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A Importância Do Ministério de Libertação Infantil e Linguagem Adequada - 2022
A Importância Do Ministério de Libertação Infantil e Linguagem Adequada - 2022
Sumário
1. Introdução
Ministério de Libertação
Ao ministrar a criança faz - se necessário conhecer o seu contexto familiar e pra
isso ninguém melhor do que os seus responsáveis em nos dar informação relacionada a
ela. Na prática, quando uma criança chega para ser ministrada, os pais são ministrados
primeiros, isso ajuda a conhecer um pouco mais sobre a criança, desde a sua gestação até
mesmo conhecer um pouco dos antepassados dela. Essa ministração feita com os pais tem
que estar relacionada a criança, qualquer outro assunto que estiver fora dessa relação, a
ministração deverá ser feita pelo ministério de libertação de adulto.
Assim como os membros adultos são cuidados na sua Congregação, as crianças
também devem ser cuidadas. A liderança eclesiástica deve estar atenta aos ataques que as
crianças estão sofrendo no seu dia a dia, principalmente da mídia.
Cremos que Deus distribuiu dons para edificar o Corpo, nesse sentido, há pessoas
na membresia que tem as ferramentas necessárias para se ter um ministério de libertação
infantil, ou convidar ministério que atue nesta área. Esse posicionamento da liderança
contribuirá tanto na vida dos pais, ajudando na educação dos filhos, quanto na vida da
criança. A qual no futuro será um membro adulto curado e preparado para manifestar o
Reino de Deus em qualquer setor da sociedade, inclusive na igreja local.
Devemos lembrar que a geração atual é uma geração tecnológica, a criança tem
acesso a tudo que está na internet. Infelizmente, alguns pais não limita o tipo de acesso e
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isso leva as crianças a serem presas fáceis do inimigo. Elas têm sido alvo do maligno e
por conta disso ele interfere propositalmente também nos conteúdos infantis.
Por exemplo, o conteúdo dos games, filmes e desenhos não têm só mensagens
com conotação sexual e violência, com objetivo de contaminar a inocência e alterar o
comportamento das crianças. Esses conteúdos trazem também mensagem projetada para
atrai-las ao ocultismo.
Infelizmente boa parte dos líderes das igrejas não preparam as crianças a
conhecerem o sobrenatural, por acreditarem que elas não entenderão. Enquanto isso o
Inimigo atraí com as suas artimanhas, despertando curiosidade nas crianças e
adolescentes através de filmes, desenhos e livros. Com isso levando as crianças e
adolescentes à prisão do ocultismo.
Em seu livro Deixe Ir Nossos Filhos, Rebecca Greenwood relata uma pesquisa
que muitas igrejas falham em tratar o assunto do sobrenatural com frequência ou
relevância suficiente. Nesta pesquisa, foi mostrado que só 28% dos adolescentes se
lembram de ter recebido ensino em sua igreja que ajudou no entendimento sobre o mundo
espiritual (GREENWOOD, 2013:91).
Existem filmes, desenhos e games que retratam a magia, poderes psíquicos e
vampirismo como algo normal da vida. Infelizmente alguns pais não se preocupam se
seus filhos tenham acesso esses conteúdos, porque eles acreditam da mentira do maligno
que os leva a acharem que tudo é apenas ficção, é só um faz de conta. Ministramos uma
criança que estava fazendo tratamento psiquiátrico depois de ter assistido A Hora do
Pesadelo, de 1984, um filme antigo, porém a criança teve acesso pela internet.
A Palavra de Deus retrata os olhos como lâmpada do corpo e se esses olhos forem
bons, o corpo terá luz- Mt 6.22-23- , porém a questão a ser feita é: como o corpo será luz
se o que entra pelos olhos são trevas?
