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Sala de aula invertida - Biologia

Tema: Sistema circulatório/Cardiovascular

Turma: II ano – EM – Única

Instituição: Colégio Wallon

Professor: Victor Lucas

Aluno(s):

“Coração, para que se apaixonou? Por alguém que nunca te amou. Alguém que nunca vai te amar!”

1. Introdução:

Esta apostila aborda o sistema circulatório, explorando sua anatomia, fisiologia e função vital no
corpo humano. Com intuito de realizar uma sessão de “Sala de aula invertida”. O sistema
circulatório é responsável pelo transporte de sangue, nutrientes e oxigênio para todas as células
do organismo.

2. Anatomia do Sistema Circulatório:

2.1 Coração:

Localizado no Mediastino, entre os


dois pulmões e protegido pelo osso
esterno da caixa torácica, o coração
(Figura 1) é um órgão vital que possui
quatro câmaras essenciais: os átrios
(localizados acima), que recebem o
sangue, e os ventrículos (localizados
abaixo), que o impulsionam para fora.
Essas câmaras são separadas e
controladas por válvulas cardíacas
estrategicamente posicionadas, que
garantem que o fluxo sanguíneo siga
a direção correta. As paredes do
coração são compostas por três
camadas: o endocárdio interno, o
miocárdio muscular intermediário e o
epicárdio externo, trabalhando em
conjunto para assegurar a contração
Figura 1 rítmica e eficaz que impulsiona o
sangue através do sistema
circulatório, nutrindo e oxigenando os tecidos corporais.

2.2 Vasos Sanguíneos:


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As artérias, veias e capilares (figura 2) são


componentes essenciais do sistema
circulatório, cada um desempenhando
funções distintas e vitais. As artérias
transportam sangue rico em oxigênio do
coração para os tecidos do corpo,
fornecendo nutrientes e oxigênio
necessários para o funcionamento adequado
das células, Além de possuírem revestimento
de tecido muscular liso, responsável pelo
“pulso”. As veias, por outro lado, são
responsáveis por transportar o sangue rico
em dióxido de carbono e resíduos
metabólicos dos tecidos de volta ao coração,
Figura 2
onde será bombeado para os pulmões para
eliminar o dióxido de carbono e receber
oxigênio fresco; As veias não possuem musculatura lisa associada, o movimento do sangue
dentro delas é feito através do estímulo mecânico e auxílio dos músculos esqueléticos, as veias
também possuem válvulas venosas, que impedem o refluxo do sangue nestes vasos. Os
capilares, vasos microscópicos interligados, são os locais onde ocorrem as trocas vitais entre o
sangue e as células. As paredes finas dos capilares permitem a difusão de nutrientes, oxigênio e
produtos de resíduos entre o sangue e os tecidos circundantes. Essa intrincada rede de artérias,
veias e capilares colabora para a manutenção da homeostase do corpo, garantindo que todas as
células recebam os elementos essenciais para sua sobrevivência e funcionamento adequado.

2.3 Sangue:

O sangue, é um tecido e também o fluido vital do corpo humano, é composto por uma complexa
mistura de elementos que desempenham
papéis fundamentais em diversas funções
fisiológicas. Produzido principalmente na
medula óssea de ossos achatados, pode
ser dividido em duas parcelas (figura 3),
sua parte líquida, o Plasma, constituído
de água como solvente e sais, vitaminas e
fatores de coagulação. E a parte sólida,
composta pelos diferentes tipos de
células do tecido sanguíneo (figura 4). As
Figura 3 duas parcelas do sangue podem ser
separadas quando é realizado um
processo de centrifugação do sangue em equipamento adequado.

Os glóbulos vermelhos, ou eritrócitos, são responsáveis pelo transporte de oxigênio dos


pulmões para os tecidos e órgãos, graças à presença da hemoglobina. Já os glóbulos brancos, ou
leucócitos, desempenham um papel crucial no sistema imunológico, combatendo infecções e
patógenos invasores. As plaquetas, por sua vez, são pequenos fragmentos celulares que
contribuem para a coagulação do sangue, impedindo hemorragias excessivas. O plasma,
componente líquido do sangue, é uma solução que transporta nutrientes, hormônios e resíduos
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metabólicos, além de auxiliar na


regulação da pressão osmótica e no
equilíbrio ácido-base do corpo. Esse
complexo conjunto de elementos
sanguíneos trabalha em conjunto para
manter a saúde e a homeostase do
organismo, permitindo seu
funcionamento harmonioso e vital.

