
- Como posso aferir o aprendizado e o desenvolvimento global do estudante?
- Quais as melhores ferramentas para avaliar a eficácia do processo em cada
etapa e no final de cada curso?
A utilização consistente das ferramentas da AEP promove a aplicação do conhecimento e a
significação como garantia de aprendizado eficiente e gerador de vida; são coerentes com a
filosofia de educação abraçada, conduzem à reflexão e ainda oportunizam a criatividade.
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Sinergia: sig. ação ou esforço simultâneos; cooperação, coesão; trabalho ou operação associados; ampliação do efeito ou
potencialização da ação de uma ou mais substâncias químicas pela associação de diferentes princípios ativos. HOUAISS, 2009.
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Vigoroso: que tem vigor físico; que é forte, robusto. Ex.: os vigoroso lutadores.
2. que tem saúde ou viço; saudável, viçoso. Ex. Como uma árvore viçosa. 3.
que é realizado ou aplicado com força; que está cheio de força, energia,
vitalidade; forte. 4. que transmite força, criatividade; cujo efeito marca,
impressiona e se expande. (HOUAISS, 2009)
E aqui, chegamos a uma questão fundamental a ser observada. De nada valerá um currículo
bem elaborado e que reflita com muita aproximação as intenções educacionais da instituição se
colocado nas mãos de um professor apático, descompromissado e que não possua um
relacionamento intenso com Deus e com a sua verdade. Será como entregar um mapa bem
elaborado nas mãos de alguém incapaz de orientar-se por desconhecer os pontos cardeais.
O currículo inclui todas as atividades e experiências que são introduzidas pela escola para o
cumprimento do propósito da educação. O fundamento básico pelo qual um currículo
centrado em Cristo é construído, é o mestre (o professor), o discipulador - as pessoas que
participam do processo educativo formal, a saber: o colegiado (ou conselho), a direção, o
professorado e o pessoal de apoio. Todos estes indivíduos, quaisquer que sejam suas funções
na escola, devem se considerar como “currículos vivos” retratando a imagem de Jesus Cristo.
Cada aluno será grandemente influenciado por estes indivíduos mais do que qualquer outra
atividade, ambiente ou material escrito. O caminho percorrido ao lado destas pessoas e o nível
de relacionamento desenvolvido será a maior força de um currículo.
3 Currículo Vivo
Educação, por definição, é uma experiência interna. Ela trata da natureza interna do ser
humano – o espírito, a mente, o temperamento e o caráter tanto do professor quanto do
estudante.
Um currículo cristão precisa ser mais do que um curso de sobrevivência enquanto se espera o
dia de ser chamado à presença de Deus. Precisa ser capaz de equipar e treinar plenamente
nossos jovens a servirem fielmente a Cristo como líderes virtuosos em cada esfera da vida. Isto
exige o hábito consistente de pensar e raciocinar a partir da verdade até que isso se torne uma
prática na forma de interagir com o conhecimento e se desenvolva o discernimento espiritual,
intelectual, social e estético de uma cosmovisão cristã.
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3.1 O que é um Currículo Vivo?
Como vimos, currículo é “lugar de corrida” – uma pista de corrida para a próxima geração em
todos os aspectos da vida. Uma pista de corrida cristã ou bíblica é o que foi estabelecido
depois de Cristo.
Vivo: adj., Que tem vida ou as funções vitais em operação; que não está morto.