Outra questão muito comum que chega para nós está relacionada as crianças com
visão aberta, boa parte da igreja assim como os pais têm enfrentado essa situação, mas
não sabem lidar com isso. Lembrando que o profeta Joel retrata essa realidade quando
profetizou sobre o derramar do Espírito Santo sobre toda carne. Na tradução da Nova
Tradução da Linguagem de Hoje diz ... “sobre todas as pessoas: os filhos e as filhas de
vocês anunciarão a minha mensagem...” -Joel 2.28- ou seja, profetizarão. Isso mostra
que os dons não estão restritos apenas aos adultos.
Claro que o mundo espiritual é assustador até para nós adultos, quanto mais para
uma criança! Mas não devemos esquecer que as trevas têm usado seus artifícios para
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Há situações que a criança está vivenciando que não se trata de libertação e sim
de cura de feridas na mente e emoções, que atrapalham o bem-estar emocional e
espiritual. Mas isso não quer dizer que deve aplicar a libertação ou a cura interior
separadamente. O ap. Paulo escrevendo para igreja Tessalônica nos mostra que o corpo,
alma e espírito se interagem entre si, porque somos seres espirituais que possuem uma
alma, que habita em um corpo- I Tes. 5.23.
Nesse sentido, quando a criança sofre um trauma, por exemplo, todo o seu ser é
afetado, por isso há necessidade de ministrar tanto a libertação quanto a cura interior e
em alguns casos a cura física. Sendo essa a mais aceita e usada no Corpo de Cristo.
Há casos nos quais a causa pode ter sua origem de traumas causadas desde o
período da concepção ao nascimento, por exemplo, os problemas e sentimentos vividos
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pela mãe é transferido para o bebê. O trauma não tratado poderá levar a pessoa a rebelião,
amargura e estagnação em vários setores de sua vida.
Trauma é uma lesão ou choque para o corpo, no caso de violência (emocional,
física ou sexual) ou acidente. Ferida emocional ou choque cria prejuízo substancial,
duradouro ao desenvolvimento psicológico, podendo levar a neurose ou até mesmo
aflições e transtorno.
Mas quais são as situações que pode levar a criança precisar do ministério de cura
interior? São várias, mas as mais comuns são:
• Partos difíceis
• Crianças adotadas
• Filhos de pais solteiros
• Filhos de pais divorciados
• Morte de um ente querido
• Crianças rejeitas por figuras de autoridades
• Filhos de alcoólatras/drogados, etc
O trauma pode ser aberto através de muitas vias, mas o mesmo Jesus que salva e
liberta, é o que cura. Na ministração de cura, a liberação de perdão é a chave para a
eficácia da ministração.
Após a liberação de perdão para as pessoas que causaram as feridas na alma, deve
ser feita a oração de renúncia, expulsando os espíritos malignos que se aproveitaram
dos traumas e quebrar os laços de alma pecaminosos entre a criança e a pessoa que
causou o trauma, deve quebrar também o ciclo demoníaco de abuso e traumas. E por
fim, ore equilibrando o corpo, alma e espírito da criança, e na sequência libere o
Espírito Santo, para que a casa vazia seja cheia e ornada com a unção e os dons que Deus
tem para ela – Lc. 11.24-26.
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Para alguns, o desafio maior em ministrar uma criança talvez seja a linguagem que
deverá ser utilizada, mas cremos que todos nós já tivemos contato com criança, seja filho,
sobrinho, neto etc. Ou mesmo na própria Congregação numa forma direta ou indireta.
Hoje as igrejas no geral já têm o departamento infantil bem estruturado, mas nem
sempre foi assim. Antes o culto era feito num mesmo espaço, adultos e crianças juntos.
Assim como a linguagem utilizada nas pregações, era a mesma para ambos.
Nos Seus ensinamentos, Jesus sempre usou termos que era familiar dos seus ouvintes,
com o ap Paulo não foi diferente, a ponto de dizer que ele se fez de tudo para todos,
utilizou métodos para que a mensagem de salvação fosse compreendida –I Cor. 9.22.