Figura 4 3. Funções do Sistema Circulatório:

O sistema circulatório desempenha um papel central no transporte de elementos vitais pelo


corpo humano. O oxigênio, essencial para a respiração celular, é entregue aos tecidos periféricos
pelos glóbulos vermelhos através das artérias. Além disso, os nutrientes provenientes da
digestão são transportados pelo sangue, fornecendo a energia necessária para as atividades
celulares. Hormônios produzidos por glândulas endócrinas também são distribuídos pelo
sistema circulatório, coordenando funções e processos em todo o corpo. Além dessas funções
metabólicas, a circulação sanguínea contribui para a regulação da temperatura corporal,
redistribuindo calor conforme necessário para manter a homeostase térmica. Por fim, o sistema
circulatório atua como uma linha de defesa imunológica, com glóbulos brancos patrulhando o
sangue e os tecidos para identificar e combater patógenos invasores, contribuindo para a
resistência do organismo a doenças e infecções. Assim, o sistema circulatório demonstra uma
notável capacidade de integrar e coordenar diversas funções vitais, garantindo a saúde e o
funcionamento eficiente do corpo humano.

4. Morfofisiologia do Sistema Circulatório:

4.1 Coração e Suas Camadas:

O coração é revestido por


três camadas distintas
(figura 5) que
desempenham papéis
cruciais em sua função de
bombeamento. O epicárdio,
a camada mais externa,
proporciona uma proteção
física e lubrificação para o
coração, reduzindo o atrito
Figura 5 à medida que ele se contrai
e relaxa. Logo abaixo, o
miocárdio, a camada intermediária e mais espessa, é composto por músculo cardíaco altamente
especializado. A contração rítmica do miocárdio é coordenada pelo sistema de condução elétrica
do coração, impulsionando o sangue através das câmaras cardíacas e nos vasos sanguíneos. Por
fim, o endocárdio, a camada interna, é constituído por um tecido fino que reveste as cavidades
do coração, proporcionando um ambiente ideal para a circulação sanguínea, evitando coágulos
e permitindo uma contração suave. Em conjunto, essas camadas do coração trabalham
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harmoniosamente para manter um ritmo cardíaco regular e eficaz, garantindo a circulação


adequada do sangue pelo corpo.

4.2 Ciclo Cardíaco:

O ciclo cardíaco é composto por duas fases essenciais: a sístole e a diástole (figura 6). Durante a
sístole, o coração contrai-se vigorosamente. Nos ventrículos, ocorre a sístole ventricular,
levando ao fechamento das válvulas atrioventriculares (tricúspide e mitral) e abrindo as válvulas
semilunares (pulmonar e aórtica). Isso
permite que o sangue seja expelido dos
ventrículos para as artérias pulmonares e
aorta, respectivamente. Enquanto isso, nos
átrios, ocorre a sístole atrial, impulsionando
o sangue restante para os ventrículos. Na
diástole, o coração relaxa e se enche de
sangue. A diástole ventricular permite que os
ventrículos se expandam, criando um vácuo
que atrai o sangue dos átrios através das
Figura 6 válvulas atrioventriculares abertas,
enchendo novamente as câmaras. Essa
alternância entre sístole e diástole é o que permite que o coração bombeie o sangue de maneira
eficaz, mantendo um fluxo constante para todo o corpo e garantindo a oxigenação adequada
dos tecidos.

4.2.1 Nodos sinoatrial e atrioventricular

Os nodos sinoatrial (SA) e atrioventricular (AV) são componentes essenciais do sistema de


condução elétrica do coração, desempenhando papéis cruciais na regulação do ritmo cardíaco.
O nodo sinoatrial, localizado no átrio direito, é frequentemente referido como o "marca-passo
natural" do coração. Ele gera impulsos elétricos espontâneos que se propagam pelos átrios,
estimulando as contrações atriais e iniciando o ciclo cardíaco. Esses impulsos, conhecidos como
potenciais de ação, também são transmitidos ao nodo atrioventricular. O nodo atrioventricular,
situado entre os átrios e os ventrículos, age como um retardo natural, permitindo que os
ventrículos se encham completamente antes de serem estimulados a contrair. Essa sequência
coordenada de atividade elétrica entre os nodos SA e AV é essencial para garantir uma eficaz
sincronização das contrações atriais e ventriculares, mantendo o fluxo sanguíneo unidirecional
e a eficiência da bomba cardíaca.

4.3 Válvulas Cardíacas:

Essas válvulas (figura 7) desempenham um papel crucial na manutenção do fluxo sanguíneo


unidirecional, garantindo que o sangue não flua de volta para as câmaras cardíacas após cada
contração. Isso permite que o coração funcione eficientemente como uma bomba, direcionando
o sangue para as partes apropriadas do corpo.
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4.3.1. Válvula Tricúspide: Localizada entre o átrio direito e o ventrículo direito, a válvula
tricúspide permite o fluxo unidirecional do sangue do átrio para o ventrículo direito, impedindo
que o sangue retorne.