2) Que flui, como uma fonte viva; que não está estagnado. 3) Que produz ação,
animação e vigor; vivificador; como um princípio vivo; uma fé viva. “Há um
espírito no homem e o sopro do Todo-Poderoso lhe dá entendimento.” – Jó 32:8 “Eu sou o
pão da vida” Jo 6:48 (WEBSTER, 1828)
Neste curso, que é a vida cristã, devemos saber o que deve ser deixado de lado, por ser um
empecilho. Precisamos distinguir o que é reto do que é impuro, considerando a mensagem da
cruz de Jesus Cristo. Esta corrida tem uma história que precisamos conhecer, pois muitos
correram antes de nós e são chamados de “a grande nuvem de testemunhas”, como os santos
mencionados em Hebreus 11. Devemos correr esta corrida com paciência e perseverança. Em
outras palavras, há um custo, um trabalho a ser realizado, porque a vida cristã é possível, mas
não é fácil. Temos, portanto, que assumir os desafios de viver de modo “digno da nossa
vocação”. As dificuldades são oportunidades a serem sobrepujadas. A corrida é para os que
querem vencer, e não para os que desistem.
Deus nos diz que há um alvo final nesta corrida. Como vamos corrê-la?
Precisamos olhar para Jesus, o começo, o ponto de partida de tudo. Quando recebemos a
Cristo, nos posicionamos na linha de partida. Ele nos encoraja, ele é o autor de nossa fé. Mas
Ele também está na linha de chegada dizendo: olhem para mim, mantenham os olhos para
frente, aqui é que vocês devem chegar, não olhem para os obstáculos, e vocês irão concluir
esta corrida.
Esta é a vida cristã, o curso que Deus estabelece para nós. Este é o padrão, o modelo que Deus
estabeleceu em Sua Palavra, para qualquer curso ou currículo.
O currículo comum empregado na maioria das escolas e geralmente humanista não segue este
padrão, e por isso no mundo todo gerações estão escravizadas. Não significa que não
consideraremos os parâmetros e orientações oficiais e livros textos. Não devemos esperar o
currículo perfeito para correr. Posso tomar o que tenho em minha mão e transformá-lo. Mas,
sempre com discernimento e partindo da premissa de que somos a pista, o curso, que os
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alunos devem seguir. Podemos marcar as crianças através de nossa vida. Estudando
profundamente um assunto, como aquela disciplina se desenvolveu no seu país, assim como
quem são os escritores, os inventores do Brasil, os educadores, os que trabalharam antes de
você na área acadêmica, podemos aprender e sermos inspirados por eles. O curso que
ensinamos, as coisas que proclamamos precisam ter este tipo de qualificação. Os alunos devem
seguir ao professor, que segue ao Senhor, e não ao livro. Não esperemos que existam materiais
suficientes para ensinar – ensinemos a partir de nós mesmos. Neste sentido cada pai e
professor é um curso, uma pista pessoal e todo líder deveria dizer: “siga-me como eu sigo a
Cristo”. I Co 11:1
Para reflexão:
De que forma os textos bíblicos abaixo se relacionam com o tópico
estudado?
“O que também compreendestes e acertastes, e tendes ouvido e observastes em mim, isso
praticai.” Fl 4:9
“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida pro todos os
homens.” II Co 3:2
É também importante que ensinemos os estudantes como aprender e a discernir a partir dos
princípios gerais, para que possam correr a carreira da vida cristã. Eles têm que trabalhar duro
e aprender a vencer, a pensar por si mesmos e não apenas buscar respostas com o professor.
Eles precisam escrever o que aprendem e não apenas usar os livros. Tem que haver raciocínio
e trabalho, para que eles possam ser formados. Se o conhecimento for algo dado, onde apenas
lhes emprestaremos informação para que sejam devolvidas nos testes, não há educação real.
Ele deve ser desafiado a busca-lo através da pesquisa, investigação, experimentação e análise. Á
medida em que avançam, vamos colocando obstáculos, graduando os desafios, assim eles
vencerão as dificuldades e o conhecimento se tornará propriedade deles.
Um currículo é cristão quando ele é centrado na bíblia em teoria e prática. Toda a sua
orientação filosófica deve ser fundamentada em uma cosmovisão cristã.