Assim para que a comunicação seja efetiva é preciso que o ouvinte (receptor) entenda
a mensagem, ou seja, a ministração eficaz dependerá também da boa comunicação. Se
usarmos numa ministração com criança alguns termos que usamos no adulto, a libertação
poderá ser prejudicada por conta da falha na comunicação.
Por exemplo, a libertação é confissão de pecados, uma vez que confessamos tiramos
a legalidade que o inimigo tem e podemos expulsá-lo usando o nome de Jesus. Para
algumas crianças, a palavra “pecado” pode não significar nada para ela. Neste caso o ideal
é falarmos de “coisa errada” ou “coisa feia” no lugar da palavra pecado.
Quando for mandar os espíritos malignos embora, procurar não gritar e nem usar
nomes que possam assustar a criança. Sugerimos usar os termos “bicho feio” ou “o mau”
ao invés de demônios ou diabos.
Considerações Finais
Nós, como Igreja, temos que ter a consciência das guerras das quais estamos
travando. Temos visto ao longo da história bíblica que o inimigo sempre se levantou
contra a geração que antecederia a cada evento o qual mudaria o rumo da história humana,
numa forma radical. Quando estava pra nascer o libertador do povo hebreu, Faraó mandou
matar as crianças, na época em que Jesus nasceu, o libertador da humanidade, Herodes
também mandou matar as crianças. As profecias feitas pelos profetas da Bíblia sobre
Jesus se cumpriram, com exceção a Sua volta, quando será estabelecido o Seu Reino. As
crianças de hoje estão sendo atacadas exatamente por ser a geração que está sendo
equipada pelo Senhor para resistir e denunciar as ações do sistema do anticristo com poder
e ousadia, até o Grandioso Dia do Senhor quando será implantado o Seu Reino.
Por outro lado, Deus está equipando a Igreja contra todas as investidas do Mau e
como Igreja, devemos estar dispostos a usar as ferramentas que Ele está nos
disponibilizando.
O ministério de libertação e cura é uma ferramenta que Deus está
disponibilizando. Esse ministério é tão necessário na igreja local, assim como o ministério
de ensino, o profético, o louvor, a pregação e outros. Pois todos os dons são distribuídos
para edificação da Igreja. Como a criança faz parte do Corpo, todo ministério é necessário
para ela também, inclusive o de libertação e cura.
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Assim como o ministério infantil precisa de uma linguagem própria para que a
criança aprenda a Palavra, no ministério de libertação e cura também é preciso uma
linguagem própria para sua libertação.
Com isso não estamos anulando o poder da cruz de Cristo, pois da mesma forma
que dependemos desse poder para a salvação, para cura física e outros benefícios
disponíveis através Dele, nós utilizamos a comunicação da melhor forma para que seja
compreendido o que está sendo feito. Assim, a comunicação é uma das ferramentas
utilizada para que haja uma ministração eficaz.
Contudo, a Igreja deve lembrar que os espíritos malignos que atormentam as
crianças são os mesmos que atormentam os adultos, não existe demônios mirins, eles
vieram para matar, roubar e destruir, sejam adultos, jovens, adolescentes e crianças. Por
outro lado, Cristo morreu por todos. E por meio da Sua morte temos vitória sobre os
espíritos das trevas.
Devemos ser canal de Deus para que as crianças e adolescentes sejam livres pois
o verdadeiro Libertador já os libertou, através da obra da cruz.
Bibliografia Consultada
Anexos
A seguir você terá uma relação para usar como referência ao se deparar com as
situações listadas abaixo, no entanto sempre considere buscar através do Espírito Santo o
que deve ser feito naquela determinada situação que lhe foi apresentada, pois sempre
haverá da parte do Senhor e de sua maravilhosa criatividade divina, uma nova porção
fresca e inédita para você usar.
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Nota: Esse material é de uso exclusivo de Comunidade Filhos como Flechas, no Curso de
Fundamentos da Libertação – Criança, Adolescente e Jovem. Não é permitida a cópia ou
reprodução.