4.3.2. Válvula Pulmonar: Situada entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar, a válvula
pulmonar regula o fluxo sanguíneo do
ventrículo direito para os pulmões, onde
ocorre a oxigenação.

4.3.3. Válvula Mitral (Bicúspide):


Encontrada entre o átrio esquerdo e o
ventrículo esquerdo, a válvula mitral
permite o fluxo unidirecional do sangue
do átrio para o ventrículo esquerdo,
evitando o refluxo.
Figura 7
4.3.4. Válvula Aórtica: Localizada entre
o ventrículo esquerdo e a aorta, a válvula aórtica controla o fluxo sanguíneo do ventrículo
esquerdo para a maior artéria do corpo, a aorta, direcionando o sangue oxigenado para o
sistema circulatório.

5. Circulação Pulmonar:

As vezes nomeada como “pequena circulação”, a circulação pulmonar (figura 8) constitui uma
parte essencial do sistema circulatório, sendo responsável por transportar o sangue
desoxigenado do coração para os pulmões e, posteriormente, o sangue oxigenado dos pulmões
de volta ao coração. No ventrículo direito, o sangue desoxigenado é bombeado para as artérias
pulmonares, que se ramificam e levam o sangue até os capilares dos pulmões. Lá, ocorre a troca
gasosa, na qual o dióxido de carbono é eliminado e o oxigênio é absorvido pelos glóbulos
vermelhos. O sangue oxigenado então retorna ao coração, entrando nos átrios esquerdos
através das veias pulmonares, completando o ciclo da circulação pulmonar. Essa circulação
assegura a oxigenação do sangue, permitindo que o corpo receba o oxigênio vital necessário
para a função celular adequada.

5.1 Trocas Gasosas nos Pulmões:

Nos pulmões, ocorre um processo vital de oxigenação do sangue e remoção de dióxido de


carbono. O sangue desoxigenado, rico em dióxido de carbono, chega aos capilares pulmonares.
Nessas finas estruturas, o oxigênio presente no ar inalado difunde-se para o sangue, enquanto
o dióxido de carbono é liberado dos glóbulos vermelhos para ser expirado. Esse intercâmbio
gasoso permite que o sangue seja oxigenado, preparando-o para ser distribuído para todo o
corpo, garantindo um fornecimento adequado de oxigênio às células e a eliminação eficiente de
resíduos metabólicos.

5.2 Retorno Venoso Pulmonar:


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Após passar pelos pulmões e ser oxigenado, o sangue retorna ao coração através das veias
pulmonares. Essas veias transportam o sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo do
coração. Quando o átrio esquerdo se contrai, a válvula mitral se abre, permitindo que o sangue
flua para o ventrículo esquerdo. Em seguida, o ventrículo esquerdo se contrai, impulsionando o
sangue pela válvula aórtica para a aorta, a maior artéria do corpo. A partir da aorta, o sangue
oxigenado é distribuído para todos os tecidos e órgãos, garantindo o fornecimento necessário
de oxigênio e nutrientes para o funcionamento adequado do organismo.

6. Circulação Sistêmica:

Às vezes nomeada de “Grande circulação”, a circulação sistêmica (figura 8) é uma parte vital do
sistema circulatório, na qual o sangue oxigenado é distribuído para todos os tecidos e órgãos do
corpo. Após deixar o ventrículo esquerdo, o sangue viaja pela aorta e suas ramificações,
chegando aos capilares onde ocorre a troca de nutrientes e oxigênio pelas células. Durante essa
jornada, uma parcela do sangue é encaminhada aos rins, onde ocorre a filtração (figura 8). Os
rins removem resíduos metabólicos e excesso de substâncias, mantendo o equilíbrio eletrolítico
e a homeostase do corpo. O sangue, agora purificado, continua sua viagem, retornando às veias
e voltando ao coração para ser bombeado novamente. Esse ciclo contínuo de circulação e
filtragem é fundamental para a manutenção da saúde e do funcionamento adequado do
organismo.

6.1 Distribuição de Nutrientes e Oxigênio:

O sangue oxigenado é eficientemente distribuído para os órgãos e tecidos do corpo por meio da
circulação sistêmica. A partir do ventrículo esquerdo, o sangue é impulsionado para a aorta e,
subsequentemente, por meio de uma complexa rede de artérias que se ramificam em arteríolas
e capilares. Nos capilares, ocorre a troca gasosa, onde o oxigênio é liberado para os tecidos
enquanto os produtos de resíduos metabólicos, como o dióxido de carbono, são captados. Esse
processo permite que cada célula do corpo receba um suprimento adequado de oxigênio,
garantindo seu funcionamento normal e a manutenção da homeostase.