A bíblia é o divino catalisador que abraça a verdade e lhe dá significado. A verdade deverá ser a
unidade de todo o conhecimento. Todas as matérias são reconhecidas como uma revelação
deste corpo de verdades. Existem duas fontes seguras para encontrarmos a verdade: a primeira
delas é a Criação, como obra das mãos de Deus revelando o seu caráter e vontade em todos os
detalhes, leis ou estruturas. A segunda é a Sua palavra escrita – a bíblia – estas são duas fontes
confiáveis de revelação que se completam e lança luz uma a outra.
A bíblia deve ser central para todos os cursos de estudo. Não se trata da quantidade de bíblia
ensinada, mas antes dos princípios que permeiam o currículo em todos os níveis em cada
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disciplina. É o raciocinar com a revelação da verdade bíblica que ilumina todas as disciplinas e
assuntos. A bíblia promove o critério pelo qual todas as matérias são julgadas.
Numa análise superficial, todo currículo pode até parecer ser igual ou quase igual. Afinal, todos
listam conteúdos das áreas de conhecimento, preconizam objetivos gerais e específicos e
sugerem alguma metodologia. Para um educador descuidado poderia até pensar que estas
prescrições são neutras e sem nenhuma afetação na vida dos alunos. Seriam as intenções
pedagógicas semelhantes entre um currículo de um sistema de ensino humanista e outro de
uma escola cristã? Na intenção de delinearmos o diferencial de um currículo cristão,
consideremos os aspectos a seguir:
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c. Deve contemplar as quatro dimensões humanas (física, intelectual, moral e espiritual)
nas suas necessidades específicas de desenvolvimento;
d. Cada matéria deve ser definida biblicamente, bem como seu propósito vertical (em
relação a Deus) e horizontal (na relação com o outro no seu contexto);
e. Possuir uma ênfase na formação do caráter, valorizando o aspecto formador ao invés
de apenas transferir informações;
f. Estabelecer um contexto de aprendizagem, integrando as matérias sob a perspectiva da
soberania de Deus na Criação;
g. Usar a linha do tempo com base no avanço do Cristianismo, situando o que está sendo
estudado na perspectiva providencial para a história;
h. Mostrar uma visão do todo, desde as séries iniciais, que vai se expandindo e
aprofundando;
i. Apresentar coerência e conectividade entre todos os assuntos e áreas de conhecimento
(disciplinas), evidenciando o caráter organizado e planejado para o mundo. Isto
pressupõe uma inteligência criadora por traz de todo o mundo natural manifestando
inevitavelmente a glória de Deus;
j. Abranger de maneira equilibrada todas as categorias de conteúdos (conceituais,
procedimentais e atitudinais) através da reflexão de princípios;
k. É uma peça viva e peculiar de cada escola, que é desenvolvido para configurar um
caminho para os objetivos da sua visão;
l. Deve ser preciso em conduzir a um relacionamento pessoal com o Criador, Senhor e
Salvador;
Paul Jehle revela (2016), sobre esta questão do currículo, alguns dos seus questionamentos na
busca de entender a composição de um currículo genuinamente cristão.
O gráfico seguinte apresenta as diversas áreas em forma de um panorama das disciplinas tendo
a bíblia como o referencial unificador. Cada disciplina forma uma unidade com as outras
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disciplinas quando ensinadas da perspectiva dos Princípios da Palavra de Deus. Cada disciplina
está em união com todas as outras, compondo uma visão completa de todas as áreas da vida, a
partir de uma perspectiva divina. (JEHLE, 2016. Pág. 72)
Nota: Recomendamos um melhor aprofundamento com a leitura do Capítulo 2 do Livro Educação por
Princípios: Fundamentos do Currículo Escolar - AECEP.
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3.4 Referências bibliográficas:
FACE. The Noah Plan: An Educational Program in the Principle Approach. San Francisco:
FACE, 1997.
JEHLE, Paul. Go Ye Therefore and Teach All Nations. Plymouth, MA – EUA: Plymouth
Rock Foundation, 2006.
YOUMANS, Elizabeth. Christian Curriculum Design (Apostila de curso realizado por ocasião
do XV Workshop da Aecep) São Paulo: AECEP, 2005.
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