6.2 Retorno Venoso Sistêmico:

O retorno do sangue desoxigenado ao coração marca o início de uma jornada vital em direção
aos pulmões, onde ocorrerá a renovação do seu conteúdo gasoso. Após percorrer os tecidos e
órgãos, o sangue desoxigenado é coletado pelas veias, que gradualmente se unem para formar
as veias cavas superior e inferior. Essas veias desembocam no átrio direito do coração,
impulsionando o sangue para o ventrículo direito. Em seguida, durante a sístole ventricular, o
sangue é bombeado para as artérias pulmonares, direcionando-o para os pulmões. Lá, ocorrerá
a crucial troca gasosa, liberando o dióxido de carbono e captando o oxigênio vital. Assim, a
jornada circulatória conclui um ciclo essencial para a vitalidade do organismo, destacando a
notável complexidade e harmonia do sistema circulatório.
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Figura 8

7. Regulação da Circulação:

A regulação da circulação sanguínea é uma complexa rede de processos fisiológicos que


asseguram o fluxo adequado do sangue pelo corpo, permitindo a entrega de oxigênio, nutrientes
e a remoção de produtos de resíduos. Esse sistema intricado envolve a interação entre sistemas
como o cardiovascular, nervoso e endócrino, trabalhando em conjunto para ajustar o ritmo
cardíaco, a pressão arterial e o calibre dos vasos sanguíneos. A regulação da circulação é vital
para a homeostase do organismo, adaptando-se às demandas metabólicas, necessidades dos
tecidos e mudanças ambientais para garantir um funcionamento eficiente e saudável do corpo
humano.

7.1 Sistema Nervoso Autônomo:

O sistema nervoso autônomo regula a frequência cardíaca e o tônus vascular por meio de dois
ramos distintos: o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático. O sistema
simpático, em situações de estresse ou necessidade de maior atividade, libera
neurotransmissores como a norepinefrina, aumentando a frequência cardíaca e provocando a
vasoconstrição, o que eleva a pressão sanguínea. Por outro lado, o sistema parassimpático age
em momentos de relaxamento e repouso, liberando acetilcolina, o que diminui a frequência
cardíaca e promove vasodilatação, auxiliando na redução da pressão arterial. Essa regulação
coordenada e dinâmica dos ramos simpático e parassimpático permite ao sistema nervoso
autônomo ajustar a atividade cardíaca e o calibre dos vasos sanguíneos para atender às
demandas do corpo em diferentes situações.
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7.2 Controle Hormonal:

Hormônios desempenham um papel fundamental na regulação da circulação, atuando como


mensageiros químicos que coordenam e ajustam as atividades do sistema cardiovascular. Com
a adrenalina (epinefrina) ocupando uma posição destacada. Liberada pela glândula adrenal em
resposta a situações de estresse ou emergência, a adrenalina desencadeia uma resposta de "luta
ou fuga". Ao se ligar aos receptores específicos nas células cardíacas e nos vasos sanguíneos, a
adrenalina aumenta a frequência cardíaca e a força das contrações, resultando em um aumento
no débito cardíaco e direcionando mais sangue para os músculos e órgãos essenciais. Além
disso, a adrenalina induz a vasoconstrição periférica, redirecionando o fluxo sanguíneo para
áreas vitais. Essa resposta hormonal rápida e coordenada amplia o suprimento de oxigênio e
nutrientes para os tecidos mais necessitados, preparando o corpo para enfrentar desafios
imediatos, demonstrando a sofisticada interação entre hormônios e a regulação cardiovascular.
Outro hormônio, a aldosterona, liberada pelas glândulas adrenais, regula os níveis de sódio e
potássio no sangue, influenciando o equilíbrio eletrolítico e, por consequência, a pressão
arterial. O hormônio antidiurético (ADH), produzido pela glândula pituitária, controla a
reabsorção de água nos rins, afetando o volume sanguíneo e a pressão arterial. Além disso, a
renina, secretada pelos rins, inicia o processo de regulação da pressão arterial ao ativar a
conversão da angiotensinogênio em angiotensina, que causa vasoconstrição e liberação de
aldosterona. A coordenação desses e outros hormônios garante uma regulação precisa da
circulação, mantendo a homeostase e o funcionamento eficiente do sistema circulatório.

8. Patologias Relacionadas ao Sistema Circulatório:

As patologias do sistema cardiovascular abrangem uma ampla gama de condições médicas que
afetam o coração, os vasos sanguíneos e a circulação sanguínea, representando um conjunto
significativo de desafios para a saúde humana.

8.1 Hipertensão Arterial:

A pressão arterial elevada, ou hipertensão, geralmente resulta de uma combinação de fatores,


incluindo: predisposição genética, dieta inadequada, falta de atividade física e estresse. Com o
tempo, a pressão arterial alta pode danificar as paredes das artérias, aumentando o risco de
doenças cardiovasculares, como
doença cardíaca coronária, acidente
vascular cerebral (AVC), insuficiência
cardíaca e problemas renais. A
hipertensão também exerce uma
carga adicional sobre o coração,
forçando-o a trabalhar mais para
bombear o sangue, o que pode
resultar em hipertrofia cardíaca e
comprometimento da sua função.
Figura 9 Portanto, a compreensão das causas
subjacentes e das implicações da
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pressão arterial elevada é crucial para a prevenção e o manejo adequado dessas condições de
saúde.

8.2 Aterosclerose:

A aterosclerose é um processo
progressivo no qual placas de
gordura, cálcio e outras substâncias
se acumulam nas paredes das
artérias (figura 10), estreitando e
endurecendo esses vasos
sanguíneos. Isso pode restringir o
fluxo sanguíneo e comprometer a
circulação adequada, resultando em
um fornecimento reduzido de
Figura 10 oxigênio e nutrientes para os tecidos
e órgãos. Além disso, essas placas
podem eventualmente se romper, desencadeando coágulos sanguíneos que podem bloquear
completamente o fluxo sanguíneo, levando a condições graves como ataques cardíacos e
acidentes vasculares cerebrais. A aterosclerose tem um impacto substancial na saúde
cardiovascular, ressaltando a importância da prevenção e do controle dos fatores de risco para
manter a circulação eficiente e reduzir o risco de complicações graves.

8.3 Insuficiência Cardíaca:

A incapacidade do coração de bombear eficazmente o sangue, conhecida como insuficiência


cardíaca, resulta em dificuldades na manutenção de um fluxo sanguíneo adequado para suprir
as necessidades do corpo. Isso pode ocorrer devido a danos causados por condições como
doença cardíaca coronária, hipertensão ou cardiomiopatia. Como consequência, os órgãos e
tecidos podem receber um suprimento insuficiente de oxigênio e nutrientes, levando a sintomas
como fadiga, dispneia e retenção de líquidos. A compreensão e o gerenciamento adequado da
insuficiência cardíaca são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e mitigar
o impacto adverso na circulação e saúde geral.

9. Cuidados com o Sistema Circulatório:

Os cuidados com o sistema cardiovascular são fundamentais para a promoção da saúde cardíaca
e circulatória, contribuindo para a prevenção de complicações à longo prazo e o bem-estar geral.

9.1 Alimentação Saudável:

Uma alimentação saudável desempenha um papel vital na manutenção do sistema


cardiovascular. Optar por uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras
pode contribuir para a redução do risco de doenças cardíacas. Embora o consumo moderado de
vinho tinto possa ter benefícios para a saúde cardiovascular devido aos antioxidantes, é
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essencial destacar que essa opção deve ser feita com parcimônia e considerar as preferências
individuais. Além disso, alimentos como peixes ricos em ácidos graxos ômega-3, nozes, azeite
de oliva, aveia e legumes são recomendados devido aos seus potenciais efeitos benéficos na
saúde do coração.

9.2 Atividade Física:

A atividade física apresenta benefícios significativos tanto a curto quanto a longo prazo para a
saúde do sistema cardiovascular. No curto prazo, o exercício regular aumenta o fluxo sanguíneo,
melhorando a eficiência cardíaca e a capacidade de entrega de oxigênio aos tecidos. A longo
prazo, a prática constante de atividade física fortalece o músculo cardíaco, melhora o perfil
lipídico, reduz a pressão arterial e ajuda a manter um peso corporal saudável. Além disso, a
atividade física regular também está associada à redução do risco de doenças cardíacas,
acidente vascular cerebral e outras condições cardiovasculares, promovendo uma melhor
qualidade de vida e bem-estar geral ao longo do tempo.

9.3 Hábitos para a Saúde Cardiovascular:

Para manter a saúde do sistema circulatório, é importante adotar uma dieta equilibrada, praticar
regularmente atividades físicas, gerenciar o estresse, evitar o tabagismo e controlar os níveis de
pressão arterial e colesterol.

Espaço para anotações, dúvidas e curiosidades:

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